Farm News 14/08 a 20/08
EUA exportam menos carne, mas reduzem compras do Brasil
Os Estados Unidos atualizaram os dados sobre o mercado de carne no dia 17/08. A capacidade de exportação dos norte-americanos, principalmente no que se refere à carne bovina, caiu, mas as importações da proteína do Brasil também recuaram.
Os Estados Unidos compraram 36% menos carne bovina do Brasil no primeiro semestre deste ano em relação a igual período do ano passado. No mesmo período, adquiriram 51% a mais da Austrália.
O potencial americano para suprir o mercado externo, no entanto, está sendo menor, o que deixa mais espaço para os brasileiros. Conforme estimativas do Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), a produção norte-americana recua para 12,3 milhões de toneladas neste ano, 4% a menos do que no ano passado. Em 2024, a queda será ainda maior, caindo para 11,4 milhões de toneladas.
Com a queda na oferta interna, o potencial de exportação dos EUA diminuiu para 1,46 milhão de toneladas neste ano, 9% a menos do que em 2022. Em 2024, o setor voltará a exportar menos, com retração de 7,5% no volume, segundo o Usda.
Fonte: Folha de S.Paulo
Valor Bruto da Produção Agropecuária de 2023 é atualizado em R$ 1,135 trilhão
O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) deste ano, com base nas informações de julho, é de R$ 1,135 trilhão, alta de 1,9% em relação ao ano de 2022. As lavouras cresceram 4% e a pecuária reduziu seu crescimento em 2,9%.
O faturamento das lavouras é de R$ 801,9 bilhões e o da pecuária foi de R$ 333,6 bilhões. Os produtos que apresentam melhor desempenho neste ano são mandioca (42,9%), laranja (27,2%), banana (16,8%), tomate (15,9%), cacau (13,8%), cana-de-açúcar (11,6%), amendoim (10,6%), feijão (10,4%), arroz (9,3%), uva (7,5%), soja (2,5%) e milho (1,4%).
No levantamento da Conab, a projeção é de safra recorde de 320 milhões de toneladas previstas para a temporada 2022/2023 que sustenta essa posição.
O resultado se deve ao aumento da produtividade de 11,8% e à expansão de área da ordem de 5% em relação ao ano passado. Esse crescimento de área de grãos passou de 74,6 milhões de hectares de área plantada, em 2022, para 78,2 milhões de hectares, em 2023.
Na pecuária, os aumentos do VBP ocorrem na carne suína, leite e ovos.
Fonte: Mapa
Exportações de milho somam mais de 4 milhões de toneladas e batem recorde
O Brasil enviou ao exterior 4,23 milhões de toneladas de milho no mês de julho, 2,70% a mais que no mesmo mês do ano passado, registrando volume recorde para o período, de acordo com a série histórica da Secretaria de Comércio Exterior (Secex/MDIC).
Com o volume exportado, o país se encaminha para escoar no ano o volume de 50 milhões de toneladas de milho, conforme o último relatório da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Do volume exportado, Mato Grosso foi responsável por escoar 2,54 mi/tons em julho, 17,54% a menos que no mesmo período do ano anterior, diz o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (IMEA). Para o órgão, a retração foi pautada pela prolongação do período de escoamento da soja neste ano, que acabou aumentando a competitividade com o milho nos terminais de embarques.
Em relação ao mês de agosto, o instituto mato-grossense estima que com a finalização da colheita de milho no estado e a necessidade dos produtores em liberar espaço nos armazéns, “a tendência é que os volumes escoados aumentem como já acontece sazonalmente”, aponta o IMEA. Por fim, o boletim chamou a atenção sobre a questão logística do alimento.
Fonte: Exame
Consultoria de mercado estima preço da soja na próxima safra
Os preços da soja foram intensamente pressionados na última semana. Para o consultor de Mercado da Agromove, Alberto Pessina, dois fatores explicam o movimento. “O primeiro deles está relacionado aos problemas de chuva que vinham sendo registrados nos Estados Unidos. Houve melhora e a perspectiva de condição de lavoura entre boas e excelentes, que vinham entre 11% e 12% piores do que a média dos últimos cinco anos, já começou a melhorar”, ele disse.
