Farm News 30/10 a 5/11
Exportações de soja e milho em setembro deste ano estão mais altas que em 2022
Os embarques de milho e soja em setembro de 2023 foram maiores que o registrado no mesmo mês do ano anterior. Enquanto que para a oleaginosa as exportações tiveram um aumento de 60%, atingindo 6,4 milhões de toneladas no último mês frente a 4 milhões de toneladas no mesmo período do ano anterior, para o milho o incremento chega a 36,45%, atingindo 8,76 milhões de toneladas contra 6,42 milhões de toneladas.
O comportamento se repete quando a análise é feita considerando o período de janeiro a setembro. Neste ano já foram enviados ao mercado internacional 87,2 milhões de toneladas de soja em grão, comparada com as 70,4 milhões de toneladas obtidas no mesmo período de 2022.
No caso do milho, a elevação das exportações quando considerado o mesmo intervalo de tempo chega a 40,5%, saindo de 24,2 milhões de toneladas embarcadas de janeiro a setembro do ano passado contra 34 milhões de toneladas neste ano.
O Arco Norte continua sendo uma importante saída para estes produtos. Para o cereal, a participação destes portos dessa região no escoamento atingiu, em setembro deste ano, 43,3% da movimentação nacional contra 34,1% para o porto de Santos.
Fonte: Conab
Entregas de fertilizantes no Brasil marcam novo recorde em agosto
As entregas de fertilizantes no Brasil somaram 5,5 milhões de toneladas em agosto, à medida que o consumo de adubos no país indica uma recuperação em relação ao tombo registrado em 2022, quando os preços do insumo agrícola dispararam por conta da guerra na Ucrânia, de acordo com dados da Associação Nacional de Difusão de Adubos (Anda) publicados nesta sexta-feira.
As entregas, importante indicador de consumo, aumentaram 32,6% ante o mesmo período do ano passado, segundo os dados da associação. O volume entregue supera a melhor marca mensal registrada pelo setor, de julho de 2021, quando as entregas tinham atingido 5,059 milhões de toneladas.
Com o volume de agosto, o total entregue no acumulado de 2023 até aquele mês somou 28,6 milhões de toneladas, alta de 10,4% na comparação com o mesmo período de 2022. No ano passado, as entregas de fertilizantes no Brasil somaram 41,08 milhões de toneladas, queda de 10,4% na comparação com 2021, quando o setor teve seu último recorde anual, com 45,86 milhões de toneladas.
Fonte: Forbes Agro
Volume nas exportações é recorde, mas preços caem
Os volumes exportados de produtos relacionados ao agronegócio continuam apontando para patamares recordes. Os preços, porém, mantêm tendência de queda nas negociações internacionais.
Não fosse essa retração, o Brasil ultrapassaria em muito o recorde US$ 159 bilhões de receita do ano passado. Os números atuais indicam mais um recorde, mas com expansão menor do que poderia ser.
A líder da balança, a soja, com a produção de 155 milhões de toneladas neste ano, atingiu o patamar de 92,8 milhões de toneladas exportadas nos dez primeiros meses do ano, um volume 25% superior ao de igual período do ano passado.
Apesar do volume recorde, as receitas têm expansão menor, com evolução de 12%. Esse descasamento de volume e receitas ocorre devido à queda dos preços da oleaginosa no mercado internacional. As negociações de outubro deste ano foram feitas com redução de 21% nos preços em relação ao mesmo mês de 2022.
A Secex (Secretaria de Comércio Exterior) também aponta forte queda nos preços do milho e do café. As exportações do cereal já somam 42,5 milhões de toneladas, 37% a mais do que no ano passado. Nos próximos dois meses, as exportações brasileiras do produto deverão confirmar o Brasil como maior exportador mundial de milho neste ano.
Fonte: Folha de S.Paulo
Preço do arroz sobe quase 3% e se aproxima de recorde
O mercado de arroz encerrou o mês de outubro com calmaria nos negócios e com preços firmes. A liquidez seguiu reduzida em razão da semana mais curta, com o feriado nacional do Dia de Finados, relata o analista de Safras & Mercado, Evandro Oliveira.
Quanto às exportações, conforme relatório de embarques nos portos brasileiros, o line-up, aproximadamente 26,85 mil toneladas já estão programadas para embarque no início de novembro. Ainda segundo o line-up, ao menos 123,15 mil toneladas foram, de fato, embarcadas no mês de outubro.
“A recente queda na taxa de câmbio, que refletiu em paridades mais baixas para exportação e importação, não foi suficiente para pressionar as cotações internas”, pondera Oliveira.
