Farm News 22/09 a 28/09

Farm News 22/09 a 28/09

29 de setembro de 2025 0 Por admin

União Europeia adiará implementação de lei antidesmatamento pela segunda vez

A UE (União Europeia) adiará a proibição de importações provenientes do desmatamento pela segunda vez, após pressão dos Estados Unidos e outros parceiros comerciais.

Jessika Roswall, a comissária de meio ambiente, culpou problemas técnicos pelo novo adiamento de um ano, dizendo que o sistema de registro poderia colapsar quando a lei entrasse em vigor no final do ano. “Há muita informação vinda da indústria em um curto período de tempo”, disse ela aos repórteres, com “risco de sobrecarga”.

“É por isso que precisamos desse tempo extra para ver como podemos resolver isso.” A lei visa impedir que consumidores europeus contribuam para a crise climática ao comprar produtos feitos a partir do corte de florestas. Ela proibiria importações incluindo café, cacau, borracha, madeira e óleo de palma se os produtores não conseguissem provar que não foram cultivados em áreas desmatadas.

Vários estados-membros reclamaram que as empresas não estavam prontas para cumprir a legislação. Roswall negou que os EUA ou outros parceiros comerciais tenham influenciado a decisão.

A lei foi proposta pela primeira vez em 2021 como parte do ambicioso Pacto Verde Europeu, que foi diluído após protestos de agricultores, preocupações com a economia enfraquecida do bloco e um foco em investimentos de defesa na esteira da guerra da Rússia na Ucrânia. Em dezembro passado, a Comissão Europeia adiou sua implementação por 12 meses para o final deste ano.

Fonte: Folha de S.Paulo

Nova resolução moderniza contratos de seguro agrícola

A Superintendência de Seguros Privados (Susep) publicou a Resolução nº 55/2025, que estabelece condições contratuais referenciais para planos de seguro rural com subvenção do prêmio.

Segundo a Acrisure, a norma entrou em vigor em setembro e inicialmente contempla as culturas de soja, milho e trigo, que concentram a maior demanda por proteção no campo.

A medida integra o Plano de Regulação da Susep 2023/2024 e busca acelerar a análise e aprovação de produtos, o que deve reduzir prazos para a concessão de subvenções no Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR).

Entre os principais impactos esperados estão maior clareza contratual, processos mais ágeis e previsíveis, além de reforço da segurança jurídica para agricultores. Para o pequeno e médio produtor, que muitas vezes depende do subsídio para viabilizar o seguro, a simplificação promete acesso mais rápido aos recursos.

Outro ponto relevante é o alinhamento regulatório. A Resolução nº 55 é o primeiro ato já em conformidade com a Lei nº 15.040/2024, modernizando o marco normativo do setor e reduzindo custos regulatórios. Essa atualização contribui para fortalecer a confiança entre seguradoras e produtores, além de aumentar a competitividade do seguro rural no Brasil.

Fonte: Agrolink

Ferrugem asiática da soja tem focos identificados na safra 2024/2025

A ferrugem asiática da soja, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, registrou as primeiras ocorrências já em outubro de 2024 no Rio Grande do Sul, logo após o fim do vazio sanitário, em lavouras de Cruz Alta.

O monitoramento realizado pelo Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (DDPA/Seapi) e pela Emater/RS-Ascar detectou altos níveis de esporos (infecção) nas semanas iniciais da safra 2024/25, com destaque para Muitos Capões (602 esporos), Três Passos (372), Ijuí (293) e Cruz Alta (205).

Os resultados constam da Circular Técnica nº 29 – Programa Monitora Ferrugem RS. Outubro e novembro concentraram os maiores níveis de inóculo, seguidos por março. Entre as regiões, o Planalto Médio apresentou a situação mais crítica, com 5.584 esporos, seguido pelo Planalto Superior–Serra do Nordeste (2.908) e pelo Alto/Médio Vale do Uruguai (2.281). A análise indicou que os picos do fungo ocorreram logo após períodos de chuva e em condições de alta umidade relativa do ar.

Apesar da elevada infecção inicial, o clima freou a expansão da doença. A safra 2024/25 foi marcada pela neutralidade climática — sem predominância de El Niño ou La Niña —, mas com chuvas abaixo da média em grande parte do estado e ondas de calor em fevereiro e março, quando as temperaturas ultrapassaram os 41°C. 

Fonte: Band

Boletim da Conab registra terceira queda mensal consecutiva no preço de hortaliças

Os preços do tomate nos primeiros 15 dias de setembro registraram queda. O movimento segue o comportamento verificado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) no último mês.

De acordo com o 9º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado pela Conab, as cotações do produto em agosto, na média ponderada, ficaram 19,86% mais baixas que as praticadas em julho. Essa redução ocorreu mesmo com a oferta do produto em agosto ter sido inferior em relação ao mês de julho.

Assim como o tomate, cebola, alface e batata também registraram queda nos preços na média ponderada em agosto. No caso da cebola, esse é o terceiro mês seguido em que os preços apresentam redução.

Em agosto, o movimento de cotações mais baixas foi unânime, com diminuição de 10,5% na média ponderada – sendo a maior queda verificada na Central de Abastecimento (Ceasa) de Vitória. A pulverização da produção, aliada à boa quantidade ofertada da cebola e ainda à menor demanda influenciaram o comportamento dos preços.

