Farm News 02/09 a 08/09

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9 de setembro de 2024 0 Por admin


Agronegócio bate recorde de exportações em abril, com US$ 15,24 bilhões

Com valor recorde, as vendas externas brasileiras de produtos do agronegócio foram de US$ 15,24 bilhões em abril de 2024, um valor 3,9% superior na comparação com os US$ 14,67 bilhões exportados no mesmo mês de 2023. Esse resultado correspondeu a 49,3% das exportações totais do Brasil.

O saldo de abril foi fortemente influenciado pela elevação do volume embarcado, que subiu 17,1%. Em relação aos preços médios dos produtos da agropecuária, houve queda de 11,3%, impossibilitando o registro de um valor ainda mais expressivo nas exportações.

As exportações brasileiras de grãos atingiram um volume próximo de 18,5 milhões de toneladas em abril de 2024, número que corresponde a uma expansão de 6,7% na comparação com os 17,3 milhões de toneladas exportadas no mesmo mês de abril de 2023.

Segundo os dados da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais, açúcar de cana, carne bovina in natura, café, algodão não cardado nem penteado e celulose são os produtos que mais contribuíram para o crescimento das exportações no mês.Destaque por ter o maior valor exportado dentre todos os produtos do agronegócio brasileiro, a soja em grãos respondeu pela maior parte das exportações do setor.

Fonte: Mapa

Orçamento 2025: Agricultura tem redução de 5,65% para o ano que vem

O Governo Federal entregou para o Congresso Nacional o Projeto de Lei Orçamentário de 2025 (PLN 26/2024) que prevê um valor total de R$ 5,87 trilhões. De acordo com o projeto, o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento vai ter uma redução de 5,65% no orçamento. Em 2024, foi direcionado R$11,3 bilhões para a pasta, a previsão para 2025 é de R$10 bilhões.

Deste total, R$ 7 bilhões são destinados às despesas obrigatórias, enquanto R$2,6 bilhões irão para as despesas discricionárias, incluindo as políticas agrícolas. Os recursos significativos serão destinados a áreas como subvenção ao seguro Rural (R$1,06 bilhões), para o setor de pesquisa agropecuária (R$ 4,5 bilhões) e para defesa agropecuária (R$ 234, milhões).

Para o economista Ciro Avilar, é importante destacar as previsões de manutenção para o Programa de Aquisição De Alimentos (PAA) e do Proagro. Ele ainda destaca que a redução na previsão para a formação de estoque de alimentos mostra que o governo visualiza uma economia nos setores agropecuária e agrícola aquecida, com uma necessidade menor de formação de estoques.

O projeto deve ser votado até o final do ano tanto por senadores quanto deputados, mas antes disso, ele tem que passar e ser aprovado na Comissão Mista de Orçamento, onde possivelmente ajustes serão feitos.

Fonte: Band

Queimadas em SP geraram prejuízos de R$ 2 bilhões para o agronegócio

O secretário da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Guilherme Piai, informou nesta quinta-feira (5/9) que os recentes incêndios registrados no Estado afetaram quase 480 mil hectares em 8.049 propriedades rurais. Somente no setor sucroenergético, foram cerca de 240 mil hectares atingidos.

Os prejuízos gerados por incêndios e queimadas no agronegócio devem ultrapassar os de R$ 2 bilhões, sendo o setor sucroenergético o mais afetado, mas atingindo também grãos e pecuária.

Para combater as perdas, a Secretaria de Agricultura ofereceu um volume recorde em seguro rural, no valor de R$ 100 milhões. “Além disso lançamos um credito emergencial pelo Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (Feap), com taxas de juros zero e dois anos para pagar com custeio emergencial de R$ 50 mil por produtor. Essa linha já está funcionando.

Recentemente, o governo de São Paulo decretou Estado de Emergência em 50 municípios. “Embora o total de municípios com foco de incêndios tenha chegado a 317 a situação de estado de emergência persiste em 50”, disse o secretário em entrevista à radio Bandeirantes na manhã desta quinta-feira.

O secretário informou ainda que, por meio de ações conjuntas com outras secretarias, corpo de bombeiros, defesa civil e entidades privadas, foi criado um gabinete de crise.

Fonte: Globo Rural

Incêndios se espalham pelo Brasil e previsão de tempo preocupa

O meteorologista Arthur Müller deu detalhes sobre previsão do tempo e a situação dos focos de incêndio em todo o Brasil. Imagens de satélite mostram a propagação da fumaça não apenas no Brasil, mas também em partes da América do Sul, como Bolívia e Paraguai, indicando a gravidade dos incêndios na região.

Segundo Müller, os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revelam que alguns municípios brasileiros estão registrando recordes históricos de focos de incêndio. Corumbá, no Mato Grosso do Sul, lidera com quase 4.500 focos.

