Farm News 13/11 a 19/11
Exportações do agronegócio em outubro foram de US$ 13,38 bilhões
As exportações brasileiras de produtos do agronegócio foram de US$ 13,38 bilhões em outubro de 2023, uma cifra 2,3% inferior na comparação à exportada no mesmo período de 2022. O valor correspondeu a 45,4% das exportações totais do Brasil.
Dados da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (SCRI/Mapa) indicam que o resultado das vendas externas de outubro foi fortemente influenciado pelo recuo do índice de preços dos produtos exportados. Por outro lado, a safra recorde de grãos de 2022/2023 possibilitou um aumento de volume exportado pelo Brasil.
Soja em grãos, milho e açúcar são os produtos que merecem destaque no mês.
As exportações de soja em grãos atingiram volume recorde para os meses de outubro, com 5,53 milhões de toneladas. Esta quantidade embarcada é quase 45,7% superior ao exportado no mesmo mês de outubro do ano passado.
A participação da China nas aquisições da soja em grãos exportada pelo Brasil subiu para quase 88% do volume exportado no mesmo período do ano passado. As vendas externas de soja em grãos alcançaram US$ 2,89 bilhões em outubro de 2023, com alta de 24%.
Fonte: Mapa
Brasil exportará derivados da produção de etanol de milho a quatro países
O governo brasileiro anunciou a abertura dos mercados de Vietnã, Tailândia, Turquia e Nova Zelândia para a exportação de farelo de milho, um dos produtos resultantes da produção do etanol de milho, tecnicamente chamado de DDG (distiller´s dried grains/ grãos secos por destilação) ou DDGS (distiller´s dried grains with solubles/ grãos secos por destilação com solúveis).
Os DDGS/DDG são gerados a partir da produção do etanol do milho na segunda safra. O insumo é fonte proteica e energética nas formulações de ração animal (de ruminantes, suínos, aves, peixes e camarão).
De acordo com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), as projeções indicam que até 2031/2032 a produção de etanol de milho brasileiro saltará para 10,88 bilhões de litros, o que levará a uma oferta para o mercado de aproximadamente 6,5 milhões de toneladas de DDG/DDGS.
A abertura dos novos mercados, que reforça o comprometimento do país em fortalecer o agronegócio e ampliar a oferta de insumo para a produção de proteína animal, é resultado dos esforços conjuntos entre o Ministério da Agricultura e o Ministério das Relações Exteriores. O Brasil é o terceiro maior produtor de milho do mundo, atrás apenas da China (2ª) e dos Estados Unidos (1º).
Fonte: Agro Band
Agricultores de MT são levados a trocar soja por algodão em algumas áreas
O clima seco está forçando os agricultores a desistir da soja para plantar algodão ou outras culturas em Mato Grosso, o principal Estado agrícola do Brasil, segundo associações de produtores da pluma.
O Mato Grosso cultiva algodão em duas épocas no ano: na primeira safra — quase na mesma época da soja — e na segunda safra, após a colheita da oleaginosa.
Como os produtores de soja estão sofrendo com a falta de chuvas, eles podem mudar de cultura e, assim, expandir a área a ser plantada com o algodão na primeira safra em 2023, disse o diretor-executivo da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), Décio Tocantins.
“Sempre, cerca de 10% a 13% do algodão plantado é o algodão safra, sem a soja antes. Isto deve aumentar para 20%”, disse ele. A área total de algodão do Mato Grosso aumentará em 8% para cerca de 1,3 milhão de hectares em 2023/24, acrescentou o executivo da AMPA.
O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Alexandre Schenkel, disse na semana passada que alguns agricultores consideraram plantar uma única safra se a soja se tornasse “inviável”, uma tendência que está ganhando força.
Fonte: Notícias Agrícolas
Relação de troca de adubo por produto melhora para agricultor
Apesar da redução dos preços agrícolas, ainda há ganhos para o produtor na comercialização deste ano. Isso ocorre porque há uma melhora na relação de trocas entre insumos e produtos.
O milho destoa e tem uma relação de troca pior do que a do ano passado, devido à forte retração dos preços do cereal, provocada por aumento de produção e uma recomposição internacional dos estoques.
Internamente, os preços vão cair 25,5% em média neste ano, em relação aos de 2022. Mesmo assim, a rentabilidade dos produtores de milho ainda pode ser positiva, devido ao declínio dos preços dos fertilizantes. A avaliação é da consultoria MacroSector Consultores.
