
Farm News 10/02 a 16/02
Safra de grãos está estimada em 325,7 milhões de toneladas no ciclo 2024/25
Os produtores brasileiros devem colher 325,7 milhões de toneladas de grãos na safra 2024/25, um crescimento de 9,4% em relação à temporada anterior. O resultado é reflexo tanto de um aumento de 2,1% na área cultivada, estimada em 81,6 milhões de hectares, como na recuperação de 7,1% na produtividade média das lavouras, prevista para 3.990 quilos por hectare.
Caso esse cenário se confirme no final do ciclo, este será o maior volume a ser colhido na série histórica da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Os dados estão no 5º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25, divulgado pela estatal nesta quinta-feira (13).
Neste 5º Levantamento, a Conab aponta para um aumento na produção total de milho, com expectativa de produção chegando a 122 milhões de toneladas, alta de 5,5% sobre a colheita no ciclo anterior.
Conforme indica o Progresso de Safra publicado nesta semana pela Companhia, a colheita da primeira safra do cereal já atinge 13,3% da área plantada. Nesta temporada houve uma redução de 6,6% na área semeada para o milho 1ª. Mas essa queda foi compensada pelo ganho da produtividade média, superior em 9,9% à 2023/24.
Fonte: Conab
Brasil tem mais de 100 focos de ferrugem asiática em lavouras de soja
Produtores de soja da Bahia registraram o primeiro caso de ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi) em lavouras na região em fevereiro. O foco da doença foi identificado em uma propriedade em Correntina no dia 5 de fevereiro através do Programa Fitossanitário da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba). Após análises laboratoriais, o foco foi confirmado.
A Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), responsável pelo registro oficial da doença, está acompanhando a situação e reforça que não há motivo para alarde. Segundo o Consórcio Antiferrugem, na safra 2024/25 já foram encontrados 107 focos da doença, 71 casos somente no Rio Grande do Sul.
Produção de soja
Com 14,8% da área já colhida, a produção da soja está estimada pela Conab, para a safra 2024/2025, em 166 milhões de toneladas, 18,3 milhões de toneladas acima do total produzido na safra anterior. O resultado reflete o aumento na área destinada para a cultura combinada com a recuperação da produtividade média nas lavouras do país.
As condições climáticas foram favoráveis, principalmente no Paraná, em Santa Catarina e na maioria dos estados do Centro-Oeste. As exceções ficam para Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul, que registraram restrição hídrica a partir de meados de dezembro.
Fonte: Band e Conab
Nova fronteira agrícola pode transformar Goiás no 3º maior produtor de grãos do país
Considerada a nova fronteira agrícola de Goiás e do Centro-Oeste brasileiro, a região do Vale do Araguaia já produz cerca de 10% da safra de soja e 15% do milho do estado.
No entanto, em evento realizado nesta sexta-feira (14) por produtores rurais e pela Federação da Agricultura de Goiás (Faeg), destacou-se que a região tem potencial para aumentar sua área agricultável em pelo menos 50% no curto-prazo.
Se isso for feito, a safra agrícola goiana pode ser elevada para mais de 50 milhões de toneladas ao ano, número que consolidaria Goiás como o terceiro maior produtor de grãos do país. Mato Grosso lidera e Paraná e Rio Grande do Sul revezam a segunda colocação, a depender da quebra de safra que cada um vivencia ano a ano.
Em território goiano, a temporada 2024/25 está prevista em 36 milhões de toneladas, a maior na história do agronegócio do estado.
No evento com os produtores que contou com a presença do governador em exercício Daniel Vilela e de prefeitos de 10 municípios do Vale do Araguaia, ficou claro que para que essas perspectivas positivas se tornem realidade, existem desafios a serem superados. E o principal deles é garantir o fornecimento de energia elétrica.
Fonte: Canal Rural
Paraná colhe 33% da soja
A colheita da soja no Paraná avançou 10 pontos percentuais na última semana, alcançando 33% da área total estimada em 5,77 milhões de hectares. Os dados são do Boletim Semanal de Conjuntura Agropecuária, divulgado nesta quinta-feira (13) pelo Departamento de Economia Rural (Deral).
Na semana anterior, o índice de colheita estava em 23%, o que demonstra um ritmo acelerado das atividades no campo. No momento, restam 3,8 milhões de hectares a serem colhidos, com maior concentração nas regiões sul (40%) e norte (35%) do estado.
As condições das lavouras seguem estáveis, com 77% da área classificada como boa, enquanto 20% apresentam condição mediana e apenas 4% são consideradas ruins. O avanço da colheita ocorre em um momento de expectativa para os produtores, que acompanham os impactos do clima sobre a produtividade e a qualidade da safra.
