Farm News 19/05 a 25/05

Farm News 19/05 a 25/05

26 de maio de 2025 0 Por admin


País perde US$ 402 milhões por mês com embargos já declarados

Os 19 países, mais a União Europeia, que estão com embargo total às compras da carne brasileira de frango, são responsáveis por 45% do volume dessa proteína exportada pelo Brasil. No mês passado, eles compraram 210 mil toneladas, de um total de 463 mil enviadas ao exterior, segundo dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior).

Já a dezena de países que está com restrições apenas ao Rio Grande do Sul comprou 11 mil toneladas do estado, 2,4% das exportações mensais do país. O Brasil deixa de exportar por mês, portanto, 222 mil toneladas. Ao preço de US$ 1.811 cada, as receitas que não entram podem somar US$ 402 milhões por mês.

Se parte dos que estão com embargo total não flexibilizar essa decisão de impor barreira total ao país, as receitas das exportações de frango vão ter um baque forte nas próximas semanas. O país vinha exportando 20,3 mil toneladas de carne de frango por dia útil neste mês, no valor de US$ 1.811 cada, gerando receitas de de US$ 36,8 milhões por dia útil.

Se tudo correr como espera o Ministério da Agricultura, as exportações voltariam na segunda quinzena de junho. É o período legal para que a Organização Mundial de Saúde Animal devolva ao Brasil o status de livre da gripe aviária.

Fonte: Folha de S.Paulo

Mercado de grãos oscila entre trégua comercial e incertezas

A trégua comercial firmada entre Estados Unidos e China trouxe alívio temporário aos mercados globais, mas a cadeia de grãos e oleaginosas ainda enfrenta um ambiente desafiador e volátil. É o que mostra o relatório mensal divulgado pela Hedgepoint Global Markets, que analisa os principais drivers de oferta, demanda e preços nos segmentos de soja, milho e trigo.

O acordo, fechado em Genebra e válido por 90 dias, prevê a redução de tarifas bilaterais sobre produtos agrícolas e industriais, além da suspensão de medidas retaliatórias, como o bloqueio chinês à exportação de minerais de terras raras. O movimento trouxe alívio imediato aos mercados financeiros: o índice S&P avançou, o dólar se fortaleceu e o índice de volatilidade VIX recuou.

Contudo, este alívio é momentâneo. “A tensão estrutural entre EUA e China continua presente e seguirá afetando o comportamento dos agentes econômicos. Além disso, os mercados ainda têm que lidar com questões climáticas, riscos geopolíticos, endividamento americano e mudanças na política energética”, afirma, Thais Italiani, gerente de Inteligência de Mercado da Hedgepoint.

A construção de estoques estratégicos de soja pela China alcançou níveis recordes de 43 a 44 milhões de toneladas, o que deve limitar as importações em 2024/25.

Fonte: Revista Cultivar

Preços do milho no Brasil deverão ser mais impactados pela gestão da comercialização, do que pelo clima

O mercado do milho teve uma semana muito agitada e de intensa especulação, tanto na B3, quanto na Bolsa de Chicago e encerrou os negócios desta sexta-feira no vermelho em ambas as bolsas. Na brasileira, as perdas foram de  0,3% a 0,8% entre as posições mais negociadas, levando o julho a R$ 63,10 por saca, o setembro a R$ 64,30 e o janeiro a R$ 70,85. 

Há um foco importante dos traders no clima – tanto no Brasil, quanto Argentina e EUA – porém, os fundamentos ainda pressionam as cotações no mercado brasileiro, em especial a chegada da segunda safra de milho. A colheita já começou em algumas áreas do país, segundo informações do IMEA, e a área colhida alcança 0,31%. Enquanto isso, as estimativas indicam uma produção recorde na segunda safra, passando largamente de 100 milhões de toneladas.

Assim, como explicou o analista de mercado Enilson Nogueira, da Céleres Consultoria, os próximos três meses deverão ser de pressão sobre os preços do cereal, e os três meses seguintes de fôlego e melhores oportunidades, em especial por conta de uma força de demanda maior, tanto na exportação, quanto internamente.

“É melhor fazermos conta com boa produtividade do que com produtividade ruim. É mais produto disponível para o produtor tomar decisão e gerar margens”, explica Nogueira.

Fonte: Notícias Agrícolas

BOLETIM PROHORT: Preços da cenoura caíram no atacado depois de quatro meses de alta

A boa oferta de cenoura, nas principais Centrais de Abastecimento (Ceasas), influenciou na queda dos preços praticados no atacado no último mês. A média ponderada das cotações da raiz em abril registraram uma diminuição de 22,88%.

De acordo com levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a oferta dos principais produtores vem sendo suficientes para não deixar os preços dispararem como em 2024. É o que mostra o 5º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado dia 23/05.