Para os analistas, os produtores precisam de 60,2 sacas de milho para a compra de uma tonelada de fertilizante. No mesmo mês do ano passado, eram 53,5 sacas. O pior momento dessa relação ocorreu em julho de 2022, quando os agricultores despendiam 67 sacas de milho por uma tonelada de adubo.
Os preços da soja deverão recuar 20,5% neste ano, em relação aos do ano passado. Mesmo assim, a remuneração dos produtores também tende a apresentar uma relativa melhora, em face da redução do preço médio dos fertilizantes, avaliam os analistas da MacroSector.
Fonte: Folha de S.Paulo
Produtores de Minas Gerais apostam na citricultura de montanha
Minas Gerais é o segundo maior estado produtor de frutas cítricas do Brasil e tem apresentado um crescimento exponencial nos últimos anos. Dentre os polos citrícolas de MG, destaca-se aquele formado mais recentemente, na região montanhosa entre o Sul de Minas e o Campo das Vertentes, onde, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre 2012 e 2022, a área plantada de limão, laranja e tangerina cresceu de 26 hectares para aproximadamente 977 hectares.
Atentos a esse fenômeno, pesquisadores da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG) têm acompanhado o desenvolvimento da chamada “citricultura de montanha” na região, com pesquisas voltadas para a análise da qualidade dos frutos e de suas aptidões para a indústria de bebidas, tanto alcoólicas quanto não alcoólicas.
O termo citricultura de montanha não está relacionado a uma nova prática ou novo manejo, mas a um conjunto de fatores que caracteriza a produção de citros em relevos montanhosos.
“Nessa região, as variações de relevo e altitude e a grande amplitude térmica [diferença de temperatura entre o dia e a noite] podem influenciar no sabor e na qualidade das frutas. A tangerina Ponkan produzida lá, por exemplo, é muito apreciada por sua doçura”, comenta a pesquisadora da EPAMIG, Ester Ferreira.
Fonte: Revista Cultivar
El Niño: altas temperaturas provocam atraso no plantio de soja
O receio dos produtores rurais em relação aos efeitos do El Niño se concretizou. O aquecimento das águas do Oceano Pacífico tem refletido calor extremo e seca intensa em São Paulo, Minas Gerais, Mato do Sul e todo Centro-Oeste. Norte e Nordeste também passam por temperaturas fora do padrão, cuja umidade do ar está comprometida. O que todas estas regiões têm em comum: o plantio de soja.
A esta altura do calendário safra, o plantio da soja já deveria estar mais avançado em diversos estados. No Mato Grosso, maior produtor do país, o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (IMEA) aponta que a semeadura chegou a 91,82% na sexta-feira, 10, o que significa atraso de 3,69 pontos percentuais em relação à média dos últimos cinco anos.
Para quem plantou e falta chuva, o maior receio é perder o investimento em insumos, além de outros custos operacionais. Em entrevista à EXAME Agro, Marino Colpo, CEO da Boa Safra, relata a realidade que ouve de clientes nas imediações de Brasília.
“Aqui, tem cliente que ainda não plantou e quem plantou está sem chuva. Isso dificulta o desenvolvimento do grão e a produtividade e alguns já falam em plantar sorgo no lugar de milho, por causa do atraso nas janelas”, diz.
Fonte: Exame Agro
Crise climática deixa agropecuária do Sul em situação crítica
A região Sul enfrenta uma grave crise climática, que vem impactando severamente a produção agropecuária. No Rio Grande do Sul, o Vale do Taquari sofreu uma queda significativa na atividade leiteira, com perdas substanciais de animais devido a enchentes e doenças relacionadas à umidade excessiva.
O setor de frutas, especialmente pêssegos e ameixas, também enfrenta desafios com menor produtividade e o avanço da podridão parda, agravada pelas condições climáticas adversas, incluindo uma alta incidência de granizo. Na cultura do tabaco, a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) registrou mais de 18 mil ocorrências prejudiciais neste ano.
Os grãos, em geral, estão fortemente afetados. Na soja, o plantio enfrenta dificuldades devido à lentidão e áreas inacessíveis para as máquinas. No milho, muitos produtores desistiram da semeadura, optando por focar apenas na safrinha, enquanto as perdas no trigo ultrapassam os 25%.
Os impactos não se limitam ao Rio Grande do Sul: Santa Catarina também foi atingida por temporais, resultando em situações desesperadoras, como a tentativa de um produtor em salvar suínos. Em diversas regiões, parreirais foram severamente danificados pelas enchentes.
Fonte: Canal Rural