Farm News 11/11 a 17/11

Farm News 11/11 a 17/11

18 de novembro de 2024 0 Por admin


Europa adia lei antidesmatamento que pode ter impacto bilionário para o Brasil

Após apelo e pressão de vários países, incluindo o Brasil, o Parlamento Europeu decidiu dia 14/11 adiar o início da aplicação da sua lei antidesmatamento que pode afetar até 30% das exportações brasileiras para o bloco. Foram 371 votos a favor do adiamento, 240 votos contra e 30 abstenções.

A decisão era a palavra final que faltava. Em outubro, o Conselho Europeu concordou com o adiamento que havia sido proposto pela Comissão Europeia.

Com a aprovação pelo Parlamento, a norma passará a ser aplicada somente em 30 de dezembro de 2025 para as grandes empresas e em 30 de junho de 2026 para as micro e pequenas empresas. Inicialmente, a lei começaria a valer em 30 de dezembro deste ano.

Uma eurodeputada chegou a propor que a lei fosse adiada por dois anos, e não apenas por um, como proposto pela Comissão Europeia, mas a emenda foi retirada antes de sequer ser submetida a votação.

O Parlamento decidiu ainda criar uma categoria de países que ficarão isentos de várias obrigações impostas pela lei. São os países classificados como tendo zero risco de desmatamento.

Fonte: Folha de S.Paulo

Safra 2024/25 grãos será de 322 milhões toneladas

A segunda estimativa para a safra de grãos em 2024/25 indica um volume de produção de 322,53 milhões de toneladas, aumento de 8,2% se comparado com o resultado obtido no último ciclo, o que representa cerca de 24,6 milhões de toneladas a mais a serem colhidas. O crescimento reflete uma estimativa de elevação na área plantada e uma expectativa de recuperação na produtividade média das lavouras no país.

No geral, os agricultores deverão semear ao longo deste ciclo 81,4 milhões de hectares, ante os 79,9 milhões de hectares cultivados em 2023/24, como mostra o 2º Levantamento de Grãos da Safra 2024/25, divulgado dia 14/11 pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Já a produtividade deve atingir 3.962 quilos por hectares, aumento de 6,3% quando comparada à temporada passada.

De acordo com a estimativa da Conab, o maior crescimento é esperado para a área semeada de arroz, que deve passar de 1,6 milhão de hectares em 2023/24 para 1,77 milhão de hectares no atual ciclo. A semeadura já teve início nas principais regiões produtoras e chega a 65% da área, conforme publicado no informe Progresso de Safra.

Fonte: Conab

Agro paulista registra alta de 11,2% nas exportações e se mantém como líder nacional

São Paulo reafirma sua posição de liderança nas exportações do agronegócio brasileiro, com o setor registrando uma expressiva alta de 11,2% no acumulado de janeiro a outubro de 2024, alcançando US$25,77 bilhões. Esse desempenho também é observado nas importações do setor, que somaram US$4,74 bilhões, resultando em um superávit de US$21,03 bilhões na balança comercial do agronegócio paulista.

O levantamento realizado pelo coordenador da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), Carlos Nabil Ghobril, e os pesquisadores José Alberto Ângelo e Marli Dias Mascarenhas Oliveira, do Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta), vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo mostra a importância estratégica do agronegócio ao analisar o total das exportações do estado de São Paulo.

Entre janeiro e outubro de 2024, o setor respondeu por 43,6% das exportações paulistas, enquanto as importações setoriais representaram 7,4% do total do estado.

Em contrapartida, os demais setores da economia estadual, excluído o agronegócio, apresentaram um déficit de US$26,13 bilhões, com exportações de US$33,27 bilhões e importações de US$59,40 bilhões. Isso evidencia o papel fundamental do agronegócio na balança comercial paulista, contribuindo para reduzir o déficit geral do comércio exterior do estado.

Fonte: Band

Área de plantio de grãos tem o menor crescimento em seis anos

O crescimento da área de plantio de grãos desta safra 2024/25 perde força em relação ao ritmo que vinha obtendo nos anos recentes. A área a ser ocupada com o plantio terá crescimento de apenas 0,6%, a menor evolução em seis anos. Nos anos de 2022 e de 2023, o aumento de área chegou a 7% em cada período.

Segundo o IBGE, poucos estados vão elevar a área de produção, com a maioria mantendo ou até reduzindo o espaço dedicado à agricultura. Rondônia, nova fronteira agrícola, é o destaque entre os que crescem. A área de plantio deverá aumentar 11% no estado. Rio Grande do Sul vem a seguir, crescendo 3,2%.

A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) e o IBGE divulgaram estimativas de safras para 2025 nesta quinta-feira. O IBGE espera uma produção de 311 milhões de toneladas de grãos, abaixo dos 322 milhões da Conab. A diferença entre os dois órgãos começa pelos grandes números. 

