
Farm News 07/07 a 13/07
Soluções para reerguer a Amazônia são apontadas em estudo internacional
Um estudo recente divulgado na revista Forests traz importantes avanços para a restauração e manejo sustentável das florestas na Amazônia brasileira. Sob a coordenação da pesquisadora Lucieta Martorano, da Embrapa Amazônia Oriental, a pesquisa utilizou uma metodologia inovadora de zoneamento topoclimático para identificar as regiões mais apropriadas ao cultivo de 12 espécies nativas, reconhecidas por seu valor ecológico e econômico.
Para isso, os pesquisadores analisaram mais de 7,6 mil registros georreferenciados, combinando-os com informações climáticas, topográficas e geográficas coletadas no período entre 1961 e 2022. A partir desses dados, foram elaborados mapas que indicam o grau de adequação ambiental das áreas para o manejo e plantio das espécies selecionadas.
O angelim-vermelho (Dinizia excelsa) apresentou até 81% de alta aptidão em áreas antropizadas, destacando seu potencial para restauração produtiva. Espécies como o marupá (Simarouba amara) possuem alta plasticidade ambiental, permitindo seu uso em locais menos adequados com manejo adaptativo.
A pesquisa, realizada pela Embrapa, Universidade Federal do Ceará (UFC) e outras instituições, ressalta o papel da silvicultura de nativas no combate às mudanças climáticas, recuperação da biodiversidade, geração de renda e resiliência dos ecossistemas. O zoneamento topoclimático oferece ferramentas estratégicas para políticas públicas integrando conservação, bioeconomia e adaptação climática.
Fonte: O Estado de Minas
Pesquisa da Embrapa mostra que satélites ajudam a medir capim no pasto
Uma nova metodologia desenvolvida pela Embrapa permite monitorar as pastagens no Brasil, e realizar estimativas bastante precisas da massa de forragem disponível para o gado.
A inovação alia modelagem agrometeorológica e sensoriamento remoto, por meio de dados climáticos e imagens de satélite, para orientar práticas de manejo e apoiar a intensificação sustentável da produção de carne e leite no País.
A técnica foi aplicada em três diferentes sistemas de produção – extensivo, intensivo rotacionado e integração lavoura-pecuária (ILP) – na Fazenda Canchim da Embrapa Pecuária Sudeste, em São Carlos (SP).
O modelo utilizado explicou mais de 67% da variação observada na massa de forragem disponível nos sistemas de produção, com destaque para o sistema extensivo, no qual a acurácia chegou a 86%, o que deixou os pesquisadores animados.
“Os resultados obtidos nos três tipos de sistemas de produção pecuária são promissores e demonstram a eficácia da metodologia em diferentes contextos”, relata o analista da Embrapa Meio Ambiente (SP) Gustavo Bayma, um dos autores da pesquisa.
Ele explica que a abordagem utiliza um modelo chamado SAFER (Simple Algorithm for Evapotranspiration Retrieving) que integra dados do produto HLS (Harmonized Landsat Sentinel-2) da Agência Espacial americana, a Nasa, e da Agência Espacial Europeia, a ESA.
Fonte: Embrapa
Zimbábue adota sistema digital para rastreamento de gado e reforça segurança alimentar
A iniciativa também visa combater o roubo de gado, uma das principais preocupações nas zonas rurais do Zimbábue. Com o novo sistema, a rastreabilidade permitirá verificar a origem e o destino dos animais, criando um ambiente mais seguro para produtores e compradores. A digitalização do rebanho contribuirá para um controle mais eficaz de surtos de doenças e facilitará a resposta rápida das autoridades sanitárias.
O projeto está sendo desenvolvido em parceria com órgãos internacionais e integra as metas estratégicas da Visão 2030, que propõe a transformação digital da agricultura como vetor de desenvolvimento sustentável. A tecnologia adotada segue padrões de interoperabilidade e segurança de dados, permitindo que as informações possam futuramente ser integradas a sistemas de comércio e certificação sanitária regional.
Especialistas avaliam que o sistema poderá servir de referência para outros países africanos com desafios semelhantes em rastreabilidade e controle sanitário. Ao associar inovação tecnológica à gestão zootécnica, o Zimbábue pretende não apenas melhorar sua produção pecuária, mas também ampliar sua capacidade de exportação de produtos de origem animal, respeitando exigências sanitárias internacionais.
Fonte: Geogracia
Inovação e tecnologia são pilares da Coopercitrus Expo 2025
A Cooperativa de Produtores Rurais Coopercitrus realiza, de 21 a 25 de julho, a Coopercitrus Expo 2025, em Bebedouro (SP). Com o tema “A Casa do Cooperado, onde as raízes se fortalecem”, o evento transforma sua tradicional feira de agronegócios em um ecossistema completo para o produtor rural, com foco em aumento da produtividade com sustentabilidade, rentabilidade na prática e a perpetuação do legado no campo.
