Farm News 09/06 a 15/06

Farm News 09/06 a 15/06

17 de junho de 2025 0 Por admin


Conab eleva previsão de safra de milho do Brasil

O Brasil deverá colher mais milho do que o esperado em 2024/25, com boas condições climáticas favorecendo as lavouras de segunda safra, enquanto a estimativa de exportação de soja foi elevada, de acordo com números mensais da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgados dia 12/06.

A segunda safra de milho do país, com colheita em fase inicial, foi estimada em 101 milhões de toneladas, ante 99,8 milhões na previsão do mês anterior. Essa revisão elevou a estimativa da safra total do cereal para 128,3 milhões de toneladas, 1,1% acima da previsão anterior. O volume representa um crescimento de 11% ante o ciclo passado.

“A boa expectativa é influenciada pelas boas produtividades alcançadas, que refletem as condições climáticas favoráveis ao cereal que ocorreram durante todo o ciclo na maioria das regiões produtoras, além do manejo adequado adotado pelos produtores brasileiros”, destacou a estatal.

Os trabalhos de colheita da segunda safra de milho foram iniciados em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Tocantins, Maranhão e Paraná, notou a Conab. Apesar do aumento na projeção de produção de milho, a Conab manteve a estimativa de exportação de milho 2024/25 do país em 34 milhões de toneladas, abaixo das 38,5 milhões do ciclo passado.

Fonte: Terra

Soja expõe desafios climáticos, logísticos e financeiros

Segundo a TF Agroeconômica, a colheita da soja em diversos estados brasileiros foi praticamente finalizada até maio, mas o setor ainda enfrenta impactos do clima, pressão logística e comercialização lenta. No Rio Grande do Sul, chuvas e estiagem derrubaram a produtividade média para 1.957 kg/há, queda de 38,43%.

A venda permanece travada, muitos produtores prorrogam dívidas e seguram a soja restante como reserva. Apesar dos entraves, o 1º trimestre registrou alta nas exportações: soja em grão subiu 74,5% e óleo de soja 47,4%.

No porto, a saca para entrega em junho é cotada a R$ 133,30, enquanto preços no interior giram em torno de R$ 130,00, com pedra em Panambi a R$ 118,00. Em Santa Catarina, a situação é de transição: colheita encerrada e mercado estagnado, com estrutura local limitando reações de preço. No porto de São Francisco, a saca vale R$ 134,06 (+0,22%).

Por outro lado, o otimismo se volta à safra de inverno 2025/26, com produtores apostando em diversificação e estratégias mais flexíveis para enfrentar a volatilidade. No Paraná, a colheita foi concluída em maio e o estado iniciou o vazio sanitário da soja em 2 de junho, com escalonamento por regiões até setembro para conter a ferrugem asiática. 

Fonte: Agrolink

Colheita de café do Brasil atinge 35%, enquanto chuvas reduzem ritmo

A colheita de café do Brasil havia atingido 35% da projeção de safra 2025/26 até 11 de junho, um avanço de sete pontos percentuais em relação à semana anterior, apesar de chuvas que reduziram o ritmo dos trabalhos, apontou nesta sexta-feira a consultoria Safras & Mercado.

“As chuvas na última semana reduziram o andamento da colheita e da secagem, especialmente do café arábica”, afirmou a Safras, em nota. Os trabalhos seguem ligeiramente abaixo do registrado no mesmo período do ano passado, quando o percentual era de 37%, mas acima da média dos últimos cinco anos, de 33%.

Segundo o consultor de Safras, Gil Barabach, a colheita de arábica perdeu intensidade devido ao excesso de chuvas, especialmente no Sul de Minas, em São Paulo e no norte do Paraná. A colheita de arábica atingiu 26% da produção total, versus 30% do mesmo período do ano passado e 25% da média dos últimos cinco anos.

Já a colheita de canéfora (conilon/robusta) alcança 49% da produção total. No caso dessa variedade, os “trabalhos foram favorecidos pelo clima mais seco”. Apesar disso, o percentual colhido ainda está um pouco abaixo do registrado no mesmo período do ano passado (51%) e da média dos últimos cinco anos (50%).

Fonte: Investing

China autoriza importação de 83 frigoríficos de aves dos EUA, enquanto mantém embargo ao Brasil

A China decidiu liberar a importação imediata de 83 frigoríficos de aves dos Estados Unidos, enquanto mantém o embargo nacional à produção de frango do Brasil, em meio à crise da gripe aviária. A decisão foi tomada pela Administração-Geral de Alfândegas da China nesta quinta-feira (12) e tem validade imediata.

Pelo acordo entre chineses e americanos, permanece em vigor a suspensão das carnes cruas de aves de estados com focos da influenza aviária, mas os produtos processados dessas áreas estão liberados.