Assim, as perspectivas da oleaginosa em Chicago começam a acalmar o mercado: “Já o segundo fator está relacionado ao câmbio. Tivemos uma oscilação e ele voltou a desvalorizar no Brasil. Automaticamente, isso faz com que a soja brasileira fique mais barata em dólar”.
Ao analisar a safra 2023/24, Pessina disse que duas realidades futuras são possíveis: muito estresse climático ou excesso de oferta.
“Em um cenário de clima desfavorável no Brasil, poderemos ver os preços se aproximarem da banda superior de nossa projeção, entre R$ 170 e R$ 180 a saca. Hoje, os mapas climáticos estão nos dizendo que de Mato Grosso do Sul para cima, na divisa com Mato Grosso, haverá problemas climáticos em setembro, outubro e novembro, com menos chuva”, declarou Pessina.
Fonte: Canal Rural
Produção de cana-de-açúcar é estimada em 652,9 milhões de toneladas
Com uma produtividade acima de 78 mil quilos por hectare, a produção de cana-de-açúcar deverá chegar a 652,9 milhões de toneladas na safra 2023/24. O volume, se confirmado, representa um crescimento de 6,9%, o que representa 42,1 milhões de toneladas colhidas a mais que na temporada passada.
Esse incremento é esperado devido à melhora no desempenho das lavouras, uma vez que as condições climáticas, para essa temporada, vêm se apresentando ainda melhores que na safra 2022/23. Já a área apresenta ligeira queda de 0,1%, com 8,29 milhões de hectares destinados para a cultura.
A redução é influenciada pela diminuição verificada na região Sudeste. Os dados foram divulgados dia 17/08 pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), durante o 2º Levantamento da safra 2023/24 do produto.
Responsável por 63,1% da produção de cana no país, o Sudeste deverá apresentar uma elevação de 6,3% no volume colhido, chegando a 412,15 milhões de toneladas. O bom resultado será atingido pela boa produtividade que tende ao crescimento e ultrapassa as 80 mil toneladas por hectare.
Fonte: Conab
Lavouras de trigo devem ter produtividade recorde no sul
A umidade do solo em nível favorável para o desenvolvimento das lavouras indica recorde na safra de trigo do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, conforme levantamento da EarthDaily Agro, empresa que monitora as lavouras por satélite. Com mais de 85% da produção nacional de trigo, os estados do Sul têm sido beneficiados pela boa umidade do solo e alto índice de vegetação.
No Rio Grande do Sul, há otimismo quanto ao potencial produtivo. Com o bom patamar do NDVI (Índice de Vegetação por Diferença Normalizada) e da umidade do solo, a estimativa é de que a produção no estado seja de 4,82 milhões de toneladas. O volume é 1,5% maior se comparado com a safra 2022, quando a produção foi recorde.
Em Santa Catarina, a EarthDaily Agro projeta uma produção de 0,5 milhão de toneladas, com produtividade de 3,91 t/ha. “É quase o dobro da média dos últimos cinco anos, de 0,26 milhões de toneladas”, explica Felippe Reis, analista de safra da empresa. Já no Paraná, a boa evolução dos índices de vegetação mantém alta a expectativa em relação ao potencial produtivo do trigo.
Fonte: AgroBand
El Niño pode perder força
Existe uma forte convergência das projeções indicando chances de El Niño acima dos 90% até os meses de dezembro, janeiro e fevereiro. Portanto, vão acontecer sob o regime do fenômeno, a colheita de inverno, que acontece no final da primavera e verão; o plantio do verão, que acontece a partir de setembro e novembro e o desenvolvimento das lavouras de verão.
Entretanto, na mais recente projeção do Instituto de Pesquisa para o Clima e Sociedade da Universidade Norte-Americana de Columbia (IRI Columbia), temos o primeiro sinal mais coerente de enfraquecimento do El Niño.
O padrão é observado logo após o pico de maior intensidade do fenômeno, que deverá ocorrer entre outubro, novembro e dezembro de 2023, onde a média considerando todas as projeções é de +1.716°C (um valor classificado como El Niño forte).
Após esta fase de “maior intensidade” do índice, os valores entram em declínio, com algumas projeções indicando o final do El Niño – índices abaixo de 0.5°C – ainda no primeiro trimestre de 2024. Segundo a projeção de consenso realizada pelo IRI, as probabilidades de Neutralidade são de 59% no trimestre de abril, maio e junho de 2024.
Fonte: Agrolink