
Farm News 21/04 a 27/04
Agro pede Plano Safra de R$ 594 bilhões e R$ 4 bilhões para seguro rural
O Plano Safra 2025/2026 deve ser anunciado até o próximo dia 30 de junho. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) entregou ao Ministério da Agricultura 10 propostas com sugestões de mudanças que incluem reforço no seguro rural e aprovações de algumas leis.
O setor aponta que o Plano Safra deveria ser anunciado com R$ 594 bilhões. “Somente com investimentos na produção será possível reduzir o preço dos alimentos”, destacou Bruno Lucchi, diretor técnico da CNA.
O documento foi apresentado nesta quinta-feira (24). O material foi construído com base em reuniões regionais com federações estaduais, sindicatos rurais, produtores e entidades setoriais de todo o país.
A proposta destaca 10 pontos prioritários para o próximo Plano Safra, em meio a um cenário que combina restrições domésticas, alta de juros e instabilidade geopolítica.
A CNA defende a revisão das condições operacionais do crédito rural, ampliação dos recursos disponíveis, modernização do seguro agrícola e desburocratização do acesso ao financiamento, especialmente para pequenos e médios produtores.
Pede também melhoria do ambiente de negócios, com redução de burocracias e incentivo à ampliação de fontes de financiamento, como o mercado de capitais. Outra demanda é a modernização do Proagro, com foco em maior eficiência orçamentária e proteção ao produtor rural.
Fonte: Band
Café supera cana em valor, e MG sobe no ranking nacional
O café deverá atingir R$ 126 bilhões no Valor Bruto de Produção deste ano. Com isso, o produto desbanca a cana-de-açúcar, ocupa o terceiro posto de maior valor de produção do país e fica atrás apenas da soja e do milho, quando comparados os dados do setor de agricultura.
Essa subida de ranking do café faz com que Minas Gerais, devido à importância do produto no estado, supere São Paulo, Paraná, Goiás e Rio Grande do Sul, e assuma a segunda posição na produção agrícola brasileira, atrás de Mato Grosso.
Os dados são do Ministério da Agricultura, e o VBP (Valor Bruto de Produção) mostra as receitas oriundas do volume produzido, multiplicado pelo valor de venda dos produtos dentro da porteira. A produção de café não tem aumentado, devido a problemas climáticos, mas os preços atingiram patamares recordes.
Se atingir os R$ 126 bilhões projetados pelo Ministério da Agricultura, o valor de produção do café crescerá pelo segundo ano consecutivo, acumulando alta de 138% em relação a 2023, quando havia somado R$ 53 bilhões. A forte aceleração nos preços do café elevou o VBP total das lavouras para R$ 951 bilhões neste ano, 11% a mais do que em 2024.
Fonte: Folha de S.Paulo
Quebra de safra derruba R$ 22 bilhões do PIB da cadeia produtiva da soja em 2024
Dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) em parceria com a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) mostram que a cadeia produtiva da soja e do biodiesel movimentou R$ 650,4 bilhões em 2024, valor R$ 22 bilhões abaixo dos R$ 672,4 bilhões registrados no ano anterior.
Segundo as entidades, a retração de 3,27% no chamado PIB-renda reflete a quebra da safra de soja no país, que comprometeu o desempenho do setor como um todo. Considerando o volume físico das atividades da cadeia, o recuo foi ainda maior: queda de 5,03% em relação a 2023.
Mesmo com o tombo, o valor agregado pela cadeia foi o segundo maior da série histórica iniciada em 2010, superado apenas pelo recorde do ano anterior. Com esse desempenho, a participação da cadeia da soja e do biodiesel no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro passou de 5,9% em 2023 para 5,5% em 2024. Dentro do agronegócio, a fatia caiu de 25,2% para 23,8%.
A produção de soja somou 147,7 milhões de toneladas, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Embora seja a segunda maior safra já colhida no país, o volume ficou aquém do necessário para sustentar a cadeia, diante dos efeitos adversos do clima sobre a produtividade.
Fonte: Canal Rural
Câmara aprova combate às desigualdades na agricultura
A Comissão de Finanças e Tributação (CFT) da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (23) o Projeto de Lei 486/2020, que inclui a redução das desigualdades sociais e regionais entre os princípios da Política Nacional de Agricultura Familiar e Empreendimentos Familiares Rurais.
A proposta, de autoria do senador Zequinha Marinho (Podemos-PA), também prevê tratamento especial para agricultores da Região do Marajó (PA), com acesso facilitado a crédito rural e assistência técnica.
O relator da proposta na Comissão de Agricultura, deputado Augusto Puppio (MDB-AP), considerou justa a medida, destacando as dificuldades enfrentadas pelos agricultores marajoaras. Para ele, a iniciativa fortalece o papel do Congresso na luta contra desigualdades históricas, especialmente em áreas remotas e carentes do Norte do país.
