
Farm News 17/02 a 23/02
Governo busca respaldo técnico do TCU para liberar verba do Plano Safra
O ministério da Fazenda anunciou que buscaria respaldo técnico e legal do Tribunal de Contas da União (TCU) para liberar os recursos das linhas de crédito do Plano Safra de forma imediata. Em coletiva de imprensa na sexta-feira (21), Fernando Haddad, chefe da pasta, anunciou a “única solução jurídica possível” para o tema.
“Estamos editando uma Medida Provisória, abrindo crédito extraordinário para atender as linhas de crédito do Plano Safra”, disse, em coletiva de impresa. Segundo o ministro, o valor será de, aproximadamente, R$ 4 bilhões. De acordo com ele, apesar de extraordinária, a medida está dentro do arcabouço fiscal.
“O presidente da República disse que, em virtude do ritmo que as coisas [a aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA) 2025] nós não podemos aguardar o orçamento ser aprovado [para dar continuidade às linhas de crédito]. O ministro do TCU [Vital do Rego] deixou claro que sem essa solução que foi encontrada, não haveria possibilidade de execução do Plano Safra porque não há outra solução jurídica possível”, destacou Haddad.
Durante a coletiva, o ministro da Fazenda criticou a morosidade com o que o Congresso vem tratando a aprovação da Lei Orçamentária.
Fonte: Canal Rural
Conab volta a formar estoques de trigo depois de 11 anos
Cerca de 7,2 mil toneladas de trigo foram adquiridas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) de produtores e produtoras do Rio Grande do Sul. A compra foi realizada por meio do mecanismo de Aquisição do Governo Federal (AGF), previsto na Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM), lançado ainda no ano passado como forma de assegurar o preço mínimo aos agricultores gaúchos, quando o preço do cereal se encontrava abaixo do preço mínimo estabelecido pelo Governo Federal.
Estão sendo investidos no total R$ 11,78 milhões, sendo R$ 9,97 milhões nas aquisições, incluindo ICMS, e R$ 1,8 milhão em remoção. A aquisição do grão é realizada no pólo de compra aberto pela Companhia na Cotripal Agropecuária Cooperativa, localizada no município gaúcho de Pejuçara.
Logo após adquirido, o cereal é removido pela estatal para a unidade armazenadora da Companhia em Ponta Grossa, no Paraná. Por dia, uma média de 15 caminhões saem do município gaúcho. Técnicos das superintendências da Companhia de Logística Operacional, de Fiscalização, do Rio Grande do Sul e do Paraná acompanham diretamente os trabalhos. A expectativa é que a operação seja finalizada no final deste mês.
Fonte: Canal Terra Viva
Safra 2025/26 terá menos etanol de cana e mais de milho
De acordo com o Itaú BBA, o preço do etanol hidratado subiu 6,4% em janeiro, encerrando o mês a R$ 2,94/L em Paulínia-SP. A alta reflete o fim da safra canavieira e a expectativa é de preços ainda mais elevados no primeiro trimestre de 2025, devido a um mercado mais apertado no período de entressafra.
Além disso, a produção total de etanol no Centro-Sul deve cair 3,2% na safra 2025/26, com um aumento de 19% na produção de etanol de milho, que chegará a 9,6 bilhões de litros, enquanto a produção de etanol de cana deve recuar 10%, para 23,8 bilhões de litros.
Do lado da demanda, o consumo do Ciclo Otto deve crescer 2,3% na próxima safra, mas a restrição na oferta do biocombustível levará a uma queda de 5,6% no consumo total de etanol. O consumo de etanol hidratado deve recuar 13%, enquanto o anidro deve subir 7%, mesmo com a mistura em 27% na gasolina. Os estoques reduzidos também influenciam a menor disponibilidade do biocombustível no mercado.
Essa restrição de oferta resultará em preços mais altos. A expectativa é que o preço relativo do etanol frente à gasolina nas bombas do estado de São Paulo suba dos atuais 67% para 72% na safra 2025/26.
Fonte: Agrolink
Incerteza sobre plantio da segunda safra fomenta grandes valorizações para os preços do milho no Brasil
A sexta-feira (21) chegou ao final com os preços futuros do milho contabilizando novos ganhos na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações subiram até 2,7% neste pregão e flutuaram na faixa entre R$ 73,75 e R$ 85,10, acumulando valorização semanal de até 5,4%.
O Analista da Céleres Consultoria, Enílson Nogueira, aponta 2 fatores principais que estimularam as fortes altas nas cotações, especialmente nos últimos dias da semana, falta de oferta no mercado e atraso de plantio da safrinha.
Nogueira destaca que, por mais que a colheita da safra de verão esteja passando dos 30% neste momento, o montante produzido não é suficiente par atender toda a demanda interna, o que nos deixa em um período de entressafra mais alongado.
