Farm News 31/07 à 06/08
Entregas de fertilizantes no Brasil se recuperam no ano, aponta Anda
As entregas de fertilizantes no Brasil deram um salto de 21,9% em maio na comparação anual, somando quase 4 milhões de toneladas, tornando indicador de consumo positivo no acumulado do ano, informou dia 2 de agosto a Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda).
De janeiro a maio, as entregas tiveram crescimento de 1,5% ante o mesmo período de 2022, para 14,84 milhões de toneladas. Até abril, o indicador acumulava queda no ano de 4,4%.
Recentemente, o poder de compra de fertilizantes pelo agricultor brasileiro apresentou uma melhora, após as vendas começarem o ano mais lentas. Já as importações de fertilizantes intermediários pelo Brasil, um dos maiores importadores globais, encerraram maio com 3,2 milhões de toneladas, alta de 2,7%.
No acumulado de janeiro a maio, o total importado foi de 14,09 milhões de toneladas, redução de 2,3% em relação ao mesmo período de 2022, quando as compras externas tinham sido intensificadas em meio a temores de escassez devido à guerra na Ucrânia.
No porto de Paranaguá, principal porta de entrada dos fertilizantes no Brasil, ingressaram 3,66 milhões de toneladas, com redução de 19,5% em relação a 2022.
Fonte: Forbesgro
Mesmo com queda de preços, exportações avançam
Não fosse a forte queda dos preços das commodities no mercado externo, o Brasil iria superar em muito o recorde de exportações de US$ 159 bilhões do ano passado.
A soja mostra esse cenário de queda de preços, que, em julho, foram 22% inferiores aos de igual mês de 2022. Mesmo assim, as exportações da oleaginosa já acumulam US$ 38 bilhões neste ano, superando os US$ 35 bilhões de igual período do ano passado.
O aumento de divisas se deve à aceleração do volume vendido. São 73 milhões de toneladas, 20% a mais do que em igual período de 2022. Nos últimos 12 meses, o Brasil já exportou 91 milhões de toneladas de soja, com receitas recordes de US$ 50 bilhões.
O efeito da queda internacional dos preços não deixa de ser severo também para as proteínas animais. O valor atual da tonelada de carne bovina é 28% inferior ao de há um ano. Neste mesmo período, a carne de frango recuou 13%, e a suína subiu 4%, segundo a Secex. O volume de carne de frango colocado no mercado externo garantiu US$ 5,5 bilhões de receitas entre janeiro e julho.
Fonte: Folha de S.Paulo
Margem de produtores de trigo deve cair mais de 50% na safra 2023/24
Análise do Itaú BBA indica a volta das margens médias aos produtores brasileiros de trigo, visto que os fundamentos não garantem altas significativas dos preços do cereal na bolsa de Chicago e o clima no final da temporada pode alterar a qualidade do cereal a ser colhido.
A margem agrícola é calculada pelo banco em R$ 615/ha, na comparação com R$ 1.417/ha em 2022/23 e R$ 1.871 em 2021/22. Para chegar a esta conclusão, o Itaú BBA leva em consideração uma rentabilidade média de 50 sc/ha e um custo agrícola de R$ 3.665/ha em 2023/24, na comparação com R$ 4.713 e 2022/23 e R$ 3.041 em 2021/22.
O preço médio do cereal é previsto em R$ 86/sc nesta safra, R$ 123/sc no ciclo passado e R$ 96/sc em 2021/22.Em relatório, o banco diz que a condição climática durante a colheita de trigo, com possibilidade de excesso de chuvas, pode reduzir o Ph do cereal. O Itaú BBA considera a estimativa de produção da consultoria Safras & Mercado para o Brasil em 2023/24, com 12,5 milhões de toneladas.
Fonte: Globo Rural
Novo milho híbrido é tolerante a lagartas e ao herbicida glifosato
A Embrapa, em parceria com a Semeali Sementes, desenvolveu um híbrido de milho transgênico que combina duas importantes tecnologias: tolerância a lagartas e resistência ao herbicida glifosato.
Essa combinação de características torna a cultivar altamente versátil, possibilitando o seu uso em diversos ambientes de cultivo em todo o Brasil. Chamado de XB 3042 VTPRO2, o novo milho tem grande capacidade de adaptação aos diversos níveis de tecnologia e práticas de manejo.
O híbrido XB 3042 VTPRO2 possui características que possibilitam a redução do ataque de lagartas, facilitando o controle de insetos-praga que frequentemente prejudicam as lavouras de milho. Essa característica permite que os agricultores reduzam o uso de inseticidas, diminuindo assim os impactos ambientais e os custos associados ao controle de pragas.
Além disso, o material apresenta resistência ao glifosato, um herbicida amplamente utilizado na agricultura para o controle de plantas daninhas, sem prejudicar o cultivo do milho, o que facilita o manejo e aumenta a eficiência na produção. O XB 3042 VTPRO2 apresenta elevado rendimento de grãos, ciclo precoce, boa sanidade foliar e de espigas.
