Farm News 05/02 a 11/02
Produção de grãos deve chegar a 299,8 milhões de toneladas
A colheita total de grãos na safra 2023/24 deve chegar a 299,8 milhões de toneladas, conforme a nova estimativa da Conab. O volume é 6,3% inferior ao obtido na safra passada, o que representa 20,1 milhões de toneladas.
O comportamento climático nas principais regiões produtoras, sobretudo para soja e milho primeira safra, vem afetando negativamente as lavouras, desde o plantio. O atraso no plantio da soja possivelmente impactará no plantio da segunda safra de milho.
A produção de soja estimada é de 149,4 milhões de toneladas, o que representa queda de 3,4% se comparado com o volume obtido no ciclo 2022/23. Já se for considerada a expectativa inicial desta temporada, a quebra chega a 7,8%, uma vez que a Conab estimava uma safra de 162 milhões de toneladas.
O atraso do início das chuvas nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Matopiba, seguido por chuvas irregulares e mal distribuídas, com registros de períodos de veranicos superiores a 20 dias, além das altas temperaturas, estão refletindo negativamente no desempenho das lavouras.
Fonte: Conab
Café conilon tem preços recordes nos mercados interno e externo
O café conilon está com preços recordes no Brasil, um reflexo do que ocorre também no mercado internacional. São vários os fatores que provocam essa aceleração. Entre eles, estoques, produção, demanda, clima e até problemas geopolíticos, segundo Guilherme Morya, analista de café do Rabobank, banco especializado em agronegócio
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A aceleração dos preços internos é mostrada pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) e a do mercado externo pela Bolsa de Londres, que indica tendências para as negociações internacionais.
Em julho do ano passado, o conilon já atingia preços elevados, subindo para US$ 2.859 por tonelada, em Londres. Neste ano, chegou a US$ 3.400, devido à oferta menor. Os números globais mostram os motivos dessa alta.
A oferta global de café será de 174 milhões de sacas em 2023/24, com alta de 6% em relação à anterior. Essa evolução, no entanto, é puxada pelo aumento de café arábica, que sobe 12%. Já a oferta de conilon terá retração de 1%.
Os preços são sustentados também pelos estoques baixos, que estão próximos dos menores patamares históricos, segundo Morya. O normal é um volume entre 3 milhões e 3,5 milhões de sacas, mas atualmente está em 450 mil.
Fonte: Folha de S.Paulo
Inflação de janeiro fica em 0,42%, pressionada pela alta dos alimentos
A inflação oficial no mês de janeiro ficou em 0,42%, puxada principalmente pela alta no preço dos alimentos. Esse patamar fica abaixo do 0,56% apurado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no mês anterior, dezembro. Em 12 meses, o índice soma 4,51%. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em janeiro, o grupo alimentação e bebidas, que tem maior peso na cesta de consumo das famílias (21,12%), subiu 1,38%. Isso significa um peso de 0,29 ponto percentual (p.p.) no IPCA do mês. É a maior alta de alimentação e bebidas para o mês desde 2016, quando o grupo alcançou elevação de 2,28%.
O IBGE explica que fatores climáticos foram os principais motivos que causaram o aumento no preço dos alimentos no começo de 2024.
“O aumento nos preços dos alimentos é relacionado, principalmente, à temperatura alta e às chuvas mais intensas em diversas regiões produtoras do país”, explica o gerente da pesquisa, André Almeida.
Entre os alimentos que mais pesaram no bolso do brasileiro estão a cenoura (43,85%), batata-inglesa (29,45%), feijão-carioca (9,70%), arroz (6,39%) e frutas (5,07%).
Fonte: Canal Rural
Confira o balanço mensal do Cepea para o algodão, milho e trigo
ALGODÃO: O expressivo excedente brasileiro e a menor oferta norte-americana devem levar o Brasil a se tornar o maior exportador mundial de algodão em pluma.
No País, o cultivo da temporada 2023/24 deve ser incentivado pelos atrasos na semeadura de soja no Cerrado, e isso deve manter o excedente interno amplo ainda em 2024 e em parte de 2025. Assim, o Brasil deve ultrapassar os Estados Unidos e se tornar o terceiro maior produtor do mundo em 2023/24.
MILHO: O clima desfavorável à safra verão de milho 2023/24 pode atrasar a semeadura da segunda temporada, que, vale lembrar, atualmente é responsável por 3/4 da oferta nacional do cereal.