Olhando para a safrinha, o mercado já está precificando o risco de quebra de produção da segunda safra brasileira devido ao atraso no plantio. O analista ressalta que as atividades ganharam ritmo em fevereiro, mas os atrasos de janeiro foram muito grandes e Mato Grosso, por exemplo, está com duas semanas atrás do ritmo de semeadura normal.
Neste cenário, com a B3 acima dos R$ 75,00 e indicações de R$ 55,00 no Mato Grosso, Nogueira avalia que o produtor que ainda não avançou na comercialização pode se aproveitar deste momento para fechar parte das vendas.
Fonte: Notícias Agrícolas
Café mais caro: desafios climáticos afetam a safra 25/26
O mercado de café brasileiro continua a enfrentar desafios significativos devido às condições climáticas adversas e às flutuações econômicas. Após um período de seca prolongada até setembro de 2024, as chuvas retornaram às regiões produtoras, beneficiando o pegamento das flores e o enchimento dos grãos. Além disso, após chuvas volumosas no início de fevereiro, o clima voltou a ficar seco e quente no Brasil, levantando incertezas sobre seus efeitos adversos ainda em 2025/26.
Enquanto os impactos climáticos afetam a produção, os dados do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) mostram que o “cafezinho” começou a pesar mais no bolso do brasileiro. Apesar do reajuste do salário-mínimo, a participação do café na renda do consumidor aumentou, o que poderia impactar negativamente o consumo ao longo de 2025, caso os preços sigam em patamares mais elevados.
As projeções da Hedgepoint Global Markets indicam uma queda de 4,9% na produção de arábica para 2025/26, totalizando 41,1 milhões de sacas. Esse declínio reflete tanto as condições climáticas adversas quanto a menor área plantada.
No sentido contrário, o conilon pode apresentar uma recuperação, com estimativa de 23 milhões de sacas, um aumento de 14,3% em relação ao ciclo anterior, impulsionado por condições climáticas mais favoráveis e investimentos em expansão de área. Contudo, os baixos estoques e um esperado aumento do uso da variedade no blend doméstico podem limitar as exportações nos próximos meses.
Fonte: Revista Cultivar
Nova lei impulsiona produção de bioinsumos no Brasil
A sanção da Lei nº 15.070, em 24 de dezembro de 2024, representa um marco para a regulamentação dos bioinsumos no Brasil, estabelecendo regras para sua produção, comercialização e uso. O novo texto legal traz avanços significativos para a agricultura sustentável, reduzindo a dependência de insumos químicos e importados.
Segundo Nelson Freitas, sócio do Lemos Advocacia para Negócios, a medida fortalece o setor agrícola ao criar um marco regulatório específico para os bioinsumos, que antes eram classificados como defensivos agrícolas ou fertilizantes.
“Não obstante já serem utilizados no Brasil, tanto na produção para uso próprio, quanto na industrial, os bioinsumos ainda não possuíam um marco regulatório específico. Assim, determinados produtos classificados anteriormente como defensivos agrícolas e fertilizantes, a partir da vigência da nova lei, passam a compor uma categoria própria, com tratamento normativo específico”, explica.
Os bioinsumos são desenvolvidos a partir de microrganismos, extratos vegetais e enzimas, sendo usados no combate a pragas e doenças, no desenvolvimento das plantas e até na alimentação animal. A nova legislação se aplica a todos os sistemas de cultivo, incluindo o convencional, orgânico e agroecológico. Uma das mudanças mais importantes, conforme destaca Freitas, é a permissão para a produção de bioinsumos para uso próprio.
Fonte: Globalfert
Nova onda de calor irá influenciar o RS e aumenta o risco de estresse hídrico nas lavouras
As chuvas observadas em algumas localidades produtoras do Rio Grande do Sul no período entre 13 e 19 de fevereiro ajudaram a atenuar o estresse hídrico nas lavouras de soja, segundo o mais recente boletim da Emater/Ascar-RS.
Porém, uma nova onda de calor irá influenciar o estado gaúcho nos próximos dias. Diante deste cenário, o risco para estresse hídrico nas lavouras de soja aumenta novamente trazendo impactos as fases de desenvolvimento da cultura.
Com a atualização recente dos modelos meteorológicos, a Climatempo está prevendo uma nova onda de calor no Brasil, que terá influência maior sobre o Rio Grande do Sul, com início no sábado (22/02), e término na quinta-feira (27/02). Esta será a quarta onda de calor no Brasil e a terceira onda a influenciar o estado gaúcho.
Vale destacar que este evento: não é/não faz parte da mesma onda de calor que já atua no centro-leste do Brasil. “A onda de calor que começou dia 12/02, termina, nesta segunda, 24/02 – depois, seguimos apenas com esta nova onda a impactar o Rio Grande do Sul, o oeste e sul de Santa Catarina e proporcionando dias de calor mais intenso no Paraná, em parte do oeste e sul de São Paulo e no sudoeste e sul de Mato Grosso do Sul. As atualizações da área e do período serão revistas diariamente”, informam os meteorologistas da Climatempo.