Farm News 09/10 a 15/10
Exportações de café brasileiro em setembro atinge 3,2 mi de sacas, aponta Cecafe
O Brasil exportou 3,294 milhões de sacas de 60 quilos de café em setembro deste ano, o que representa 5,3% menos que em igual mês do ano passado. A receita também foi menor: caiu 23,2% de um ano para o outro e somou US$ 638 milhões, segundo o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).
Apenas nos três primeiros meses do ano-safra 2023/2024, que começou em julho, os embarques totalizaram 9,993 milhões de sacas (+13,1%), com receita cambial de US$ 1,998 bilhão (-4,8%). Já nos nove primeiros meses de 2023, o Brasil embarcou 9,1% menos café ante o período de janeiro-setembro do ano passado, ou 26,225 milhões de sacas. A receita recuou 17,9%, a US$ 5,547 bilhões.
Em nota, o presidente do Cecafé, Márcio Ferreira, afirmou que a queda do volume exportado das variedades arábica, refletem o acentuado recuo nas cotações da Bolsa de Nova York. “Nesse cenário, os cafeicultores ficaram mais resistentes para realizar novos negócios, assim como, com diferenciais mais estreitos, não há atratividade na outra ponta, com compradores pouco ativos nesse momento”, explicou.
Fonte: AgroBand
Pela primeira vez, preço da saca de arroz supera o da soja
O avanço das áreas de soja e a redução das de arroz no país fizeram com que, pela primeira vez, o preço da saca de arroz superasse o da soja. Desde os anos 2000, a área de soja aumentou 224%, e a de arroz encolheu 60%, caindo para o menor patamar da história.
A soma da perda de espaço do cereal internamente e as alterações no mercado externo provocaram esse desajuste entre os dois produtos. Um ponto positivo para o arroz é o ganho de produtividade. Desde a primeira safra deste século, a produção média de arroz por hectare subiu 125% no país. A de soja evoluiu 46%.
Vlamir Brandalizze, especialista no setor de commodities, diz que essa inversão de preços entre os dois produtos em várias regiões do país deverá devolver ao arroz parte da área que havia perdido para a soja nas últimas décadas.
Com três anos de déficit mundial entre oferta e demanda, o que vem ocasionando elevação de preços, ele acredita que o arroz ganhe pelo menos 120 mil hectares a mais de área no Brasil nesta safra 2023/24.
Fonte: Folha de S.Paulo
Erva-mate do Paraná se reinventa e ganha novos mercados
Maior produtor nacional de erva-mate, o Paraná está ressignificando o uso da planta que já foi o principal produto da economia do estado. O impulso veio com o reconhecimento de Indicação Geográfica (IG) da erva-mate de São Matheus, que compreende a produção dos municípios de São Mateus do Sul, São João do Triunfo, Antônio Olinto, Mallet, Rio Azul e Rebouças, localizados na bacia do Rio Iguaçu, na região Centro-Sul.
O reconhecimento da IG aconteceu em 2017 pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) à Associação dos Amigos da Erva-Mate de São Mateus (IG-Mathe), após anos de trabalho e pesquisa para reunir a documentação que comprova o diferencial e a tradição da planta.
As cidades paranaenses foram as primeiras a conseguir a IG da erva-mate, que posteriormente também foi concedida à produção do Planalto Norte de Santa Catarina.
A iniciativa contou com apoio do Sebrae/PR, dentro do projeto Origens Paraná, com participação também da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento e do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná).
Fonte: Canal Rural
Chuvas não impedem progresso do trigo gaúcho
Apesar das chuvas durante parte do período, os agricultores de trigo no Rio Grande do Sul otimizaram as janelas de tempo mais seco para dar continuidade à colheita. Cerca de 11% da extensão total de cultivo, correspondente a 1.505.704 hectares nesta safra, estima-se que tenha sido colhida.
O Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, vinculado à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR), divulgou que, mesmo diante de condições ambientais desafiadoras, a colheita do trigo foi conduzida com o objetivo de garantir a qualidade do produto, atendendo aos padrões comerciais estabelecidos para a indústria de moagem.
A cultura do trigo no Rio Grande do Sul está avançando rapidamente para o estágio de maturação, atingindo 42%, com 38% da área em fase de enchimento de grãos e 9% em floração. Devido às condições climáticas adversas, há uma projeção de redução no potencial produtivo.
Os triticultores estão amplamente preocupados com os baixos preços do grão, o que os obriga a buscar altas produtividades para obter lucro ou, no mínimo, cobrir os custos de financiamento das lavouras. Nesse contexto, persiste o risco significativo de desvalorização do grão devido ao excesso de umidade e à incidência de doenças, como a giberela.
