Farm News 18/08 a 24/08

Farm News 18/08 a 24/08

25 de agosto de 2025 0 Por admin

Café mais caro do mundo é vendido por R$ 160 mil o kg em leilão no Panamá

Você pagaria US$ 30 mil (ou R$ 160 mil) no kg do grão de café? Foi por este valor que um lote do produto foi leiloado no Panamá, no início de agosto. A quantia representou um recorde mundial de leilão de café especial.

A empresa Julith Coffee, de Dubai, pagou US$ 604 mil (mais de R$ 3,3 milhões) por um lote de 20 kg. A negociação aconteceu durante o evento anual “Best of Panama”, organizado pela Associação de Café Especial do país. O grão é produzido pela fazenda La Esmeralda, no município de Boquete.

Da variedade geisha, originária da Etiópia, o cultivo tem notas de goiaba, pêssego branco e uma mistura de jasmim. “É um café extraordinário em termos de paladar”, disse a diretora de café da fazenda, Rachel Peterson.

O lote leiloado passou pelo processo de lavagem, que remove a polpa do fruto antes da secagem. Esse método deixa o sabor mais limpo e com acidez acentuada. A fazenda está em uma área a 2 mil metros acima do nível do mar.

A altitude ajuda a elaborar os diferentes sabores do fruto. A propriedade trabalha com microlotes, para gerar grãos que forneçam experiências sensoriais diferenciadas.

Fonte: G1

Financiamento climático impulsiona competitividade da soja brasileira

A Conferência Internacional da Mesa Global da Soja Responsável (RTRS), que será realizada nos dias 17 e 18 de setembro no Expo Center Norte, em São Paulo, reunirá representantes de toda a cadeia produtiva da soja. O evento terá como foco o financiamento climático na agricultura e seus impactos na competitividade global do setor.

O cientista de Clima e Sistemas Alimentares da Aliança da Biodiversidade Internacional e do Centro Internacional de Agricultura Tropical (CIAT), Ciniro Costa Júnior, estará entre os principais palestrantes. Ele abordará estratégias para adaptar sistemas agrícolas às mudanças climáticas, reduzir emissões e aumentar a eficiência produtiva, conectando a produção a novos mercados e demandas futuras.

Com mais de 15 anos de experiência em pesquisas sobre solos e mudanças climáticas, Costa atua a partir da sede do CIAT, na Colômbia, que integra a rede global CGIAR, referência mundial em pesquisa agropecuária.

No dia a dia, ele apoia programas globais, governos, fundos, bancos de desenvolvimento e empresas privadas, ajudando a implementar tecnologias que combinem mitigação, adaptação, resiliência e aumento da produtividade. Segundo ele, essas iniciativas são estruturadas para atrair financiamento climático e gerar novas oportunidades para produtores e comunidades rurais.

Fonte: Radar Digital Brasília

Pesquisadores desenvolvem sensores biodegradáveis para a agricultura

Uma inovação tecnológica está prestes a transformar o modo como os agricultores do mundo inteiro cuidam de suas plantações, através de sensores vestíveis para plantas. 

Desenvolvidos por pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), juntamente com outros colegas brasileiros, esses dispositivos funcionam como verdadeiros “check-ups portáteis” para cultivos, permitindo acompanhar em tempo real a saúde e as necessidades das lavouras.

Esta tecnologia, apontada pelo Fórum Econômico Mundial como uma das dez mais promissoras para o futuro, pode monitorar desde níveis de nutrientes, umidade e pH, até sinais de doenças, pragas e estresse hídrico.

Diferente dos métodos convencionais, que dependem de análises pontuais ou de drones e câmeras, os sensores vestíveis são aplicados diretamente em folhas, caules ou frutos, coletando continuamente dados sem prejudicar o crescimento das plantas.

“Esses dispositivos oferecem aos agricultores uma ferramenta inédita para tomar decisões rápidas e precisas, reduzindo perdas e aumentando a produtividade com menor impacto ambiental”, explica o pesquisador Paulo Raymundo-Pereira, do (IFSC/USP) e autor-correspondente do estudo publicado na revista Analytical Chemistry.

O diferencial dessa tecnologia está no uso de materiais biodegradáveis e sustentáveis – como polímeros derivados do amido, da celulose e do ácido polilático –, substituindo os plásticos tradicionais que provocam degradação, ou seja, além de ajudarem no manejo agrícola, os sensores também reduzem a geração de resíduos tóxicos.

Fonte: USP

Argentina confirma gripe aviária em granja perto de Buenos Aires

O Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar (Senasa), da Argentina, confirmou a ocorrência de caso positivo de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em aves comerciais de uma granja localizada na cidade de Los Toldos, província de Buenos Aires. A propriedade é destinada à produção de ovos.

A propriedade foi interditada e os protocolos sanitários foram estabelecidos na “Zona de Controle Sanitário” (ZCS), compreendida por uma zona perifocal de 3 km ao redor do foco, onde estão sendo aplicadas as medidas sanitárias de contenção, biosseguridade e restrição de movimentação. Em uma segunda zona, de vigilância, com um raio de 7 km ao redor do foco, estão sendo realizadas tarefas de monitoria, controle e rastreamento epidemiológico. 

