Farm News 17/07 a 23/07
Brasil assume liderança mundial na exportação de farelo de soja
O Brasil assume neste ano mais uma liderança mundial no setor do agronegócio. Será, pela primeira vez, o maior exportador mundial de farelo de soja. O país retoma também a liderança mundial no milho neste ano.
Esses dois produtos se somam a café, soja, açúcar, suco de laranja, celulose e carnes bovina e de frango. Tradicionalmente o segundo posto, o Brasil ocupará o lugar da Argentina, que, devido aos severos efeitos climáticos em suas lavouras de soja, não conseguirá manter o patamar de exportações dos anos anteriores.
Conforme dados divulgados dia 20 de julho pela Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais), o Brasil exportará 22 milhões de toneladas de farelo da oleaginosa neste ano.
A Argentina, segundo informações do escritório de Buenos Aires do Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), colocará apenas 18,7 milhões de toneladas de farelo na safra comercial de 2022/23.
Os períodos de comparação têm uma pequena diferença, uma vez que o ano comercial considerado pelo Usda é de outubro de um ano a setembro do seguinte. Já os dados da Abiove consideram o ano todo de 2023.
Fonte: Folha de S.Paulo
Preço do trigo dispara no mercado internacional após Rússia abandonar acordo
Os preços do trigo dispararam nos contratos futuros da Bolsa de Chicago, nos Estados Unidos, e que servem como parâmetro mundial, após a Rússia abandonar o acordo de exportação de grãos pelos portos do Mar Negro. O aumento já chega a 8% em apenas três dias.
O acordo permitiu, no último ano, o escoamento de cerca de 33 milhões de toneladas de grãos pelos portos do Mar Negro (Ucrânia), para diversos países e o fim do acordo traz de volta a preocupação com a inflação de alimentos. Com o acordo, que foi fechado no ano passado, o preço global dos alimentos caiu 20%.
O preço dos grãos gera um efeito cascata, pois além da alimentação humana, servem como base para a produção de rações, que sustentam as criações de animais como bovinos, frangos e suínos, gerando maiores custos para estes alimentos.
A Rússia sinalizou que poderá voltar atrás no acordo se suas demandas forem atendidas e uma delas é a recolocação do Banco Russo Agrícola no mercado de pagamentos internacionais, o chamado swift. Essa foi uma das sanções aplicadas pelo Ocidente após o início do conflito entre Rússia e Ucrânia.
Fonte: AgroBand
Brasil já colheu 66% do café de 2023, pouco abaixo do ritmo histórico
A colheita de café do Brasil da safra 2023/24 atingiu 66% da área total até 18 de julho, um pouco abaixo do ritmo histórico para esta época do ano, segundo estimativa divulgada dia 21 de julho pela consultoria Safras & Mercado.
Para comparação, a média de cinco anos para o período é de 71%, segundo a consultoria. A colheita, porém, está adiantada em relação ao ritmo de 2022, quando estava em 57% nesta mesma época.
A Safras estimou que cerca de 83% das lavouras de café robusta foram colhidas, mesmo nível visto no ano passado e abaixo da média de cinco anos de 89%. Enquanto isso, a safra de café arábica atingiu 58%, pouco acima do percentual de 57% na mesma época de 2022, mas abaixo da média de cinco anos de 63%.
O Brasil teve algumas chuvas no início deste mês, que tendem a reduzir o trabalho de colheita e secagem, mas a Safras disse que as operações retomaram o ritmo na última semana. A consultoria afirmou que o perfil geral da safra continua positivo tanto em termos de produtividade agrícola quanto em relação à qualidade.
Fonte: ForbesAgro
Gripe aviária: SC declara estado de emergência zoossanitária
O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, declarou estado de emergência zoossanitária para combater a gripe aviária no território catarinense. A medida foi publicada no Diário Oficial do Estado na noite desta quinta-feira (20/07). O decreto é válido por 180 dias.
O estado de emergência zoossanitária foi declarado por causa da detecção do vírus da Influenza Aviária H5N1 de Alta Patogenicidade (IAAP) em aves em Santa Catarina, conforme o Diário Oficial catarinense.
A medida do governo de Santa Catarina acompanha uma ação nacional para o combate à gripe aviária. Nesta quinta-feira, o Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, reuniu-se com representantes de todos os Estados brasileiros para alinhar a ação conjunta de declaração de estado de emergência zoossanitária.
O Ministério declarou estado de emergência zoossanitária em todo o território nacional em 22 de maio. Desde então, os casos da doença vêm aumentando no país. Foram confirmados ainda mais três focos de gripe aviária em aves silvestres, e o total de animais infectados chegou a 67. Os casos foram identificados nas cidades de Itanhaém (SP), e nos municípios de Macaé e Maricá, ambos no Rio de Janeiro.