Além disso, rumores de duas tradings elevando as propostas e adquirindo bons volumes na semana anterior contribuíram para uma nova reação nos indicativos, destaca.
Portanto, conforme o analista, os agentes continuam monitorando o comportamento cambial, que tem oscilado em torno de R$ 5,00, com a expectativa de novos fechamentos de vendas externas.
Em relação aos preços, a média da saca de 50 quilos de arroz em casca no Rio Grande do Sul, principal referencial nacional, encerrou o dia 31 de outubro cotada a R$ 105,04.
Fonte: Canal Rural
Preços globais dos alimentos recuaram em outubro, com ajuda do Brasil
Os preços globais dos alimentos recuaram pelo segundo mês consecutivo em outubro e chegaram ao patamar mais baixo em 31 meses, segundo a FAO, agência da ONU para agricultura e alimentação. Ofertas de cereais mais generosas do que as esperadas em alguns países e o ritmo de moagem da safra de cana-de-açúcar no Brasil determinaram a queda.
Desde março de 2021 o índice global de preços medido pela FAO não registrava um nível tão baixo. Em outubro, as retrações foram de 0,55% em comparação a setembro e de 10,9% em relação a outubro de 2022.
Depois de dois meses consecutivos de altas expressivas, os preços do açúcar voltaram a cair e foram os principais responsáveis pela queda do indicador geral. Em outubro, o preço médio da commodity recuou 2,2% em comparação a setembro. No entanto, o valor ainda permaneceu 46,6% acima do registrado em outubro do ano passado.
“A queda em outubro foi impulsionada principalmente pelo forte ritmo de produção no Brasil, apesar do impacto negativo das chuvas na moagem de cana-de-açúcar na primeira quinzena do mês”, diz a FAO em seu relatório.
Fonte: Infomoney
Clima em novembro: muita chuva no Sul, Sudeste e Centro-oeste; seca no Norte e Nordeste
O mês de novembro deve seguir sob a influência do fenômeno El Niño em todo o Brasil. O Instituto Nacional de Meteorologia (InMet) apontou que, durante o mês, as chuvas devem ficar abaixo da média para o mês na faixa que abrange os estados de Roraima, Amapá e a região central do Amazonas e Pará, Tocantins e a maior parte da região Nordeste. Nestas regiões, as chuvas devem ser inferiores a 80 milímetros.
Enquanto isso, em grande parte das regiões Centro-oeste e Sudeste, a previsão indica chuvas acima da média e a volta das precipitações em áreas de Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e Espírito Santo, com volumes que podem passar dos 200 milímetros. Na região Sul, o mês continua chuvoso, com previsão de chuvas fortes principalmente na região oeste do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
O prognóstico climático do Inmet para o mês de novembro e seu possível impacto na safra 2023/24 para as diferentes regiões produtoras indica que em áreas do MATOPIBA os baixos volumes de chuva previstos ainda vão manter os níveis de água no solo baixos, exceto em áreas do sul do Tocantins e extremo oeste da Bahia, onde haverá uma ligeira recuperação da umidade no solo.
Fonte: AgroBand
Excesso de chuvas pode favorecer incidência precoce da ferrugem-asiática
A maior distribuição de chuvas na região Sul, em razão da influência do fenômeno El Nino, pode favorecer a ocorrência de doenças em soja, a exemplo da ferrugem-asiática, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi.
“Nesta safra (2023/2024), já há relatos de plantas de soja voluntárias, que germinam a partir de grãos perdidos na colheita, e de soja perene (soja não comercial) com sintomas da doença. Por isso, os produtores devem ficar em alerta para uma possível incidência precoce da doença, em áreas comerciais, na região Sul”, alerta a pesquisadora Cláudia Godoy, da Embrapa Soja.
Segundo Godoy, o excesso de chuvas na região Sul, no início da safra, pode acarretar ainda problemas de tombamento e de morte de plantas recém-germinadas (plântulas), principalmente, em solos com baixa drenagem.
Por outro lado, a falta de chuvas, no Centro-Oeste, pode comprometer a germinação e o desenvolvimento inicial das plantas. A pesquisadora explica que os esporos, do fungo causador da ferrugem, se disseminam facilmente com o vento e, por isso, quando identificada sua presença na região, o controle deve ser iniciado preventivamente ou nos primeiros sintomas.
“O monitoramento e a ação rápida contra a doença garantirão maior eficiência de controle. Neste sentido, os atrasos nas aplicações aumentam as possibilidades de falhas de controle”, alerta.
Fonte: Revista Cultivar