Fonte: Agrolink
Exportações do agronegócio em setembro foram de US$ 13,71 bilhões
As exportações brasileiras de produtos do agronegócio foram de US$ 13,71 bilhões em setembro de 2023, uma cifra praticamente idêntica à exportada em setembro de 2022. O valor correspondeu a 48,2% das exportações totais do Brasil.
Dados da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (SCRI/Mapa) indicam que o resultado de setembro foi fortemente influenciado pelo recuo do índice de preços dos produtos exportados. Por outro lado, a safra recorde de grãos de 2022/2023 possibilitou um aumento de volume exportado pelo Brasil.
Soja em grãos, milho e açúcar são, para os analistas da SCRI, os produtos que merecem destaque no mês. As exportações de soja em grãos atingiram volume recorde para os meses de setembro, com 6,4 milhões de toneladas.
Esta quantidade embarcada é quase 60% superior ao exportado no mesmo mês de setembro do ano passado. A participação da China nas aquisições da soja em grãos exportada pelo Brasil subiu para praticamente 80% do volume exportado no mesmo período do ano passado. As vendas externas de soja em grãos alcançaram US$ 3,30 bilhões em setembro de 2023, com alta de 31,8%.
Fonte: Notícias Agrícolas
Seguro agrícola paga R$ 26 bi em 18 anos, acelerado pelas mudanças climáticas
Mudanças climáticas são vistas de forma ameaçadora por produtores rurais. Programar-se por meses para o plantio e estimar o desempenho da lavoura pode ser em vão se chuva ou estiagem ocorrerem fora da janela ideal.
Táticas como a contratação de agrometeorologistas ou a instalação de estações meteorológicas na fazenda ajudam na gestão da safra, e o seguro agrícola pode mitigar os danos depois que a semente está no solo.
Um estudo realizado pela Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg) mostra que, em 18 anos, o seguro agrícola pagou R$ 26,1 bilhões em indenizações de apólices. Em 2005, o produto restituiu quase R$ 90 milhões aos segurados e, em 2022, esse montante foi de cerca de 9 bilhões.
De acordo com a CNseg, este crescimento tem sido potencializado pelo Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR). “O aquecimento global e o aumento significativo de eventos climáticos severos ao longo dos anos evidenciam, ainda mais, a importância do seguro rural e do PSR para a subsistência da agropecuária nacional”, afirma Dyogo Oliveira, presidente da CNseg.
Fonte: Exame
Brasil vai produzir mais algodão que os EUA pela primeira vez na história
O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) anunciou dia 12/10 uma ampla revisão nos números da produção de algodão do Brasil que remonta a 2000, levando a grandes mudanças em seus números de estoques finais tanto para o Brasil quanto para o mercado mundial.
O USDA também informou que a produção de algodão do Brasil em 2023/24 excederá a dos EUA pela primeira vez e que o país sul-americano está próximo de superar as exportações de algodão dos EUA pela primeira vez desde o século 19.
Com relação à revisão, o USDA transferiu os números de produção do Brasil de um ano-safra para o outro em seus calendários de safra, para se alinhar melhor com o cronograma de colheita e exportação do país.
“As estimativas de produção do Brasil agora refletem a colheita do ano-calendário para o primeiro ano listado da divisão (neste caso, 2022 para 2022/23) em vez do método anterior de usar a colheita do próximo ano-calendário (neste caso, 2023 para 2022/23)”, disse.
Fonte: Forbes
Produção de mandioca deve totalizar 207,7 mil toneladas este ano em Goiás
A produção goiana de mandioca deve alcançar 207,7 mil toneladas em 2023, o que representa um crescimento de 10,1% em relação ao ano passado. Os avanços na área plantada e na produtividade explicam o bom desempenho da mandiocultura no Estado.
Estimativas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram expansão de 1,7% na área plantada, que deve chegar a 11,9 mil hectares, e aumento de 8,2% na produtividade média, que deve atingir 17,5 toneladas por hectare.
Os dados do IBGE integram o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), publicado mensalmente. O novo relatório projeta um desempenho positivo de outras culturas neste ano em Goiás.
A produção estadual de laranja, por exemplo, deve crescer 7,0% (em relação a 2022) e chegar a 172,1 mil toneladas. Os cultivos de uva e banana também têm perspectiva de expansão em volume: 14,7% e 1,0%, respectivamente, chegando a 2,2 mil toneladas no caso da uva e 201,9 mil toneladas no da banana.
Fonte: Revista Cultivar