Farm News 25/08 a 31/08

Farm News 25/08 a 31/08

1 de setembro de 2025 0 Por admin

Valor da produção agropecuária será de R$ 1,48 trilhão em 2025

O VBP (Valor Bruto de Produção), quando olhado do ponto de vista mensal, vem em queda desde abril. A retração em julho, sobre o mês anterior, foi de 0,6% nos dados do Mapa (Ministério da Agricultura) e de 0,12% nos da CNA (Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil).

O ministério prevê o valor bruto da produção agropecuária em R$ 1,4 trilhão neste ano. Já a CNA estima em R$ 1,48 trilhão. Número de produtos avaliados e metodologia explicam essa diferença de valores entre as duas apurações.

Tanto o Ministério da Agricultura como a CNA divulgam os dados sempre com a comparação anual, mas, se comparados os dados previstos para julho com os para junho, os valores do mês passado indicam um VBP menor.

Dois produtos da lista das sobretaxas de Donald Trump, café e carne bovina, estão entre as quedas, mas ainda é cedo para uma avaliação dos reflexos do tarifaço, segundo técnicos da CNA.

O VBP é o montante de dinheiro obtido dentro da porteira. As estimativas anuais são feitas com base no volume de produção esperado e nos preços de negociação obtidos por eles. 

Fonte: Folha de S.Paulo

Robotização avança no campo com pulverizadores autônomos

A robotização no campo deu um passo significativo com o anúncio feito pela John Deere semana passada da aquisição total da Guss Automation, empresa norte-americana referência em pulverização autônoma para cultivos especiais. A movimentação consolida uma “joint venture” firmada entre as companhias em 2022 e acelera a inserção de máquinas inteligentes na agricultura.

A aquisição é uma resposta direta aos principais desafios do setor agrícola, como a escassez crônica de mão de obra, os custos elevados de insumos e a busca por maior eficiência na proteção de cultivos, especialmente para fruticultores e viticultores.

As máquinas da Guss (sigla para “Pulverizador Supervisionado Autônomo para Cultivos Especiais”) operam de forma autônoma, guiadas por GPS, sensores LiDAR e software próprio para navegar com precisão entre as linhas de pomares e vinhedos. Um único operador é capaz de supervisionar até oito unidades simultaneamente, o que maximiza a produtividade e minimiza erros humanos, desperdícios e custos operacionais.

Fundada em 2018, a Guss já possui uma trajetória de sucesso, com mais de 250 máquinas comercializadas em todo o mundo. Esses equipamentos acumulam mais de 500 mil horas de operação autônoma, cobrindo impressionantes 2,6 milhões de acres.

Com a compra, os pulverizadores autônomos Guss continuarão a ser vendidos e assistidos pela rede de concessionárias John Deere, mantendo sua marca, equipe e sede na Califórnia. 

Fonte: Revista Cultivar

Tecnologia vira estratégia no agro

O WhatsApp Business vem se consolidando como uma ferramenta estratégica no agronegócio e em outros setores, deixando de ser apenas um canal de comunicação para se tornar uma plataforma de vendas e atendimento.

Presente em 99% dos celulares brasileiros e com 147 milhões de usuários ativos, segundo o Digital 2024: Brazil, o app já permite negociações de commodities, pedidos de insumos e contato direto no campo.

Pesquisas apontam que 82% dos brasileiros usam o WhatsApp para falar com empresas e 60% já realizaram compras pelo app. Esse avanço explica por que cerca de 70% das companhias no país já utilizam a versão empresarial em suas estratégias.

A automação no atendimento tem sido determinante para o crescimento de pequenos e médios negócios, permitindo ganho de escala e maior organização sem exigir grandes investimentos.

Para os clientes, a conveniência é decisiva: segundo a Meta, 81% dos brasileiros preferem enviar mensagens a acessar sites, e 78% afirmam ter mais chance de comprar quando podem resolver tudo pelo chat. Recursos como o Click-to-WhatsApp e soluções integradas de gestão de pedidos, como o Poli Pay, tornam o processo de compra ainda mais ágil e aumentam a taxa de conversão.

Fonte: Agrolink

Moagem de cana-de-açúcar atinge 47,63 milhões de toneladas na primeira quinzena de agosto

Na primeira quinzena de agosto, as unidades produtoras da região Centro-Sul processaram 47,63 milhões de toneladas ante 44,03 milhões da safra 2024/2025 – o que representa um aumento de 8,17%.

No acumulado da safra 2025/2026 até 16 de agosto, a moagem atingiu apenas 353,88 milhões de toneladas, ante 378,98 milhões de toneladas registradas no mesmo período no ciclo anterior – retração de 25,10 milhões de toneladas até o momento.

