Farm News 06/10 a 12/10

Farm News 06/10 a 12/10

13 de outubro de 2025 0 Por admin

Importações da agropecuária crescem 10%

As importações brasileiras do agronegócio subiram para US$ 25 bilhões de janeiro a setembro deste ano, uma evolução de 10% em relação a igual período do ano passado. Fertilizantes e agrotóxicos são dois dos destaques do setor, mas as importações atingem também produtos que o Brasil é líder mundial ou um dos principais em exportações. São os casos de café, soja e milho.

A dependência externa brasileira no setor de fertilizantes continua grande. O país trouxe para o mercado interno 34 milhões de toneladas nos nove primeiros meses deste ano, 6% a mais do que em 2024. Os gastos atingiram US$ 11,5 bilhões, com aumento de 18%. O país aumenta ano a ano a área cultivada, mas não avança na oferta interna de adubo.

A dependência é grande também no setor de defensivos agrícolas. As importações deste ano já somam 751 mil toneladas, 42% a mais do que a de janeiro a setembro do ano passado. Os gastos com as compras externas de agrotóxicos subiram para US$ 4,1 bilhões, segundo dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior). O volume importado é recorde, mas os gastos são inferiores aos de 2022, quando os preços estavam mais aquecidos.

O Brasil comprou 5,25 milhões de toneladas de trigo, um cereal constante da lista das importações brasileiras, gastando US$ 1,23 bilhão. Os números ficam próximos aos de igual período do ano passado.

Fonte: Folha de S.Paulo

Brasil constrói aliança global para a defesa do algodão

A delegação brasileira concluiu a semana de trabalhos no ICA Trade Event 2025, realizado em Dubai, com resultado positivo. Além da rodada de negócios e do fortalecimento de parcerias comerciais, a participação da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) no evento anual da International Cotton Association (ICA) consolidou o Brasil como importante voz na defesa do algodão como fibra natural, mais sustentável e saudável que as sintéticas.

“Um dos pontos altos do ICA foi a reunião trilateral entre Brasil, Estados Unidos e Austrália. O encontro teve um tom extremamente colaborativo, com os países discutindo estratégias conjuntas de promoção, comunicação e defesa institucional do algodão”, analisa Marcelo Duarte, Diretor de Relações Internacionais da Abrapa.

Também foram abordadas iniciativas legislativas em curso, como o projeto americano Baca(Buy American Cotton Act), que prevê créditos tributários (tax credits) para marcas e varejistas que utilizarem algodão americano, além de propostas de regulação internacional para reduzir a poluição por microplásticos.

Para Duarte, a disposição dos países em trabalhar lado a lado, inclusive em temas de defesa legislativa e políticas públicas, marcou um novo capítulo nas relações entre os grandes exportadores. O presidente da Abrapa, Gustavo Piccoli, também destacou a importância da união entre os grandes países produtores em defesa da pluma. 

Fonte: Revista Cultivar

Crédito de R$ 12 bi automatiza silos no Brasil

O governo federal anunciou, em Brasília, uma nova linha de crédito de R$ 12 bilhões voltada à modernização industrial e à difusão de tecnologias 4.0. A iniciativa, conduzida pelo BNDES em parceria com a Finep, busca renovar o parque fabril brasileiro, ainda fortemente dependente de máquinas antigas, cuja idade média é de 14 anos, segundo estudos do setor. O programa incentiva investimentos em robótica, inteligência artificial, automação, sensoriamento e internet das coisas (IoT), com foco em elevar a produtividade e a eficiência operacional.

Do total previsto, R$ 10 bilhões serão destinados à linha Crédito Indústria 4.0, operada pelo BNDES. As taxas combinam TR e juros de mercado, com custo máximo de 8,5% ao ano, cerca de 6% abaixo das linhas tradicionais. O financiamento contempla tanto a aquisição de novas tecnologias quanto o retrofit de equipamentos e plantas industriais.

No agronegócio, a medida pode acelerar a modernização de silos e armazéns de grãos. A adoção de sistemas automatizados e conectados permite reduzir perdas, melhorar o controle de temperatura e umidade e ampliar a segurança das operações. Empresas como a PCE Engenharia já oferecem soluções compatíveis com o programa BNDES Finame Máquinas 4.0, incluindo monitoramento remoto e integração digital.

“O campo e a indústria precisa de ferramentas tecnológicas para ganhar eficiência. As cooperativas, armazenadores e fabricantes poderão financiar a automação de seus silos e armazéns e, com isso, reduzir custos e elevar a qualidade do grão armazenado”, afirma o diretor comercial da PCE Engenharia, Everton Rorato.

Fonte: Agrolink

Cafés especiais do Brasil podem render US$ 70 milhões em negócios no Japão

A participação de empresários brasileiros de cafés especiais em eventos no Japão, entre 24 e 27 de setembro, pode render US$ 70,1 milhões em negócios. Desse total, US$ 7,2 milhões foram fechados presencialmente e US$ 62,9 milhões são projeções para os próximos 12 meses.

