Farm News 14/10 a 20/10

Farm News 14/10 a 20/10

21 de outubro de 2024 0 Por admin

Safra de grãos 2024/25 indica produção de 322,47 milhões de toneladas

A primeira estimativa para a safra de grãos na temporada 2024/2025, realizada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), aponta para uma produção de 322,47 milhões de toneladas.

O volume representa um crescimento de 8,3% ao obtido em 2023/24, ou seja, 24,62 milhões de toneladas a serem colhidas a mais que no ciclo anterior, estabelecendo um novo recorde na série histórica caso o resultado se confirme ao final do ano agrícola.

Para a área, estima-se crescimento de 1,9% sobre a safra anterior, passando para 81,34 milhões de hectares. Os dados foram divulgados pela Companhia, nesta terça-feira (15), durante o anúncio do 1º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25.

Neste ciclo, o arroz deverá apresentar novo crescimento de 9,9% na área semeada. A alta é verificada em todas as regiões do país, com destaque para o Centro-Oeste e o Sudeste, onde o incremento chega a 33,5% e 16,9% respectivamente.

Só em Mato Grosso, os produtores irão destinar mais de 133 mil hectares para o cultivo do grão, com uma elevação de 39,3% quando comparada com a área registrada na temporada de 2023/24. Em Goiás esse aumento chega a 24%, índice pouco menor que o registrado em Minas Gerais, onde se verifica uma alta de 25,1%.

Fonte: Conab

CNA e Cepea divulgam resultado do PIB do agronegócio no primeiro semestre

O PIB do agronegócio brasileiro Cepea/Esalq/USP-CNA recuou 1,28% no segundo trimestre de 2024, acumulando queda de 3,50% no ano. Com base nesse desempenho, o PIB do agronegócio brasileiro no primeiro semestre de 2024 foi de R$ 2,50 trilhões, sendo 1,74 trilhão no ramo agrícola e 759,82 bilhões no ramo pecuário (a preços do segundo trimestre de 2024).

Portanto, considerando-se esses resultados e o comportamento do PIB brasileiro no período, estima-se que a participação do setor economia fique próxima de 21,8% em 2024, abaixo dos 24,0% registrados em 2023.

O resultado do agronegócio foi impactado, sobretudo, pela queda nos preços e pela redução da produção de importantes dos produtos do setor, com destaque para a agricultura dentro da porteira. Em contrapartida, o ramo pecuário atenuou o impacto negativo, principalmente devido ao desempenho favorável dos segmentos agroindustrial e de agrosserviços.

Do ponto de vista dos segmentos do setor, os PIBs dos insumos e do setor primário apresentaram retração em ambas as comparações. Esses segmentos foram negativamente afetados pela queda do valor bruto da produção, pressionado especialmente pelo recuo das cotações, mas também pela expectativa de menor produção anual.

Fonte: CNA

Inadimplência ameaça insumos no agronegócio

De acordo com José Carlos de Lima Júnior, sócio da Markestrat Group e cofundador da Harven Agribusiness School, o agronegócio brasileiro enfrenta novos desafios que vão além do preço e das condições climáticas.

Atualmente, a insegurança no campo envolve também as condições de pagamento e a disponibilidade de produtos. Essa mudança reflete um cenário de incertezas que impacta diretamente os produtores, as distribuidoras e a indústria, ampliando os riscos e a complexidade das operações no setor.

O agronegócio, por ser composto por várias cadeias produtivas, funciona como uma rede de empresas interligadas. Entre o produtor rural e a indústria, há a distribuição, que é feita por revendas ou cooperativas e tem a função de intermediar a compra e a entrega dos insumos.

No entanto, o alto índice de inadimplência dos produtores gerou um efeito cascata, causando endividamento em alguns canais de distribuição. Essas distribuidoras, ao não receberem dos produtores, enfrentam o dilema de utilizar capital de giro próprio ou de terceiros para cumprir suas obrigações ou, então, tornarem-se também inadimplentes perante as indústrias.

Esse cenário de inadimplência pode resultar na falta de insumos agrícolas na distribuição, consequência de um impasse entre as indústrias e os canais de venda.

Fonte: Agrolink

Bahia desponta como refúgio para a citricultura em meio à crise no setor

Como condições climáticas adversas e a disseminação de pragas em algumas regiões produtoras de citros, a Bahia se destaca como um refúgio para os agricultores.

O estado, que já ocupa a quarta posição no ranking de maiores produtores de laranja do Brasil, tem se consolidado como um polo de produção desse tipo de frutas, graças a um conjunto de fatores que o tornam cada vez mais atrativo para produtores e investidores.

