Farm News 05/08 a 11/08
Aumento na produção de carnes garante abastecimento interno e exportações
A produção das três principais carnes do país deve chegar a 30,88 milhões de toneladas neste ano. O volume representa um crescimento de 3,9% se comparado com 2023. Esse incremento reflete em uma elevação na disponibilidade interna, estimada em 21,12 milhões de toneladas, o que garante o abastecimento no mercado brasileiro.
As exportações também devem crescer em torno de 6,5%, projetadas em 9,85 milhões de toneladas. É o que mostra o quadro de suprimento de carnes divulgado nesta quarta-feira (3) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
“A maior quantidade de carnes disponíveis no mercado interno é um bom indicativo para os consumidores. Mas além desse aumento na produção, os preços dos insumos para alimentação animal estão menores para o criador”, destaca o presidente da Companhia, Edegar Pretto.
Para a carne bovina, o panorama esperado é de aumento na produção, retomando a marca de 10 milhões de toneladas, volume atingido nos anos de 2006 e 2007. “O bom volume produzido ainda é reflexo do ciclo pecuário iniciado no ano passado, com uma alta nos abates motivado por descarte de fêmeas”, lembra o gerente de Fibras e Alimentos Básicos da Conab, Gabriel Rabello.
Fonte: Conab
Produtor da safrinha 2023/24 de milho do PR recebeu 12% mais pelo grão
O produtor paranaense recebeu 12% a mais pelo grão neste fim de safra em comparação com agosto de 2023, informou em nota o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado.
Segundo o Deral, o preço recebido pela saca de 60 quilos fechou em R$ 49,96 nesta última semana, sendo que, em igual período do ano passado, a saca valia R$ 44,51.
“O desempenho do preço no mercado interno caminhou no lado oposto ao que foi observado na cotação da commodity na Bolsa de Chicago (EUA), que caiu 16% no mesmo período”, diz o Deral. “Em agosto do ano passado o bushel estava a US$ 4,7950 e baixou para US$ 4,0162 agora”, continua.
De acordo com o analista de milho do Deral, Edmar Gervásio, o preço do milho está sustentado pela alta do dólar ante o real e pela menor disponibilidade do produto. No entanto, ele ponderou, no relatório, que o cenário “é tênue”, visto que oscilações negativas no dólar tendem a pressionar os preços.
No Paraná a colheita avançou e atingiu 92% da área de 2,5 milhões de hectares de milho da segunda safra 23/24. A estimativa é de que a safra forneça 12,9 milhões de toneladas ao mercado.
Fonte: Canal Rural
Brasil faz maior importação de soja das últimas duas décadas
O Brasil, o maior produtor e exportador mundial de soja do mundo, fez a maior importação da oleaginosa nos últimos 21 anos. Nos sete primeiros meses deste ano, conforme dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), entraram no país 752 mil toneladas da oleaginosa, 709% a mais do que de janeiro a julho de 2023.
O país teve um cenário de safra menor neste ano, avaliada pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) em 147 milhões de toneladas. Algumas estimativas iniciais apontavam para um volume próximo de 160 milhões.
A demanda interna por soja cresce neste ano, com a moagem podendo chegar a 54,5 milhões de toneladas, segundo a Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais). O país está exportando um volume maior de farelo, em relação à média dos últimos anos; elevou o percentual de mistura de biodiesel no diesel; e continua com exportações em ritmo acelerado.
Neste ano, segundo a agência AgRural, as vendas externas de soja poderão chegar a 95 milhões de toneladas. A Abiove prevê 98 milhões, um volume consistente em relação ao desempenho dos anos recentes, embora inferior aos 102 milhões de 2023. As compras externas de soja até julho deste ano só são inferiores às do mesmo período de 2003, ano em que o país também teve redução de safra.
Fonte: Folha de S.Paulo
Funcafé disponibiliza mais de R$ 5 bilhões em recursos para a safra 2024/2025
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou a autorização para os bancos operacionalizarem 5 bilhões através do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé). O dinheiro é destinado para o financiamento da safra 2024/25, para o desenvolvimento da cafeicultura brasileira. Os recursos já poderão ser acessados a partir da próxima semana nas instituições financeira que atuam como agentes financeiros do Fundo.
Segundo o secretário de Política Agrícola, Guilherme Campos, os recursos disponibilizados por meio dos termos aditivos publicados hoje compõem o total de R$ 6,8 bilhões autorizados pelo Conselho Monetário Nacional na Resolução CMN nº 5.138/2024. “Brevemente abriremos edital de credenciamento para recebimento de propostas para contratação do total autorizado, contribuindo para que os recursos cheguem aos produtores em tempo hábil para o financiamento das fases da cafeicultura”, disse.