Alface e tomate também ficaram mais baratos no último mês. No caso da folhosa, o comportamento das cotações foi influenciado pela demanda pelo alimento e a redução nos preços não foi uniforme, sendo registrada na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), na Ceasa de Campinas e em Santa Catarina. Para o tomate, a média ponderada dos preços caiu 5,82%, em relação à média de março, diante do aumento na oferta de 5,3% em relação a março.

Já para a cebola e batata, a Conab verificou alta nas cotações. A média ponderada de preço da batata subiu 36,67% em relação a março. Apesar da alta recente, é importante destacar que os preços seguem em patamares baixos, inferiores aos dois anos anteriores. 

Fonte: Conab

Bioinsumos ganham espaço na agricultura brasileira

A agricultura brasileira passa por uma transformação marcada pela ampliação do uso de bioinsumos. Derivados de microrganismos, extratos vegetais ou substâncias naturais, esses produtos têm sido adotados como alternativa aos insumos químicos tradicionais no controle de pragas, no crescimento vegetal, na recuperação de solos e na eficiência do uso de nutrientes.

Segundo o artigo “Bioinsumos: a revolução verde que se deseja no agro brasileiro” do especialista Fellipe Parreira, comercial norte VIVAbio, esse movimento representa uma mudança. “Os bioinsumos têm se mostrado aliados estratégicos na construção de uma agricultura mais equilibrada e menos dependente de produtos sintéticos”, afirmou.

Dados do Ministério da Agricultura indicam que o setor cresce, em média, 30% ao ano. Atualmente, quase metade dos produtores rurais no Brasil utilizam algum tipo de insumo biológico, abrangendo mais de 50 milhões de hectares cultivados. “A rápida expansão mostra que o setor agropecuário busca unir produtividade, sustentabilidade e responsabilidade ambiental”, disse Fellipe.

O avanço tecnológico também tem favorecido o desenvolvimento de soluções mais eficientes e adaptadas às realidades regionais do país. Em 2020, foi criado o Programa Nacional de Bioinsumos, que tem como objetivos estimular a pesquisa, fortalecer a produção nacional e ampliar o acesso a esses produtos. A iniciativa também busca valorizar a biodiversidade brasileira e reduzir a dependência de insumos importados.

Fonte: Agrolink

Clima no Brasil fica neutro e inverno tende a ser ‘mais quente’

O inverno brasileiro, que começa oficialmente no dia 20 de junho, às 23h42 (horário de Brasília) tende a ser mais neutro, aponta a previsão da FieldPRO, empresa de inteligência climática que utiliza Inteligência Artificial para o clima. A estação não terá influência significativa dos fenômenos El Niño ou La Niña no Pacífico Equatorial. A última vez que isso aconteceu foi no ano de 2013.

Com a neutralidade, não existe a expectativa de um inverno rigoroso no Brasil, como ocorreu há 12 anos, mas a previsão indica que podem ocorrer eventos de frio mais frequentes [em relação aos invernos de 2023 e 2024], com “ondas de frio”. Ainda assim, a tendência, conforme o relatório da FieldPRO, é de um inverno mais quente que a média, com maior espaçamento entre os períodos de frio e alguns dias de temperaturas acima da média.

Ainda de acordo com a FieldPRO, também não há expectativas de um inverno tão seco, como ocorreu em 2013 ou no último inverno. Durante a passagem das frentes frias mais intensas, a chuva pode surpreender com valores acima da média em áreas de Mato Grosso do Sul, Paraná, São Paulo e regiões sul e oeste de Mato Grosso. O relatório aponta que “teremos períodos prolongados de tempo bastante seco, com umidade relativa abaixo dos 30%, mas o diferencial em 2025 será a menor persistência desses períodos secos.

Fonte: Band

Dia do Trabalhador Rural: agro emprega 26% do país

Reconhecido como o Dia do Trabalhador Rural, 25 de maio foi instituído em homenagem à data de morte do ex-deputado gaúcho Fernando Ferrari, autor do Estatuto do Trabalhador Rural, na década de 1960.

Atualmente, o agronegócio brasileiro segue como um dos principais motores da economia nacional, empregando 28,4 milhões de pessoas, de acordo com dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) e da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Esse número representa 26% do total de ocupações no país entre julho e setembro de 2024 — dado que reforça a relevância do setor para a geração de renda em todas as regiões.

Para efeito de comparação, o estado de São Paulo, maior centro econômico do Brasil, registrou 24,7 milhões de empregos no mesmo período, conforme dados do Sistema IBGE de Recuperação Automática (Sidra), ou seja, o agro, sozinho, emprega mais pessoas do que todo o estado paulista.

Ainda assim, o setor precisa atenuar a grande informalidade dos trabalhadores que lidam diretamente com a produção rural, dos que seguem na linha de frente no trato com a terra. Além da força no campo impulsionada por cada trabalhador rural, o agronegócio vive um novo ciclo impulsionado pela digitalização e pela valorização de áreas como logística, tecnologia, gestão e serviços técnicos.

Fonte: Canal Rural