A decisão contrasta com o cenário atual das relações comerciais entre China e Brasil. A abertura ao frango americano ocorre no momento em que o governo brasileiro tenta regularizar a exportação da proteína com o seu maior comprador internacional.

A China responde por 10% do comércio internacional de frango do Brasil. O país asiático, no entanto, mantém o embargo nacional ao Brasil desde o início da crise, em 15 de maio, impedindo qualquer tipo de remessa desde 17 de maio.

O Brasil já pediu à China que flexibilize seu embargo, para regionalizar as restrições à região que, até o momento, teve confirmado o caso de gripe aviária: o município de Montenegro, no Rio Grande do Sul. 

Fonte: Folha de S.Paulo

Touro recordista mundial da raça nelore alcança valorização de R$ 4,8 mi

Um dos momentos mais marcantes da pecuária brasileira deste ano aconteceu dia 13/06, durante o Leilão Elite JMP, realizado em Campo Grande (MS). O destaque foi o Fenômeno FIV JMP, reprodutor recordista mundial da raça nelore que teve 50% de sua propriedade negociada por R$ 2,404 milhões, ou 40 parcelas de R$ 60.100, o que faz sua valorização total atingir R$ 4,808 milhões.

O comprador da cota foi o criatório Nelore São Pedro e Alan Zas, reconhecido por investimentos estratégicos em genética de ponta. Com a aquisição, Nelore São Pedro e Alan Zas se tornam parceiro do Nelore JMP, consolidando uma aliança que promete impulsionar ainda mais a qualidade genética da raça no Brasil e no mundo.

O touro Fenômeno FIV JMP encontra-se atualmente na central ABC Brasil, referência nacional em coleta e difusão de sêmen. O animal vem se destacando não apenas pelos números impressionantes em produtividade e desempenho genético, mas também por sua consistência racial, carcaça e fertilidade, características que o colocaram no topo dos rankings nacionais e o tornaram objeto de desejo dos maiores criatórios do país.

A venda histórica reafirma o momento de valorização da genética de excelência na pecuária nacional e destaca a força da raça nelore no cenário internacional. 

Fonte: Canal Rural

Produção de carnes se mantém acima de 31 milhões de toneladas em 2025

A produção de carnes bovina, suína e de aves deverá atingir 31,57 milhões de toneladas em 2025, mantendo-se próximo ao patamar recorde atingido em 2024, de 31,58 milhões de toneladas.

O resultado estimado é influenciado pelo incremento na produção de carne suína e de aves, como mostra o quadro de suprimento do produto atualizado dia 13/06 pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Para a carne suína é esperado um novo recorde de produção neste ano, chegando a 5,56 milhões de toneladas. O volume representa alta de 4,4% em relação ao resultado obtido em 2024.

“Os constantes aumentos na produção de carne suína são pautados tanto em uma maior diversificação de cortes do produto destinado ao mercado interno como na ampliação de novos mercados no cenário internacional”, pondera o gerente de Fibras e Alimentos Básicos da Conab, Gabriel Rabello.

Com a maior quantidade de carne suína produzida, estima-se que os criadores deverão ampliar as exportações em cerca de 1,45 milhão de toneladas, alta de 9,7% em comparação com o ano passado.

O mercado importador também está mais diversificado. A China deixou o posto de principal destino do produto brasileiro. Se em 2020 cerca de 51% da comercialização da carne suína era realizada com a China, atualmente o país asiático representa 16% dos embarques.

Fonte: Conab

Seca recua na Região Norte, mas afeta áreas da bacia Amazônica

Mesmo com o aumento do nível dos rios na Amazônia, a última atualização do Monitor de Secas, referente a abril, apontou a presença do fenômeno em 25,28% da Região Hidrográfica Amazônica (RH Amazônica).

O cenário se explica pelas chuvas acima da média registradas em países vizinhos, como Peru e Colômbia, responsáveis por alimentar os rios na parte alta da bacia, enquanto municípios brasileiros nas áreas mais baixas ainda sofrem com a estiagem local.

Desde fevereiro, o Monitor já indicava uma regressão da seca na região Norte. A área afetada passou de 58% em fevereiro para 29% em abril. A severidade do fenômeno também caiu no período: as áreas com seca grave recuaram de 13% para 2%.

A seca registrada atualmente é considerada de longo prazo, pois os déficits de chuva acumulados ao longo dos últimos 12 a 24 meses ainda são significativos. Essa classificação abrange os efeitos de uma das secas mais severas já registradas na Amazônia.

A RH Amazônica representa 45% do território nacional, cobre sete estados e concentra 81% das águas superficiais do Brasil. Apesar da abundância hídrica, a região ainda convive com desafios associados às mudanças climáticas e eventos extremos.

Fonte: Revista Cutivar