Farm News 11/03 a 17/03

Farm News 11/03 a 17/03

18 de março de 2024 0 Por admin

Recordes de abate no Brasil fazem do país o rei mundial da carne

Os frigoríficos brasileiros processaram volumes sem precedentes de frango e suínos e registraram o segundo maior nível de abate de bovinos da história, de acordo com dados de 2023 divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os novos números do IBGE confirmam que o Brasil, que é o maior fornecedor de carne bovina e de frango do mundo e o quarto maior exportador de carne suína, está bem posicionado para manter ou expandir sua participação no comércio global de carnes.

Os frigoríficos brasileiros atendem a centenas de clientes em todo o mundo, sendo que a China e o Oriente Médio estão entre os principais destinos de exportação da carne produzida no país, que é uma potência também no fornecimento de grãos.

O IBGE disse que o abate de gado no Brasil, país que detém cerca de um quarto do comércio global de carne bovina, cresceu quase 14% em 2023, para 34,06 milhões de cabeças, continuando o movimento de alta do ano anterior.

O Brasil abriga algumas das maiores empresas de carne do mundo, incluindo a JBS, a BRF, a Marfrig e a Minerva. O país exportou 2,01 milhões de toneladas de carne bovina in natura no ano passado, um recorde histórico, segundo o IBGE.

Fonte: Forbes

Quebra de milho e de soja deve somar 22 milhões de toneladas

A cada nova avaliação da safra de grãos, Conab e IBGE vão constatando efeitos mais contundentes do clima sobre a produção brasileira. Apenas milho e soja já somam perdas de 22 milhões de toneladas nesta safra.

Nesta terça-feira (12), a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) reavaliou a safra de grãos deste ano para 295,6 milhões de toneladas, 24,2 milhões a menos do que a previsão inicial, feita no último trimestre de 2023.


O IBGE (instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) reduziu a estimativa para 301 milhões de toneladas. A forte queda nas estimativas ocorre devido a concentração de área em dois produtos, soja e milho, e ambos estão com restrição de produtividade.


As áreas de plantio destinadas a soja e milho somam 66 milhões de hectares no país, 84% do total cultivado com grãos. Os dois produtos têm uma previsão de quebra de 7% na produtividade. A colheita de soja já está sendo realizada, e o milho safrinha ainda está sendo semeado.

Os novos números consolidam dois pontos extremos nesta safra de 2023/24. Mato Grosso, bastante afetado pela seca, reduz a produção deste ano para 85 milhões de toneladas, após ter atingido o recorde de 101 milhões em 2023.

Fonte: Folha de S.Paulo

Governo considera retorno dos estoques públicos para equilibrar preços de alimentos

O governo brasileiro está elaborando um pacote de medidas de incentivo ao Plano Safra com o objetivo de aumentar a produção de alimentos e diminuir os preços, em resposta ao impacto da alta dos preços dos alimentos na inflação. Essa decisão foi tomada durante uma reunião realizada ontem entre o presidente Lula e ministros do governo.

Durante a reunião, foram discutidos diversos fatores que têm contribuído para o aumento dos preços dos alimentos, incluindo as altas temperaturas no Centro-Oeste e as enchentes no Sul, que afetaram a produção agrícola.

O presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, em entrevista exclusiva ao Canal Rural, mencionou a possibilidade de reintrodução da política de estoques públicos no Brasil. Ele enfatizou que, apesar do aumento na produção agrícola nos últimos anos, a falta de atenção aos pequenos agricultores e a ausência de políticas de estoques públicos impactaram negativamente a produção de alimentos para consumo interno.

Pretto ressaltou que o objetivo não é adotar medidas intervencionistas, mas sim buscar o equilíbrio no mercado, garantindo preços justos aos agricultores e estabilidade nos preços dos alimentos para os consumidores.

Fonte: Canal Rural

Quebra de safra impacta preço do frete por km rodado

O Índice de Frete Edenred Repom (IFR) informou que o preço médio do frete por quilômetro rodado fechou fevereiro em R$ 6,29, marcando uma queda de 1,10% em relação a janeiro. Essa redução é reflexo, em parte, do comportamento estável do preço médio do diesel no período.

A análise da Edenred Repom indica que um dos fatores contribuintes para essa queda é a fase de pré-safra da soja, que, neste ano, apresenta um atraso em relação ao ano anterior. A menor demanda por transporte dessa commodity tem impactado de forma positiva os custos do frete, embora essa situação deva mudar à medida que o cenário se desenvolva. Vinicios Fernandes, diretor da Edenred Repom, ressalta que a demanda por transporte também é influenciada pelo tipo de mercadoria transportada.

