Farm News 07/04 a 13/04

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14 de abril de 2025 0 Por admin


Produção de grãos é estimada em 330,3 milhões de toneladas na safra 2024/25

Com a colheita das culturas de primeira safra em fase adiantada, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vem confirmando a perspectiva de uma safra recorde de grãos na temporada 2024/25, agora estimada em 330,3 milhões de toneladas.

O volume, se confirmado, além de ser o maior já registrado na série histórica da Conab, representa um crescimento de 32,6 milhões de toneladas quando se compara com o ciclo 2023/24. Os dados estão no 7º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25 divulgado quinta-feira (10/04) pela Companhia.

O incremento estimado pela estatal se deve tanto a uma maior área plantada, prevista em 81,7 milhões de hectares, com incorporação de 1,7 milhão de hectares em relação à 2023/24, quanto às condições climáticas favoráveis registradas na primeira safra nas principais regiões produtoras.

As perspectivas positivas para o clima também dão suporte para o desenvolvimento das culturas na segunda safra. Neste cenário, é esperada uma recuperação da produtividade em 8,6%, estimada em 4.045 quilos por hectares.

Dentre os produtos cultivados, a soja deve registrar o maior volume já colhido no país. Nesta safra, a Conab prevê uma produção de 167,9 milhões de toneladas, resultado 20,1 milhões de toneladas superior à safra passada. 

Fonte: Conab

Guerra comercial reconfigura mercado de grãos

A guerra comercial entre Estados Unidos e China voltou ao centro das atenções do agronegócio global. Em abril de 2025, as tarifas bilaterais atingiram os maiores patamares da história: 125% impostas pela China aos Estados Unidos e 145% pelos Estados Unidos à China, interrompendo praticamente todo o fluxo comercial entre as duas maiores economias do mundo.

O embate, que envolve acusações de manipulação cambial, barreiras não tarifárias e disputas por domínio geopolítico, tem repercussões diretas na precificação global de grãos — e o Brasil surge como uma alternativa estratégica e urgente para os compradores chineses .

Na prática, a disputa impulsionou a valorização dos prêmios de exportação no Brasil, aumentou a demanda por soja brasileira  e reacendeu o debate sobre capacidade logística e gestão de risco. Ainda que o momento aparente favorecimento ao produtor brasileiro, o cenário segue extremamente volátil e exige decisões bem fundamentadas.

“O Brasil foi chamado a cumprir um papel central. A China não apenas retaliou as tarifas dos EUA, como também intensificou as compras no Brasil, com destaque para a aquisição de pelo menos 40 navios de soja entre maio e julho”, explica Felipe Jordy, gerente de inteligência e estratégia da Biond Agro.

Fonte: Revista Cultivar

Principal feira agro do Centro-Oeste supera 2024 e vende R$ 10 bi

Maior feira de máquinas e implementos agrícolas do Centro-Oeste brasileiro, a Tecnoshow Comigo, em Rio Verde (GO), encerrou sua 22ª edição na sexta-feira (11/04) com mais de R$ 10 bilhões em intenções de negócios.

O anúncio foi feito pela organização no final da tarde, após cinco dias de feira no CTC (Centro Tecnológico Comigo), e marca uma retomada no crescimento das vendas depois de um recuo registrado na edição do ano passado.

A feira goiana anunciou ter gerado R$ 9,34 bilhões em negócios na edição do ano passado (R$ 9,85 bilhões, atualizados pela inflação), ante os R$ 12,17 bilhões de 2023 (R$ 11,1 bilhões, em valores nominais). Isso significa que as intenções de vendas deste ano superaram o desempenho da edição anterior, mas ainda estão abaixo do patamar registrado há dois anos.

“[Empresários] Vieram um pouco desanimados para a feira e nós também estávamos muito apreensivos, mas teve bancos com juros mais baratos […] Os empresários estão satisfeitos com os negócios que fizeram”, disse o presidente do conselho de administração da cooperativa Comigo, Antonio Chavaglia, em entrevista coletiva.

O Banco do Brasil superou a sua estimativa de acolher R$ 2 bilhões em propostas, o melhor resultado nos 22 anos da feira. A Tecnoshow reuniu 140 mil visitantes e contou com 695 expositores.

Brasil Lidera a Preservação Florestal em Propriedades Privadas

Muito se discute sobre meio ambiente e sustentabilidade, mas pouco se fala sobre quem arca com os custos da preservação. O estudo “Normas Florestais no Mundo: Áreas legalmente protegidas em propriedades privadas”, do Observatório de Bioeconomia da FGV, demonstra que as nações estão divididas em dois grupos: as que impõem obrigações legais aos proprietários rurais e aquelas onde a conservação é incentivada pelos pagamentos por serviços ambientais (PSA) ou a criação de unidades de conservação (UC).

