Farm News 01/01 a 07/01
Calendário de plantio da soja é prorrogado em sete estados
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou três portarias dia 5/1 que alteram o calendário de semeadura de soja para a safra 2023/2024 nos estados de Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará, Piauí, Tocantins e Acre.
As mudanças foram solicitadas pelo setor produtivo e agências estaduais, em função do atraso na semeadura e dos prejuízos decorrentes da falta de chuva.
- Mato Grosso e Mato Grosso do Sul: até 13 de janeiro de 2024;
- Goiás: até o dia 12 de janeiro;
- Tocantins: até 20 de janeiro;
- Pará: 14 de janeiro (1ª região); 28 de fevereiro (2ª região); e 14 de março (3ª região);
- Piauí: 9 de março (1ª região); 8 de fevereiro (2ª região); 28 de janeiro (3ª região);
- Acre: até 18 de janeiro.
O calendário de semeadura é adotado como medida fitossanitária complementar ao período de vazio sanitário, com objetivo de reduzir ao máximo possível o inóculo da ferrugem asiática da soja.
A medida visa à racionalização do número de aplicações de fungicidas e a redução dos riscos de desenvolvimento de resistência do fungo Phakopsora pachyrhizi às moléculas químicas utilizadas no seu controle.
Fonte: Agro Band
Portos do Arco Norte têm participação menor nas exportações
As exportações de commodities pelos portos do Arco Norte perderam participação no ano passado, em relação ao desempenho obtido em 2022.
Recuperação da produção de grãos nos estados do Sul e dificuldades de navegabilidade fluvial no segundo semestre no Norte, devido à seca, fizeram os portos do Sul melhorarem o desempenho em relação aos demais.
Dos 98 milhões de toneladas de soja exportados pelo país de janeiro a novembro, 33% saíram pelos portos do chamado Arco Norte. No mesmo período do ano passado, o percentual havia sido de 38%.
O porto de Santos também perdeu participação, mas os de Paranaguá (PR), São Francisco do Sul (SC) e Rio Grande (RS) aumentaram.
Os portos de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, embora representem pouco em relação aos de maior movimento, foram os que obtiveram os melhores desempenhos.
Os de São Francisco do Sul e de Rio Grande elevaram a participação nas exportações nacionais de soja para 15%, acima dos 11% de igual período de 2022.
Após sucessivas quedas de produção no setor de grãos, os estados do Sul obtiveram 81 milhões de toneladas na safra do ano passado, 25% a mais do que na anterior. Só a safra de soja atingiu 38 milhões de toneladas.
Fonte: Folha de S.Paulo
FAO: Índice de Preços de Alimentos fecha 2023 com 13,7% abaixo do ano anterior
O Índice de Preços de Alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) recuou 1,5% em dezembro em comparação com o mês anterior. A média ficou em 118,5 pontos no último mês do ano, 1,8 pontos a menos que o resultado de novembro.
A FAO atribui o resultado às baixas nos índices de óleos vegetais, açúcar e carne, que mais do que compensaram as altas nos índices de cereais e produtos lácteos. Em comparação com o mesmo mês em 2022, o índice recuou 13,3 pontos (10,1%). No conjunto de 2023, o índice registrou 124 pontos, 19,7 pontos (13,7%) abaixo do valor médio do ano anterior.
O subíndice de preços dos Cereais registrou média de 122,8 pontos em dezembro, 1,8 pontos (1,5%) a mais ante novembro, mas ainda 24,4 pontos (16,6%) abaixo do valor de um ano atrás.
Os preços mundiais do milho também se fortaleceram, com as preocupações com o plantio da segunda safra no Brasil e as restrições logísticas que dificultaram os embarques da Ucrânia. Já o subíndice do arroz subiu 1,6% no mês.
Fonte: Canal Rural
Preço da carne bovina deve depender da oferta em 2024
As exportações brasileiras de carne bovina devem continuar firmes em 2024, e a demanda interna deve ter alguma recuperação. Diante disso, a oferta é que deve influenciar possíveis altas ou quedas dos preços da arroba e da carne no correr de 2024.
Segundo pesquisadores do Cepea, a contribuição das vendas externas para o desenvolvimento da pecuária brasileira e sustentação dos preços domésticos está consolidada. A indústria brasileira se profissionalizou no atendimento a clientes em diferentes partes do mundo e encontra nos pecuaristas fornecedores de animais ao gosto dos variados mercados.