As ações sanitárias do corpo técnico do Senasa incluíram a depopulação da granja afetada e a deposição final de todas as aves abatidas, com posterior aplicação de medidas de higiene e desinfecção de galpões. 

A região onde ocorreu o foco da doença não representa zona de produção avícola significativa, e o órgão também destaca que está suspendendo temporariamente as exportações de produtos avícolas para os países com quem mantém acordo sanitário de país livre da IAAP. 

Em nota,a Senasa ainda ressalta que “pelos resultados alcançados nos últimos meses”, continuará exportando para aqueles países com quem firmou protocolos de zonificação e de compartimentos livres de IAAP. 

Fonte: Band

Compra argentina de carne no Brasil dispara e sobe 724% no ano

A Argentina elevou a participação dos Estados Unidos e da Índia no ranking dos principais compradores de produtos do país. Já Brasil e China passaram a ter um percentual menor nos sete primeiros meses deste ano.

Quando considerado o comércio geral entre Brasil e Argentina, 15% das exportações do país vizinho vêm para os brasileiros. No ano passado, eram 16%. Os argentinos elevaram, no entanto, as compras no Brasil. Agora, 25% dos gastos deles com importações são feitos no mercado brasileiro, acima dos 23% de janeiro a julho de 2024.

O aumento dessas importações passa pelos alimentos. Oferta interna menor fez o país buscar volume elevado no Brasil. Nos sete primeiros meses deste ano, os argentinos compraram o correspondente a US$ 146 milhões em carnes no mercado brasileiro, um valor 724% superior ao de igual período de 2024. O volume adquirido chegou a 52 mil toneladas, com alta de 536%.

As exportações brasileiras cresceram nos três principais tipos de carne. A venda de frango, embora ainda pequena em relação aos principais importadores, aumentou em 528%, para 13 mil toneladas.

A oferta menor de carne bovina, preços elevados e renda menor dos consumidores levaram boa parte dos argentinos para o frango. O consumo médio dessa proteína subiu para 49 kg per capita, ultrapassando o de carne bovina, que é de 48 Kg, e vem caindo.

Fonte: Folha de S.Paulo

Importações de trigo brasileiro seguem em baixa

O mercado do trigo no Brasil continua pressionado, refletindo o avanço das importações e os estoques elevados. Segundo informações divulgadas pela CEEMA, a média de preços no Rio Grande do Sul ficou em R$ 69,88/saca, enquanto no Paraná as cotações giraram entre R$ 75,00 e R$ 76,00/saca.

Em Chicago, o trigo fechou a semana passada em US$ 5,07/bushel, após ter recuado para US$ 4,98 no início do período. Nos Estados Unidos, a colheita de inverno já chegou a 94% da área, enquanto a de primavera atingiu 36%, em linha com a média histórica.

Apesar do USDA ter reduzido a projeção de safra da Argentina para 19 milhões de toneladas, analistas locais seguem estimando mais de 20 milhões. Esse volume reforça a competitividade do cereal argentino, que, ao lado do trigo paraguaio, vem aumentando sua presença no mercado brasileiro.

No Brasil, a Conab estima a safra entre 7,5 e 7,8 milhões de toneladas, com área cultivada de 2,55 milhões de hectares, 16,7% abaixo do ciclo anterior. A expectativa é de produtividade maior, com alta projetada de 19%. Ainda assim, os estoques finais do ciclo 2024/25 terminaram acima do ano passado, pressionados pelas importações.

Os preços internos estão sendo diretamente influenciados pela paridade de importação. No Paraná, moinhos negociaram trigo CIF entre R$ 1.300 e R$ 1.350/tonelada, enquanto o cereal argentino e paraguaio chegou a ser ofertado entre R$ 1.250 e R$ 1.450/tonelada, reforçando a pressão sobre o produto nacional.

Fonte: Agrolink

Preços da batata caem pelo segundo mês seguido nos principais mercados atacadistas

Pelo segundo mês consecutivo, os preços da batata registraram queda nas principais Centrais de Abastecimentos (Ceasas) do país. A redução, registrada em todos os 11 mercados atacadistas analisados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), foi de 31,61% na média ponderada das cotações praticadas no último mês.

Os menores preços se explicam pela oferta abundante do produto nos mercados. Foi observado que a quantidade ofertada em julho foi a maior registrada no ano, como pode ser verificado no 8º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado na quinta-feira (21) pela Companhia.

A maior quantidade da cebola no mercado também influenciou nos menores preços. As cotações na média ponderada de julho ficaram 25,57% abaixo do valor praticado em junho. Se compararmos com o mesmo período de 2024, os preços estão quase 60% abaixo dos registrados no ano anterior.

Já o comportamento dos preços de tomate e cenoura não foi uniforme nas Centrais analisadas. No caso do tomate, a Ceasa no Paraná registrou queda de 16,68%, enquanto que em Santa Catarina foi verificada alta de 4,68%. Ainda assim, a Conab verificou uma queda de 5,68% na média ponderada de preços.

Fonte: Conab