Farm News 23/09 a 29/09

Farm News 23/09 a 29/09

30 de setembro de 2024 0 Por admin


Valor Bruto da produção agropecuária deve recuar 3,2% neste ano, para R$ 1,2 trilhão

O Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária deve recuar 3,2% neste ano, alcançando R$ 1,239 trilhão, estima a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Em 2023, o VBP da agropecuária foi de R$ 1,280 bilhão, informou a CNA em nota técnica divulgada na sexta-feira (27). O VBP é o faturamento bruto dos estabelecimentos rurais, considerando a produção agrícola e pecuária e a média de preços recebidos pelos produtores rurais de todo o país.

A maior retração tende a ser registrada na agricultura, com redução prevista de 4% no VBP, passando de R$ 869,7 bilhões para R$ 834,6 bilhões neste ano. Na pecuária, o VBP é projetado pela CNA, de R$ 404,4 bilhões ao fim deste ano, queda de 1,4% ante 2023, quando o setor registrou R$ 410,2 bilhões.

Na agricultura, a soja, que deve representar 37,4% do VBP, com maior participação entre as culturas, tende a registrar um resultado 17% menor que o de 2023. “Os preços da oleaginosa seguem em redução (-12,9%) e há queda na produção (-4,7%).

No caso do milho, também há a previsão de queda na produção (-12,3%) e no preço (-8,4%), em 2024”, observou a CNA, na nota, mencionando que o desempenho do cereal tende a recuar 19,6%. 

Fonte: Canal Rural

Diversificação faz MG ultrapassar PR em receitas agropecuárias

A diversificação da agropecuária mineira está dando um alívio aos produtores em um ano de sérias dificuldades. Como na maioria dos demais estados, Minas Gerais também terá um VBP (Valor Bruto de Produção) menor para soja e milho neste ano, mas ganha em outros produtos.

A diversificação fez com que o estado desbancasse líderes como Paraná e Rio Grande do Sul nas receitas a serem obtidas dentro da porteira neste ano. Os mineiros passaram a ocupar a terceira posição no ranking do VBP nacional deste ano, à frente do Paraná, conforme os dados do VBP do Ministério da Agricultura, referentes a agosto.

Enquanto o valor da produção nacional da agropecuária deverá ficar em R$ 1,2 trilhão, estável em relação a 2023, o de Minas Gerais sobe para R$ 137 bilhões, com alta de 7% no ano. O aumento da renda nas lavouras em Minas Gerais é garantido por três produtos que obtiveram boa valorização de preços neste ano.

O principal deles é o café. O clima afetou tanto a produção do Brasil, maior produtor mundial de café arábica, como a do Vietnã, líder na do tipo conilon. Os efeitos climáticos sobre as lavouras geraram uma valorização dos preços internacionais, o que permitirá atingir receitas de R$ 36,5 bilhões.

Fonte: Folha de S.Paulo

Seca prolongada ameaça produção agrícola e pressiona custos de produção

A seca prolongada que atinge o Brasil em 2024 está provocando impactos significativos na produção agropecuária do país, além de intensificar os custos de produção – especialmente pelo aumento nas tarifas de energia elétrica.

Neste contexto, culturas essenciais, como a soja, já enfrentam quedas de produtividade: segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra 2023/24 foi afetada pelo El Niño e a expectativa para 2024/25 é que a seca, agravada pela possível ocorrência de La Niña (prevista para ocorrer entre setembro e novembro), prejudique ainda mais a produção.

O milho também deve ser comprometido pela falta de chuvas – especialmente a terceira safra. Isso pode levar à elevação nos preços do produto no mercado interno.

“A expectativa é que a seca prolongada afete a próxima produção, considerando o histórico de anos como 1998, 2015 e 2020, quando a colheita também foi reduzida em função dos cenários de seca intensa”, afirma Isadora Araújo, economista da GEP Costdrivers.

Além dos impactos nas lavouras, a seca deve elevar o custo com energia elétrica. Considerando os aumentos já realizados em 2024, a projeção da GEP Costdrivers é que a tarifa média Brasil apresente aumento anual acumulado de 9,48% nas tarifas de energia elétrica.

Fonte: Band

Bactéria causadora da escaldadura-das-folhas da cana é transmitida pela cigarrinha-das-raízes, aponta IAC

Uma pesquisa inédita realizada pelo Instituto Agronômico (IAC) mostrou que a bactéria causadora da escaldadura-das-folhas da cana-de-açúcar, a principal doença bacteriana desta cultura, é transmitida pela cigarrinha-das-raízes.

O inseto vetor carrega a bactéria Xanthomonas albilineans e a transfere para plantas sadias, transmitindo essa doença que não tem controle e, na maioria das vezes, é assintomática. 

