Farm News 07/10 a 13/10
São Paulo supera Mato Grosso nas exportações do agronegócio em 2024
As exportações do agronegócio de São Paulo aumentaram 9,2% de janeiro a setembro de 2024 em relação ao mesmo período do ano passado, para 22,69 bilhões de dólares, elevando o Estado ao posto de maior exportador do país, informou a Secretaria da Agricultura e Abastecimento.
Com esse resultado, São Paulo respondeu por 18% do total da exportação nacional, superando Mato Grosso, que ficou com participação de 17,3%, segundo levantamento do Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta).
Os resultados foram impulsionados por produtos como açúcar e suco de laranja, nos quais o Estado é líder no país e colabora com grande parte da dominância global da exportação do Brasil.
Essa liderança paulista na pauta de exportação agropecuária do Brasil já havia acontecido em abril deste ano, mas é rara, visto que o Mato Grosso, maior produtor de grãos, oleaginosas e gado do Brasil, costuma liderar a balança comercial do agronegócio.
O complexo sucroalcooleiro, com receita de 9,15 bilhões de dólares no período — o açúcar representou 93% e o etanol 7% do total –, liderou as receitas externas do agro paulista. No total, o grupo sucroalcooleiro subiu 23% em valores e 30,5% em volumes exportados, puxado pelo desempenho das vendas externas do açúcar (+31,5% em valores e +35,2% em volume).
Fonte: Money Times
Exportações do agro brasileiro batem recorde e alcançam US$ 14,19 bilhões em setembro
No mês de setembro, as exportações do agronegócio brasileiro atingiram cifra recorde, totalizando US$ 14,19 bilhões em vendas externas, um aumento de 3,6% em comparação ao mesmo período de 2023. Esse resultado positivo da balança comercial foi impulsionado, em grande parte, pelo aumento do volume exportado.
O complexo sucroalcooleiro exportou US$ 1,92 bilhão em setembro de 2024 (+6,4%). O principal produto desse setor foi o açúcar, responsável por quase 95% das vendas externas do complexo. Em setembro de 2024, os embarques de açúcar de cana em bruto atingiram um volume recorde de 3,47 milhões de toneladas (+25,9%) para os meses de setembro.
As exportações de carnes tiveram grande destaque, com o setor bovino registrando o maior valor exportado pelo Brasil. Em setembro de 2024, as vendas externas de carne bovina alcançaram US$ 1,25 bilhão, um aumento de 29,2% em relação ao mesmo mês do ano anterior.
De acordo com a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (SCRI/Mapa), os principais setores exportadores foram o complexo soja, carnes, complexo sucroalcooleiro, produtos florestais, cereais, farinhas e preparações, além do café. Esses seis setores representaram 84,6% da pauta exportadora do agronegócio brasileiro.
Fonte: Notícias Agrícolas
Em setembro, saca de canéfora custou R$ 24,73 mais que a do arábica, diz Cepea
Em setembro, a média do Indicador Cepea/Esalq do robusta do tipo 6, peneira 13 acima, a retirar no Espírito Santo, fechou acima do Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, posto na capital paulista.
Levantamento do Cepea mostra que a média mensal do robusta de setembro ficou R$ 24,73/(60 kg) superior à registrada para o arábica. Embora os preços do robusta tenham operado acima dos do arábica no encerramento de agosto e em setembro deste ano e também em alguns momentos entre outubro de 2016 e janeiro de 2017, esta foi a primeira vez que a média mensal da variedade fecha acima do arábica.
O mercado ainda segue muito atento à oferta global reduzida de café, em especial a do robusta do Vietnã – o país asiático deve iniciar a colheita da nova safra agora em outubro.
No Brasil, a falta de umidade em decorrência do longo período sem chuvas já prejudica o desenvolvimento da safra 2025/26 de arábica e de canéfora – as plantas estão debilitadas e o déficit hídrico nas regiões produtoras tem se intensificado. Chuvas mais consistentes só devem ocorrer após meados de outubro no país – e, em algumas regiões, precipitações são previstas apenas para novembro.
Fonte: Cafepoint
Agronegócio dos EUA calcula perdas após furacão Helene
O agronegócio americano começa a estimar os impactos da passagem do furacão Helene pelo sudeste dos Estados Unidos. Análise da federação American Farm Bureau mostra que as áreas que registraram a ação do fenômeno têm produção agropecuária anual de US$ 12,08 bilhões.
No momento, acredita-se que a produção avícola tenha sido a mais prejudicada. De acordo com a edição mais recente do Censo de Agricultura dos Estados Unidos, de 2022, usado como base para o levantamento da Farm Bureau, o furacão Helene alcançou áreas em que a produção em granjas de aves e ovos é de US$ 6,3 bilhões.
