Farm News 10/03 a 16/03

Farm News 10/03 a 16/03

17 de março de 2025 0 Por admin


Produção de grãos na safra 2024/25 é de 328,3 milhões de toneladas em nova estimativa da Conab

Com conclusão do plantio das culturas de 1ª safra e intensificação dos trabalhos de colheita destes produtos, a atual estimativa para a produção de grãos na safra 2024/25 foi atualizada e está em 328,3 milhões de toneladas, incremento de 10,3% se comparado com o volume obtido no ciclo anterior, o que representa um acréscimo de 30,6 milhões de toneladas a serem colhidas.

O resultado reflete tanto um aumento na área plantada, estimada em 81,6 milhões de hectares, como em uma recuperação na produtividade média das lavouras, projetada em 4.023 quilos por hectare.

Caso o panorama se confirme ao final do ciclo, este será um novo recorde para a produção na série histórica da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). As informações estão no 6º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25, divulgado dia 13/03.

Principal produto cultivado na 1ª safra, a soja tem estimativa de produção de 167,4 milhões de toneladas, 13,3% superior à safra passada. Após o início de colheita mais lento, devido a atrasos no plantio e excesso de chuvas em janeiro, a redução das precipitações em fevereiro propiciou um grande avanço na área colhida.

Nesta semana o índice de colheita se encontra em 60,9% da área, superior ao registrado no mesmo período na temporada anterior bem como na média dos últimos 5 anos, como indica o Progresso de Safra publicado pela Companhia.

Fonte: Conab

Bateleur projeta safra recorde de soja no Brasil, mas alerta para perdas no RS devido à estiagem

Referência em fusões e aquisições e em consultoria estratégico-financeira na Região Sul do Brasil, a Bateleur reuniu as principais perspectivas para o agronegócio em um relatório econômico lançado durante a Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque-RS.

O estudo “Cenário do Agronegócio – Brasil e Rio Grande do Sul” traz estimativas para as safras de soja, milho, trigo e arroz, além de projeções para a avicultura, a bovinocultura e a suinocultura.

Segundo o relatório, a projeção para a safra nacional de grãos é de 325 milhões de toneladas, um crescimento de 9% em relação ao período anterior. No Rio Grande do Sul, diante da estiagem dos últimos dois meses, a expectativa para a atual safra é de que sejam produzidas 36,7 milhões de toneladas de grãos – volume inferior à safra passada e com forte dependência de uma melhora das condições hídricas. Já a pecuária gaúcha apresenta um quadro mais positivo, impulsionada por um cenário benéfico para a rentabilidade dos produtores.

Intercorrências climáticas, em geral ligadas a falta de chuvas, devem causar perdas nas safras do Rio Grande do Sul, assim como no Paraguai, Uruguai e Argentina. Complicações na safra atual podem levar a uma diminuição do nível de estoque de soja, situado atualmente no patamar de 30% da demanda global, perto do recorde histórico.

Fonte: Agrolink

Supersafra de arroz e feijão devem reduzir inflação dos alimentos, diz analista

O 6º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nesta quinta-feira (13), estima produção de arroz em 12,1 milhões de toneladas e de feijão em 3,29 milhões de toneladas.

Para o analista Carlos Cogo, da Cogo Inteligência em Agronegócio, o efeito sazonal da colheita dos dois produtos da cesta básica deve fazer os preços caírem e, com isso, resultar em queda do nível inflacionário dos alimentos dentro do Índice de preços ao consumidor (IPCA).

“No entanto, sabemos que o processo inflacionário atual não é decorrente somente da alta de alimentos e essa alta de alimentos não é provocada por qualquer problema dentro do agronegócio, mas está ligada, basicamente, a duas coisas: alta da taxa de juros e alta da inflação”, ressalta.

Com isso, há o efeito cascata, visto que os fretes, a logística de escoamento e os processos da indústria de embalagens, entre outros fatores, ficam encarecidos, refletindo na alta dos preços nas gôndolas dos supermercados.

“Esses fatores são decorrentes da incapacidade do governo de controlar gastos públicos e de controlar a própria inflação, ou seja, os problemas estão dentro do próprio governo e ele quer buscar essa culpa externamente, querendo culpar o agronegócio, o que é totalmente equivocado”, considera.

Fonte: Canal Rural

RS Safra 2024/25: chuvas irregulares afetam produtividade

A irregularidade na distribuição das precipitações tem impactado o potencial produtivo da soja no Rio Grande do Sul. A Emater/RS aponta que regiões com menor volume de chuvas, como o Noroeste e Planalto Médio, enfrentam perdas agravadas por uma onda de calor intensa entre os dias 03 e 08 de março. Nessas áreas, a combinação de altas temperaturas e falta de umidade no solo causou estresse hídrico e térmico nas lavouras.