Fonte: Globo Rural
Soja: custo de produção cai, mas defensivos impedem retração maior
Os produtores de soja têm sentido a redução dos custos de produção para a safra 2023/24. Contudo, a queda dos valores obtidos com a venda do grão impedem maiores ganhos.
Desembolsar menos para comprar fertilizantes e sementes, dois dos principais insumos que mais baratearam, mas com a saca desvalorizada faz com que a relação de troca não seja favorável. Porém, podia ser pior.
Relatório de custos de produção de julho – referente a junho – divulgado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) no dia 20 de julho mostra que os gastos com a instalação da lavoura da soja geneticamente modificada no principal estado produtor estarão menores nesta próxima safra.
Assim, mesmo quem está deixando para a última hora para comprar adubo e semente tem conseguido pagar menos do que no ano passado.
O preço médio da semente de soja em Mato Grosso teve redução de 22,2% em junho deste ano ante o mesmo período do ano passado: de R$ 783,46 para R$ 608,77 por hectare. Já os fertilizantes tiveram retração ainda mais acentuada no mesmo período, de 23%: R$ 2.417,29 para R$ 1.856,62 por hectare.
Fonte: Canal Rural
Milho: exportações em junho atingiram 1,03 milhão de toneladas
As exportações de milho em junho de 2023 atingiram 1,03 milhão de t contra o observado em maio (um montante de 0,38 milhão de t) e acima do ocorrido no mesmo período do ano passado (0,99 milhão de t), fruto da ocorrência de negociações antecipadas.
A informação é do Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado dia 21 de julho.
As informações atribuem este movimento aos prêmios de exportação que estão subindo rapidamente no mercado brasileiro, com valores maiores previstos para o final do ano, em razão do atraso na colheita sul-americana e também por conta das chuvas das últimas semanas. Estima-se que a atual colheita da segunda safra do milho paraguaio será a mais atrasada em onze anos.
Em relação aos preços dos fretes, outro tópico abordado pelo boletim, em Mato Grosso, a projeção reportada pelas fontes em maio, para o mês de junho, foi confirmada. Assim, com o avanço da colheita do milho se consolidando, a demanda por frete se aqueceu e o preço teve ligeira alta em quase todas as praças e destinos.
Fonte: Conab
El Niño gera incertezas para a safra de grãos
Agências meteorológicas confirmaram o início do El Niño, um fenômeno climático caracterizado pelo aquecimento das águas do oceano no Pacífico, que traz mudanças significativas para os padrões climáticos globais.
De acordo com o Centro Americano de Previsão do Climática (CPC-NOAA), o El Niño pode persistir até março de 2024 e a probabilidade de que tenha forte intensidade é de 56%.
A incidência do El Niño nas regiões agrícolas do Brasil traz potenciais riscos e desafios para os agricultores. O El Niño ocasiona padrões irregulares de chuvas e aumento na intensidade e frequência de eventos climáticos extremos, como secas, tempestades e enchentes, geadas e chuvas de granizo.
Geralmente, o El Niño provoca secas prolongadas nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, enquanto ocasiona volumes de chuvas acima da médias nas regiões Sudeste e Sul do país.
Essas variações climáticas podem ter impactos diretos e negativos na safra de grãos 2023/24. “O El Niño pode causar problemas já no início da safra, em meados de setembro a outubro.
Entre as preocupações, é possível que as chuvas mais frequentes e com volumes acima da média na região Sul dificultem as operações de semeadura e provoquem a necessidade de replantios de áreas.
Fonte: Agrolink
Fim dos controles reforçados às exportações de carnes para o Reino Unido
O governo brasileiro recebeu com satisfação a divulgação, pelo governo britânico, do fim dos controles reforçados às exportações brasileiras de produtos cárneos para o Reino Unido e da retomada plena do sistema de habilitação de estabelecimentos por indicação das autoridades sanitárias brasileiras, o chamado “pre-listing”.
A decisão fundamentou-se no relatório da auditoria técnica realizada por equipes britânicas em outubro de 2022, cujo foco foi o sistema brasileiro de inspeção de produtos de origem animal, notadamente carne bovina e carne de aves. Foi a primeira missão de auditoria britânica ao exterior depois do Brexit.
A missão de auditoria reconheceu que o Brasil resolveu as questões relacionadas ao seu sistema regulatório sanitário e fitossanitário que haviam levado à instituição dos controles reforçados. A decisão das autoridades britânicas confirma a excelência dos controles sanitários oficiais brasileiros.
O governo britânico anunciou, ainda, a regionalização do território brasileiro em nível estadual em relação à gripe aviária. Dessa forma, eventuais focos da doença que venham a ocorrer no Brasil não mais levarão ao fechamento do mercado britânico para todas as exportações de carne de aves, mas apenas as provenientes do estado onde se tenha identificado a doença.
Fonte: Mapa