Farm News 17/03 a 23/03

Farm News 17/03 a 23/03

24 de março de 2025 0 Por admin


Projeção de exportação de soja ultrapassa 100 milhões em 2025

O Brasil deve exportar 107 milhões de toneladas de soja em 2025, um aumento de 8% em A oferta total de soja para a temporada 2025 deve crescer 10%, alcançando 174,86 milhões de toneladas. Já a demanda total está projetada em 165,7 milhões de toneladas, um aumento de 6% em relação ao ano anterior.

Dessa forma, os estoques finais devem subir expressivos 434%, passando de 1,59 milhão para 8,486 milhões de toneladas. Em fevereiro, a previsão era de estoques de 10,914 milhões de toneladas.

A produção de farelo de soja deve atingir 42,7 milhões de toneladas em 2025, um aumento de 1%. As exportações do subproduto, no entanto, devem recuar 1%, totalizando 23 milhões de toneladas, enquanto o consumo interno deve crescer 3%, alcançando 19,25 milhões de toneladas.

Os estoques finais de farelo estão projetados em 2,458 milhões de toneladas, um aumento de 22%.relação aos 98,813 milhões de toneladas registrados em 2024. A previsão faz parte do quadro de oferta e demanda da oleaginosa divulgado pela consultoria Safras & Mercado. Os dados permanecem inalterados em comparação às estimativas divulgadas em 7 de fevereiro.

De acordo com a consultoria, o esmagamento de soja deve totalizar 55,5 milhões de toneladas em 2025, ante 54,6 milhões de toneladas em 2024, sem mudanças nos prognósticos anteriores.

Fonte: Canal Rural

FAO alerta para novas altas no preço do café em 2025

Preços do café podem continuar subindo caso a oferta siga em queda nas principais regiões produtoras, alerta FAO em relatório publicado neste mês.

Entre os fatores que impulsionaram a recente valorização da commodity – cujos preços, inclusive, fizeram com que houvesse uma redução na diferença entre eles das duas variedades, algo que não se via desde a década de 1990 – estão a redução das exportações do Vietnã, a queda na produção da Indonésia e os impactos do clima no Brasil.

A seca prolongada no Vietnã causou uma redução de 20% na safra 2023/24 – um recuo de 10% nas exportações do país pelo segundo ano consecutivo. Na Indonésia, as exportações do país caíram 23% – resultado da redução da safra em 16,5%, causada por chuvas excessivas entre abril e maio de 2023 que comprometeram o desenvolvimento dos grãos. 

O relatório da entidade aponta que, em dezembro de 2024, o preço do arábica, principal variedade usada em cafés torrados e moídos, estava 58% mais alto do que no mesmo período do ano anterior.

Já o robusta, mais comum no café solúvel e em blends, acumulou uma alta ainda maior, de 70% em termos reais. Esse movimento reduziu a diferença de preço entre as duas variedades, algo que não acontecia desde meados da década de 1990. 

Fonte: Cafepoint

Abate de suínos cresce 1,2% em 2024, mas mercado interno apresenta retração no consumo

A Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) comentou, nesta sexta-feira (21), o levantamento divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) dia 18/03, com números definitivos do abate de suínos em 2024.


Segundo o órgão, o setor registrou crescimento tímido de 1,2% na comparação com 2023, totalizando 684,2 mil cabeças a mais, o equivalente a 31,5 mil toneladas adicionais de carcaças.

Santa Catarina e Paraná, líderes na produção, tiveram retração no volume abatido, enquanto Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Espírito Santo e Ceará apresentaram crescimento superior a 2%. Pela primeira vez em 10 anos, houve queda na disponibilidade de carne suína para o consumo interno, reflexo do aumento das exportações e da estabilidade na produção.

O consumo per capita em 2024 foi estimado em 19,52 kg/habitante/ano, um crescimento de 35% na última década, consolidando a carne suína como a proteína animal que mais expandiu sua presença na dieta dos brasileiros.

Para o IBGE, a tendência de crescimento das exportações deve continuar em 2025. Apenas nos dois primeiros meses do ano, o Brasil exportou 12,4% a mais de carne suína in natura do que no mesmo período de 2024. Países como Filipinas, Japão e México ampliaram suas compras, compensando a redução gradual das importações da China.

Fonte: Band

Brasil exporta 612 mil toneladas de milho em março

Os preços do milho continuam firmes na segunda quinzena de março no Brasil. De acordo com dados da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (CEEMA) referente a semana de (14/03 a 20/03), o produto variou entre R$ 72,00 e R$ 89,00 por saca no mercado de balcão, enquanto a média no Rio Grande do Sul fechou a semana em R$ 68,89/saca.

De acordo com o Cepea, o plantio da safrinha já alcança 90% da área prevista no país, mas a oferta limitada e a forte demanda mantêm os preços elevados. Em Campinas (SP), a saca já gira em torno de R$ 90,00, valor que não era registrado desde abril de 2022.

