Farm News 12/05 a 18/05

Farm News 12/05 a 18/05

19 de maio de 2025 0 Por admin


Safra de grãos está estimada em 332,9 milhões de toneladas influenciada por boa produção de soja, milho e arroz

A produção de grãos no país na safra 2024/25 tende a registrar um aumento de 35,4 milhões de toneladas sobre o ciclo anterior, e deve chegar a 332,9 milhões de toneladas. O volume, se confirmado, configura um novo recorde para a série histórica da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab).

A área cultivada também deve crescer em torno de 2,2%, estimada em 81,7 milhões de hectares, assim como a produtividade média das lavouras, que tende a apresentar uma recuperação de 9,5% projetada em 4.074 quilos por hectare. Os dados estão no 8º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25 publicado dia 15/05 pela Companhia.

Dentre os produtos cultivados, a soja se destaca com a estimativa de um volume a ser colhido de 168,3 milhões de toneladas, a maior já registrada para o grão na história do país. A colheita da oleaginosa já chega a 98,5% da área semeada, sendo que nos estados do Centro-Oeste, Sudeste, Paraná e Tocantins os trabalhos já foram concluídos.

Em Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Mato Grosso, Bahia, Rondônia e Tocantins, as produtividades alcançadas foram recordes da série histórica da Conab. Esses ótimos rendimentos foram reflexo de condições climáticas favoráveis e do alto grau de profissionalismo dos produtores.

Fonte: Conab

Colheita de soja e milho avança com bom ritmo na Argentina

De acordo com boletim da Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA), a colheita de soja na Argentina avançou 20 pontos percentuais na última semana e já Cobre 64,9% da área apta em nível nacional. Esse número representa um leve adiantamento de 1,2 ponto percentual em relação à safra anterior, embora ainda esteja 5 p.p. abaixo da média das últimas cinco safras. O rendimento médio nacional é de 32 sacas por hectare (32 qq/ha), 8% acima do ciclo passado.

A colheita da soja já alcançou 73,6% da área, com produtividade média de 32,6 qq/ha, com destaque para resultados melhores do que o esperado na região central. Já a soja de segunda tem 41,9% da área colhida, com rendimento médio de 26,6 qq/ha. No Núcleo Norte, o avanço chega a 65%, com produtividades que igualam ou até superam os lotes de soja de primeira. Nesse cenário, a projeção de produção nacional é mantida em 50 milhões de toneladas.

Em relação ao milho destinado à produção de grãos, a colheita avançou 2,3 pontos percentuais, alcançando 37,2% da área estimada no país. O rendimento médio nacional é de 81,2 qq/ha. As atividades se concentraram principalmente nas lavouras precoces do sul da área agrícola, onde os rendimentos foram em sua maioria bons.

Fonte: Agrolink

StoneX reduz em 8% a estimativa da safra de trigo 2025/26

A StoneX revisou para baixo, em maio, a projeção da área plantada com trigo no Brasil para a safra 2025/26. Segundo o novo relatório, a estimativa caiu 8% em relação ao mês anterior, passando para 2,57 milhões de hectares. A retração afeta principalmente os estados do Paraná e Rio Grande do Sul, responsáveis por grande parte da produção nacional.

Entre os fatores que contribuíram para a redução estão a dificuldade de acesso ao crédito rural, a queda nos preços do trigo e as frustrações com safras anteriores. “Esses elementos desestimularam o plantio, levando produtores a optarem por outras culturas”, explica Jonathan Pinheiro, consultor da StoneX.

Com a menor área cultivada, a consultoria projeta aumento na necessidade de importações, mesmo com uma redução na demanda interna por moagem. A retração no consumo de farinha, segundo os analistas, pode estar ligada a pressões inflacionárias.

Apesar do cenário adverso, parte do setor ainda mantém a intenção de plantar trigo, impulsionada pelas oportunidades no comércio internacional. Isso pode ajudar a sustentar as exportações, mesmo com a queda esperada na produção. Os estoques finais, por sua vez, devem recuar cerca de 10% frente às projeções anteriores, mas ainda ficarão acima dos volumes da safra 2024/25.

Fonte: Revista Cultivar

Frango e ovos podem ficar mais baratos no Brasil após caso de gripe aviária

Os preços da carne de frango e dos ovos podem cair nos próximos meses devido ao caso de gripe aviária registrado no Rio Grande do Sul. Isso porque, com a restrição nas exportações dos produtos avícolas do estado, a oferta no mercado interno aumenta, tornando os produtos mais baratos. O Rio Grande do Sul é o 3º maior produtor de itens avícolas do Brasil e, com as restrições, cerca de 60 mil toneladas de frango por mês devem “sobrar” no Brasil.