Entre 2021 e 2023, a produção baiana de laranja saltou de 594 mil toneladas para 610 mil toneladas. No caso do limão, o aumento também foi considerável. Em 2021, foram 72 mil toneladas, enquanto em 2023, foram colhidas na Bahia 80 mil toneladas, de acordo com dados do IBGE.

Um dos principais motivos para o crescimento da citricultura baiana é a sanidade dos seus pomares, aponta a agrônoma e coordenadora do Programa Fitossanitário dos Citros da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB), Suely Brito.

Ao contrário de outras regiões do país, a Bahia é livre das principais pragas que atacam as laranjeiras, como o greening. Essa doença, causada por uma bactéria, tem devastado plantações em estados como São Paulo, diminuindo a produção e elevando os custos.

Fonte: Band

ANTT propõe audiência pública para revisar Resolução dos Pisos Mínimos do Transporte de Cargas

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) aprovou, nesta semana, a abertura de nova audiência pública para revisar a Resolução nº 5.867/2020, que define as regras e coeficientes dos pisos mínimos para o transporte rodoviário de cargas no Brasil.  O período de contribuições será de 23 de outubro a 22 de novembro de 2024. 

Essa audiência faz parte do sétimo ciclo regulatório de revisão ordinária da Política Nacional de Pisos Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas (PNPM-TRC), estabelecida pela Lei nº 13.703/2018. A pauta foi deliberada e aprovada por unanimidade durante a 993ª Reunião de Diretoria Colegiada (ReDir). O relator do processo foi o diretor da ANTT, Felipe Queiroz.

A sessão híbrida da audiência pública, conduzida pela Superintendência de Serviços de Transporte Rodoviário e Multimodal de Cargas (Suroc), será realizada no dia 7 de novembro de 2024, das 14h às 18h. Acontecerá no auditório da sede da ANTT em Brasília, com capacidade para 350 pessoas, com transmissão ao vivo pelo canal da ANTT no Youtube (www.youtube.com/@canalANTT/streams). Todos os documentos e orientações relacionadas à audiência pública estarão disponíveis a partir do dia 18 de outubro no portal da ANTT, por meio do Sistema ParticipANTT.

Fonte: Revista Cultivar

Terra Brasil planeja extrair fosfato e potássio de jazida em Minas Gerais

A mineradora Terra Brasil contratou a Genial Investimentos como assessor financeiro exclusivo para buscar investidores para a nova fase da companhia. A empresa busca recursos para extrair fosfato, potássio e terras raras de uma jazida em Presidente Olegário, no noroeste de Minas Gerais. O investimento previsto é de R$ 2,4 bilhões.

O banco será responsável pela identificação de potenciais investidores e pela estruturação financeira da operação.

“Estamos na fase de coleta de informações para montar o ‘data room’. No início de 2025 devemos estar com o ‘valuation’ [avaliação do valor da companhia] pronto e aí teremos a definição do que fazer”, afirma Luiz Werner Brandão, diretor de estratégia da Terra Brasil. 

Entre as possibilidades estão a realização de uma rodada de investimentos série A com fundos de venture capital, acordo com um investidor ou com um grupo de investidores financeiros e comerciais.

Até agora, os sócios da Terra Brasil, os irmãos Eduardo Duarte de Freitas (CEO) e Andre Luis Duarte Freitas (diretor financeiro) investiram R$ 220 milhões em pesquisas de viabilidade técnica e econômica de exploração da jazida, obtenção de licenças, desenvolvimento de tecnologias para extração e concentração dos minerais.

Fonte: Globalfert

Brasil avança em mercados de carne dos EUA

O comércio mundial de carne bovina mantém demanda forte neste ano e 13 milhões de toneladas sairão das fronteiras de países exportadores para importadores.

O Brasil é o destaque. As exportações de janeiro a setembro atingiram o recorde de 2,1 milhões de toneladas, com receitas externas de US$ 9,2 bilhões, segundo a Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne).

As perspectivas para o mercado externo brasileiro são de crescimento também em 2025, embora a produção interna deva cair para 11,8 milhões de toneladas, segundo o Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

Na configuração de 2024 e de 2025, Brasil e Austrália ganham participação em mercados ocupados pelos Estados Unidos e pela União Europeia. Demanda externa, seca, pastagens ruins, abate de fêmeas. Cada país teve seu motivo para aumentar os abates, e a consequência é uma oferta mundial de 61,4 milhões de toneladas dessa proteína no mundo.

A China se encarrega de ficar com boa parte das exportações mundiais. Só no Brasil, os chineses adquiriram 935 mil toneladas até setembro, 45% do total exportado pelo país. A consequência do aumento de produção de carne neste ano é uma redução do rebanho em 2024 e em 2025.

Fonte: Folha de S.Paulo