Quanto aos preços, os patamares deste começo de 2024 estão bem abaixo dos verificados há um ano, contexto que reduz as margens e que, somado às incertezas quanto aos impactos do El Niño sobre a produtividade, diminui o interesse de agricultores pela semeadura de milho – parte dos produtores já sinaliza que não deve aumentar a área.
TRIGO: As estimativas de produção da safra 2023/24, tanto mundial quanto brasileira, são inferiores às da temporada anterior. O Brasil deverá ser apenas o 16º maior produtor de trigo da temporada 2023/24 e o 10º maior exportador global da commodity.
Fonte: Cepea
Lavouras de soja são afetadas por calor extremo na Argentina
Nas últimas semanas, a Argentina tem enfrentado uma severa onda de calor, com temperaturas máximas ultrapassando os 35°C em vastas áreas do país, chegando a registrar picos acima de 40°C em dez províncias, incluindo Santiago del Estero, onde se observou a temperatura mais alta, atingindo 45,7°C.
Este cenário impõe desafios significativos para a agricultura, exacerbando o estresse hídrico em cultivos essenciais como milho, soja e girassol, que se encontram em fases críticas de desenvolvimento, variando de crescimento vegetativo a floração.
A combinação de altas temperaturas e a ausência de chuvas significativas têm resultado em uma redução drástica das reservas hídricas edáficas, elemento fundamental para a manutenção da saúde e desenvolvimento dos cultivos. Embora o estado geral das lavouras seja considerado bom, já são evidentes os sinais de estresse hídrico em determinadas áreas, o que pode levar a uma diminuição na produtividade e na qualidade final dos produtos agrícolas.
Segundo o governo da Argentina, o plantio de grãos de verão, oleaginosas e algodão está quase finalizado, já as lavouras de girassol avançam na colheita, com o trabalho de campo concentrado nas áreas de produção do norte de maturação precoce.
Fonte: Agrolink
Após El Niño, La Niña deixa produtores rurais em alerta
Depois de um ano marcado pelo El Niño, que provocou seca no Norte e temporais frequentes no Sul do país, afetando a produção agrícola em várias regiões do Brasil, produtores estão em alerta agora para o fenômeno La Niña.
A possibilidade de este ocorrer no segundo semestre deste ano é cada vez maior, segundo a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA, pela sigla em inglês).
O órgão de monitoramento do clima dos EUA estima chance de 65% de haver La Niña entre agosto e outubro de 2024.
Em períodos de La Niña, em média, chove menos no Sul e mais no Norte e Nordeste do Brasil. No Sudeste e Centro-Oeste, há chances de períodos frios e chuvosos.
O meteorologista Willians Bini, da Climatempo, diz que não há razões para alarmismo no momento. Mas admite que o Sul precisa ficar atento a um retorno do La Niña: “O excesso de chuva (de hoje) no Sul do Brasil deixa de ser algo real, e pelo contrário, já tem um risco de chuvas irregulares. Isso para o agro no Sul passa a ser uma informação extremamente relevante, pelo possível déficit hídrico em algumas áreas”.
Fonte: Exame
Agrodefesa identifica novos focos de cancro cítrico
Por meio do trabalho da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), órgão do Governo de Goiás, durante inspeções de rotina e mediante o Levantamento Fitossanitário Anual, foram identificados mais cinco novos focos de cancro cítrico em pomares comerciais goianos.
A praga quarentenária é causada pela bactéria Xanthomonas citri pv.citri., que afeta cultivos de laranja, limão e tangerina, e foi encontrada, recentemente, em áreas comerciais nos municípios de Cachoeira Alta, Cromínia, Gouvelândia, Joviânia e Quirinópolis.
Para a identificação, as amostras coletadas nas propriedades são enviadas para o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária (LFDA/Mapa), em Goiás, para diagnóstico e emissão de laudo técnico oficial.
Em caso de resultado positivo para cancro cítrico, o produtor de área comercial poderá optar pela adoção do Sistema de Mitigação de Risco (SMR), passando o município a ser reconhecido pelo status fitossanitário de “Área sob Mitigação de Risco” para o cancro cítrico.
“A partir da caracterização do status de SMR, são adotadas diferentes medidas de manejo de risco para proteção contra a praga”, explica a gerente de Sanidade Vegetal da Agrodefesa, Daniela Rézio.
Fonte: Revista Cultivar