Safra argentina
A Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA), em seus relatórios Panorama Agrícola Semanal (PAS) e Estado e Condição de Cultivos (ECC), destacou melhorias nas condições das lavouras de soja, milho e girassol na Argentina. O avanço da umidade adequada beneficiou as culturas, com destaque para a soja, que apresenta 67% da área em condição Normal/Excelente. Além disso, houve um aumento de 6 pontos percentuais na umidade adequada ou ótima, que agora abrange 64% da área plantada.
Fonte: Agrolink
Atraso no plantio e demanda em alta fortalecem preços do milho no Brasil
Os preços futuros do milho contabilizaram movimentações positivas na Bolsa Brasileira (B3), ao final da semana passada. As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 73,00 e R$ 80,68.
De acordo com o Analista de Inteligência de Mercado de Milho da StoneX, Raphael Bulascoschi, os olhos do mercado estão voltados para a safra da América do Sul, tanto para as perdas de produtividade consolidadas na Argentina diante do clima adverso, quanto para o atraso na safrinha do Brasil.
Até a última sexta-feira, 24% da área de segunda safra do país havia sido semeada, contra 33% da safrinha 2024 mesmo período, conforme dados da StoneX. Um atraso de 9 pontos percentuais que pode impactar em maiores riscos para o desenvolvimento do milho.
Outro ponto de suporte para as cotações no mercado nacional é a demanda que se mantém forte. O analista destaca que o país deverá consumir 2,5 milhões de toneladas a mais de milho em 2025, com o setor de proteínas se mantendo forte e o de etanol crescendo ano após ano.
O vencimento março/25 foi cotado à R$ 80,68 com valorização de 1,14%, o maio/2 valeu R$ 77,18 com alta de 0,56%, o julho/25 foi negociado por R$ 73,07 com ganho de 0,30% e o setembro/25 teve valor de R$ 73,00 com elevação de 0,27%.
Fonte: Notícias Agrícolas
Epagri lança variedade de feijão preto
No dia 19 de fevereiro, em Pinhalzinho, no Oeste Catarinense, a Epagri vai lançar um novo cultivar de feijão do grupo preto: o SCS208 Cronos. A novidade chega ao mercado com características que podem trazer grandes benefícios para os produtores rurais, especialmente em relação à produtividade, adaptação a diferentes ambientes e resistência a doenças. O evento será às 9h, no estande da Empresa, no Itaipu Rural Show.
A nova variedade de feijão foi desenvolvida no Centro de Pesquisa para Agricultura Familiar da Epagri (Cepaf), localizado em Chapecó, com o objetivo de atender à crescente demanda por cultivares mais produtivos e resistentes.
De acordo com o pesquisador da Epagri/Cepaf Sydney Kavalco, a SCS208 Cronos destaca-se por seu maior potencial produtivo e alta estabilidade de produção, fatores essenciais para garantir uma lavoura de alto desempenho, mesmo diante de variações climáticas. “Outra vantagem importante é a tolerância à antracnose, uma das doenças mais comuns que afetam o feijão”, revela.
Com flores de cor violeta e porte semi-ereto, a variedade Cronos foi desenvolvida para ser adaptada à colheita mecanizada, o que facilita a produção em larga escala. Seu ciclo de cultivo é ágil, com a emergência ao florescimento ocorrendo em 38 dias, e a maturação fisiológica em torno de 85 dias.
Fonte: Revista Cultivar
Yara Fertilizantes suspende produção de fosfatados em Cubatão e Paulínia
A empresa norueguesa de fertilizantes Yara irá paralisar a produção de fertilizantes fosfatados e ácido sulfúrico em Cubatão (SP) e Paulínia (SP). Segundo a empresa, a hibernação, como chamou, se deve ao foco da companhia na produção de fertilizantes nitrogenados, além de frentes estratégicas como soluções de baixo carbono, neutralidade climática e agricultura regenerativa.
A empresa afirma que a decisão não afeta o fornecimento de fertilizantes ao mercado brasileiro, “pois os volumes estão garantidos pela robusta estrutura da companhia”. As unidades da companhia em Rio Grande (RS) e Ponta Grossa (PR) irão manter sua atuação no mercado de fosfatados.
Em comunicado, a Yara afirmou que o plano acontecerá de forma gradual ao longo do ano de 2025, com encerramento previsto para o terceiro trimestre do ano. Em dezembro de 2024, a empresa iniciou o processo de produção de amônia com biometano na unidade de Cubatão.
No dia 7/02 a Yara divulgou como parte dos resultados de seu balanço financeiro do quarto trimestre de 2024, citando um prejuízo líquido de US$ 290 milhões, com entregas de fertilizantes 4% menores que no ano anterior no Brasil. As entregas de fertilizantes no Brasil somavam 1,37 milhão de toneladas no quarto trimestre de 2023, e caíram para 1,29 milhão de toneladas.
Fonte: Globalfert