Farm News 16/09 a 22/09
Veja como ficam as chuvas e as temperaturas com a chegada da Primavera
A primavera de 2024 começa oficialmente neste domingo (22), às 9h44 e vai até 21 de dezembro, às 6h21. Conforme os meteorologistas da Climatempo, a estação marca um ponto de virada no clima do Brasil, representando o retorno das chuvas em várias regiões, após longo período de seca, e também o aumento natural das temperaturas.
Para as regiões Norte e Nordeste, e a porção norte do Centro-Oeste, a tendência é de que as chuvas continuem abaixo da média histórica. Isso se deve à influência contínua de massas de ar quentes e de fenômenos regionais como o verão amazônico, que mantêm o clima mais seco nessas áreas.
No entanto, há boas notícias para as regiões Sudeste e parte do Centro-Oeste. Os modelos climáticos indicam que essas áreas terão chuvas mais frequentes e acima da média para a estação. A previsão é que o retorno das frentes frias e a atuação de cavados (áreas alongadas de baixa pressão) favoreçam a formação de sistemas de instabilidade.
Uma das previsões mais aguardadas é a possível formação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) em dezembro, um fenômeno que, quando ativo, provoca chuvas intensas e persistentes em grandes partes do Brasil, especialmente no Sudeste e Centro-Oeste.
Fonte: Canal Rural
Safras eleva previsão para produção de soja do Brasil com aumento na área
A produção de soja do Brasil na temporada 2024/25 deverá alcançar 171,78 milhões de toneladas, disse a Safras & Mercado nesta sexta-feira (20), prevendo pequeno aumento ante as 171,54 milhões de toneladas estimadas em julho.
Foram feitos ajustes positivos na área de cultivo de soja esperada para o Estado do Rio Grande do Sul, apontou o analista da consultoria Luiz Fernando Gutierrez Roque.
“A queda esperada na área de milho, devido à elevação dos custos do seguro agrícola, deve levar a transferências de algumas áreas, antes destinadas ao cereal, para a oleaginosa no Estado, o que endossa a elevação da área a ser plantada com soja, elevando também a expectativa de produção”, acrescentou ele.
A previsão da Safras contempla um aumento de 2,1% na área plantada com a oleaginosa no Brasil, para 47,4 milhões de hectares contra 46,4 milhões em 2023/24. Até o mês passado, a consultoria previa uma área de 47,3 milhões de hectares.
Se confirmado, o volume estimado para a safra 24/25 de soja marcaria um crescimento de 12,8% frente a temporada anterior, que ficou em 152,3 milhões de toneladas. Para a produtividade média, por sua vez, o levantamento aponta uma alta de 10,5%, de 3.295 quilos por hectare para 3.642 quilos nesta safra.
Fonte: CNN
Expectativa de aumento na safra de feijão no Brasil
De acordo com a análise do Boletim de Conjuntura Agropecuária desenvolvido pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), a expectativa para a safra de feijão no Brasil no ciclo 2024/25 é de um leve aumento na produção, que deve passar de 3,26 para 3,28 milhões de toneladas, de acordo com dados preliminares da Conab.
Esse crescimento está atrelado a um aumento de 1,2% na área plantada, que deve subir de 2,857 milhões para 2,891 milhões de hectares. O Paraná desempenha um papel fundamental nesse cenário, com um incremento superior a 23 mil hectares na primeira safra, representando mais da metade do aumento esperado em todo o Brasil.
No entanto, a Conab também prevê uma redução de 1,4% na área destinada à segunda safra. Embora não haja dados específicos sobre os estados, a entidade aponta que o Paraná deve influenciar essa diminuição.
O plantio da segunda safra, que ocorre majoritariamente no primeiro trimestre de 2025, poderá ser afetado pelos resultados da primeira safra, que já está 16% plantada e deve ser colhida em grande parte até janeiro de 2025. As chuvas registradas nesta semana são favoráveis, reforçando a expectativa de um volume de 251 mil toneladas.
Fonte: Agrolink
USDA estima produção mundial de algodão em 25,53 milhões de toneladas
A estimativa de setembro de 2024 do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) para a produção mundial de pluma ficou em 25,35 mi de toneladas. Esse volume representa um corte de 1,03% ante o projetado em agosto deste ano, pautado, principalmente, pela diminuição de 3,94% e 2,04% na expectativa de produção dos EUA e Índia, respectivamente.
Cabe destacar que a produção indiana foi comprometida devido às fortes chuvas registradas nas regiões produtoras do país. No que tange à demanda global para a safra 24/25, o Departamento reduziu a projeção de consumo em 0,40% em setembro de 2024 ante agosto de 2024, totalizando 25,20 milhões de toneladas.