No início deste ano, houve um aumento notável no escoamento de commodities ligadas à construção civil, como Ferro, Cobre e cimento, impulsionado pelo cenário aquecido no setor de obras e construção civil.

Embora esses fatores tenham exercido certa pressão nos preços do frete em fevereiro, outros elementos, como os custos com combustível e a perspectiva de quebra na safra de soja, contribuíram para puxar os preços para baixo.

Fonte: Agrolink

Produção de café é a que menos desmata no Brasil, diz estudo

Um estudo liderado pelo Instituto Internacional para Sustentabilidade (IIS) aponta que a produção de café no Brasil é a que menos gera desmatamento. O índice analisa e apresenta os riscos para as exportações de commodities brasileiras com a aprovação da lei que exige comprovação de desmatamento zero para os produtos importados pela União Europeia (UE). E o café é um desses produtos – por aqui, metade das exportações vão para a União Europeia.

Ao todo, o Brasil exporta quase 40 milhões de sacas e gera uma receita de mais de US$ 8 bilhões anualmente. O setor cafeeiro foi um dos primeiros a adotar padrões voluntários de sustentabilidade e lidera o estudo do IIS, sendo o setor mais próximo de estar em conformidade com a legislação europeia.

Cerca de um terço da área total das plantações no Brasil é coberta por certificação. Outro indicador favorável é a área desmatada associada à produção de café, apenas 0,1% da área total desmatada associada à produção agropecuária.

Recentemente, dez produtores de café do Cerrado Mineiro conquistaram o Certificado em Agricultura Regenerativa da Regenagri, empresa que faz auditoria a partir dos parâmetros de certificação da inglesa Control Union. Com as certificações, agora são 22 cafeicultores auditados, somando uma área total com mais de 19 mil hectares atestados.

Fonte: O Tempo

Pedidos de recuperação judicial no agro crescem 535% em 2023, diz Serasa

Os pedidos de recuperação judicial feitos por proprietários rurais que atuam como pessoas físicas cresceram 535% no agronegócio brasileiro em 2023 quando comparado ao ano anterior, segundo levantamento da Serasa Experian.

De acordo com a empresa foram registradas 127 solicitações do recurso em todo o ano passado, ante 20 em 2022. Do terceiro para o último trimestre houve alta de 62%.

Em nota, o head de agronegócio da Serasa Experian, Marcelo Pimenta, diz que o quadro já era esperado, mas ele ressalta que a velocidade em que as solicitações vêm crescendo trimestre a trimestre é preocupante. “Além das questões climáticas, o cenário econômico, tanto nacional como internacional, não contribuiu para a criação de uma estabilidade financeira no campo”, afirmou.

Os produtores rurais que mais solicitaram recuperação judicial foram aqueles com maiores áreas com plantio de soja, seguidos por proprietários de áreas de pastagem e de café. Mato Grosso e Goiânia foram os Estados que mais registraram recuperação judicial. Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Roraima também tiveram requisições.

Segundo a Serasa Experian, entre os perfis que mais solicitaram o pedido estão arrendatários de terras e grupos econômicos ou familiares relacionados ao setor, com 44 requisições. Grandes proprietários fizeram 35 pedidos, seguidos por médios proprietários, com 25, e pequenos, com 23.

Fonte: Exame

Importações de trigo dispararam em fevereiro

Em fevereiro, as importações brasileiras de trigo atingiram altas que foram impulsionadas pela busca por qualidade superior devido à oferta limitada no mercado interno. Os dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) revelam um aumento substancial nas compras internacionais, especialmente dos países do Mercosul, diante das condições climáticas adversas que prejudicaram a safra nacional.

Apesar de muitos moinhos reportarem estoques abastecidos, a demanda por trigo de qualidade superior permanece elevada entre os compradores ativos no spot. O clima desfavorável durante o desenvolvimento da safra nacional resultou em uma oferta escassa de trigo de alta qualidade no mercado doméstico. Consequentemente, os demandantes recorreram às importações para suprir suas necessidades, favorecendo principalmente os países membros do Mercosul.

“A escassez de trigo de qualidade superior no mercado interno está levando os compradores a buscar fornecedores no exterior, onde a oferta é mais favorável”, observou um analista do Cepea. “O aumento das importações reflete a necessidade urgente de suplementar os estoques nacionais diante das condições climáticas desafiadoras que afetaram a produção local.”

A dependência das importações de trigo destaca a vulnerabilidade do Brasil às flutuações climáticas e às condições de mercado externo. 

Fonte: Agrolink