Farm News 27/10 a 02/11
EUA voltam a exportar soja para a China
O Secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, afirmou na quinta-feira (30) que a China concordou em comprar 12 milhões de toneladas de soja americana nos próximos meses e mais 25 milhões por ano até 2028.
O anúncio foi feito em um programa de TV americano logo após a reunião do presidente norte-americano Donald Trump e o presidente da China, Xi Jinping. No encontro, os dois entraram em um acordo para reduzir as tarifas e retomar o comércio.
Segundo Bessent, além das 12 milhões de toneladas de soja acordadas para os próximos meses, a China ainda se comprometeu a comprar mais 25 milhões de toneladas de soja por ano nos próximos três anos.
As compras chinesas de soja estavam totalmente paralisadas desde setembro devido às tarifas que Trump impôs ao país. A China, no período, triplicou as compras de soja brasileira. Na quarta-feira (29), a chinesa Cofco confirmou a compra de três carregamentos de soja americana com 180 mil toneladas. Os grãos embarcam à Ásia em dezembro e janeiro de 2026.
Fonte: Band
Mercado da soja se prepara para a safra
O Rio Grande do Sul consolida uma posição estratégica na safra de soja 2025/26, segundo informações da TF Agroeconômica. Para pagamento em 15/10, com entrega em outubro, os preços no porto foram reportados a R$ 141,00/sc (-0,70%) semanal, enquanto no interior as referências se foram em torno de R$ 131,00/sc (-0,76%) semanal em Cruz Alta, Passo Fundo, Santa Rosa e São Luiz, todos com liquidação prevista para 30/10.
Já em Panambi, o mercado físico apresentou queda mais acentuada, com o preço de pedra recuando para R$ 120,00/sc, sinalizando maior resistência local ao ritmo comprador.
Santa Catarina não divulgou novos dados sobre o avanço do plantio ou a comercialização. A eficiência logística e a autossuficiência em armazenagem conferem uma resiliência considerável frente às oscilações de frete e às restrições de escoamento enfrentadas por estados do Centro-Oeste, mantendo o equilíbrio entre produção, processamento e consumo interno. No porto de São Francisco, a saca de soja é cotada a R$ 139,32 (-0,36%).
O Paraná mantém uma posição de destaque na safra 2025/26, com projeção de 21,96 milhões de toneladas de soja. Em Paranaguá, o preço chegou R$ 140,98 (-0,33%). Em Cascavel, o preço foi R$ 128,05 (-0,19%).
Fonte: Agrolink
Vendas de máquinas e equipamentos sobem 11,2% em setembro
A indústria brasileira de máquinas e equipamentos teve crescimento em setembro, com a receita líquida de vendas subindo 11,2% em relação ao mesmo período do ano anterior, atingindo R$27,2 bilhões, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pela associação de fabricantes, Abimaq.
O número reverteu a queda de agosto, refletindo uma melhora “quase generalizada” nas receitas dos diversos segmentos do setor. No acumulado do ano, até o mês de setembro, o setor teve expansão de 10,8% na receita.
No mercado interno, houve alta de 18,2% na receita de setembro na base anual, acumulando R$20 bilhões. No acumulado do ano, a expansão foi de 13,4% frente ao mesmo período de 2024.
Segundo a Abimaq, embora o resultado tenha superado as expectativas, que indicavam desaceleração em relação a 2024, para os próximos meses “o cenário de incertezas no mercado externo – especialmente nos Estados Unidos – aliado à política monetária contracionista, pode levar as empresas a adotarem uma postura mais cautelosa, retardando novos investimentos produtivos”.
Em relação às exportações, os dados da Abimaq mostraram que houve alta de 1,8% na comparação com o mesmo mês de 2024, enquanto que no acumulado anual, o setor ficou no mesmo patamar de 2024.
Fonte: Notícias Agrícolas
Centro-Sul reduz foco no açúcar e prioriza etanol de milho
Na primeira quinzena de outubro, as unidades produtoras da região Centro-Sul processaram 34,04 milhões de toneladas, ante 33,94 milhões na safra 2024/2025. No acumulado desde o início da safra 2025/2026 até 16 de outubro, a moagem atingiu 524,96 milhões de toneladas, registrando retração de 2,78% na comparação com as 539,98 milhões de toneladas registradas no mesmo período do ciclo anterior.
Na primeira quinzena de outubro, operaram 255 unidades produtoras na região Centro-Sul, sendo 234 unidades com processamento de cana, dez empresas que fabricam etanol a partir de milho e onze usinas flex. No mesmo período da safra anterior, 258 unidades produtoras estavam em operação.