As oportunidades surgiram na feira SCAJ 2025, a maior do setor na Ásia, durante a rodada de negócios “Taste of the Harvest”, que reuniu os exportadores brasileiros com 53 importadores japoneses. As ações integram o projeto setorial “Brazil: The Coffee Nation”, realizado pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) em parceria com a ApexBrasil.

Na SCAJ, o Brasil contou com um estande completo, incluindo uma sala para degustação (cupping) de cafés especiais de diversas origens, um “brew bar” para servir bebidas com diferentes perfis sensoriais e uma sala de reuniões. A feira recebeu 96 mil visitantes e 450 expositores.

Já na “Taste of the Harvest”, os importadores puderam provar 25 lotes de café certificados pela BSCA. Para Vinicius Estrela, diretor executivo da BSCA, o evento foi uma oportunidade incrível para o contato direto dos produtores com potenciais compradores, fortalecendo relações e abrindo novas frentes comerciais em um dos principais mercados importadores do café brasileiro.

Fonte: Compre Rural

Agro projeta recuperação para 2026

O setor agropecuário brasileiro mantém crescimento contínuo, mesmo com oscilações regionais. Mato Grosso, por exemplo, viu seu Valor Bruto da Produção (VBP) saltar de R$ 186,9 bilhões em 2020 para uma projeção de R$ 220,9 bilhões em 2025, apesar de quedas em 2023 e 2024.

O Paraná, com seu equilíbrio entre lavoura e pecuária, mantém estabilidade e prevê R$ 156,6 bilhões para 2025. Já São Paulo deve alcançar R$ 158,6 bilhões, liderado por cana-de-açúcar e cítricos, com sua área cultivada crescendo de 8,6 para 11,7 milhões de hectares entre 2020 e 2025.

Diante dessa diversidade, a análise de dados estratégicos é crucial. Luiz Almeida, da EEmovel, ressalta que cruzar informações públicas com sensoriamento remoto permite entender as movimentações regionais com precisão. “Consolidamos dados de mercado de forma integrada, garantindo análises completas sobre produtividade e potencial financeiro”, afirma.

Os perfis estaduais são distintos: Mato Grosso concentra 79% em lavouras, como soja e milho, enquanto o Paraná mitiga riscos com seu equilíbrio. Para 2026, o setor projeta recuperação, fortalecendo a diversificação como estratégia para um ciclo de crescimento mais sustentável e competitivo.

Fonte: Portal do Agronegócio

China se consolida como principal fornecedora de Sulfato de Amônio no Brasil

O ano de 2025 tem sido marcado por alterações relevantes na composição dos fertilizantes importados pelo Brasil. Volumes de SSP (superfosfato simples) superaram os de MAP (fosfato monoamônico), enquanto os volumes de Sulfato de Amônio ultrapassaram os de Ureia, refletindo uma mudança na demanda e na estratégia de abastecimento do setor.

Entre os destaques, as importações de Sulfato de Amônio destinado a fertilizantes cresceram 51% no comparativo entre os períodos de janeiro a setembro de 2024 e 2025. Esse aumento veio acompanhado de um fortalecimento da China como principal origem do produto, reforçando sua posição no mercado nacional.

Ao longo dos últimos cinco anos, a participação da China nas importações brasileiras de Sulfato de Amônio aumentou de forma contínua, passando de 69,4% em 2020 para 99,9% em 2025, consolidando-se como principal fornecedora.

Em contrapartida, países como Bélgica e Estados Unidos, que juntos representavam mais de 20% do mercado em 2020, deixaram de registrar participação em 2025. Outros países, em sua maioria europeus e asiáticos, também reduziram sua presença de forma significativa, passando de 10,3% para apenas 0,1%.

O Sulfato de Amônio está entre os fertilizantes que podem ser exportados pela China sem a necessidade do certificado de inspeção e quarentena (CIQ), documento exigido para determinados produtos agrícolas e químicos, o que facilita o processo de exportação do produto pelo país. 

Fonte: Globalfert

Custo da cesta básica cai em 22 capitais em setembro

O custo da cesta básica de alimentos diminuiu em 22 das 27 capitais brasileiras no mês de setembro. O dado é da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, divulgada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

As reduções mais expressivas ocorreram em Fortaleza (-6,31%), Palmas (-5,91%), Rio Branco (-3,16%), São Luís (-3,15%) e Teresina (-2,63%). Entre as capitais que registraram alta, a maior foi em Campo Grande (1,55%). 

“A redução do custo da cesta básica em boa parte das capitais é um sinal importante de que as políticas públicas do governo federal de abastecimento e apoio à produção de alimentos estão funcionando. A Conab, em parceria com o Dieese, trabalha para garantir transparência nos preços e contribuir com ações que assegurem comida de qualidade e a preços justos na mesa das famílias brasileiras”, afirma o presidente da Companhia, Edegar Pretto.

No mês de setembro os menores valores médios foram observados em Aracaju (R$ 552,65), Maceió (R$ 593,17), Salvador (R$ 601,74), Natal (R$ 610,27) e João Pessoa (R$ 610,93), cidades do Norte e Nordeste que têm composição diferente da cesta. O maior custo ficou em São Paulo (R$ 842,26). 

Fonte: Conab