Farm News 26/02 a 04/03

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4 de março de 2024 0 Por admin


Abertura Nacional da Colheita da soja é realizada no Rio Grande do Sul

Na sexta-feira (1º), ocorreu em Tapera, no Rio Grande do Sul, a celebração dos resultados de mais uma safra de soja, com a Abertura Nacional da Colheita – Safra 23/24.

O evento, sediado na Fazenda Grandespe Sementes, marcou a retomada do estado ao posto de segundo maior produtor do grão do país após dois ciclos seguidos de quebra acentuada por conta da estiagem, reflexo direto do fenômeno climático La Niña.

De acordo com dados divulgados por analistas de mercado presentes na ocasião – e em linha com a estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) – os gaúchos devem colher cerca de 22 milhões de toneladas da oleaginosa nesta temporada.

A Abertura da Colheita da Soja, como já é tradição, traz, além das máquinas em campo, painéis de discussão de temas centrais ao setor. O primeiro deles abordou as políticas públicas no agronegócio e contou com a participação de congressistas de renome no setor. 

O senador Luis Carlos Heinze, por exemplo, falou sobre a necessidade de a Frente Parlamentar de Agricultura (FPA), auxiliada por todos os produtores, investir em uma agenda prévia à 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30), a ser sediada em 2025 no Pará.

Fonte: Canal Rural

Com alta recorde no agro, PIB do Brasil cresce 2,9% em 2023

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil apresentou estabilidade no quarto trimestre de 2023 e encerrou o ano com crescimento de 2,9%, totalizando R$ 10,9 trilhões, segundo dados do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais, divulgado dia 1º de março pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

A atividade agropecuária cresceu 15,1% de 2022 para 2023, influenciando o desempenho do PIB do país. Houve crescimento também na Indústria (1,6%) e em Serviços (2,4%). Já o PIB per capita alcançou R$ 50.194, um avanço, em termos reais, de 2,2% em relação a 2022.

Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, explica que o resultado recorde da agropecuária, superando a queda apresentada em 2022, teve influência do crescimento da produção e do ganho de produtividade da agricultura. 

“Esse comportamento foi puxado muito pelo crescimento de soja e milho, duas das mais importantes lavouras do Brasil, que tiveram produções recorde registradas pelo Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA)”, declarou.

Outra influência positiva no resultado do PIB de 2023 foi o desempenho das Indústrias Extrativas. A atividade teve alta de 8,7% devido ao aumento da extração de petróleo e gás natural e de minério de ferro. 

Fonte: AgroBand

Após recorde, setor de máquinas vê produtor pisar no freio

O bom desempenho que o setor agropecuário obteve nos últimos anos refletiu de forma intensa na indústria de máquinas agrícolas. Em 2022, os preços das commodities atingiram valores recordes, e as margens de lucro dos agricultores permitiram uma elevação dos investimentos. O resultado foi que a indústria de máquinas agrícolas colocou um volume recorde de 70,3 mil unidades no setor em 2022.

O país manteve um ritmo acelerado de crescimento na produção de grãos, superando os 300 milhões de toneladas no ano passado, mas o humor dos produtores mudou. Queda nos preços das commodities, ano de eleição, aumento da taxa de juros e uma desestabilidade climática, com anunciada quebra de safra, fizeram o produtor pisar no freio, e as compras do ano passado ficaram 13,2% abaixo das de 2022.

Para este ano, as nuvens sobre o setor não se dissiparam. Ao contrário, em algumas regiões do país já está consolidada uma quebra de safra. Diante desse cenário, o presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Márcio de Lima Leite, espera uma nova redução nas vendas no varejo. Na avaliação da entidade, as vendas recuam para 54,3 mil unidades, 11% a menos do que as de 2023.

Fonte: Folha de S.Paulo

Café: robusta e arábica voltam a olhar para mesma direção

Já tem alguns meses que as altas do café robusta ajudam também na precificação do arábica. A baixa na produção da Ásia e a demanda aquecida fez com os que os preços deste café ganhassem destaque, ficando inclusive acima do arábica por um longo período.  

Mas de acordo com Gil Barabach, analista da Safra & Mercado, nas últimas semanas os terminais de Londres e Nova York voltaram  a seguir na mesma direção. “Isso quer dizer que o robusta perdeu força de deslocamento positivo em relação ao arábica e um dos fatores pra isso é que o robusta está caro em relação ao arábica e isso já movimenta a indústria”, afirma o analista.

