Farm News 30/09 a 06/10
Agronegócio empregou 28,6 milhões de pessoas no segundo trimestre
De abril a junho de 2024, o agronegócio brasileiro empregou um recorde de 28,6 milhões de pessoas, o maior número registrado desde o início da série histórica em 2012, superando o resultado do primeiro trimestre deste ano.
Os dados são do boletim “Mercado de Trabalho do Agronegócio Brasileiro”, elaborado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
De acordo com o levantamento, os trabalhadores do agronegócio representaram 26,5% do mercado de trabalho brasileiro no segundo trimestre. “Frente ao 2º trimestre de 2023, a população ocupada do setor aumentou 2,3% (643 mil pessoas), reflexo do maior contingente ocupado nas agroindústrias (4,0% ou 179 mil pessoas) e, principalmente, nos agrosserviços (8,3% ou 815 mil pessoas)”, diz o boletim.
O agronegócio é entendido como a soma de quatro segmentos: insumos para a agropecuária, produção agropecuária primária, agroindústria (processamento) e agrosserviços, conforme o Cepea.
A pesquisa utiliza como principal fonte de informações os microdados trimestrais da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua versão trimestral (PNAD-C), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nesses dados, o Cepea aplica metodologias próprias de identificação de atividades relacionadas ao agronegócio.
Fonte: CNA
Taxação dos fertilizantes será decidida em outubro
A proposta de aumento da tarifa de importação do nitrato de amônio de 0% para 15% estará em análise na Câmara de Comércio Exterior no próximo dia 17 de outubro. Se aprovada a nova tarifa, o importador passará a pagar a taxa e o custo vai ser repassado para toda a cadeia.
O incremento na arrecadação com a medida deve ficar ao redor de R$ 63 milhões por ano aos cofres públicos. A demanda para criação da tarifa para importação do insumo veio da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), visando recuperar a capacidade produtiva nacional, reduzindo a concorrência com produtos importados.
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil argumenta que a baixa produção de fertilizantes é fruto de fatores como a falta de matéria-prima em larga escala, infraestrutura inadequada e a ausência de políticas de incentivo à produção local. Apenas 11% da demanda de nitrato de amônio é suprida internamente, o restante é importado.
Já o governo russo anunciou que não planeja prolongar as taxas sobre as exportações de fertilizantes; elas serão zeradas a partir de 1º de janeiro de 2025, disse o vice-ministro das Finanças, Alexey Sazanov, à Interfax. “Em geral, cancelaremos os impostos (sobre fertilizantes – IF) a partir de 1º de janeiro de 2025”, afirmou.
Fonte: Globalfert
Arroba de boi dispara e atinge R$ 300 em alguns negócios em SP
Em curto espaço de tempo, deu a louca no mercado de boi gordo. Com preços baixos nos últimos meses, a arroba vem disparando neste final de setembro e início de outubro. A oferta de gado diminuiu, o dólar dá competitividade à carne brasileira no mercado internacional, a demanda externa está aquecida e os frigoríficos precisam cumprir contratos de exportação.
Essa mudança repentina nos preços faz com que a arroba de boi gordo já esteja sendo negociada em até R$ 300 em São Paulo, o que força alguns frigoríficos a dar férias coletivas e outros a intercalar os dias de abate. Os frigoríficos grandes, com unidades em vários estados, disputam o gado; os médios veem a necessidade de pagar mais, e os pequenos, em situação ainda menos confortável, abrem as compras com preços de até R$ 300 por arroba.
Fernando Iglesias, da consultoria Safras & Mercado, afirmou que, após cem dias sem chuva e pastagens ruins em várias regiões do país, a oferta de gado diminui, o que levou a commodity a registrar o maior aumento do semestre. No Safras Agri Week, evento promovido anualmente pela consultoria e realizado dia 3/10, ele disse que os preços elevados vêm também das exportações, que devem superar 4 milhões de toneladas equivalentes carcaça neste ano.
Fonte: Folha de S.Paulo
Soja: projeção mundial deve chegar a 424,5 milhões de toneladas em 2024/25
Informações da consultoria Safras & Mercado indicam que a produção mundial da soja para a safra 2024/25 deve alcançar 424,5 milhões de toneladas, marcando um aumento em relação aos 394,7 milhões do ano anterior.
A estimativa é parte do relatório de outubro do Sistema de Informação do Mercado Agrícola (AMIS), um órgão do G-20 que fornece dados sobre a oferta e demanda das principais commodities globais. Em setembro, a previsão era de 423,5 milhões de toneladas.
A revisão para cima é atribuída à elevação na projeção de safra da Argentina. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estima uma produção global de 429,2 milhões de toneladas, enquanto o Conselho Internacional de Grãos aponta para uma safra de 419,5 milhões de toneladas.
