
Farm News 26/05 a 01/06
Agro lidera crescimento do PIB no 1º trimestre de 2025
Puxando o crescimento da economia do país, a agropecuária brasileira cresceu 12,2% no primeiro trimestre de 2025, no comparativo do último trimestre de 2024. O setor teve a maior alta entre as atividades e refletiu diretamente no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, que aumentou 1,4%, neste comparativo. As informações são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou os dados no dia 30/05.
Segundo o relatório, pela ótica da produção, destaca-se o crescimento da agropecuária e, também, houve alta nos Serviços (0,3%). “O agro foi o grande responsável por esse crescimento. É a força da economia brasileira puxada pela agropecuária. Fruto de um trabalho de investimento no Plano Safra recorde e ampliação das oportunidades comerciais”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.
Já no comparativo do mesmo período de 2024, o PIB teve crescimento de 2,9% no primeiro trimestre de 2025. A Agropecuária cresceu 10,2%, principalmente, pelo bom desempenho de alguns produtos da lavoura com safra relevante no primeiro trimestre e pela produtividade. Segundo o IBGE, entre os produtos com safra no 1º trimestre e crescimento na estimativa de produção anual, destacam-se soja (13,3%), milho (11,8%), arroz (12,2%) e fumo (25,2%).
Fonte: Revista Cultivar
Governo anuncia programa de renegociação para dívidas rurais de gaúchos
O Conselho Monetário Nacional (CMN) autorizou os bancos a renegociarem as operações de financiamento rural de custeio para produtores do Rio Grande do Sul que foram afetados por secas e enchentes nas últimas duas safras. Apesar do anúncio, os agricultores gaúchos não ficaram satisfeitos com a medida e bloquearam, nesta sexta-feira (30) diversos trechos de rodovias no estado.
A medida se estende desde as contratações ao amparo do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e aos demais agricultores para até 100% do saldo da operação de custeio devida no ano, com chance de prorrogação para até 36 meses.
“Esta renegociação fica limitada a 8% do saldo das parcelas das operações de custeio contratadas com equalização de encargos financeiros pelo TN em cada instituição financeira previstas para vencimento no ano”, diz o órgão, em nota. A aprovação do CMN se daria até, no máximo, sexta-feira (30/05) e o custo para bancar o adiamento dos débitos é de R$ 136 milhões neste ano.
As medidas autorizadas complementam as possibilidades de renegociação de dívidas efetuadas com recursos controlados já previstas no Manual de Crédito Rural (MCR), hoje permitida para operações de crédito de custeio e de investimento contratadas no âmbito do Pronaf, e apenas de investimento para o Pronamp e para os demais produtores rurais.
Fonte: Band
Plataforma lança módulo gratuito de rastreabilidade para impulsionar valor do agro
Uma nova ferramenta voltada à rastreabilidade de produtos agropecuários foi lançada dia 30/05 durante a 3ª Jornada Técnica da Rede Técnica Cooperativa (RTC). O recurso será integrado à plataforma digital Smartcoop, já utilizada por produtores do Rio Grande do Sul. A inovação promete rastrear toda a cadeia produtiva — da porteira à exportação — agregando valor aos produtos e facilitando o acesso a mercados internacionais mais exigentes.
Segundo a Smartcoop, a nova funcionalidade permitirá gerar um código de rastreio único para cada produto, desde a origem na propriedade até o destino final, passando pela industrialização nas cooperativas. O gerente de desenvolvimento da empresa, Darlan Schwade, afirma que será possível verificar se o produto está em conformidade com critérios ambientais, como os exigidos pelo Cadastro Ambiental Rural (CAR).
“Esse processo garante mais segurança jurídica, eficiência produtiva e transparência. A rastreabilidade vai trazer vários benefícios para o sistema cooperativo”, destacou Schwade. Além da rastreabilidade, a ferramenta fornece dados essenciais sobre áreas de preservação permanente (APPs), reserva legal e eventuais pontos de desmatamento, permitindo ao produtor acompanhar essas informações em tempo real e diretamente pelo celular.
Para o gerente de Pesquisa e Tecnologia da CCGL e da RTC, Geomar Corassa, o lançamento atende à crescente demanda do mercado internacional por transparência e sustentabilidade. “Com isso, conseguimos abrir novos mercados e agregar mais valor à produção rural, além de identificar oportunidades de melhoria nas propriedades”, afirmou.
Fonte: Canal Rural
Paranaenses voltam a reduzir área de plantio de trigo neste ano
A área destinada ao trigo no Paraná mantém queda e deverá ser inferior a 900 mil hectares neste ano. Perto de 63% do espaço que será destinado ao cereal já foi semeado, principalmente nas regiões norte e oeste do estado. Restam as áreas mais frias do sul. Na safra anterior, os paranaenses plantaram 1,13 milhão de hectares.