A expectativa é receber 25 mil visitantes e movimentar R$ 2 bilhões em negócios, reunindo 131 estandes de expositores líderes no segmento que atuam. A abertura oficial acontece no dia 21 de julho, às 10h, com a presença confirmada do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, além de lideranças do setor, autoridades e representantes da cooperativa.
“Na sua 26ª edição, a Coopercitrus Expo inova mais uma vez com mais conforto, maior número de expositores e oferta das melhores condições comerciais que atendem toda a demanda dos produtores e cooperados das mais diversas áreas de atuação da Coopercitrus, contemplando os estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso”, destaca Fernando Degobbi, CEO da Cooperativa.
Com mais de 38 mil m² de área montada, a Coopercitrus Expo oferece um ambiente pensado para unir negócios, tecnologias e acolhimento. O espaço da feira conta com áreas temáticas organizadas para facilitar a jornada do visitante, com destaque para o novo pavilhão de insumos e shopping rural, com 78 estandes.
Fonte: Revista Cultivar
Exportações de arroz crescem 10,2% no semestre
As exportações brasileiras de arroz cresceram no primeiro semestre de 2025, enquanto as importações recuaram no mesmo período. Apesar da mudança de ritmo, o volume importado ainda superou o exportado no acumulado dos seis primeiros meses do ano. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) e foram analisados pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).
Entre janeiro e junho, o Brasil exportou 613,17 mil toneladas de arroz em equivalente casca, uma alta de 10,2% em relação ao mesmo período de 2024. No mesmo intervalo, as importações caíram 12,8%, totalizando 694,5 mil toneladas.
Segundo analistas do Cepea, o mercado doméstico segue operando com baixa liquidez neste início de julho, especialmente no Rio Grande do Sul — principal estado produtor. Compradores e vendedores aguardam condições mais favoráveis para negociar, o que tem limitado o volume de transações.
Em relação aos preços, o comportamento varia conforme a região. Nas microrregiões com maior oferta, houve recuos nos valores praticados. Já nas áreas com menor disponibilidade do grão, os preços subiram diante da necessidade de reposição de estoques por parte da indústria.
Fonte: Terra Viva
Oeste baiano amplia área plantada de soja
A produção de soja no Oeste da Bahia mostra sinais claros de expansão e eficiência. Segundo dados do Boletim de Safra da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), a safra 2024/25 registrou um crescimento de 7,8% na área plantada em relação ao ciclo anterior, alcançando 2,135 milhões de hectares.
Ainda conforme o boletim, a produtividade média também teve avanço, subindo de 63 para 68 sacas por hectare, o que representa um incremento de 7,9%. O aumento expressivo da produção foi impulsionado não apenas pela ampliação das áreas cultivadas, mas também pelo manejo adequado e pelas condições climáticas favoráveis em importantes núcleos produtivos como Barreiras, Luís Eduardo Magalhães e São Desidério.
A Aiba destaca que o cumprimento das normas do vazio sanitário da soja na região foi essencial para evitar focos de ferrugem asiática e garantir a sanidade da lavoura. Enquanto os campos descansam, os produtores já se preparam para o próximo ciclo com a aquisição de corretivos e fertilizantes, cuja comercialização para a safra 2025/26 já está em 60%, segundo o levantamento.
No quesito comercialização, 69% da soja da safra atual já foi negociada até o início de julho. O preço médio praticado era de R$ 117,05 por saca, refletindo uma estabilidade nos valores e garantindo rentabilidade ao produtor. Em relação à safra seguinte (2025/26), 19% da produção já foi travada, demonstrando confiança no mercado futuro.
Fonte: Agrolink
Escassez de ureia gera tensão política na Índia e acende alerta no mercado global
A Índia, um dos maiores consumidores globais de fertilizantes, enfrenta uma crise de abastecimento de ureia neste início de safra de Kharif. A escassez do insumo tem gerado forte repercussão política no Estado de Telangana, onde o chefe de governo A.
Revanth Reddy pretende levar o tema diretamente ao governo central em visita a Nova Délhi nesta semana. Ele busca pressionar o Ministério dos Fertilizantes pela liberação da cota estadual de ureia, essencial para o avanço do plantio.
Segundo o governo estadual, o pedido formal para o envio das remessas foi feito ainda em junho, mas não houve resposta efetiva de Nova Délhi. A urgência decorre do início da temporada agrícola, período crítico em que agricultores dependem de insumos para garantir o rendimento das lavouras.
A escassez já chega a quase 200 mil toneladas no estado, e denúncias de sobrepreço e mercado paralelo aumentam a pressão por uma investigação federal. Além de Telangana, outros estados indianos também enfrentam desafios logísticos e climáticos que dificultam o abastecimento, levantando preocupações no mercado global.
A Índia é tradicionalmente um dos principais compradores mundiais de ureia, com importações que impactam diretamente os preços internacionais do produto.
Fonte: Globalfert