Farm News 12/08 a 18/08

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19 de agosto de 2024 0 Por admin


Safra de algodão 23-24 enfrenta aumento de pragas e desafios climáticos em Mato Grosso

A safra de algodão 23/24 enfrenta grandes desafios em Mato Grosso, agravados por condições climáticas adversas e o aumento expressivo de pragas. A média de infestação pelo bicudo do algodoeiro (Anthonomus grandis) atingiu níveis alarmantes.

De acordo com o monitoramento realizado, a presença do inseto quase quadruplicou em relação à safra anterior. A média atual é de 8,97 bicudos por armadilha por semana (BAS), contra 2,15 BAS na safra 22/23. Este é o pior resultado desde 2012/13.

Durante evento técnico promovido pela Fundação Mato Grosso, especialistas discutiram o impacto dessa infestação. O entomologista Guilherme Rolim, do Instituto Mato-Grossense do Algodão, destacou que a destruição inadequada de plantas no fim do ciclo de cultivo contribuiu significativamente para a multiplicação do bicudo.

As condições climáticas adversas favoreceram a permanência de plantas de algodão nas lavouras de soja, criando um ambiente propício para o desenvolvimento do inseto.

Rolim enfatizou a necessidade de medidas preventivas urgentes para controlar a praga e garantir a sustentabilidade da produção. Entre as recomendações, ele destacou a importância de uma destruição eficiente dos restos culturais e o uso de armadilhas com feromônios para monitoramento e controle da população de bicudos.

Fonte: Revista Cultivar

Conab diz que safra de grãos deve chegar a 298,6 milhões de toneladas

O Brasil deverá produzir um total de 298,6 milhões de toneladas de grãos na safra 2023/2024. A estimativa representa uma queda de 6,6% (ou 21,2 milhões de toneladas), na comparação com a safra anterior (2022-2023). Apesar da redução, o resultado, se confirmado, corresponderá à segunda maior safra já colhida no país.

De acordo com o 11º Levantamento da Safra de Grãos, divulgado nesta terça-feira (13) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a queda se deve principalmente à perda na produtividade média das lavouras do país, decorrente de adversidades climáticas.

“O efeito de adversidades climáticas sobre o desenvolvimento das culturas, desde o início do plantio até as fases de reprodução das lavouras, provocou situações em que áreas com redução das chuvas desaceleraram o desenvolvimento das plantas, ocorrendo queda da produtividade ou em regiões com aumento da precipitação houve inundações nas áreas de cultivo, o que também tende a reduzir a produtividade”, diz o levantamento.

Com relação à área cultivada, houve um acréscimo de 1,5%, o que corresponde a 1,18 milhão de hectares a mais, na comparação com a safra passada. A Conab explica que os maiores crescimentos foram observados na soja (1,95 milhão de hectares), seguido do gergelim, algodão, sorgo, feijão e arroz.

Fonte: Forbes

Após seca, produção de trigo sofre agora com geadas no Paraná

A safra de trigo do Paraná, que já estava afetada pela seca, principalmente no norte do estado, recebeu mais um impacto negativo. Desta vez, o das geadas da semana.

O estado está com 1% colhido, e 21% das lavouras estão em estado de maturação, sem problemas. Outros 57%, porém, se encontram em um período suscetível, da floração à frutificação. Esse estágio vai do espigamento ao final do enchimento de grãos nas lavouras.

Carlos Hugo Winckler Godinho, analista de trigo do Deral (Departamento de Economia Rural) do Paraná, diz que dos 57% mais suscetíveis, pelo menos um terço da área vai merecer uma atenção especial nas próximas avaliações de produtividade e de produção.

Ele acredita que parte dessa área poderá ter de perda total a efeitos mínimos provocados pela geada. Outros 22% estão em áreas que foram as mais afetadas pelo frio intenso, mas as lavouras serão beneficiadas pela forte queda de temperaturas. Esse frio intenso gera algum controle de praga e, possivelmente, um melhor perfilhamento da planta.

O pesquisador do Deral afirma que ainda é difícil uma avaliação correta do ocorrido, uma vez que cada região do estado foi afetada de forma diferente.

Fonte: Folha de S.Paulo

Vassoura de bruxa da mandioca: praga inédita é confirmada no Brasil

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou a detecção do fungo Ceratobasidium theobromae (Rhizoctonia theobromae) em lavouras de mandioca na região norte do estado do Amapá. Essa é a primeira vez que a praga é detectada no Brasil. 

A doença, que é conhecida na literatura como “vassoura de bruxa” da mandioca, é uma praga quarentenária ausente, ou seja, que têm potencial de provocar prejuízos econômicos por não estarem presentes no território nacional.

