Farm News 19/08 a 25/08

Farm News 19/08 a 25/08

26 de agosto de 2024 0 Por admin


CMN aprova regras para renegociação de crédito rural em municípios gaúchos afetados por enchentes

Conselho Monetário Nacional (CMN) publicou nesta quinta-feira (23) a Resolução CMN nº 5.164/24, que autoriza as instituições financeiras a prorrogarem as parcelas das operações de crédito rural de custeio, investimento e industrialização para produtores do Rio Grande do Sul afetados pelas enchentes ocorridas neste ano.

Para que as operações sejam elegíveis, elas devem ter sido contratadas até 15 de abril deste ano, com vencimento entre maio e dezembro de 2024. Além disso, os recursos devem ter sido liberados, parcial ou totalmente, antes de maio.

A medida tem como objetivo auxiliar os produtores rurais e agricultores familiares gaúchos que sofreram perda de renda igual ou superior a 30%. A prorrogação se aplica aos empreendimentos localizados em municípios com decreto de situação de emergência ou estado de calamidade pública reconhecido pelo Governo Federal.

No caso das operações de custeio e industrialização, a prorrogação pode ser estendida por até quatro anos, com a primeira parcela vencendo em 2025. Para operações de investimento, as parcelas podem ser prorrogadas por até 12 meses após a data de vencimento do contrato. Em ambos os casos, as demais condições do contrato original serão mantidas. Os mutuários deverão solicitar a prorrogação até 13 de setembro de 2024.

Fonte: Mapa

Crise na indústria de suínos na China impacta importações de soja

A especulação de uma eventual “guerra comercial” entre os Estados Unidos e a China – dependendo dos resultados das eleições no país da América do Norte – mantém em alerta os operadores de soja na bolsa de Chicago, segundo informam os analistas da Bolsa de Comércio de Rosário, na Argentina.

Neste momento, apenas 1 milhão de toneladas de soja da safra 2024/25 foram entregues pelos Estados Unidos ao mercado chinês. “Nesta altura do ano é normal que os novos compromissos de mercadorias entre ambas as potências cheguem a 7,6 milhões de toneladas considerando a média dos últimos quatro anos”, comparam os analistas.

Neste contexto, a China mantém o foco da sua procura (pela soja) na América do Sul, porém, ressalta a Bolsa de Rosário, o momento atual marcaria uma transição das compras para a América do Norte, devido à chegada da nova colheita.

No primeiro semestre de 2024, as importações de soja da China caíram 9% em relação ao primeiro semestre de 2023, totalizando 48 milhões de toneladas, provenientes principalmente do Brasil.

A China é o principal importador do mundo de soja, respondendo por 61% do mercado total, com 100 milhões de toneladas adquiridas anualmente, considerando a média dos últimos cincos anos.

Fonte: DBO

Preços do café devem subir ainda mais até o final do ano

Os preços dos contratos futuros do café arábica e robusta na bolsa ICE devem encerrar 2024 mais altos do que agora, devido a preocupações com o clima e a redução da oferta, mostrou uma pesquisa da Reuters com 11 traders e analistas nesta sexta-feira.

Os preços do café arábica devem subir para 2,60 dólares por libra-peso até o final do ano, de acordo com a previsão mediana da pesquisa, 7% acima do fechamento de quinta-feira.

Para o café robusta, a expectativa é de que os preços terminem o ano 4% mais altos, a 4.750 dólares por tonelada. Isso colocaria os preços do robusta em seu nível mais alto em pelo menos 16 anos.

Os participantes da pesquisa disseram que a oferta de café ficará mais restrita durante a temporada de outubro de 2024 a setembro de 2025. A previsão mediana é de que a produção superará a demanda em apenas 150.000 sacas, ou um quinto de um excedente estimado em 700.000 sacas em 2023/24.

A principal razão para esse declínio é a incapacidade do Vietnã, o maior produtor mundial da variedade robusta, de produzir a níveis superiores a 30 milhões de sacas como em anos anteriores. A mediana das previsões da pesquisa para a produção do Vietnã é de 28 milhões de sacas no próximo ano-safra de 2024/25.

Fonte: Notícias Agrícolas

Argentina recupera posto perdido para Brasil no comércio exterior

Os argentinos estão retomando o lugar perdido para o Brasil no ano passado nas exportações referentes ao agronegócio. A perda de espaço do país vizinho em 2023 ajudou a economia brasileira a acrescentar mais dois produtos na liderança mundial em 2023: milho e farelo de soja.

O ano passado foi um período muito difícil para os argentinos, que tiveram uma das piores safras dos últimos anos, devido aos efeitos do clima sobre as lavouras.

A produção de milho e de soja, normalmente próximas de 50 milhões de toneladas, ficaram bem abaixo desse volume. As estimativas para a soja na safra passada estão entre 20 milhões e 25 milhões de toneladas, e as para o milho, entre 34 milhões e 36 milhões, dependendo da consultoria que avalia o setor.