Os dados da Conab indicam que os estoques iniciais da temporada 2024/25 estão em 2,04 milhões de toneladas, abaixo das 2,1 milhões de toneladas projetadas em fevereiro e significativamente menores que os 7,2 milhões de toneladas da safra 2023/24.

Esse volume representa apenas 2,4% do consumo anual do mercado interno, estimado em 87 milhões de toneladas, o que pode manter a pressão altista sobre os preços até o início da colheita da segunda safra.

Fonte: Agrolink

Begomovirus é confirmado como causa de virose no tomate no PR

A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) confirmou que o vírus do gênero Begomovirus, da família Geminiviridae, é o agente causador da infecção que vem afetando severamente as lavouras de tomate nos municípios de Faxinal, Cruzmaltina e Marilândia do Sul.

Os resultados foram obtidos após análises laboratoriais realizadas pelo Laboratório de Diagnóstico Fitossanitário da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Em janeiro deste ano, a Adapar realizou inspeções nas áreas afetadas e coletou amostras em 10 propriedades para identificação do agente causador.

Todas as amostras apresentaram resultado positivo para Begomovirus com alta incidência e severidade, confirmando a hipótese inicial levantada pelos técnicos da agência.

“As análises laboratoriais confirmaram o que nossas equipes já suspeitavam em campo. Este vírus, transmitido pela mosca-branca (Bemisia tabaci, saiba mais aqui), está causando danos significativos principalmente nas plantações que utilizam variedades suscetíveis”, explica Alcides Rodrigues Gomes Junior, fiscal de Defesa Agropecuária da Adapar que participou da operação.

A situação é resultado da combinação de quatro fatores principais: a presença do vírus na região, condições climáticas favoráveis à proliferação da mosca-branca, tratamentos fitossanitários insuficientes para controle do inseto vetor e o plantio de cultivares suscetíveis por diversas safras sucessivas.

Fonte: Revista Cultivar

Distribuição irregular da chuva impacta desenvolvimento da soja no RS

No Rio Grande do Sul, a colheita da soja alcança 11% da área cultivada. Os cultivos em enchimento de grãos totalizam 41% e em maturação, 39%, segundo a Emater/Ascar-RS.

No entanto, na maior parte do Estado, os rendimentos e a maturação seguem desuniformes, refletindo a variabilidade na distribuição das chuvas ao longo do ciclo e que afetou a eficiência operacional da colheita e a qualidade final dos grãos colhidos.

Na região Centro-Oeste, nas lavouras mais afetadas pela estiagem, a produtividade (cerca de 500 kg/ha), o peso dos grãos e a qualidade estão menores. A ausência de chuvas, nas regiões de menor precipitação continua prejudicando as plantas em floração, em formação de vagens e em enchimento de grãos, e a insuficiência de volumes adequados de precipitações para a cultura preocupam os produtores, pois as perdas podem se agravar ainda mais. Nessas áreas afetadas pelo estresse hídrico, os grãos apresentam tegumento enrugado e coloração esverdeada. Em casos extremos, houve perdas devido à abertura de vagens.

Nas lavouras afetadas pelo estresse hídrico de janeiro, mas beneficiadas pelas chuvas de fevereiro e início de março, observam-se vagens em diversos estágios, desde a formação inicial até enchimento completo do grão, além de emissão de novas folhas nas plantas. 

Fonte: Agroclima

Prazo para inscrição no CAR vai até dezembro de 2025

Com a publicação da Lei nº 14.595/2023, foi estendido o prazo de inscrição no Cadastro Ambiental Rural (CAR), para possuidores e proprietários de imóveis rurais de até quatro módulos fiscais.

A inscrição no CAR deverá ser realizada, no Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf), até o dia 31 de dezembro de 2025. Caso não seja realizada a inscrição no CAR dentro do prazo, o produtor não terá acesso aos benefícios previstos no Código Florestal.

De acordo com o diretor-geral do Idaf, Leonardo Monteiro, a inscrição no CAR dentro do prazo, concede o direito a diversas vantagens, como a possibilidade de demarcação de reserva legal em percentual inferior a 20%.

Outras vantagens são: a continuidade das atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo e de turismo rural em Áreas de Preservação Permanente (APP); concessão de crédito agrícola; oportunidade de plantio intercalado de espécies nativas e exóticas na recomposição da vegetação, com possibilidade de ganho econômico; suspensão de penalidades relacionadas a supressões irregulares de vegetação, ocorridas antes de 22/07/2008, e prazos de 20 anos para a recuperação do passivo ambiental do imóvel.

O CAR é um registro público eletrônico, obrigatório para todos os imóveis rurais do país, que tem por finalidade integrar as informações ambientais referentes à situação das propriedades e posses rurais.

Fonte: Conexão Safra