Inicialmente, a praga foi constatada pelos técnicos da Embrapa Amapá nos plantios de mandioca das terras indígenas de Oiapoque, município do estado do Amapá, localizado na fronteira do Brasil com a Guiana Francesa. Atualmente, já se encontra presente também nos municípios de Calçoene e Amapá, localizados imediatamente ao sul do município de Oiapoque. 

“A presença deste patógeno representa risco de redução significativa na produtividade das plantas de mandioca”, explica a diretora do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas, Edilene Cambraia.  

Os sintomas da doença caracterizam-se por ramos secos e deformados, nanismo e proliferação de brotos fracos e finos nos caules. Com a evolução da doença, é comum a ocorrência de clorose, murcha e seca das folhas, morte apical e morte descendente das plantas.

Fonte: Band

EUA vendem 120,5 mil t de milho da safra 2023/24, revela USDA

Exportadores dos Estados Unidos relataram vendas de 120,5 mil toneladas de milho da safra 2023/24, já descontados os cancelamentos, na semana encerrada em 8 de agosto, informou o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). 

O volume – menor registrado no ano comercial – representa queda de 75% ante a semana anterior e de 66% em relação à média das quatro semanas anteriores.

Os principais compradores foram Colômbia (173,9 mil t), Portugal (51 mil t), Honduras (42,8 mil t), México (28,3 mil t) e Japão (8,5 mil t), que compensaram os cancelamentos feitos por destinos não revelados (163,5 mil t) e El Salvador (29,5 mil t).

Para a safra 2024/25 foram reportadas vendas de 800,5 mil toneladas (ante 249,1 mil t no relatório da semana anterior). Os principais compradores foram destinos não revelados (345 mil t), México (257,9 mil t), Costa Rica (58,6 mil t), Japão (50,8 mil) e El Salvador (22,5 mil t).

O total vendido, de 921 mil toneladas, ficou dentro do esperado por analistas, que estimavam volume de vendas de 500 mil toneladas a 1,3 milhão de toneladas.

Fonte: Canal Rural

Comercialização da soja 24/25 está atrasada nos EUA e no BR

Enquanto a oferta da safra 2024/25 de soja está se construindo, até agora, sem grandes ameaças, a comercialização da oleaginosa está atrasada tanto no Brasil, quanto nos Estados Unidos.

Os preços da commodity na Bolsa de Chicago completam, nesta sexta-feira (16), sua décima semana consecutiva de baixas entre as últimas 12, o que deixou os momentos de margens – pelo menos aceitáveis –  para os sojicultores de ambos os países. 

As vendas da nova temporada norte-americana chegam a perto de 40%, segundo relata o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, enquanto o ideal para este período, com as lavouras na fase de formação de vagens e enchimento de grãos, seria já um volume superior aos 50%.

No entanto, há produtores em algumas regiões dos EUA com prejuízos que já chegam há US$ 2,00 por bushel, o que os deixa ainda mais afastados de novos negócios. 

“Eles estão travados, esperando que haja uma virada da soja em Chicago, ou uma melhora nos prêmios para eles, para que possam voltar a negociar com margem, sem ter prejuízos”, diz o consultor.

E embora no Brasil as condições não sejam tão distantes das observadas nos EUA, há certa vantagem para o produtor brasileiro nas vendas da safra 2024/25, em especial por conta do dólar, que está valorizado.

Fonte: Notícias Agrícolas

Atraso de navios para exportar café chega a 60% em julho no Brasil

Em julho, 60% dos navios, ou 167 de um total de 277 embarcações, tiveram alteração de escalas ou atraso para exportar café nos principais portos do Brasil. O maior prazo de espera foi registrado no Porto de Santos (SP): 55 dias entre a abertura do primeiro e do último deadline.

Os dados constam no Boletim Detention Zero (DTZ), elaborado pela startup ElloX em parceria com o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).

O documento revela que o terminal santista, principal escoador dos cafés brasileiros ao exterior, com representatividade de 68,7% no acumulado do ano até o fim de julho, registrou o maior índice de atrasos de porta-contêineres, de 77%, envolvendo 105 do total de 136 embarcações.

No mês passado, apenas 15% dos procedimentos de embarque tiveram prazo superior a quatro dias de gate aberto por navios no Porto de Santos. Outros 50% possuíram entre três e quatro dias e 35% tiveram menos de dois dias. Além disso, 11 navios não tiveram sequer uma abertura de gate durante julho, fazendo com que os exportadores, sem alternativas, tivessem que arcar com custo não previsto de pré-stacking, armazenagens adicionais e detentions.

Fonte: Cecafé