Na primeira quinzena de agosto, 257 unidades produtoras na região Centro-Sul estavam em operação, sendo 237 unidades com processamento de cana, dez empresas que fabricam etanol a partir do milho e dez usinas flex. No mesmo período, na safra 2024/2025, operaram 261 unidades produtoras, sendo 241 unidades com processamento de cana, nove empresas que fabricam etanol a partir do milho e onze usinas flex.

Em relação à qualidade da matéria-prima, o nível de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) registrado na primeira quinzena de agosto continuou aquém do patamar histórico, atingindo 144,83 kg de ATR por tonelada de cana-de-açúcar, contra 151,17 kg por tonelada na safra 2024/2025 – variação negativa de 4,19%.

No acumulado desde o início da safra, o indicador marca 129,26 kg de ATR por tonelada, registrando retração de 4,47% na comparação com o valor observado na mesma posição no ciclo anterior.

Fonte: Notícias Agrícolas

Avicultura brasileira já exportou mais de US$ 5,4 bilhões em 2025

Segundo dados da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (SCRI/Mapa), somente de janeiro a julho deste ano, as exportações de carnes de frango e miudezas ultrapassaram US$ 5,47 bilhões, somando mais de 2,9 milhões de toneladas exportadas. Já as exportações de ovos, alcançaram o valor de mais de US$ 123,78 milhões.

“A avicultura é motivo de orgulho para o Brasil. Esse setor gera milhões de empregos, garante alimento de qualidade para os brasileiros e conquista mercados em todo o mundo”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

Os principais destinos das carnes de frango brasileira são: Arábia Saudita, China, Emirados Árabes, Japão, México e Filipinas. Já das miudezas de frango são: China, Hong Kong, Gana e Arábia Saudita.

Conforme a Companhia de Abastecimento Nacional (Conab), para 2025 estima-se que a produção de carne de frango atinja um novo recorde, com projeção de 15,48 milhões de toneladas, um aumento de 1,5% em comparação a 2024.

Fonte: Mapa

Fretes mantêm tendência de alta em agosto com maior fluxo de grãos e insumos

Os custos de transporte seguem em elevação em diversas praças do país, acompanhando o ritmo recorde de movimentação de grãos e insumos.

A combinação entre exportações aquecidas, forte demanda por caminhões e concentração da colheita da segunda safra de milho tem pressionado os fretes, que apresentam tendência de alta em importantes regiões produtoras.

Esse cenário é detalhado na edição de agosto do Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta sexta-feira (29).

No caso do milho, mesmo com perspectivas favoráveis de produção mundial e safra recorde de 137 milhões de toneladas no Brasil, os preços internos permanecem sustentados pelo elevado consumo doméstico, estimado em 90,2 milhões de toneladas.

A demanda, somada ao atraso na colheita da segunda safra, retardou a entrada do cereal nos armazéns e ajudou a manter o mercado firme. O ritmo das exportações também reforça a pressão logística: apenas em julho foram embarcadas 2,43 milhões de toneladas, contra 370 mil no mês anterior, acumulando 11,9 milhões de toneladas no período de janeiro a julho.

O porto de Santos concentrou 24,7% dessa movimentação, enquanto os portos do Arco Norte reduziram participação para 34,7%. Já Paranaguá, São Francisco do Sul e Rio Grande ampliaram a presença nas exportações.

Fonte: Conab

Cooperativas agropecuárias impulsionam desenvolvimento econômico e fortalecem produtores rurais no Brasil

Em entrevista à 6ª edição do Outlook GlobalFert, Bruno Rangel Geraldo Martins, diretor-presidente da Coplana (Cooperativa Agroindustrial), destacou a relevância das cooperativas agropecuárias como pilares do fortalecimento dos produtores rurais, da geração de emprego e renda no campo, e do desenvolvimento econômico do Brasil.

Segundo Bruno, essas organizações têm se consolidado como instrumentos essenciais de organização e competitividade para agricultores de diferentes perfis. “As cooperativas ampliam o acesso a crédito, inovação tecnológica e poder de barganha, garantindo maior inserção no mercado nacional e internacional”, afirmou.

O cooperativismo agropecuário no Brasil tem raízes históricas que remontam ao final do século XIX, com a chegada de imigrantes europeus que já conheciam os benefícios desse modelo. Desde então, o setor evoluiu e hoje representa uma força significativa na economia nacional.

Entre os principais benefícios, Bruno destacou a prioridade dada aos cooperados. “Como as cooperativas não visam o lucro, é possível conciliar resultados econômicos com desenvolvimento humano. Ganha o produtor, mas também toda a sociedade no entorno”, disse.

Outro diferencial apontado é a redução de custos de produção e comercialização. A compra coletiva de insumos e a negociação em escala permitem maior rentabilidade aos cooperados. Além disso, o suporte técnico e os treinamentos oferecidos pelas cooperativas contribuem diretamente para a capacitação dos produtores e suas equipes.

Fonte: Globalfert