Apesar da redução de área, a produção poderá atingir 2,7 milhões de toneladas, acima dos 2,3 milhões da safra anterior, conforme dados do Deral (Departamento de Economia Rural). O órgão, ligado à Secretária de Agricultura do estado, faz revisões constantes desses números.
O Paraná vem perdendo área e volume de produção nos anos recentes. Com isso, o estado já não consegue abastecer a demanda de cereal dos moinhos do Paraná, que é próxima de 4 milhões de toneladas, segundo Carlos Hugo Winckler Godinho, analista do setor de trigo do Deral.
Em 2022, devido à invasão da Ucrânia pela Rússia, os preços do trigo dispararam, e os paranaenses semearam 1,4 milhão de hectares. A área tradicional nos últimos dez anos tem sido de 1 milhão a 1,1 milhão. Essa incerteza sobre volume e produção traz um desequilíbrio ao mercado, principalmente com relação a preços, diz Godinho.
Fonte: Folha de S.Paulo
Colheita do algodão começa em três estados
Os estados da Bahia, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul já iniciaram a colheita da safra 2024/25 de algodão, segundo dados divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A informação consta na análise semanal do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), publicada na segunda-feira (26).
Segundo o Imea, as lavouras apresentam bom desenvolvimento em nível nacional, com condições climáticas favoráveis na maior parte das regiões produtoras. Em Mato Grosso, principal produtor da fibra no país, a colheita deve começar na segunda quinzena de junho.
“O clima contribuiu para o bom desempenho das lavouras, sobretudo nas áreas de segunda safra, semeadas mais tardiamente”, informou o instituto.
Apesar do cenário positivo, produtores demonstram preocupação com as chuvas isoladas registradas nas últimas semanas em algumas regiões. A alta umidade no solo tem afetado o baixeiro das plantas e favorecido o surgimento de doenças em parte das lavouras.
Ainda segundo o Imea, os tratos culturais seguem de forma intensiva como medida para conter os impactos. A previsão do NOAA (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos) indica ausência de chuvas em grande parte das áreas produtoras nos próximos dias, o que, se confirmado, pode beneficiar o rendimento final da safra.
Fonte: Agrolink
Exportação de gado vivo cresce no Brasil em 2025
O Brasil está exportando mais bovinos vivos, ou gado em pé, como também se costuma chamar. É o que mostram os dados do governo federal. De janeiro a abril deste ano, dados mais recentes, o volume embarcado foi de 118,220 mil toneladas, com uma receita de US$ 286,55 milhões.
No mesmo período em 2024, foram 57,370 mil toneladas para um faturamento de R$ 125,86 milhões. Em todo o ano de 2024, os embarques somaram 365,84 mil toneladas, 84% a mais que no ano anterior, quando o total foi de 198,89 mil toneladas.
A receita dos exportadores foi 69,75% superior. Passou de US$ 488,65 milhões para US$ 829,55 milhões. Nas contas da Scot Consultoria, o volume dos primeiros quatro meses de 2025 equivale a 300,6 mil cabeças de gado.
De janeiro a abril de 2024, foram 145,5 mil. Alcides Torres, diretor da empresa, avalia que as exportações estão aquecidas. E os preços médios, mais elevados. Neste ano, os valores estão em torno de R$ 360 por arroba. No ano passado, eram de R$ 300. A expectativa é fechar 2025 com embarques de 1,5 milhão de cabeças, afirma o consultor, com base em informações de representantes do segmento.
Fonte: Globo Rural
Mercado de fertilizantes especiais cresce quase 19% e ganha espaço entre pequenos produtores
O setor de fertilizantes especiais vive um momento de forte expansão no Brasil. Segundo dados da Abisolo (Associação Brasileira de Tecnologia em Nutrição Vegetal), o segmento alcançou um faturamento de R$ 26,9 bilhões em 2024, um avanço de 18,9% em relação ao ano anterior.
O destaque vai para os fertilizantes minerais especiais, que cresceram 30,7% no faturamento. A tendência é de que o ritmo continue forte em 2025, impulsionado pela busca por tecnologias que aumentem a eficiência, a rentabilidade e a sustentabilidade no campo.
Para entender o que está por trás desse crescimento, o Planeta Campo conversou com Clorialdo Roberto Levrero, presidente do Conselho Deliberativo da Abisolo. Segundo ele, o avanço está diretamente ligado ao investimento em pesquisa e desenvolvimento, que torna os fertilizantes mais eficientes e adaptados à realidade do agricultor brasileiro — do pequeno ao grande produtor.
De acordo com Levrero, os fertilizantes especiais se diferenciam dos convencionais por sua capacidade de potencializar a absorção de nutrientes com doses menores. Isso se traduz em menor impacto ambiental e maior produtividade. “Estamos extraindo menos do ambiente e jogando menos nele. Com isso, economizamos áreas de plantio e ampliamos a rentabilidade do produtor”, afirma.
Fonte: Globalfert