Cenário semelhante é verificado para a batata. Também pelo terceiro mês seguido, há registro de queda nos preços. Dessa vez, a redução na média ponderada em relação a julho foi de 6,55%.

A diminuição é ainda maior quando se compara com os preços de agosto de 2024, ano em que a produção foi reduzida no primeiro semestre devido às chuvas no final de 2023 e início de 24. De acordo com o Boletim, o preço médio dentre as Ceasas está 53,62% inferior ao praticado no mesmo período do ano passado.

Fonte: Conab

Enquanto americanos pagam 7,3% mais pela carne, Brasil encontra novos mercados

A “excelente química” entre Donald Trump e Lula, anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, pode ter algo a mais do que um ter gostado do outro, como afirmou o americano.

As tarifas impostas a produtos do agronegócio foram ruins para os exportadores brasileiros, mas os Estados Unidos continuam importando boa parte do volume que compravam, e pagando bem mais caro.

Já o Brasil está encontrando novos caminhos para seus produtos, como mostram os números das exportações brasileiras dos 15 primeiros dias úteis de setembro, um mês após a entrada em vigor da tarifa de 50%.

Enquanto o Brasil continua elevando suas exportações para outros mercados, como ocorre com a carne bovina, os americanos sentem o efeito da inflação no bolso. Dentro dos Estados Unidos, a situação não é tão tranquila.

Quando falou sobre a inflação na ONU, Trump destacou a queda do preço da gasolina, mas omitiu que a carne bovina teve aumento de 7,3% em agosto, em relação ao mesmo mês de 2024, segundo números do U.S. Bureau of Labor Statistics. Alguns cortes específicos, como a carne para bife, subiram 3,1% no mês, acumulando 17% em 12 meses.

O mesmo ocorre com o café, outro produto incluído na lista do tarifaço. Só em agosto, os americanos pagaram 3,1% a mais pela bebida, em relação a julho. No acumulado de 12 meses, a alta é de 21%.

Fonte: Folha de S.Paulo

Safra 2025/26: semeadura do milho chega a 62% da área total no RS

A semeadura do milho avançou em todo o Rio Grande do Sul, impulsionada pelas chuvas ocorridas entre 20 e 21 de setembro. No entanto, o excesso de precipitação exigiu replantio em solos rasos ou mal drenados, elevando os custos.

Para a Safra 2025/2026, a área destinada ao grão deve ser de 785.030 hectares, com produtividade média projetada de 7.376 kg/ha. A cultura do feijão apresenta ritmo heterogêneo, com atrasos nas regiões frias, como os Campos de Cima da Serra, e avanço em áreas de baixa altitude.

Já a canola, apresenta ótimo desenvolvimento, com 87% das lavouras em floração ou enchimento de grãos, beneficiadas por radiação solar e temperaturas amenas. A produtividade média esperada é de 1.737 kg/ha.

O desenvolvimento do trigo também é considerado satisfatório, mas as chuvas recentes aumentaram os riscos de doenças e acamamento, intensificando a aplicação de fungicidas. A produtividade estimada é de 2.997 kg/ha.

A aveia-branca, por sua vez, está sendo favorecida pela umidade do solo, mas o excesso hídrico elevou a pressão de doenças fúngicas. Já a cevada mostra bom desenvolvimento, com boas perspectivas de rendimento.

As pastagens nativas e perenes seguem em rebrote, com recuperação mais evidente nas áreas corrigidas. As forrageiras de inverno estão no final do ciclo, enquanto as de verão já foram semeadas, com condições climáticas favoráveis ao manejo do pastejo.

Fonte: Revista Cultivar

Consumo de fertilizantes nos EUA se recupera após queda em 2021

O fertilizante é um insumo essencial na produção agrícola, e mudanças em seu consumo ao longo do tempo refletem como os agricultores respondem à variação nos custos dos insumos e às condições de mercado.

Entre 2009 e 2013, o consumo total de fertilizantes nos EUA — incluindo nitrogênio, fosfato e potássio — apresentou tendência de alta, atingindo 21 milhões de toneladas métricas em 2013, o maior nível de consumo desde antes da Grande Recessão iniciada em 2007.

Em 2014, o consumo caiu ligeiramente para 20 milhões de toneladas métricas, antes de se estabilizar até 2020. Em 2021, o consumo total de fertilizantes caiu 9,4% em relação ao ano anterior, chegando a 18,3 milhões de toneladas métricas.

Essa queda foi impulsionada pelos impactos de mercado da pandemia de coronavírus (COVID-19), juntamente com o aumento dos preços da energia, interrupções na cadeia de suprimentos e restrições comerciais.

Entre os três nutrientes, o potássio teve a maior queda (11%), seguido pelo fosfato (7%) e pelo nitrogênio (6%). O volume de consumo de fertilizantes nitrogenados costuma ser mais que o dobro do consumo de fosfato e potássio.

Em média, de 2006 a 2023, o nitrogênio representou consistentemente a maior parcela do consumo de fertilizantes em termos de volume, com 59%. O potássio respondeu por 22% e o fosfato por 19%, com essas proporções permanecendo relativamente estáveis ao longo do período.

Fonte: Globalfert