Esse cenário foi puxado pela perspectiva de menor demanda oriunda do Vietnã e Bangladesh. Apesar de ambos os indicadores (oferta e demanda) exibirem recuo no comparativo mensal, a revisão para baixo do consumo apresentou menor intensidade, fator que pressionou os estoques finais da temporada 24/25 em 1,48% no mesmo período em análise
Por fim, diante desse cenário, os preços da pluma na bolsa de Nova York, no dia da divulgação do relatório, exibiram valorização. Na quinta-feira (19), o preço da pluma em Rondonópolis, no Mato Grosso, ficou em R$ 3,70 por libra-peso (ou R$ 122,41 por arroba).
Fonte: Band
Condições meteorológicas afetam pastagens de aveia e azevém
Segundo o Informativo Conjuntural divulgado dia 19/09, na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, as condições climáticas têm sido desfavoráveis ao desenvolvimento das pastagens de aveia e azevém, principalmente devido à baixa disponibilidade de radiação solar.
Na Campanha, o excesso de umidade em solos argilosos limita a taxa de crescimento das plantas. Mesmo o azevém, que é mais tolerante a solos úmidos, está apresentando desenvolvimento abaixo do esperado neste período de transição entre o inverno e a primavera.
Por outro lado, na Fronteira Oeste, em Manoel Viana, as temperaturas em elevação e a ocorrência de chuvas moderadas têm beneficiado as pastagens, permitindo a aplicação eficaz de fertilizantes nitrogenados. Na região de Caxias do Sul, a umidade do solo e temperaturas amenas estão favorecendo o desenvolvimento das forrageiras, embora a intensidade da fumaça tenha prejudicado a luminosidade.
Em Erechim, o aumento das temperaturas e da luminosidade contribuiu para o rebrote das pastagens e a melhora na oferta de massa verde. Em Frederico Westphalen, as pastagens de inverno estão no final do ciclo, enquanto as pastagens perenes de verão brotaram significativamente. Na região de Ijuí, a produção de forrageiras está em declínio devido ao término do ciclo e à diminuição da umidade.
Fonte: Agrolink
Clima provoca perda de 4 milhões de sacas de café nesta safra
O clima adverso provocou uma queda de 4 milhões de sacas de café no Brasil nos últimos meses. Mesmo sendo um ano de bienalidade positiva, quando ocorre um período de grande florada e produção maior, a safra brasileira deverá recuar para 54,8 milhões de sacas, 0,5% inferior à do ano passado.
Os dados são da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), que em maio previa uma safra de 58,8 milhões de sacas. Estiagem, chuvas mal distribuídas e altas temperaturas provocaram a queda de produção em relação ao que era esperado inicialmente.
A maior queda ocorre com o café conilon, o mais disputado no momento no mercado externo. A quebra de safra no Vietnã e perspectivas de mais problemas climáticos na próxima safra do país asiático elevaram os preços internacionais para patamares recordes.
Nas contas da Conab, o Brasil deverá produzir 15,2 milhões de sacas de café dessa espécie, 6% a menos do que no ano passado. Espírito Santo, líder na produção, terá safra de 10 milhões de sacas de conilon e 4 milhões de arábica. A produção de arábica, espécie que o Brasil tem liderança mundial, sobe para 39,6 milhões, 1,7% a mais do que no ano anterior.
Fonte: Folha de S.Paulo
Cientistas descobrem como plantas impedem transmissão de vírus para próximas gerações
Cientistas descobriram como as plantas evitam que vírus sejam transmitidos para suas sementes. A descoberta pode garantir safras mais saudáveis e reduzir a transmissão de doenças de mães para filhos, tanto em plantas quanto em humanos. Os vírus em plantas podem se espalhar internacionalmente através do comércio de sementes.
O estudo de cientistas da Universidade da Califórnia, Riverside, revela que a interferência por RNA é a chave para bloquear a propagação de vírus em plantas durante o desenvolvimento das sementes.
A análise identificou dois genes cruciais que ativam o processo de interferência por RNA, que bloqueia a produção de proteínas virais nas plantas. Esses genes são funcionais apenas nas primeiras fases do desenvolvimento das sementes.
Eles produzem enzimas essenciais chamadas dicer-like 2 e dicer-like 4, que geram pequenos fragmentos de RNA, conhecidos como siRNA. Esses fragmentos são responsáveis por inibir a produção de proteínas virais, impedindo a infecção.
Quando os cientistas modificaram plantas para que não produzissem essas enzimas, o resultado foi uma infecção viral mais grave e um aumento de dez vezes na transmissão do vírus para as sementes. Até 40% das novas mudas ficaram infectadas, demonstrando o impacto direto da interferência por RNA na defesa imunológica das plantas.
Fonte: Revista Cultivar