Em abril, o estado gaúcho exportou 64,9 mil toneladas de carne de frango e derivados (exceto ovos). Somente a China, que foi o primeiro país a suspender as compras, foram 51 mil toneladas exportadas. Neste sábado (17), Chile, Uruguai e Argentina também anunciaram a suspensão das importações do Rio Grande do Sul.

Na última sexta-feira (16), o ministro da agricultura, Carlos Fávaro, já havia levantado a bandeira na queda dos preços devido ao caso. “Com a diminuição das exportações [de ovos] – se bem que é importante dizer que o Brasil exporta só 0,9% da produção de ovos, não tá indo muito para fora do Brasil. O que fez o preço do ovo subir foi a demanda, que estava bastante aquecida. Mas com certeza, em termos de carne de frango, teremos uma oferta mais abundante do Brasil que pode pressionar os preços um pouco para baixo”, explicou Fávaro.

Fonte: Band

México entra na lista e suspende produtos avícolas do Brasil

O governo do México confirmou neste sábado (17) a suspensão das importações de produtos avícolas do Brasil, após o país registrar um caso de gripe aviária em uma granja comercial no Rio Grande do Sul.

Por meio de uma nota oficial, o governo mexicano explicou que a medida foi adotada enquanto aguarda mais informações sobre o foco da doença. A suspensão das compras de produtos avícolas brasileiros segue a precaução de outros países em relação à disseminação da gripe aviária.

Com isso, o México se junta a outros países que já impuseram restrições temporárias às exportações brasileiras de produtos avícolas, incluindo Chile, Uruguai, União Europeia (UE), China e Argentina. O Brasil, um dos maiores exportadores de carne de frango e ovos do mundo, enfrenta agora desafios no setor devido ao aumento das barreiras comerciais causadas pela crescente série de bloqueios.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, destacou que, ao confirmar a presença de doenças em animais de criação comercial, cada país segue seus próprios protocolos de contenção. Em alguns casos, como na China, União Europeia e Argentina, as restrições não se limitam às áreas afetadas, mas são aplicadas a todo o território nacional.

No entanto, países como Japão, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Filipinas adotaram uma abordagem diferente, baseada no conceito de “regionalização”.

Fonte: Canal Rural

Carnes trazem R$ 53 bilhões com exportações em quatro meses

As carnes, com exportações recordes, trouxeram R$ 53 bilhões para dentro do país com as vendas externas de janeiro a abril. A demanda ainda aquecida e o aumento dos preços médios internacionais renderam US$ 9,1 bilhões no quadrimestre, 21% a mais do que em igual período do ano passado. O volume exportado foi de 3,3 milhões de toneladas, 11,5% a mais do que em 2024.

Mais mercados e volumes maiores nas vendas externas colocam as carnes mais próximas da soja. Há uma década, as exportações do primeiro quadrimestre das proteínas animais representavam 28% das de soja em grão. Neste ano, as carnes já atingem 62% das receitas obtidas pela oleaginosa no exterior.

A grande responsável pela evolução, tanto da soja como das carnes, foi a China, mas a proteína animal avança e ganha novos mercados com boa representatividade. Os chineses gastaram US$ 2,5 bilhões no país neste ano para adquirir 653 mil toneladas de carne bovina, suína e de frango. As importações chinesas representaram 27% das receitas obtidas pelo Brasil com essas carnes.

A participação do país asiático na soja é mais concentrada e chegou a 74%.O mercado importador de carnes do Brasil é mais disseminado. Os cinco principais importadores, incluindo a China, ficam com 49% do produto brasileiro, e estão espalhados por várias regiões.

Fonte: Folha de S.Paulo

Fusão entre BRF e Marfrig agita o mercado

A Marfrig e BRF anunciaram dia 15/05 uma fusão que criará a MBRF Global Foods Company. A transação prevê a incorporação das ações da BRF pela Marfrig em uma relação de troca de 0,8521 ação da Marfrig por cada ação da BRF detida. Após o anúncio, porém, as ADRs da BRF caíram no pós-mercado em Nova York.

Segundo Marco Saravalle, estrategista-chefe da MSX Invest, a proposta de fusão será submetida a aprovação das assembleias gerais, tanto da Marfrig, quanto da BRF, que acontece no dia 18 de junho. Mas como a Marfrig já é controladora da BRF (ou seja, detém grande parte de suas ações), ela terá um forte poder de voto e, portanto, a aprovação é “praticamente certa”, segundo o analista.

Na prática, o acordo prevê que todas as ações da BRF serão incorporadas pela Marfrig. A relação de troca definida é de 0,8521 ação da Marfrig para cada ação da BRF. Portanto, se um investidor tem 100 ações da BRF, ele passará a ter 85 ações da Marfrig. 

Como as ações das duas têm hoje praticamente a mesma cotação (a Marfrig em torno de R$ 20,66 e a BRF em torno de R$ 20,62) essa relação de troca vai impor uma perda, ao menos momentânea, para os detentores de papéis da BRF.

Fonte: Globo Rural