Farm News 15/01 a 21/01
Soja volta a subir em algumas regiões do país
No estado de Santa Catarina, o preço da soja voltou a subir, mas os negócios não se moveram, segundo informações da TF Agroeconômica. “Assim como os demais estados, as negociações estão paradas em Santa Catarina, o cenário segue se repetindo e não deve passar por qualquer modificação por momento”, informou a consultoria.
“Apesar da alta expressiva vista hoje, as ofertas seguem ainda muito distantes do que o produtor procura, no momento aproximadamente R$ 10,00 mais baixo. No porto de São Francisco do Sul, o preço ficou a R$ 123,00, marcando alta de R$ 3,50/saca”, completa a consultoria.
Outro estado que registrou aumento nos preços, mesmo de forma leve, foi o Mato Grosso. “Mercado volta a se valorizar de forma geral em um contexto interno devido aos novos e mais preocupados dados obtidos por meio da IMEA. Embora no contexto internacional a soja ainda esteja se desvalorizando em virtude da falta de demanda por parte da China”, indica.
“As propostas estão nesse ponto se aproximando das bases de R$ 105,00 para entrega ainda em janeiro e pagamento em fevereiro, os preços internos dos lotes mostram-se decadentes, com Campo Verde a R$ 10,7,90, Lucas do Rio Verde a R$ 103,20, NovaMutum a R$ 103,20, Primavera do Leste a R$ 108,30, Rondonópolis a R$ 110,00 e Sorriso a R$ 102,80”, informa.
Fonte: Agrolink
Fretes: Quebra na safra de grãos deixa perspectiva de preço mais favorável para escoamento da safra 2023/24
A iminente quebra na safra 2023/24 de grãos do Brasil já faz com que as perspectivas relacionadas aos custos de fretes sejam alteradas.
É o caso do Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial (ESALQ-LOG) que, no final do ano passado, estimava que os preços dos fretes rodoviários saltassem até 20% neste início de 2024 ante 2023. Agora, a entidade espera preços estáveis a no máximo 10% mais altos.
“Com as novas revisões de safra, talvez, esse reajuste não seja tão grande neste início de 2024 [momento em que historicamente os preços são mais altos]. Esperamos fretes de 5% a 10% maiores em relação ao ano de 2023 na primeira safra”, afirma Fernando Bastiani, um dos coordenadores do levantamento do ESALQ-LOG. Na rota Sorriso-Miritituba, os preços do frete, segundo o grupo, estavam em cerca de R$ 315 em fevereiro de 2023.
Bastiani explica que, devido ao atraso no plantio da soja na safra 2023/24 e, consequentemente, da colheita, que ainda caminha lentamente no país, o pico de frete no Brasil neste ano de 2024 tende a ser em março e não no início de fevereiro, como costuma ocorrer.
Fonte: Notícias Agrícolas
O ano de 2024 será para cuidar do caixa e revisar planejamento
O ano de 2024 será um período para cuidados com o caixa e acertos no planejamento. Os desafios, que começaram na safra de verão, vão persistir na safrinha. O crescimento econômico mundial ainda é modesto, os juros estão elevados e o dólar valorizado. Tudo isso impõe desafios para uma retomada dos preços das commodities.
A avaliação é dos analistas da consultoria Céleres, que acreditam em mais um ano de preços menores, uma vez que a relação de estoques e de consumo está relativamente alta.
Os custos logísticos externos e internos pressionam em um momento de preços das commodities sem força para reação. Já o fator clima, bastante presente nesta safra, pode afetar a formação de estoques das tradings.
É um período de “tempestade quase perfeita”, afirmam. Apesar dos menores custos de produção, os desafios na construção das margens são grandes. Elas seguramente serão menores, podendo ficar abaixo da média histórica dos últimos 20 anos.
Apesar desses contratempos, a Céleres vê possibilidades nos negócios. O arrocho de renda e o aumento de inadimplência para uns poderão ser oportunidades de terras e fazendas colocadas à venda para outros. É um período, no entanto, de menos aquisições e mais organização do modelo de negócios.
Fonte: Folha de S.Paulo
Clima mais favorável e bienalidade positiva apontam produção estimada em 58,08 milhões de sacas de café
A safra brasileira de café em 2024 deverá se confirmar como ano de bienalidade positiva, com produção estimada de 58,08 milhões de sacas de café beneficiado, 5,5% superior à produção de 2023.
No primeiro levantamento do ano realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta quinta-feira (18), a estatal ressalta que as safras de 2021 e 2022, devido às adversidades climáticas, tiveram baixas produtividades, o que modificou a tendência de crescimento que se verificava na série de produção.
Mas em 2023, com as condições climáticas mais favoráveis, iniciou-se a fase de recuperação das produtividades. A área total destinada à cafeicultura no país em 2024, nas espécies arábica e conilon, é de 2,25 milhões de hectares, com aumento de 0,8% sobre a da safra anterior.