“Mais de 80% do valor da produção avícola se concentra nas cidades mais severamente afetadas (pelo furacão)”, disse Daniel Munch, economista da federação, em nota.
Os Estados da Geórgia e da Carolina do Norte, que juntos representam mais de um quarto do valor da oferta de frangos de corte dos EUA, estavam entre os locais do país mais atingidos pelo furacão.
De acordo com informações da federação, o governador da Geórgia, Brian Kemp, anunciou que mais de 107 aviários foram danificados ou destruídos na região. Na Flórida, estima-se que cerca de 1 em cada 7 granjas de frangos de corte foram danificadas ou destruídas.
Fonte: Globo Rural
Paraná busca incrementar em 20% as áreas irrigadas com novo programa
Lançado há pouco mais de um mês, o programa Irriga Paraná está incentivando os produtores rurais a ampliar as áreas irrigadas no Estado para aumentar a produtividade de suas lavouras.
A iniciativa vai destinar cerca de R$ 200 milhões para as ações, sendo cerca de R$ 150 milhões em linhas de crédito facilitadas para a implantação de sistemas de irrigação, que garantem mais previsibilidade e renda aos agricultores, sobretudo em regiões que sofrem mais com a irregularidade das chuvas.
A ideia é ampliar o alcance de crédito para os projetos de irrigação nas propriedades rurais, o que já estava previsto desde 2020, no lançamento do Banco do Agricultor Paranaense, operado pela Fomento Paraná.
Desde aquela data até o final de agosto tinham sido formalizados 151 projetos de irrigação no Estado, que somam em torno de 1.000 hectares de área irrigada. As propostas somam R$ 20,8 milhões em financiamentos, sendo que cerca de R$ 7,6 milhões foram destinados pelo Governo do Estado como subvenção das taxas de juros pelo Banco do Agricultor.
Além das propostas já acatadas, outros 2.500 hectares de áreas estão com projetos em elaboração pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná) e pelas instituições parceiras, que incluem cooperativas e empresas de equipamentos para irrigação.
Fonte: Revista Cultivar
Reforma tributária: impactos e benefícios para o agronegócio
O texto da reforma propõe benefícios significativos para o agronegócio, especialmente para produtores com faturamento anual de até R$ 3,6 milhões e para itens da cesta básica. Prevê uma alíquota reduzida em 60% para alimentos destinados ao consumo humano e insumos agrícolas.
Além disso, está prevista a isenção de IPVA para tratores e máquinas agrícolas e para aeronaves utilizadas na produção rural, com o intuito de reduzir os custos operacionais do setor.
A reforma introduz a não cumulatividade plena, permitindo o aproveitamento integral de créditos tributários e eliminando o “efeito cascata” hoje existente, que encarece a cadeia produtiva. Outro ponto favorável é a adoção do princípio do destino, que resultará na desoneração total das exportações, aumentando a competitividade do agronegócio, um segmento crucial para a balança comercial brasileira.
No entanto, há preocupações no setor quanto ao possível aumento da carga tributária, já que a reforma prevê o fim de isenções atualmente aplicáveis, como a não incidência de PIS, COFINS e IPI sobre adubos, sementes, farelo e biodiesel.
A indefinição da alíquota conjunta da CBS e do IBS e dos produtos que comporão a cesta básica, que terão redução de 100% da alíquota de referência dos tributos, também gera apreensão.
Fonte: Migalhas
Estoques de milho do Venda em Balcão são reforçados em virtude de estiagem
Os criadores e as criadoras de animais de todo país irão contar com o reforço de 16 mil toneladas de milho nos estoques do Programa de Venda em Balcão (ProVB). O reforço realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é uma ação recorrente e leva em consideração a estiagem registrada nos últimos meses. Além dessa remoção, a Companhia prevê contratar o serviço de frete de outras 21 mil toneladas do cereal neste ano.
Para facilitar o acesso dos criadores ao grão disponível nos estoques públicos, a Companhia permite a compra de quem já possui cadastro diretamente do seu celular ou computador de maneira on-line, por meio do Balcão Digital.
Essa ferramenta permite ao cidadão formalizar demandas de compra de milho, emitir a autorização de venda e a Guia de Recolhimento da União (GRU) para pagamentos e até agendar a retirada do cereal nas unidades da Companhia.
“O objetivo da Companhia com esta ação é oferecer um serviço público de qualidade, economizando tempo e dinheiro do cidadão e tornando as operações mais simples e ágeis. A iniciativa segue as estratégias da Transformação Digital no Setor Público, que busca simplificar a comunicação e a aquisição de produtos, tornando o processo mais eficiente”, reforça o diretor de Operações e Abastecimento da Conab, Arnoldo de Campos.
Fonte: Conab