“A proposição inclui a redução das desigualdades sociais e regionais entre os princípios a serem observados pela Política Nacional de Agricultura Familiar e Empreendimentos Familiares Rurais, medida que considero meritória e oportuna. Diminuir as injustiças sociais é uma prioridade do setor agropecuário e do Congresso Nacional e estamos no caminho com essa aprovação”, destacou Puppio.
Zequinha Marinho reforçou que, apesar dos avanços com o Pronaf, a distribuição de recursos ainda é desigual entre as regiões. Para ele, o “Pronaf Marajó” representa um passo concreto rumo a uma política mais equitativa e inclusiva para os agricultores familiares da região Norte.
Fonte: Agrolink
Boletim de monitoramento avalia condições climáticas de abril na safra 2024/25
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou, nesta semana, a edição de abril do Boletim de Monitoramento Agrícola (BMA), com dados e informações parciais deste mês sobre o clima nas lavouras.
Nas três primeiras semanas deste mês, os maiores volumes de precipitação ocorreram na região Norte, favorecendo os cultivos de primeira e segunda safras. No Nordeste, houve restrição hídrica em algumas áreas, principalmente no Semiárido.
Nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, as chuvas foram suficientes para a manutenção da umidade no solo, exceto em partes de São Paulo e Minas Gerais, onde a falta de chuvas impactou o desenvolvimento do milho segunda safra. Na região Sul, apesar da irregularidade das precipitações, as temperaturas foram mais amenas e reduziram a perda de umidade no solo.
Os dados espectrais indicam condições favoráveis de desenvolvimento do milho segunda safra nos principais estados produtores. Atualmente, o índice de vegetação (IV) da safra atual encontra-se acima da média e da safra passada em quase todos os estados.
No entanto, houve uma desaceleração no crescimento do IV em Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Paraná, devido à irregularidade das chuvas. No Rio Grande do Sul, o índice evoluiu abaixo da safra anterior e da média histórica desde janeiro, devido principalmente ao impacto das intempéries climáticas no desenvolvimento da soja.
Fonte: Conab
RS Safra 2024/25: soja e milho chegam a fases finais
A colheita da soja no Rio Grande do Sul alcançou 80% da área cultivada, segundo a Emater/RS. O avanço foi impulsionado pelo tempo seco e ensolarado, que favoreceu as operações a campo e reduziu o consumo de combustível. Em solos menos úmidos, o menor desgaste de máquinas e a boa estrutura do solo facilitaram a implantação de culturas de inverno.
A baixa umidade dos grãos, entre 12% e 13%, eliminou a necessidade de secagem, acelerando o escoamento. A sequência de dias secos também resultou em maior qualidade dos grãos, com menos avarias. Ainda há, porém, grãos verdes causados por maturação desuniforme devido ao estresse hídrico e chuvas tardias.
No campo, 17% das lavouras estão maduras e 3% em enchimento de grãos. A qualidade da safra viabiliza a reserva de sementes próprias. Na Fronteira Oeste, o clima favoreceu a colheita. Em Uruguaiana, os rendimentos variam entre 1.200 e 3.000 kg/ha, refletindo falhas de irrigação. Em Quaraí, 20% da área foi colhida, com produtividade de 1.800 kg/ha. Em Manoel Viana, a colheita passou de 75%, com rendimentos entre 900 e 2.400 kg/ha.
Fonte: Revista Cultivar
TCU aprova concessão do canal de acesso do Porto de Paranaguá
O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou na quarta-feira, 23/04, o projeto de concessão do canal de acesso aos portos de Paranaguá e Antonina, no complexo portuário do Paraná.
Trata-se da primeira concessão de acesso a porto público no Brasil, uma estratégia que busca acelerar investimentos. A aprovação foi acompanhada por uma extensa lista de ajustes que precisam ser feitos antes da publicação do edital do leilão, previsto para o terceiro trimestre.
Conforme o projeto, a futura concessionária vai administrar o acesso por 25 anos, com chance de prorrogação por até 70 anos. A estimativa é de mais de R$ 1 bilhão em investimentos. O contrato inclui a responsabilidade pela gestão da infraestrutura aquaviária, com foco em ampliação, manutenção e operação do canal.
Após as análises da área técnica, o TCU determinou ajustes com foco em transparência, segurança institucional e melhoria da fiscalização, incluindo a exigência de publicação de documentos técnicos antes do edital.
Também recomendou ao Ministério dos Portos e Aeroportos (MPor) o aperfeiçoamento da metodologia de cálculo de descontos tarifários, além de correções em cláusulas contratuais. O Porto de Paranaguá é o segundo maior do Brasil em tamanho e movimentação total de cargas, ficando atrás apenas do Porto de Santos.
Fonte: Globalfert