Essa área engloba 1,92 milhão de hectares de lavouras que estão em produção, que apresentam crescimento de 2,4% em relação ao ano anterior, e ainda mais 336,3 mil hectares que estão em formação, que por sua vez tiveram redução de 7% em comparação ao mesmo período.
De acordo com o Boletim da Conab, nos ciclos de bienalidade negativa, os produtores costumam realizar tratos culturais mais intensos nas lavouras, promovendo algum tipo de manejo em campos que só entrarão em produção nos próximos anos.
Fonte: Conab
Projeto de capacitação faz pequenos produtores terem aumento de 17% no faturamento
Pequenos produtores rurais acompanhados pelo projeto ALI Rural, do Sebrae, alcançaram aumento de 17% no faturamento de suas propriedades. São mais de 11 mil agricultores familiares que receberam, entre setembro de 2022 e novembro de 2023, capacitações e acompanhamento em técnicas de inovação e desenvolvimento sustentável.
Sara Abrão, de Pedregulho (SP), cultiva café junto com a sua família. Após a participação no ALI Rural, ela conta que superou a média do projeto e alcançou cerca de 40% de crescimento.
“Conseguimos nos organizar muito melhor em todas as atividades aqui no sítio, nas nossas finanças, e conseguimos dar início à criação da nossa própria marca de café”, diz. “Tenho certeza de que vamos continuar melhorando com todas essas orientações que recebemos do programa”, completa.
Atualmente, em todo o país, são 416 agentes que acompanham os produtores por meio de uma jornada de oito meses. São 10 encontros em que os empreendedores têm acesso a ferramentas de inovação para ampliar o seu olhar para a sua produção.
“O maior benefício para os agricultores se dá pela incorporação de uma cultura de inovação na gestão do negócio rural. 61% das empresas rurais implementaram ações inovadoras”, comenta a analista de Inovação do Sebrae e gestora do projeto, Ana Carolina Westrup.
Fonte: Canal Rural
Exportações do agronegócio paranaense crescem 40,8% em volume em 2023
A exportação do setor agropecuário paranaense atingiu mais de 30 milhões de toneladas em 2023, ajudando a impulsionar o maior resultado da história do Paraná.
Isso representa aumento de 40,8% sobre os 21,3 milhões de toneladas enviados ao Exterior no ano anterior. Em valores financeiros entraram no Paraná US$ 19,4 bilhões somente desse setor. O resultado é 16,2% superior aos US$ 16,7 bilhões de 2022.
Os números foram divulgados dia 18/01 pelo Agrostat, plataforma do Ministério da Agricultura e Pecuária que acompanha as exportações e importações do agronegócio brasileiro. O crescimento paranaense nesse segmento foi percentualmente bastante superior ao registrado no Brasil.
Em 2022 as exportações nacionais do setor agro tinham alcançado US$ 158,9 bilhões na venda de 233 milhões de toneladas de produtos. No ano passado o volume subiu para 272 milhões de toneladas (16,7% a mais), enquanto os valores cresceram 4,8%, passando a US$ 166,5 bilhões. O agronegócio foi responsável por 49% da pauta exportadora total brasileira.
Se a exportação paranaense fosse um processo linear, com o mesmo volume a cada dia, o Estado teria exportado 82,3 mil toneladas por dia, ou 3,4 mil toneladas por hora, ou ainda 57 toneladas de produtos agropecuários por minuto.
Fonte: Revista Cultivar
Clima: fenômeno La Niña volta e pode impactar o agro brasileiro em 2024
O National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), autoridade climática global, publicou projeções indicando que o fenômeno climático La Niña terá início em junho de 2024. Essa previsão segue o atual período de pico do El Niño, que deverá terminar em março, seguido de um período de neutralidade climática em abril.
O La Niña é conhecido pelo resfriamento anômalo das águas do Oceano Pacífico na região equatorial, um padrão oposto ao observado durante o El Niño. As consequências desse fenômeno para o Brasil são significativas, com previsões de chuvas mais intensas nas regiões Norte e Nordeste, enquanto as regiões Centro-Sul, especialmente o Sul, poderão enfrentar condições mais secas.
As mudanças climáticas podem ter impactos graves na agricultura brasileira. As regiões do sul, que já são propensas a altas temperaturas, podem enfrentar danos em suas plantações. “As previsões do La Niña destacam a necessidade de estratégias adaptativas no agronegócio. A resiliência e a inovação serão fundamentais para minimizar os efeitos negativos nas regiões mais afetadas”, diz Romário Alves, CEO da Sonhagro, empresa especializada em crédito rural.
A expectativa de menor produtividade das safras pode afetar o setor de insumos agrícolas, com uma provável queda nas receitas devido à demanda reduzida dos produtores.
Fonte: AgroBand