Do valor total do Funcafé, R$ 1,735 bilhões são destinados para financiamentos do custeio, R$ 2,49 bilhões para comercialização e de R$ 1,615 bilhões para a linha Financiamento para Aquisição de Café. O crédito para capital de giro para indústrias de café solúvel, de torrefação e para cooperativa de produção foi definido em R$ 1,015 bilhões. Já o crédito para recuperação de cafezais danificados ficou em R$ 30 milhões.
Fonte: Band
Chuvas favorecem o cultivo do trigo no Rio Grande do Sul
As chuvas ocorridas nos últimos períodos foram consideradas altamente benéficas para o cultivo de trigo no Rio Grande do Sul, cujo plantio em 1.312.488 hectares está finalizado. Em geral, a umidade no solo se normalizou, pois o período é de menor evapotranspiração.
De acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado dia 08/08 pela Emater/RS, o aumento da umidade permitiu o manejo adequado da adubação nitrogenada em cobertura, proporcionando a recuperação do porte das plantas e o aumento da área foliar e favorecendo a emissão de perfilhos.
A fase predominante das lavouras é o desenvolvimento vegetativo, com 98%, enquanto 2% estão em florescimento, e a produtividade prevista para esta safra é de 3.100 kg de trigo por hectare.
As condições ambientais – dias de sol após período de chuvas – também permitiram a conclusão do plantio dentro do prazo indicado pelo Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), que se estendeu até 31/07.
A sanidade das lavouras permanece satisfatória. A maior parte está livre de doenças foliares, com exceção de algumas áreas mais úmidas, semeadas no início do período, ou onde o aumento da área foliar e a presença recente de umidade favoreceram a infestação.
Fonte: Revista Cultivar
Cai em quase 2% entregas de fertilizantes ao mercado
A Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda) aponta que as entregas de fertilizantes ao mercado, no acumulado de janeiro a maio de 2024, tiveram queda de 1,8%. Assim, estiveram apontadas em 14,24 milhões de toneladas ante as 14,50 milhões de toneladas registradas em igual período de 2023.
No mês de maio deste ano, por exemplo, somaram 3,26 milhões de toneladas, o que representa redução de 10,1% em relação ao mesmo mês do período anterior, quando o volume foi de 3,63 milhões de toneladas.
Mato Grosso, Estado que tem a maior área produtiva do Brasil, foi o que recebeu o maior volume de adubo nos primeiros cinco meses do ano: as entregas chegaram a 3,2 milhões de toneladas, equivalente a 22,5% do total. Paraná e São Paulo ficaram logo atrás, com o volume de 1,81 milhões e 1,71 milhões de toneladas de fertilizantes recebidos.
Já o Rio Grande do Sul, que sofreu com as enchentes em maio, recebeu 994 mil toneladas de fertilizantes. A produção nacional de fertilizantes intermediários encerrou maio de 2024 com 494 mil toneladas. O volume representa um crescimento de 4,2% ante o mesmo mês de 2023.
Fonte: Globalfert
Canola está implantada e segue em desenvolvimento no RS
A cultura da canola está implantada no Rio Grande do Sul. Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Santa Rosa, a área de canola deve ser de 51.314 hectares na região, o que representa aumento de 56% em relação à safra passada. São Luiz Gonzaga e Giruá deverão ser os municípios com a maior área de canola semeada na região, chegando próximo a dez mil hectares cada.
De acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado na quinta-feira (11/07) pela Emater/RS-Ascar, neste ano, o plantio atrasou em comparação à safra passada, quando foi finalizado na primeira quinzena de junho.
Mesmo assim, espera-se inicialmente uma produtividade de 1.738 kg/ha, bem superior à produtividade média obtida na safra passada, que sofreu perdas provocadas pelas condições climáticas adversas.
Atualmente, no RS, 81% da área cultivada com canola está em fase de desenvolvimento vegetativo, 16% em florescimento e 3% em enchimento de grãos, que correspondem às lavouras semeadas no cedo. No geral, o aspecto das lavouras é bom, com adequada sanidade.
O clima frio e seco, durante a maior parte do período, é benéfico para o desenvolvimento da cultura. Entretanto, havia preocupação com as geadas, ocorridas no período anterior, em relação às lavouras em floração e em início de enchimento dos grãos.
Fonte: Notícias Agrícolas