É importante ressaltar que o mercado já precificou e entendeu que as principais origens produtoras de robusta como Vietnã e Indonésia devem ofertar menos ao mercado no próximo ciclo, mas o analista pontua que a partir de abril novos cafés começam a entrar no mercado e devem pressionar as cotações.

“Tem bastante coisa para andar ainda, mas temos também um sinal positivo para a safra do Vietnã no final do ano. Então também é um movimento que a gente está observando, uma tentativa de andar mais próximo ao arábica no primeiro momento”, afirma. 

Fonte: Notícias Agrícolas

Mercado do milho no Brasil reflete cautela dos consumidores

No Brasil, os preços do milho se mantiveram estáveis, com algumas melhorias em regiões pontuais, segundo os dados divulgados pela análise de mercado da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (CEEMA). 

A média gaúcha fechou a semana em R$ 52,10/saco, mas as principais praças locais se mantiveram em R$ 50,00. No restante do país, os preços recuaram, girando entre R$ 41,00 e R$ 57,00/saco. E na B3, o fechamento do dia 28/02 manteve se negativo, com os primeiros contratos futuros girando entre R$ 56,83 e R$ 60,20/saco, quando no final do ano passado se falava em possíveis R$ 70,00/saco na  virada do ano. 

De forma geral, os preços do milho estão sofrendo as consequências da cautela dos consumidores em comprar mais, diante da entrada da safra de verão e da forte baixa dos preços internacionais. E isso, mesmo com a tendência de uma produção menor na futura safrinha. 

Especificamente no Paraná, 65% das lavouras de verão estão colhidas, enquanto 66% da área esperada para a safrinha já foi semeada, com 94% em boas condições e 6%  regulares.

Fonte: Agrolink

Volume de fertilizante importado em janeiro é recorde no país

O Brasil registrou um volume recorde na importação de fertilizantes no mês de janeiro deste ano, com um total de 2,77 milhões de toneladas, contra 2,41 milhões no mesmo mês do ano anterior, um acréscimo de 15% no movimento.

De acordo com o Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), pelo porto de Paranaguá, adentraram 1 milhão de toneladas contra 710 mil toneladas em igual período do ano passado, em Santos foram importadas 800 mil toneladas comparadas a 460 mil do ano anterior, e pelos portos do Arco Norte foram 310 mil contra 390 mil toneladas do ano anterior.

Nesta temporada, particularmente no plantio da segunda safra de milho, a exemplo do que ocorreu com a soja nos meses de julho e agosto de 2023, os agricultores adiaram as compras de nitrogenados para o início de 2024.

Com isso, o volume importado em janeiro, o maior dos últimos 5 anos, acompanhou o movimento envolvendo os negócios na época, com fosfato e potássio, quando conseguiram adquirir grandes volumes a preços atraentes, o que aponta para uma estimativa de aumento nos estoques de passagem de fertilizantes este ano.

Com relação à exportação, a soja continua na liderança, com 2,85 milhões de toneladas comercializadas, contra as 840 mil toneladas ocorridas no mesmo período do ano anterior.

Fonte: Conab

Março: como será o clima no Brasil

A previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para o mês de março indica tendência de chuva abaixo da média em grande parte das Regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sul (indicado em amarelo e laranja no mapa da figura 1a), sendo mais pontuais na Região Sudeste (indicado em azul no mapa da figura 1a).

Já em áreas do Amazonas, Acre, Pará, Amapá, Bahia, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Santa Catarina, a previsão indica total de chuva dentro ou ligeiramente acima da média (indicado em azul claro no mapa da figura 1a).

Considerando o prognóstico climático do Inmet para março de 2024 e seu possível impacto na safra de grãos 2023/24 para as diferentes regiões produtoras, vale destacar que a região do Matopiba (que engloba áreas dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) apresentou aumento na umidade do solo devido ao retorno da chuva mais regular nos meses de janeiro e fevereiro/2024, beneficiando o desenvolvimento dos cultivos de primeira safra.

Para março/2024, a previsão de chuva abaixo da média em parte do Matopiba poderá restringir o desenvolvimento de parte das lavouras de primeira safra, bem como reduzir o ritmo de plantio do milho segunda safra. O mesmo cenário está previsto para grande parte da Região Centro-Oeste.

Fonte: Revista Cultivar