De acordo com dados da Cepea, quanto ao mercado doméstico, a inflação tende a estar mais controlada, e o PIB deve ter pequena expansão. Tais condições macroeconômicas podem resultar em um aumento modesto da demanda pela carne bovina – cálculos do Cepea apontam que o consumo de carne bovina in natura cresceria 1,79% em 2024.
Apesar de pequeno, o avanço é positivo, sobretudo diante do encolhimento do consumo interno em anos anteriores. Há de se considerar, ainda, que reduções dos preços elevam as vendas no varejo, ou seja, se a arroba se desvaloriza, o consumo pode melhorar.
Fonte: Agrolink
2024 começa com preços do milho em alta com menos oferta no Brasil
Os preços do milho terminaram 2023 subindo no mercado brasileiro e essa tendência de alta segue presente nesta primeira semana de 2024.
De acordo com João Pedro Lopes, Analista de Inteligência de Mercado da StoneX, a justificativa para esses ganhos vem das preocupações com a oferta de milho no Brasil neste ano.
As projeções da consultoria apontam para uma área plantada de 17,3 milhões de hectares, produtividade de 93,33 sc/ha e produção de 96,6 milhões de toneladas, todos os patamares menores do que os de 2023.
Diante desse cenário, Lopes acredita em um 2024 de preços mais sustentados no Brasil do que foram em 2023 e uma melhora nas margens recebidas pelos produtores nacionais.
Por outro lado, o especialista ressalta a importância de acompanhar a demanda internacional, já que há indícios de esfriamento da demanda e isso pode trazer pressão de baixa aos preços.
O mês de dezembro encerrou com o Brasil embarcando 6.063.815,9 toneladas de milho não moído (exceto milho doce) para exportação, de acordo com o relatório da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Isso representou 97,14% do total exportado em dezembro de 2022 (6.244.707,6 toneladas).
Fonte: Notícias Agrícolas
Mercado global de fertilizantes fosfatados pode chegar a US$ 78 bilhões em 2030
Os fertilizantes fosfatados — produtos com alta concentração de fósforo para aumentar a fertilidade do solo — são cruciais no setor do agronegócio. Eles servem como nutrientes vitais para o crescimento das plantas, sendo amplamente empregados em práticas agrícolas em todo o mundo para aumentar o rendimento das colheitas.
De acordo com novo relatório da consultoria de inteligência de mercado Persistent Market Research, o segmento de fosfatados deverá se expandir a um CAGR — a Taxa de Crescimento Anual Composta — de 5,3% e, assim, aumentar de um valor de US$ 54,6 bilhões em 2023, para US$ 78,4 bilhões até o final de 2030.
A expansão do mercado é impulsionada pelo crescimento contínuo da população global e a necessidade de ampliar a produção de alimentos. Neste contexto, segundo a Persistent Market Research, os fertilizantes devem seguir em crescimento até o fim da década, provocando movimentações no panorama regulatório, nas alternativas à base biológica e nas fusões e aquisições do setor.
Os agricultores procuram fertilizantes que ofereçam maior conteúdo e liberação de nutrientes, maximizando o rendimento das colheitas e minimizando o impacto ambiental. Esta tendência está a impulsionar a procura por misturas especiais, fertilizantes de libertação controlada e fertirrigação (aplicação de fertilizantes através de sistemas de irrigação).
Fonte: Exame
Café: condições climáticas no Brasil sinalizam desafios para a safra 2024-25
O ponto central atual no mercado de café gira em torno das condições climáticas no Brasil, especialmente em relação ao desenvolvimento da safra 2024/25. É o que mostra o recente relatório da Hedgepoint Global Markets.
“Esta fase é crucial, pois marca o estágio de enchimento, e dados históricos indicam que a precipitação inadequada durante este período pode afetar significativamente os rendimentos. Um ponto de atenção é evidente na região de Três Pontas em Minas Gerais, onde os níveis acumulados de chuva de outubro até a terceira semana de dezembro estão alarmantemente 30% abaixo da faixa normal. Essa região depende fortemente da precipitação, tornando a situação preocupante”, diz Natália Gandolphi, analista de café da companhia.
Enquanto isso, no Espírito Santo, especificamente na região de São Mateus, a situação se agrava. Apesar da maioria das áreas do estado ser equipada para irrigação, a região de São Mateus recebeu apenas 20% da chuva esperada durante o mesmo período.
O balanço hidrológico no Sudeste se assemelha ao registrado em 2020, que gerou a quebra de safra do ciclo 21/22. Durante esse período, a produtividade média do café caiu 3% em comparação com o ano anterior de bienalidade negativa (19/20), resultado de condições climáticas desfavoráveis.
Fonte: Revista Cultivar