Comparando as áreas legalmente protegidas dentro de propriedades rurais nos EUA, Canadá, Argentina, Angola, União Europeia, Alemanha, França, China, Austrália e Brasil ficou evidente quão desigual é o esforço entre os países. O Brasil é líder mundial na preservação realizada em propriedades privadas. Entretanto, poucas pessoas compreendem o rigor da lei ambiental brasileira quando comparada a outros países e quanta preservação é feita dentro das propriedades rurais brasileiras.

O Código Florestal (Lei 12.651/2012) determina a preservação ambiental dentro de propriedades privadas limitando o direito de propriedade sem compensação financeira, impondo a obrigatoriedade de preservar 80% da área das propriedades na Amazônia Legal, 35% no Cerrado e 20% nas demais regiões do país. Em média o produtor rural brasileiro, preserva 50% de sua propriedade e produz nos outros 50%.

Fonte: Forbes

‘Tratoraço’ na Bahia reúne produtores contra mudanças no Proagro

Cerca de 190 máquinas tomaram as ruas de Adustina, no interior da Bahia, durante o ‘tratoraço’ realizado na sexta-feira (11/04) por produtores da região da SEALBA, fronteira agrícola formada por municípios de Sergipe, Alagoas e Bahia. A região é reconhecida pela forte produção de milho.

A manifestação faz parte do movimento nacional #VamoSalvarOProagro e teve como principal alvo as recentes alterações no Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), que, segundo os produtores, encarecem o seguro, reduzem a cobertura e comprometem a continuidade da produção agrícola.

As mudanças, que deveriam proteger o setor diante de perdas climáticas, vêm sendo vistas como um desamparo à classe produtora, gerando apreensão e revolta entre agricultores de diversas regiões do Brasil, que clamam por soluções urgentes e mais sensíveis à realidade do campo.

De acordo com o produtor de milho, Gleiton Medeiros, as novas regras estão tornando a atividade inviável. Na região da SEALBA, são utilizados aproximadamente 300 mil hectares cobertos pelo Proagro tradicional. Com as mudanças, as alíquotas subiram de 8% para até 23%, o que encarece de forma significativa o seguro.

A manifestação faz parte do movimento nacional #VamoSalvarOProagro e teve como principal alvo as recentes alterações no Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), que, segundo os produtores, encarecem o seguro, reduzem a cobertura e comprometem a continuidade da produção agrícola.

Fonte: Canal Rural

Abates bovinos perdem força e podem não sustentar a oferta no 2° semestre

Os fazendeiros do Brasil inteiro sabem que a oferta de bovinos para abate vem registrando índices bem altos nos últimos meses. Principalmente neste começo de 2025, o que vem sustentando estes números é a grande disponibilidade de fêmeas indo pro gancho.

De acordo com levantamento preliminar de fevereiro, realizado pela consultoria Datagro, 48,9% dos bovinos abatidos foram fêmeas. Quase a metade, hein. O valor é tão expressivo que se aproxima dos mais altos já registrados.

E na comparação com o mesmo mês de 2024 houve um aumento de um ponto percentual, mas outro dado divulgado pela empresa aponta que o número total de abates devidamente inspecionados registrou uma redução de 1,7% na comparação anual, totalizando 2,28 milhões de cabeças.

Que os números realmente são expressivos para o período do ano isso ninguém pode negar, mas a verdade é que essa ligeira retração pode indicar uma mudança de comportamento no mercado para o próximo semestre e é muito importante o pecuarista ficar atento.

A consultoria alerta que o esgotamento do rebanho deve vir com mais força nos próximos meses, diminuindo a disponibilidade de gado, mesmo com com muitas fêmeas ainda sendo enviadas para os frigoríficos. Para o curto prazo a oferta ainda deve seguir alta justamente pela necessidade de escoamento das vacas.

Fonte: Terraviva

Produção de café do Vietnã deve cair 5% em 2024/2025, diz associação

A safra de café do Vietnã deve sofrer uma retração de 5% no ciclo 2024/2025, caindo para aproximadamente 27 milhões de sacas de 60 kg, segundo projeções da Associação de Café e Cacau do Vietnã (Vicofa). O recuo, de acordo com a entidade, é atribuído aos efeitos das mudanças climáticas e à diminuição das áreas cultivadas no país, o maior exportador mundial de café robusta.

Apesar da perspectiva de menor oferta, o valor arrecadado com as exportações disparou. Entre janeiro e março deste ano, o Vietnã embarcou 509,5 mil toneladas de café, o equivalente a cerca de US$ 2,88 bilhões, aumento de 49,5% em receita na comparação anual. O volume exportado, porém, caiu 12,9% no mesmo período.

A valorização do produto foi puxada pela escalada dos preços internacionais. O preço médio de exportação do café vietnamita no primeiro trimestre de 2025 foi de US$ 5.656 por tonelada — 71,7% acima do registrado no mesmo período do ano anterior.

Entre os principais compradores estão Alemanha (16,2% das exportações), Itália (9,9%) e Japão (7,4%). O destaque, no entanto, foi a Polônia, que triplicou suas importações em valor, enquanto a Indonésia foi o único mercado relevante a registrar queda, com retração de 37,5%.

Fonte: Cafepoint