Farm News 21/10 a 27/10

Farm News 21/10 a 27/10

28 de outubro de 2024 0 Por admin


Colheita do trigo chega a 29% no Rio Grande do Sul

A colheita do trigo apresentou ritmo acelerado especialmente ao Centro Noroeste do estado, alcançando 29% da área estimada de plantio e tendo sido interrompida apenas no último dia 15/10 devido à ocorrência de chuvas.

De acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado quinta-feira (24/10) pela Emater-RS/Ascar, as lavouras remanescentes estão nas fases de maturação (48%) e enchimento de grãos (20%).

Em algumas áreas planas, o excesso de umidade no solo impôs restrições ao avanço nos dias subsequentes. A área cultivada, conforme dados da Emater/RS-Ascar, é de 1.312.488 hectares, e a produtividade prevista é de 3.100 kg/ha. A qualidade do produto colhido está inferior ao obtido antes do período chuvoso, assim como o peso hectolitro (PH) dos grãos, que se encontra pouco abaixo de 78 kg/hl

Além da avaliação do PH, algumas unidades armazenadoras e compradoras estão utilizando o critério do falling number (FN) ou tempo de queda para a seleção do trigo a ser recebido, que é um indicador de medida da capacidade de retenção do amido nos grãos e de sua resistência à germinação precoce.

Como critério mínimo, tem sido adotado o valor de 220 segundos, o que tem dificultado a comercialização de lotes com grãos de qualidade inferior..

Fonte: Band

Produção de cereais cai na UE e necessidade de importação cresce

A produção agropecuária da União Europeia passa por uma situação frágil, devido a condições climáticas, pressões sanitárias e desafios comerciais pelo mundo. A redução dos preços das commodities, clima adverso e queda na produção são desafios financeiros para os produtores da região em 2025, segundo analistas da União Europeia voltados para o setor.

A safra 2024/25 de cereais recua para 263 milhões de toneladas, abaixo dos 283 milhões de média dos últimos cinco anos. A produção atual está bem distante dos bons momentos da região, quando o bloco produzia acima de 300 milhões de toneladas. Em 2014, foram 306 milhões.

França, Alemanha, Polônia e Espanha, países que estão entre os principais produtores do bloco, terão volumes bem inferiores à sua média. Os franceses vão produzir 55 milhões, o segundo menor volume desde 2000. Os países componentes da União Europeia já não têm mais área para crescer e a produtividade, que vinha crescendo, estacionou.

Nos cinco primeiros anos deste século, a área de milho era de 10 milhões de toneladas. Nos últimos cinco, caiu para 8,9 milhões. A de trigo teve pequeno aumento para 21,3 milhões. A produtividade de milho, que era de 5,6 toneladas por hectare, em 2015, recuou para 5,3 nos últimos três anos. A de trigo caiu de 6 toneladas para 5,6.

Fonte: Folha de S.Paulo

Sistema de plantio direto comemora 50 anos com 32 milhões de hectares semeados

O Dia Nacional do Plantio Direto é comemorado nesta quarta-feira (23). O método de manejo reduz os impactos ambientais da produção agropecuária e gera mais produtividade, já que ao semear diretamente na palha, é possível reter matéria orgânica no solo.

A adoção da prática iniciou no Brasil em 1974, há exatamente 50 anos. O pesquisador da Embrapa Solos, Pedro Luiz de Freitas, destaca que o país já conta com cerca de 32 milhões de hectares com a prática sendo desempenhada por pequenos, médios e grandes produtores.

“Para a atual safra, estudos de nossos pesquisadores mostram que entre 33 e 39 milhões de hectares serão semeados em sistema de plantio direto”. O produtor de soja Fred Frandsen realiza plantio direto desde 1995 em Palmital, interior de São Paulo. “Só tenho benefícios com esse sistema. Não mexemos mais na terra a não ser quando temos de fazer uma correção de solo em profundidade […]”.

Já Freitas destaca que todos os indicadores mostram os benefícios do sistema. “Qualquer área sobre o sistema de plantio direto sem a movimentação do solo, com a abertura permanente e com a rotação plurianual de culturas, está muito mais bem preparada, o solo está muito mais saudável do que em áreas que não estão sobre esse sistema […]”.

Fonte: Canal Rural

Plantio do milho avança no Rio Grande do Sul

De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (24), a semeadura do milho no Rio Grande do Sul avançou, alcançando 68% da área projetada para a safra 2024/2025.

A maior parte das lavouras (96%) encontra-se na fase de desenvolvimento vegetativo, enquanto 4% já atingiram a fase de florescimento nas áreas semeadas precocemente. A conclusão do plantio ainda depende de algumas áreas na Campanha e nos Aparados da Serra.

O clima contribuiu para o bom desenvolvimento da cultura, com chuvas frequentes e bem distribuídas, aliadas a dias de alta radiação solar e noites de temperaturas amenas. Essas condições favoreceram o crescimento saudável das plantas e o potencial produtivo.