Considerados apenas soja, milho e arroz, produtos que representam 92% de toda a safra nacional, a estimativa da Conab aponta um volume de 298 milhões de toneladas para o próximo ano. Já a previsão do IBGE é de 287 milhões para esses mesmos produtos.

Fonte: Folha de S.Paulo

Estudo indica aceleração no ciclo de vida de “Helicoverpa armigera”

Estudos indicam que o aumento das temperaturas em geral acelera o ciclo de vida e amplia a capacidade reprodutiva de Helicoverpa armigera. Isso torna seu manejo cada vez mais desafiador para agricultores em diversas regiões do mundo.

Pesquisadores avaliaram como diferentes cenários climáticos — especificamente variando temperatura, fotoperíodo e umidade — afetam as características biológicas da praga.

Por meio de uma meta-análise, o estudo sintetizou dados de 26 estudos para compreender como o aumento da temperatura influencia o ciclo de vida, taxa de desenvolvimento e capacidade reprodutiva da H. armigera.

Os resultados mostraram que a taxa de desenvolvimento da H. armigera é otimizada em temperaturas entre 32 °C e 35 °C. Elas resultam em um ciclo de vida mais curto e uma maior capacidade reprodutiva das fêmeas.

Quando a temperatura ultrapassa os 35 °C, no entanto, ocorre um desaceleramento no desenvolvimento, aumento da mortalidade e uma redução significativa na oviposição, sugerindo que temperaturas muito altas têm um efeito adverso na reprodução e crescimento da praga.

Para os ovos e larvas da H. armigera, o tempo de desenvolvimento diminui com o aumento da temperatura, sendo mais rápido entre 30 °C e 35 °C. A umidade e o fotoperíodo também influenciam as condições de desenvolvimento.

Fonte: Revista Cultivar

Pela primeira vez, cochonilhas são registradas no Vale do São Francisco

Seis espécies de cochonilhas-de-escama foram registradas pela primeira vez no Submédio do Vale do São Francisco, em Minas Gerais, a mais importante zona de produção de frutas tropicais do país, localizada na região semiárida.

As pragas foram encontradas em pomares de manga e uva, causando danos diretos aos frutos e comprometendo sua qualidade e o desenvolvimento das plantas. De acordo com o pesquisador da Embrapa Semiárido Tiago Cardoso da Costa Lima, a identificação correta das espécies que causam danos à cultura é a base para o manejo integrado de pragas.

“A partir dessa informação podemos conhecer melhor sobre a biologia do inseto e quais medidas de controle podemos adotar. Tem sido um trabalho constante conduzido na Embrapa Semiárido para ajudar os produtores no monitoramento dessas pragas”, destaca.

O pesquisador explica que as cochonilhas podem provocar a despigmentação da casca dos frutos e, mesmo mortas, continuam presas à superfície, prejudicando sua aparência. “Por isso, é importante que os produtores monitorem essas cochonilhas com cuidado na fase vegetativa, impedindo o aumento populacional e a posterior migração para os frutos”, ressalta.

Os primeiros relatos de problemas causados por essas pragas foram feitos por produtores de manga, entre 2021 e 2022, que comunicaram à Embrapa sobre danos em folhas e frutos.

Fonte: Canal Rural

Preocupações com oferta impulsionam mercado e futuros do café acumulam valorização de 11%

As preocupações sobre o fornecimento global de café sustentaram mais uma rodada de valorizações para os preços futuros nas Bolsas de Nova Iorque e Londres. As principais cotações do arábica haviam fechado o pregão dia 14/11 batendo os maiores patamares em 13 anos e renovaram essas altas, acumulando valorizações de mais de 11% ao longo dos últimos 7 dias. 

O site internacional Barchart, aponta que boa parte dessas potenciais preocupações com o fornecimento vinha do receio de que o Parlamento Europeu votasse para mudar seus regulamentos de desmatamento. 

“Se a UE não puder concordar com as mudanças nas regras antes do prazo do mês que vem, o Regulamento de Desmatamento da UE será implementado, o que pode reduzir o fornecimento de café de países como Brasil e Indonésia”, destaca a publicação. Contudo, a aplicação da regulamentação foi adiado para dezembro de 2025 para grandes empresas e para junho de 2026 para micro e pequenas empresas.

Outro ponto de suporte para o café , tem sido a perspectiva de que condições quentes e secas persistem em Minas Gerais, a maior região produtora de café arábica do Brasil. conforme reporta o Barchart. “Os preços do café têm suporte subjacente da preocupação com danos de longo prazo à safra de café devido às condições de seca no Brasil”, diz o site.

Fonte: Notícias Agrícolas