O meteorologista destacou um aumento alarmante de 2.000% nos focos de incêndio no bioma Pantanal e de 1.000% na região Norte em 2024, comparado a anos anteriores. “A situação é muito caótica, e setembro promete ser um mês difícil“, alertou Müller.

A única região com previsão de chuva nos próximos dias é o Sul do Brasil, devido à chegada de uma frente fria. No entanto, essa precipitação não será suficiente para aliviar as condições secas no Brasil Central. Em estados como o Acre e Rondônia, a chuva será mal distribuída e não resolverá os problemas de seca e incêndios.

Fonte: Canal Rural

Seca e calor ameaçam plantio da soja no Centro-Oeste

A queda na umidade do solo, altas temperaturas e as chuvas abaixo da média dos últimos 15 anos em praticamente todos os estados vão prejudicar o início do plantio da soja a partir da segunda quinzena de setembro, quando termina o vazio sanitário em algumas regiões, avalia a EarthDaily Agro, empresa de sensoriamento remoto com uso de imagens de satélites.

Tanto o ECMWF ((modelo europeu) quanto o GFS (modelo americano) preveem volumes de chuvas entre 60% e 80% abaixo da média no país entre os dias 05 e 15 de setembro, aumentando o estresse hídrico sobre as lavouras, assim como o risco de incêndios.

As altas temperaturas ocorrem em boa parte do Centro-Oeste, Sudeste e parte do Sul. No Mato Grosso do Sul, a média das temperaturas podem ficar até 10°C acima da normalidade, de acordo com o GFS. “Os produtores podem esperar mais um pouco para iniciar o plantio da soja”, aponta Felippe Reis, analista de safra da EarthDaily Agro.

Com relação à umidade do solo nos próximos dez dias, o ECMWF apresenta condições desfavoráveis para o desenvolvimento do trigo, principalmente no Paraná. Em agosto, o maior produtor de trigo do país (com 44% da safra) registrou 37,5 milímetros de chuvas, menos da metade esperada para o mês.

Fonte: Revista Cultivar

Aumenta incidência de greening na produção de laranja em São Paulo

A incidência do greening no cinturão de produção de laranja de São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro aumentou para 44,35% dos pomares em 2024, no sétimo ano consecutivo de avanço da pior doença da citricultura, segundo levantamento anual do Fundecitrus divulgado na sexta-feira (6). Em 2023, a incidência da doença havia atingido 38,06%.

O greening e o tempo seco têm sido dois fatores por trás das seguidas baixas colheitas no Brasil, maior produtor e exportador global de suco de laranja, que colaboraram para impulsionar os preços do suco na bolsa de Nova York para máximas históricas em 2024. A nova safra de laranja do cinturão produtor de São Paulo e Minas Gerais foi estimada em maio em 232,38 milhões de caixas de 40,8 kg, queda de 24,36% na comparação com o ciclo anterior.

Segundo o Fundecitrus, a incidência da doença – que não tem cura e reduz a produtividade dos pomares em cerca de 60% em relação a uma árvore sadia – correspondeu a aproximadamente 90,36 milhões de pés afetados em 2024, de um total de 203,74 milhões de laranjeiras em todo o parque citrícola.

“O avanço da doença é reflexo do maior registro histórico populacional do inseto que transmite a doença ocorrida ainda em 2023, quando a média de captura por armadilha aumentou 54% em relação a 2022”, disse o Fundecitrus.

Fonte: Diário do Comércio

Safras estima aumento de mais de 6% na produção de milho do Brasil em 2024/25

A safra total de milho do Brasil em 2024/25 foi estimada nesta sexta-feira em 133,57 milhões de toneladas, o que seria um aumento de mais de 6% na comparação com a temporada anterior, segundo números da consultoria Safras & Mercado. A Safras & Mercado indicou uma área total de 20,87 milhões de hectares, recuando sobre os 20,99 milhões de hectares do ano passado.

Mas a produtividade média deverá aumentar de 5.980 quilos por hectare em 2023/24 para 6.400 quilos por hectare em 2024/25, com uma recuperação das produtividades após problemas climáticos.

O aumento deverá se dar na segunda safra, uma vez que a consultoria vê uma menor produção no verão. A nova previsão apontou a safra de verão no centro-sul em 24,32 milhões de toneladas, contra 25,59 milhões do ano anterior, enquanto a área vai recuar para 3,67 milhões de hectares.

A segunda safra do centro-sul, que será plantada só no ano que vem, está estimada em 94,64 milhões de toneladas, contra 85,89 milhões de toneladas na temporada passada. A área deverá aumentar para 14,79 milhões de hectares, de 14,71 milhões de hectares.

Fonte: Notícias Agrícolas