As exportações líquidas dos Estados Unidos de soja, para a temporada 2024/25, iniciada em 1º de setembro, totalizaram 1.443.500 toneladas na semana encerrada em 26 de setembro, com a China liderando as importações, totalizando 725.700 toneladas.
Para a temporada 2025/2026, foram registradas apenas 1.000 toneladas, abaixo das expectativas que variam entre 1 milhão e 1,6 milhão de toneladas.
Fonte: Canal Rural
Milho atinge maior valor em três meses em Chicago
Segundo a análise semanal da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (Ceema), o milho atingiu seu maior valor em Chicago em mais de três meses. No dia 2 de outubro, a cotação alcançou US$ 4,32 por bushel, recuando ligeiramente para US$ 4,28 no fechamento do dia seguinte.
Na comparação com uma semana antes, quando o preço estava em US$ 4,13, o mercado mostra alta. A média de setembro fechou em US$ 4,00 por bushel, 6,4% superior à de agosto, mas ainda 15,4% abaixo da média de setembro de 2023.
Nos Estados Unidos, a colheita do milho avançava até o dia 29 de setembro, atingindo 21% da área plantada. Além disso, 64% das lavouras estavam classificadas entre boas e excelentes condições, mantendo um panorama positivo para a produção.
Os estoques trimestrais de milho, apurados em 1º de setembro, somaram 44,7 milhões de toneladas, ficando dentro das expectativas do mercado. No mesmo período do ano passado, esses estoques estavam em 34,6 milhões de toneladas.
No Rio Grande do Sul, segundo a TF Agroeconômica, o cenário aponta para uma possível redução na área cultivada de milho na região norte. A comercialização de milho permanece lenta, especialmente em Santa Catarina, onde os produtores aguardam melhores preços para suas safras.
Fonte: Agrolink
Embrapa aprova projeto para estudar o desempenho de clones de café canéfora em Roraima e no Amazonas
A Embrapa Roraima, em parceria com a Embrapa Amazônia Ocidental, aprovou um projeto na Chamada “Embrapa/Consórcio Pesquisa Café Nº 22/2024 – Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação na Cafeicultura”. Este é o primeiro projeto de pesquisa aprovado para Roraima e Amazonas, marcando a entrada dos estados no Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café.
A liderança é da pesquisadora da Embrapa Roraima, Cássia Ângela Pedrozo, mas conta com a participação direta de outros pesquisadores e analistas da Embrapa Roraima e da Embrapa Amazônia Ocidental, bem como com a colaboração de pesquisadores da Embrapa Café e de empresas parceiras.
O projeto intitulado “Redução de impactos negativos causados por estresse térmico no cultivo de Coffea canephora, pela seleção de clones adaptados às condições climáticas do norte da Amazônia Ocidental” terá início em janeiro de 2025 e duração de 48 meses.
A pesquisa tem como objetivo desenvolver estudos que sustentem a validação de variedades clonais de café canéfora para as condições edafoclimáticas do Amazonas e do cerrado de Roraima, bem como transferir tecnologias de manejo já consolidadas para a cultura. Como resultados principais propõem-se a extensão de recomendação de variedades clonais para cultivo nos dois estados componentes e capacitações e atualização tecnológica de agentes multiplicadores, quanto ao manejo da cultura.
Fonte: Revista Cultivar
Assinatura eletrônica para certificados sanitários para produtos de origem animal alcança 50 mil solicitações
Em março deste ano, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) implementou a assinatura eletrônica para a emissão de Certificados Sanitários Nacionais (CSN) para o trânsito no território nacional de produtos de origem animal. Nesta quarta-feira (2), o sistema atingiu a marca de mais de 50 mil requerimentos.
A ferramenta foi desenvolvida em conjunto entre a Subsecretaria de Tecnologia da Informação (TI) e a Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) com o objetivo de agilizar e facilitar a rastreabilidade e segurança no processo de certificação dos produtos.
“Nossa missão é trabalhar para um Ministério da Agricultura mais moderno, com mais eficiência e rapidez. Essa marca de 50 mil solicitações mostra que estamos indo no caminho certo, pois as assinaturas digitais facilitam o trabalho do auditor, como também traz mais segurança e agilidade para as empresas”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.
Das 50.002 solicitações, mais de 48 mil já foram efetuadas, com mais de 90% com parecer favorável. O tempo médio de análise é de dois dias. Antes da digitalização da CSN, uma carga com produtos de origem animal só era liberada para trânsito no território nacional com a versão física do documento, que era entregue nos Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sipoas).
Fonte: Mapa