De acordo com a pesquisadora do IAC, Silvana Creste, com essa descoberta, o desenvolvimento de variedades resistentes à cigarrinha-das-raízes pode ser uma das estratégias para controlar a escaldadura-das-folhas.

“Essa descoberta traz um novo olhar em relação à praga e também à doença porque nos possibilitou saber que a cigarrinha, além de ser uma das principais pragas da cana, carrega também um inimigo oculto da cana”, diz.

A bactéria, ao colonizar principalmente os vasos de xilema, dificulta a absorção de água e seiva bruta pela planta. Os danos incluem baixa germinação das gemas, queda na produtividade e no teor de açúcar da cana, além de redução na longevidade dos canaviais. Os prejuízos dependem da variedade, ciclo da cultura, idade do canavial, condições ambientais, agressividade do isolado da bactéria e da interação entre todos esses fatores.

Fonte: Revista Cultivar

Soja cai com realização de lucros em Chicago

De acordo com informações da TF Agroeconômica, o mercado de soja em Chicago (CBOT) encerrou o dia em queda, influenciado pela realização de lucros após três sessões consecutivas de alta. O contrato de soja para novembro/24, referência para a safra brasileira, recuou 1,16%, ou 12,25 cents/bushel, fechando a US$ 1.041,00.

Já o contrato para janeiro/25 caiu 1,17%, ou 12,50 cents/bushel, finalizando a US$ 1.059,25. Outros produtos derivados da soja também registraram queda, como o farelo de soja para outubro, que recuou 0,58%, e o óleo de soja para o mesmo mês, que teve uma desvalorização de 3,29%.

A baixa de hoje foi explicada pela realização cautelosa de lucros, mesmo diante de notícias positivas no mercado. Apesar das expectativas, a pressão da colheita nos Estados Unidos influenciou os operadores a agir com cautela.

As vendas semanais para exportação de soja apresentaram uma queda de 11,46% em comparação à semana anterior, com um volume de 1,547 milhão de toneladas, dentro das expectativas do mercado. Entretanto, as vendas acumuladas para a safra 2024/25 ainda estão ligeiramente abaixo do ritmo registrado no ano passado.

Fonte: Agrolink

Monitoramento dos cultivos apresenta as condições das lavouras de trigo e do início da safra 2024/25

A análise do Boletim de Monitoramento Agrícola (BMA), divulgado na quinta-feira (26) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), destacou as condições agroclimáticas e de imagens de satélite atualizadas dos cultivos de inverno da safra 2023/2024, além das condições do início da safra de verão 2024/2025.

De acordo com o estudo, as chuvas em maior volume foram registradas apenas no noroeste do Amazonas, em Roraima e na Região Sul, favorecendo os cultivos de inverno e a semeadura do feijão e do milho primeira safra.

Na Região Sul, o aumento da intensidade e abrangência das chuvas ao longo do período favoreceu inclusive o início da semeadura da soja. No entanto, as chuvas não minimizaram os efeitos da estiagem associados às altas temperaturas em algumas lavouras de trigo que estavam em enchimento de grãos no Oeste e Norte do Paraná. No Centro-Oeste, a umidade do solo permaneceu baixa e apenas áreas irrigadas foram semeadas.

O estudo mostra ainda que, nas primeiras semanas de setembro, predominou o tempo quente e seco na maior parte do país. Além disso, foi observado um número significativo de queimadas, principalmente nos estados de Mato Grosso e do Pará.

Fonte: Conab

Bioinsumos podem gerar economia de US$ 5,1 bi anuais ao agro brasileiro

A utilização de bioinsumos na agricultura brasileira pode gerar uma economia de até US$ 5,1 bilhões ao país. É o que indica um estudo elaborado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em parceria com a Associação Brasileira de Bioinovação (ABBI) e o Instituto Senai de Inovação em Biossintéticos e Fibras.

O estudo estratégico “Bioinsumos como alternativa a fertilizantes químicos em gramíneas: uma análise sobre os aspectos de inovação do setor” mostra como a tecnologia pode ser aplicada em culturas como arroz, milho, trigo, cana-de-açúcar e pastagens, com possibilidade de redução de até 18,5 milhões de toneladas de emissões de CO₂ equivalente.

Lançado em conjunto com o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) nesta terça-feira (24), o trabalho representa o passo inicial do Projeto Nitro+, que pretende elaborar uma estratégia para a ampliação do uso de tecnologias de inoculantes em gramíneas, aos moldes do que aconteceu com as leguminosas como a soja.

O secretário de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo do Mapa, Pedro Neto, ressaltou a importância da consolidação dos processos de inovação na agropecuária e o desafio do Mapa de criar formas de “tangibilizar” a inovação, tornando-a acessível e fazendo com que agregue valor ao que é produzido por todos os agricultores no país, independente do seu porte.

Fonte: Globalfert