Farm News 23/10 a 29/10  

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30 de outubro de 2023 0 Por admin


Boletim de Monitoramento Agrícola destaca prejuízo das chuva no Sul do país

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou nesta quinta-feira (26) o Boletim de Monitoramento Agrícola (BMA) referente ao período de 1º a 21 de outubro. O estudo traz como destaque as análises das condições agroclimáticas e das imagens de satélite dos cultivos de inverno e verão da safra 2023/2024.

Os altos volumes de chuva em parte da região Sudeste e na região Sul impactaram negativamente os cultivos de inverno, além da semeadura e desenvolvimento dos cultivos de verão. O grande volume de chuvas prejudicou a semeadura do arroz em Santa Catarina e afetou o desenvolvimento das lavouras.

No Centro-Oeste, as chuvas foram irregulares e mal distribuídas. A média diária de temperatura máxima próxima de 40 graus também contribuiu para a manutenção da umidade no solo baixa, sendo insuficiente para o estabelecimento dos cultivos de verão, afetando a emergência e o início do desenvolvimento de parte das lavouras, além da evolução da semeadura.

No monitoramento espectral dos cultivos de inverno, observa-se uma queda acentuada do IV, resultante da antecipação do ciclo e da ocorrência de altíssimos volumes de chuva, que reduziram a luminosidade e aumentaram a incidência de doenças fúngicas.

Fonte: Conab

Perdas na agricultura catarinense ultrapassam R$ 1,6 bilhão

De acordo com o levantamento da Epagri, o meio rural de Santa Catarina registrou 49,2 mil propriedades afetadas pelas chuvas de outubro, com prejuízos que ultrapassam R$ 1,6 bilhão. As maiores perdas foram registradas em lavouras temporárias, com destaque para as culturas de fumo – com estimativa de R$ 429 milhões de prejuízos, e a cebola – com estimativa de R$286,4 milhões de perdas.

Até o momento, 162 municípios registraram perdas. As regiões mais afetadas, com os maiores números de estabelecimentos atingidos e maiores valores de perdas foram as regiões do Alto Vale do Itajaí e do Planalto Norte Catarinense.

Esses números são estimativas. O presidente da Epagri, Dirceu Leite, destaca que muitos prejuízos ainda estão sendo apurados, uma vez que os efeitos das chuvas intensas persistem e algumas áreas, como no município de Rio do Oeste, continuam alagadas até o momento.

 “Além disso, em várias comunidades, o acesso ainda é restrito, dificultando um levantamento mais preciso”, diz ele. O levantamento também identificou perdas com animais, máquinas e equipamentos, horticultura, estoque, leite, pastagem e pomar. 

Fonte: Revista Cultivar

Brasil estima demanda de 80 milhões de toneladas de calcário para correção de solos agricultáveis

Atualmente o Brasil consome 56 milhões de toneladas de calcário agrícola ao ano. Apesar do avanço, segundo a Associação Brasileira dos Produtores de Calcário Agrícola (Abracal), dois terços dos solos agricultáveis no país precisam ser corrigidos.

E a demanda estimada chega a 80 milhões de toneladas por ano. Ao todo, o setor contabiliza um déficit de 30% (24 milhões de toneladas) na calagem do solo brasileiro.

O alerta quanto aos benefícios do calcário para a correção do solo ocorreu durante o Encontro Nacional dos Produtores de Calcário Agrícola, o Enacal 2023, dia 26/10.

Mato Grosso é responsável pelo atual patamar de consumo elevado diante da alta demanda agrícola, que impulsiona o consumo de calcário safra a safra no estado e no cômputo dos dados nacionais.

Ao todo, o consumo mato-grossense chega a 11,4 milhões de toneladas, cerca de 20% do total nacional. Alguns dados prévios da Embrapa sinalizam o montante para uma elevação do consumo regional de 14,5 milhões. Além de corrigir a acidez do solo, o calcário potencializa a absorção de nutrientes pelas plantas e, consequentemente, amplia o desempenho das lavouras. 

Fonte: Canal Rural

Gastos com importação de fertilizantes caem 48% neste ano

As importações brasileiras de fertilizantes, após uma forte aceleração em 2022, devido a dificuldades nas compras provocadas pela invasão da Ucrânia pela Rússia, voltaram ao normal.

Nos nove primeiros meses deste ano somaram 28,7 milhões de toneladas, abaixo dos 30,4 milhões de 2022. No mesmo período de 2021, haviam sido 29 milhões. Passado o período de forte aceleração dos preços, os gastos nacionais com esse insumo são menores. Enquanto o volume importado de janeiro a setembro teve retração de 5,6%, os gastos recuaram 48%.