O retorno à normalidade, apesar de pequenos problemas nesta safra, deram novo fôlego para os argentinos no mercado externo. Em 2023, com a baixa produção da oleaginosa, a Argentina acumulava 10,3 milhões de toneladas de farelo de soja exportadas de janeiro a julho. Neste ano, o volume já soma 15,4 milhões.

Tradicionalmente os maiores exportadores de farelo do mundo, os argentinos colocaram apenas 16,2 milhões no mercado externo em 2023, abrindo espaço para a liderança dos brasileiros, que venderam 22,5 milhões de toneladas.

Fonte: Folha de S.Paulo

Citros: boas expectativas para próxima safra

O Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar publicado dia 22/08 revelou um cenário favorável para a colheita de frutas no Rio Grande do Sul, especialmente na região de Bagé, em São Gabriel, onde 75% dos 22 hectares de laranjas já foram colhidos. A colheita de bergamotas na área de 46,5 hectares também está avançada, restando apenas 5% dos pomares a serem colhidos.

Segundo o informativo, em Caxias do Sul, a colheita das variedades tardias segue a todo vapor, enquanto as variedades precoces já foram completamente colhidas. A produtividade de bergamota, no entanto, sofreu uma redução de 40% devido ao excesso de chuvas e falta de insolação, que causaram queda de frutos e rachaduras, além de dificultarem os tratamentos fitossanitários. 

Os preços na lavoura permanecem estáveis, com a laranja de suco sendo vendida entre R$ 1,75 e R$ 2,00 por quilo, enquanto as variedades de umbigo e do Céu alcançam preços superiores.

No município de Frederico Westphalen, a colheita de laranja e bergamota prossegue, com uma produtividade que variou conforme a cultura e as condições climáticas. Embora a colheita esteja chegando ao fim, um novo ciclo produtivo já se inicia, com boas brotações e floração em abundância, indicando um cenário promissor para a próxima safra.

Fonte: Agrolink

Avanço da colheita de milho influencia nos preços de frete na maioria das praças

Os preços de serviço de transporte de grãos praticados nas principais rotas do país registraram alta em sua maioria, com exceção do Paraná, onde a demanda por fretes foi negativa em maior parte. A elevação é influenciada, principalmente, pelo avanço da colheita do milho 2ª safra. A análise consta no Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta semana.

No Centro-Oeste, na comparação com o mês anterior, os preços para serviço de transporte de grãos em jul/24, com origem no Distrito Federal registraram variações positivas em todas as praças pesquisadas, com destaque para as rotas de Osvaldo Cruz, em São Paulo, e Imbituba, em Santa Catarina.

Os incrementos nas cotações foram motivados sobretudo pela maior disponibilidade de frete, principalmente de milho. Em Mato Grosso, as remoções agrícolas em julho apresentaram variações discretas em relação ao mês anterior na maioria das praças acompanhadas. Com a colheita da segunda safra do cereal bastante avançada atingindo quase 70% da área, as remoções direcionadas ao mercado interno tiveram papel importante no período.

As cotações para movimentação de grãos a partir de Mato Grosso do Sul também ficaram mais caras em julho, pelos mesmos motivos de colheita do milho segunda safra, necessidade de abertura de espaço nos armazéns e demanda por soja aquecida. 

Fonte: Conab

Governo do Paraná lança Programa de Irrigação com investimento de R$ 200 milhões

O Governo do Paraná acaba de lançar o Programa Estadual de Irrigação (Irriga Paraná) com investimento de R$ 200 milhões, destinado a ampliar a área irrigada no Estado em 20%. O programa oferece linhas de crédito com juros subsidiados para agricultores familiares e produtores rurais, visando aumentar a produtividade e enfrentar os efeitos das mudanças climáticas. 

“É uma visão moderna da agricultura que o mundo vem fazendo. Com as mudanças climáticas e a necessidade de ampliar a nossa produtividade, decidimos implantar esse programa, que vai facilitar a vida do agricultor, tanto na parte de projeto técnico quanto das licenças e outorgas ambientais, além de juros subsidiados”, destacou o governador do Estado, Carlos Massa Ratinho Junior, durante o lançamento. 

Atualmente, apenas 3% da área agrícola do Paraná é irrigada, o que corresponde a 170 mil hectares. O novo programa pretende expandir essa área, oferecendo até cinco safras a cada dois anos e gerando um aumento significativo na renda dos agricultores e na economia do agronegócio.

Dos R$ 200 milhões que serão investidos, R$ 150 milhões são para linhas de crédito para estímulo à instalação de sistemas de irrigação. Agricultores familiares enquadrados nas linhas do Plano Safra terão juros zero por meio do Banco do Agricultor Paranaense, com bônus de até R$ 20 mil em casos de adimplência.

Fonte: Revista Cultivar