Em várias regiões, a adubação nitrogenada em cobertura, aplicada entre os estágios vegetativos V2 e V4 (2 a 4 folhas estendidas), foi finalizada com sucesso. Em algumas lavouras mais avançadas, os produtores anteciparam a aplicação da segunda dose de nitrogênio, visando aproveitar as previsões de chuva para melhorar a absorção do nutriente, conforme os dados da Emater/RS.

Segundo o Informativo, no manejo fitossanitário, o controle da cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis) foi necessário em áreas do Alto Uruguai, onde a praga causou danos mais severos. Aplicações pontuais também ocorreram no Planalto e no Alto da Serra do Botucaraí.

Fonte: Agrolink

Produção de sorgo dobrou nos últimos quatro anos e área cultivada deve subir 100% nos próximos quatro

O cultivo de sorgo já foi encarado pelo produtor como vilão nas lavouras brasileiras por, supostamente, “roubar” nutrientes da cultura subsequente da soja, mas tem se tornado mocinho com um melhor entendimento do cultivo e novas oportunidades de negócios surgindo. 

“Já se acreditou que as áreas de sorgo traziam malefícios para a soja. Na verdade, o sorgo era utilizado nas áreas mais marginais da propriedade e com baixíssimo investimento em adubação, como grande cultura produtora de grãos que é, o sorgo extraia nutrientes do solo. Hoje, de vilão está virando o grande mocinho. Com a grande palhada remanescente e algumas cultivares que tem se mostrado com baixo fator de reprodução de nematoides, há condições melhores para a soja seguinte vir a produzir mais”, explica o Pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo, Flávio Tardin.

Dados da Associação Brasileiro dos Produtores de Milho e Sorgo (Abramilho) apontam que a produção brasileira de sorgo dobrou nos últimos três ou quatro anos, chegando perto de 5 milhões de toneladas, o que transformou o Brasil no terceiro maior produtor mundial do grão. 

“O sorgo tem potencial de continuar crescendo. Eu acredito que essa nova safra de 2025 já vai para, possivelmente, de 1,8 milhão a 2 milhões de hectares”, opina Vlamir Brandalizze, Analista de Mercado da Brandalizze Consulting.

Fonte: Notícias Agrícolas

Produção mundial de café deve atingir 176,2 milhões de sacas em 2024-2025

A produção global de café para o período de outubro de 2024 a setembro de 2025 está projetada em 176,2 milhões de sacas, de acordo com estimativas mais recentes. O Brasil, maior produtor mundial, deve responder por 31% desse volume, seguido pelo Vietnã, com 16,5%, e pela Colômbia, com 7%.

O destaque vai para a produção de cafés arábica, que, se confirmada, deve alcançar 99,9 milhões de sacas – um crescimento de 4,2% em relação à safra anterior (2023-2024). Já a produção global de canéfora está estimada em 76,4 milhões de sacas, o que representar um aumento de 4% na comparação com o ciclo anterior.

Com esses números, o arábica representará cerca de 56,7% da produção mundial, enquanto o canéfora responderá por 43,3%. No ranking dos maiores produtores, Brasil, Vietnã e Colômbia mantêm sua posição de liderança, sendo responsáveis por 54,5% da safra global prevista.

Os dados foram extraídos do Sumário Executivo do Café de outubro de 2024, divulgado mensalmente pela Secretaria de Política Agrícola (SPA), do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). O documento completo pode ser acessado no Observatório do Café, coordenado pela Embrapa Café. A Organização Internacional do Café (OIC) considera o período de outubro a setembro como o ano-cafeeiro.

Fonte: Cafepoint

Integração da mineração de Urânio e Fosfato beneficia setor agrícola e commodities globais

O Brasil está buscando atrair empresas de mineração para reavivar sua exploração de urânio, visando capitalizar a crescente demanda global por energia nuclear. Detendo 5% dos recursos de urânio do mundo, o Brasil atualmente produz apenas uma fração de seu potencial. A INB, Indústrias Nucleares do Brasil, planeja fazer parcerias com empresas internacionais para explorar regiões ricas em urânio, com licitação programada para abrir até o final do ano.

Essa expansão na produção de urânio tem relevância direta para o setor agrícola. O projeto Santa Quitéria, desenvolvido pela produtora de fertilizantes Galvani em parceria com a INB, combina extração de urânio e fosfato. O fosfato é um ingrediente crucial em fertilizantes, e o projeto pode aumentar significativamente o suprimento doméstico do Brasil, reduzindo a dependência de importações. Se bem-sucedido, o projeto pode influenciar os preços globais de fertilizantes e as cadeias de suprimentos.

Além disso, a iniciativa do Brasil tem como alvo áreas que detêm minerais valiosos, como cobre e ouro. Esses minerais são essenciais para máquinas agrícolas e outros setores. Ao impulsionar a produção dessas commodities, o Brasil pode impactar o mercado global, oferecendo novas oportunidades para diversificação de fornecimento.

No entanto, atrasos burocráticos representam um desafio. Enquanto a Galvani espera iniciar as operações até 2028, o projeto enfrentou problemas significativos de permissão, atrasando o progresso.

Fonte: Globalfert