A Rússia se mantém como a maior fornecedora de adubo ao Brasil, com exportações de 6,9 milhões de toneladas neste ano. Canadá e China vêm a seguir com 3 milhões cada. Os canadenses assumiram a segunda posição porque lideram as vendas de potássio.

Israel, em conflito com o Hamas, é o quinto maior fornecedor de fertilizantes para o Brasil, em volume, e o sexto em dólares. Os israelenses colocaram no mercado brasileiro 4% do volume de adubo adquirido pelo país neste ano. Os gastos com as importações somaram US$ 471 milhões.

Fonte: Folha de S.Paulo

Plantio da soja atingiu 30% da área esperada no Brasil

O plantio da soja no Brasil atingiu 30% da área esperada até o último dia 20 de outubro, mantendo-se dentro da média histórica apesar das condições climáticas adversas, conforme análise da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (CEEMA).

No Paraná, o plantio alcançou 51%, enquanto em Goiás foi de 23,1%, em Mato Grosso do Sul 21,5%, São Paulo 22,7%, Minas Gerais 8,5% e Rondônia 40,2%. No entanto, no Mato Grosso, apenas 60% da área prevista foi plantada até agora, em comparação com 67% no mesmo período do ano passado, devido à escassez de chuvas, com algumas áreas enfrentadas até 30 dias sem experiência. Isso não deve resultar no replantio de muitas áreas afetadas. 

Além disso, no Mato Grosso, apesar da expectativa de aumento de 0,82% na área plantada, atingindo 12,2 milhões de hectares nesta nova safra, a produção final poderá ser menor, prevista para atingir 43,8 milhões de toneladas.

No Paraná, dados atualizados do Departamento de Economia Rural (Deral) mostram que o plantio de soja já atingiu 58% da área esperada até o dia 24 de outubro, superando o ritmo do ano anterior. 

Fonte: Agrolink

PIB da soja e do biodiesel em 2023 deve crescer mais de 20%

O PIB total da cadeia da soja e do biodiesel deve crescer 20,72% este ano frente a 2022, conforme levantamento realizado pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, em parceria com a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

Segundo pesquisadores do Cepea/Abiove, o resultado positivo do PIB da cadeia produtiva no segundo trimestre refletiu o desempenho do PIB da agroindústria, em especial, do biodiesel e do esmagamento e refino. Isso trouxe reflexos no mercado de trabalho do segmento agroindustrial.

A geração de empregos aumentou 4,63% frente ao mesmo trimestre de 2022. Já as exportações da cadeia registraram recorde, de US$ 26,8 bilhões, impulsionadas pelos maiores volumes embarcados, sobretudo do grão e do farelo de soja.

Apesar desse cenário, em razão do comportamento desfavorável dos preços ao longo do segundo trimestre, a renda real da cadeia poderá recuar 6,23% em 2023 frente a 2022. 

Ainda, devido a essa pressão negativa, as representatividades do PIB da cadeia no PIB do agronegócio e no PIB brasileiro foram reestimadas para baixo: 24,3% e 5,8%, respectivamente.

Fonte: AgroBand

Produtores buscam alternativas para garantir rentabilidade na safra 2023/24

Apesar dos preços mais baixos na saca de soja em todas as regiões do Brasil, a queda no custo de produção ainda permite rentabilidade positiva para a safra 2023/24. Quem faz a avaliação é Adriano Lo Turco, analista sênior de mercado da Agroconsult. Com base nos preços de Mato Grosso, ele aponta que a rentabilidade média por hectare em 2021/22 foi de R$ 4 mil, enquanto na atual safra a estimativa é de R$ 1,5 mil.

O cenário “deixa um gosto amargo na boca do produtor rural brasileiro”, segundo Lo Turco, por isso o momento é de evitar margens ainda menores. No campo, isso se traduz em produtores buscando alternativas para manter a lavoura rentável.

Em Pedras Altas, no Rio Grande do Sul, Luciane Braga trabalha com soja e pecuária, e sente no dia a dia a volatilidade do preço dos grãos, seja pela comercialização da commodity, seja no custo para a ração animal. Para se prevenir dos altos e baixos da atividade, neste ano ela decidiu utilizar o barter pela primeira vez.

“O que me motivou a procurar a ferramenta foi a garantia de saber o preço da saca de soja no momento da colheita, fixando o custo de produção”, ela diz.

Fonte: Exame