Fonte: Embrapa
Mundo dependerá cada vez mais do café brasileiro; entenda os motivos
A colheita da safra de café 2023/24 no Brasil está na reta final e, embora produtores temam as variações de preços das últimas semanas e interferências climáticas, a demanda global está cada vez mais dependente do fornecimento brasileiro, que pode passar dos 30%.
É o que projeta a consultoria de inteligência de mercado hEDGEpoint diante de um crescimento de produção maior se comparado a outros países. Atualmente, o Brasil responde por cerca de 25% da oferta mundial.
O Vietnã também puxa a oferta, no entanto, recuou na disponibilização do grão na safra 2022/23, o que afetou a participação nas exportações.
De acordo com um relatório divulgado na terça-feira (1/08) pela empresa, regiões cafeicultoras, como Colômbia, América Central e México, apresentaram uma queda significativa nos embarques mundiais.
Nos mercados globais, os preços do café permanecem consolidados, mas com possibilidade de ajustes à frente, dependendo do fim das colheitas e dos eventuais desequilíbrios no fornecimento.
“O Brasil é o único país que tem seguido uma tendência ascendente em termos de sua participação nas exportações globais nos últimos anos. Por outro lado, Colômbia, América Central e México viram sua participação cair pela metade”, evidencia o relatório.
Fonte: Valor
Soja: novo Zarc altera classes de solo e seguro agrícola
A atualização do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) para a cultura da soja resultou em uma mudança na classificação de solos, levando em consideração a disponibilidade de água na terra. Na prática, a nova versão do Zarc passa a valer na safra 2023/24. Assim, o planejamento das lavouras e o mercado de seguros são diretamente impactados.
O Zarc considera análises de riscos com base em séries históricas de dados climáticos e estudos de probabilidade de ocorrências de intempéries no campo, proporcionando recomendações para nortear o manejo.
“A inclusão do parâmetro de Água Disponível (AD) tem a intenção de melhorar o zoneamento e detalhar as condições edafoclimáticas (características do solo que influenciam a cultura), o que tornará essa ferramenta de gerenciamento de risco mais precisa”, opina o diretor de agronegócios da FF Seguros, Fabio Damasceno.
Desta forma, com a nova classificação de solos, torna-se crucial que os agricultores estejam atentos aos tipos de solos presentes nas áreas que possuem para respeitar a janela recomendada de plantio, que terá início a partir de setembro nas principais regiões produtoras. Além de auxiliar na mitigação de adversidades climáticas, o cumprimento do Zarc é um requisito para a contratação de seguro agrícola.
Fonte: Canal Rural
Singapura vai importar carnes processadas bovina e suína do Brasil
Após as negociações realizadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) junto à Singapure Food Agency (SFA), o Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Carlos Fávaro, anunciou que o Brasil conquistou um novo mercado para produtos agropecuários.
Com as propostas de ajustes no Certificado Sanitário Internacional (CSI), os estabelecimentos brasileiros já podem ser habilitar para exportação de carne bovina e carne suína processadas. “É mais uma importante conquista para a agropecuária brasileira, pois ampliamos as nossas relações comerciais com um mercado relevante e exportando produtos de maior valor agregado”, comentou Fávaro.
Conforme dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Singapura foi o sétimo destino das exportações brasileiras em 2022. Os produtos cárneos são o segundo principal grupo de exportados para o país, representando 7% do total (sendo produtos aviários 4%, suínos 2% e bovinos 1%). No ano passado as exportações para Singapura atingiram recorde e chegaram a U$ 8,3 bilhões.
Poderão ser exportadas carnes bovinas e suínas processadas, não submetidas à esterilização comercial, após a acreditação do estabelecimento pela SFA. Agora são 26 mercados abertos para diferentes produtos da agropecuária brasileira somente neste ano.
Fonte: AgroBand
Economia global será impactada pelo El Niño
A maior preocupação refere-se ao comportamento das chuvas e um comportamento que é consenso entre os meteorologistas e boa parte das projeções climáticas, é que a região Sul do Brasil terá mais chuvas entre a primavera e verão.
E dada as condições de temperaturas muito acima da média – refletindo na maior disponibilidade de energia na atmosfera – as chuvas têm grandes chances de ocorrer na forma de eventos extremos. Ou seja, neste ano, não será surpresa os eventos de chuvas que possam trazer o equivalente do mês em poucos dias.
Conforme informações do metereologista, Gabriel Rodrigues, é possível que haja um problema logístico, uma vez que entre setembro e dezembro ocorre a colheita do trigo no sul do Brasil.
A pressão de chuvas no período da colheita, traz uma série de desafios para o produtor rural, como o aumento da incidência de fungos (no campo e na armazenagem), brota no campo, e dificuldade de operar os equipamentos com o solo e a cultura úmida.
Deste modo, todas as projeções de uma safra muito promissora de trigo no Brasil podem ser revisadas ao final das operações. Nos casos mais extremos, as temperaturas da superfície do solo podem atingir níveis onde causa o abortamento da semente.
Fonte: Agrolink