De forma geral, a colheita da soja está ainda em fase inicial, com 5% da área já colhida. Outros 33% estão em maturação, 48% em enchimento de grãos, 12% em floração e 2% em germinação e desenvolvimento vegetativo. As variações no potencial produtivo da soja são grandes, dependendo da quantidade de chuvas ao longo do ciclo, do momento de semeadura e da resposta das cultivares.

As chuvas de fevereiro e do dia 9 de março ajudaram a recuperar as lavouras em algumas regiões, onde o solo teve sua umidade restabelecida. Nesses locais, foi observada a melhora na turgescência foliar e a interrupção de danos fisiológicos devido à falta de água.

Para garantir o bom desenvolvimento das plantas, os produtores seguiram com a aplicação de fertilizantes foliares, além de reguladores fisiológicos para otimizar o enchimento de grãos nas lavouras implantadas no final de 2023.

Fonte: Revista Cultivar

Balança comercial do agronegócio registra crescimento em fevereiro de 2025

A balança comercial do agronegócio brasileiro apresentou crescimento expressivo em fevereiro de 2025, impulsionada pelo aumento das exportações de produtos agrícolas e pecuários. Segundo dados oficiais, o setor manteve sua relevância como um dos principais motores da economia nacional, mesmo diante de desafios logísticos e variações nos preços internacionais.

No segundo mês do ano, as exportações do agronegócio brasileiro atingiram um volume significativo, refletindo a forte demanda global por commodities como soja, milho e carne. A China permaneceu como principal destino dos produtos brasileiros, seguida por Estados Unidos, União Europeia e países do Oriente Médio.

A soja, um dos carros-chefes das exportações nacionais, registrou alta nas vendas externas, consolidando o Brasil como líder mundial no mercado do grão. O milho também manteve um bom desempenho, beneficiado pela demanda aquecida de países que enfrentam desafios climáticos e buscam suprimentos alternativos.

Apesar do aumento das exportações, as importações do setor agropecuário também apresentaram crescimento, impulsionadas pela necessidade de insumos como fertilizantes e defensivos agrícolas.

No entanto, o saldo da balança comercial do agronegócio permaneceu positivo, reforçando a importância do setor para a economia brasileira. Especialistas destacam que a safra recorde esperada para 2025 deve manter o Brasil em posição de destaque no comércio internacional. 

Fonte: Band

Exportação de café do Brasil soma 3,3 milhões de sacas em fevereiro

De acordo com relatório estatístico mensal do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), o país exportou 3,274 milhões de sacas de 60 kg do produto no segundo mês de 2025, o que representa uma queda de 10,4% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Em receita, contudo, a performance é 55,5% superior, rendendo US$ 1,190 bilhão ao país – montante recorde para meses de fevereiro –, refletindo as cotações elevadas no mercado global.

Com a performance no mês passado, os embarques de café do Brasil subiram para 33,452 milhões de sacas no acumulado dos oito primeiros meses da safra 2024/25, proporcionando divisas de US$ 9,723 bilhões. Ambos os desempenhos são recordes para esse período e implicam altas de 8,8% em volume e 59,8% em receita cambial na comparação com o intervalo de julho de 2023 a fevereiro de 2024.

No primeiro bimestre deste ano, o Brasil embarcou 7,278 milhões de sacas de café, registrando declínio de 5,4% em relação aos 7,694 milhões aferidos nos dois primeiros meses de 2024. Acompanhando o desempenho mensal, a receita cresceu 58,4% no agregado de janeiro e fevereiro, saltando para US$ 2,516 bilhões, ante o US$ 1,588 bilhão aferido em idêntico intervalo no ano passado.

Fonte: Cecafé

Valorização do boi gordo deverá ampliar investimento no campo

O preço da arroba do boi deve subir no segundo semestre deste ano no país, mesmo com a mudança de cenário no mercado interno após a decisão do governo de zerar as tarifas de importação de carnes para tentar conter a inflação dos alimentos. E, com a reação do valor do boi gordo, em consequência do ciclo de baixa na oferta de animais, existe também a expectativa de que os pecuaristas retomem os investimentos.

Oswaldo Ribeiro Júnior, presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), afirma que, independentemente de crise econômica, os produtores já programaram seus investimentos. Segundo ele, os pecuaristas trabalham sempre com horizonte de longo prazo, em virtude, também, das características da atividade, que é de ciclo mais longo.

Para Alcides Torres, diretor da Scot Consultoria, as medidas do governo não levarão a grandes mudanças no cenário que já se desenhava para a pecuária em 2025. “A perspectiva de aumento do preço da arroba no segundo semestre permanece”, avalia.

Caso a projeção se concretize, a retenção de fêmeas deverá enxugar a oferta de animais para abate a partir da segunda metade do ano, elevando, com isso, a cotação do boi gordo. Os pecuaristas que estão com o caixa em melhores condições tendem a investir mais.

Fonte: Globo Rural