Nos primeiros quinze dias de outubro, 12 unidades encerraram a moagem. No acumulado desde o início da safra, 18 unidades já concluíram o processamento da cana, ante 12 usinas no mesmo período do ciclo anterior.
Em relação à qualidade da matéria-prima, o nível de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) registrado na primeira quinzena de outubro atingiu 158,78 kg de ATR por tonelada de cana-de-açúcar, contra 160,32 kg por tonelada na safra 2024/2025 – queda de 0,96%.
Fonte: Revista Cultivar
Agroindústria recua 2,1% em agosto, revela FGVAgro
O volume de produção da Agroindústria registrou queda de 2,1% em agosto ante o mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano, a retração é de 0,5%, de acordo com os dados da pesquisa sobre o Índice de Produção Agroindustrial (PIMAgro) do FGVAgro.
Em agosto, os setores que mais contraíram foram: Bebidas (-4,9%) e Produtos Não-Alimentícios (-4,2%), ambos acumulam quedas sucessivas ao longo do ano. No setor de Bebidas, as alcoólicas sofreram uma redução em sua produção de 11,8%, atingindo o menor nível desde 2014. Vale ressaltar que os casos de contaminação por metanol ocorreram em setembro, após o período analisado pela pesquisa.
No segmento de Produtos Não Alimentícios, a contração foi derivada, principalmente, da queda na produção de Biocombustíveis (-24,1%), o pior resultado para o mês desde o início da série histórica em 2003.
Segundo análise dos pesquisadores do FGVAgro, o ano de 2025 tem sido desafiador para a Agroindústria, por alguns motivos, entre eles, a economia brasileira em ritmo de desaceleração devido, principalmente, à política monetária restritiva; valorização do real, reduzindo a competitividade e/ou a receita de alguns produtos agroindustriais brasileiros no mercado internacional e; os efeitos de primeira e de segunda ordens decorrentes do tarifaço.
Fonte: Notícias Agrícolas
Indústria de fertilizantes dos EUA propõe medidas para o abastecimento
Diante de margens apertadas e instabilidade nos mercados globais, o The Fertilizer Institute (TFI) apresentou propostas de políticas públicas com o objetivo de fortalecer a agricultura nos Estados Unidos, ampliar mercados para produtores e garantir a disponibilidade de fertilizantes no país.
Segundo o TFI, diversos fatores internacionais têm impactado os custos dos fertilizantes, como instabilidade geopolítica, restrições comerciais, interrupções logísticas e volatilidade nos mercados de energia. A entidade defende que ações práticas por parte do governo norte-americano podem contribuir para mitigar esses efeitos e garantir maior previsibilidade para os agricultores.
As propostas do The Fertilizer Institute (TFI) abrangem medidas de curto e longo prazo. Entre as ações imediatas estão a criação de uma política nacional coordenada para ampliar a produção doméstica, a nomeação de um economista especializado no USDA, a agilização de processos regulatórios, a inclusão do fosfato na lista de minerais críticos, o incentivo a políticas energéticas que assegurem o fornecimento de gás natural e a promoção de um ambiente comercial mais transparente.
Já as iniciativas de longo prazo incluem o estímulo à inovação em tecnologias de fertilizantes, o apoio à adoção das práticas 4R de manejo nutricional (fonte certa, dose certa, momento certo e local certo) e a busca por alternativas sustentáveis para o reaproveitamento de materiais provenientes de fontes mineradas.
Fonte: Globalfert
Novo biofungicida controla fungos de solo com até 80% de eficiência
Uma bactéria encontrada no Cerrado pode fortaceler o combate a fungos no solo. Desenvolvido pela Embrapa em parceria com a empresa Simbiose, o biofungicida Eficaz Control é o primeiro do mercado brasileiro a usar uma cepa da bactéria Paenibacillus ottowii como agente de controle biológico.
O microrganismo e a sua ação antifúngica foram identificados pela Embrapa Milho e Sorgo (MG). A nova tecnologia combate até 80% da infestação de patógenos que causam podridão de raízes e caules em lavouras de milho, soja e outras culturas.
O produto apresentou ação comprovada em campo no controle de infestação de patógenos como Fusarium spp.(imagem à esquerda), Macrophomina phaseolina e Colletotrichum graminicola — responsáveis por doenças que causam podridão de raízes e colmos.
O Eficaz Control já está registrado para uso em lavouras de milho e soja contra Fusarium spp. e deve, em breve, ser liberado para combater os demais fungos. A nova tecnologia oferece aos produtores uma alternativa viável, segura e eficaz para substituir fungicidas químicos, especialmente no tratamento de sementes e aplicação no sulco de semeadura.
Fonte: Embrapa
