Farm News 29/07 a 04/08

Farm News 29/07 a 04/08

5 de agosto de 2024 0 Por admin


Novo inseticida é eficaz contra cigarrinha-do-milho

Glauber Renato Stürmer, da CCGL, liderou estudos sobre o inseticida Fiera, da Sipcam Nichino, para controlar a cigarrinha-do-milho (Daubulus maidis), uma praga que causa ‘enfezamento’ no milho.

Os testes, realizados em lavouras do Rio Grande do Sul durante a safra 2023-24, mostraram que o Fiera reduziu significativamente a população da praga. A produtividade média das lavouras tratadas variou entre 6.318 e 7.445 kg/ha.

“A pesquisa entregou rendimentos entre 100 sacas e 124 sacas por hectare, altamente significativos, em face da proporção de riscos às lavouras decorrente da gravidade do ataque da cigarrinha, transmissora do enfezamento e de viroses”, afirma José de Freitas, da área de desenvolvimento de mercado da companhia;

José de Freitas ressalta que o Fiera controla a fase ‘ninfa’ da cigarrinha-do-milho, que é mais prejudicial devido ao enfezamento. O inseticida também reduz a fertilidade das fêmeas, resultando em menos ovos, muitos dos quais são inférteis.

Anteriormente, os tratamentos focavam apenas nos adultos. O Fiera, com buprofezina 250 (SC), foi validado em instituições brasileiras e age em todos os estágios da cigarrinha, sendo seletivo para inimigos naturais e suprimindo futuras populações.

Fonte: Agrolink

ApexBrasil promove negócios sustentáveis no agro

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) vem priorizando a promoção de práticas de sustentabilidade e exportação de produtos agrícolas brasileiros. A implementação de tecnologias como plantio direto, integração lavoura-pecuária-floresta e o uso de bioinsumos são incentivados pela agência em seus projetos.

O objetivo é contribuir para que o Brasil mantenha sua posição de liderança no setor agrícola global, ao mesmo tempo em que protege seus recursos naturais e contribui para a redução das emissões de Gases de Efeito Estufa (GGE). Diversos setores apoiados por projetos da agência reportam casos de sucesso.

É o caso das soluções de biocombustíveis, como o etanol produzido a partir da cana-de-açúcar e do milho. O Projeto Brazil Sugarcane Bioenergy Solution – uma parceria entre o Arranjo Produtivo Local do Álcool (Apla) e a ApexBrasil – garante apoio para produtores promoverem no exterior produtos, equipamentos, máquinas, serviços e todas as soluções do Brasil para a produção de bioprodutos derivados da cana-de-açúcar.

O projeto cobre a cadeia agroindustrial da cana-de-açúcar desde o desenvolvimento de tecnologias industriais e agrícolas, fabricação de máquinas e equipamentos, ampliação de variedades de cana e prestação de serviços diversos, até a participação efetiva no desenvolvimento e estruturação de mercados. 

Fonte: Congresso em Foco

Lavouras de trigo podem ser afetadas pelo calor no inverno

As lavouras de trigo plantadas na região sul do país podem sofrer prejuízos devido a temperaturas acima da média registradas nos três estados. É o que aponta a análise da EarthDaily Agro, empresa de monitoramento agrícola com uso de satélites. A região sul é responsável pela produção de 87% do cereal no Brasil.

Embora a seca tenha persistido na maior parte do Brasil, especialmente no centro do país, a região Sul recebeu algumas chuvas. Em Santa Catarina, a precipitação acumulada superou os 30 milímetros nos últimos 10 dias. Mas, em comparação com a média histórica, a chuva ficou abaixo da normalidade em quase todos os estados da região.

Felippe Reis, analista de culturas da EarthDaily Agro, aponta que, no extremo sul do país, a temperatura mínima média ficou próxima de 0°C, chegando a 1,8°C grau. As previsões indicam temperaturas baixas, com mínimas abaixo dos 5°C graus, nos próximos dias.

“Com base na análise dos modelos europeu e americano sabemos que as chuvas serão abaixo da média na maior parte do país.  Teremos chuva acima da média apenas no Rio Grande do Sul”, comenta Felippe. Na zona do trigo, a umidade do solo deve diminuir significativamente no norte do Paraná e em São Paulo até o dia 10 de agosto. 

Fonte: Band

Preços aumentam no campo em julho e influenciam taxa de inflação

Os preços dos produtos agropecuários, embora estejam longe do pico de há dois anos, terminam julho com alta, em relação a junho, não dando muita folga para a inflação. Quando comparados a julho de 2023, um período de baixa no campo, os preços pagos aos produtores se apresentam bem melhores.

O arroz teve forte aceleração após as enchentes no Rio Grande do Sul, mas perdeu ritmo em julho, em relação a junho. Os produtores reduzem as vendas, à espera de preços mais atraentes nos próximos meses, período que antecede a entressafra no país.

Os dados do mês passado do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), quando comparados aos de julho de 2023, apontam alta de 37%. O trigo perdeu ritmo de alta devido a notícias de safras melhores na Rússia e na Argentina. Mesmo assim, a saca chegou a R$ 1.461 de média no mês passado, 12% a mais do que em igual período de 2023.

O milho esboçou alta nos primeiros meses deste ano, mas voltou a cair e acumula média de R$ 57 em julho, o menor valor em 12 meses. Além da entrada do produto da safrinha no mercado nacional, o Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) aponta cenário melhor para a safra dos americanos.

Fonte: Folha de S.Paulo

Sancionada lei que estende isenção tributária para farelo e óleo de milho

Foi sancionada dia 1º/08 a lei 14.943/2024, que estende a isenção da cobrança do Programa de Integração Social/Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) aplicadas sobre o farelo e o óleo de milho. A lei havia sido aprovada pelo Senado em julho.

A isenção tributária já é concedida à cadeia da soja, ou seja, os tributos citados não incidem sobre toda a venda de soja. A normativa sancionada por Lula altera a Lei nº 12.865, de 9 de outubro de 2013, e estende ao farelo e ao óleo de milho o mesmo tratamento tributário concedido à soja.

A lei sancionada suspendeu a incidência do PIS/Pasep e da Cofins sobre as receitas decorrentes da venda de soja classificada, de farelo de soja, de farelo de milho, de resíduos desperdiçados da indústria da cerveja e das destilarias e de resíduos sólidos da extração do óleo de soja.

De acordo com a lei, as empresas sujeitas ao regime de apuração não cumulativa do PIS/Pasep e da Cofins poderão descontar das contribuições um crédito presumido calculado sobre a receita decorrente da venda no mercado interno ou da exportação dos produtos citados acima. 

Fonte: Canal Rural

Governo anuncia MP para auxiliar produtores rurais do RS, mas sem perdão de dívidas

O governo federal anunciou na noite de quarta-feira, 31, uma Medida Provisória (MP 1.247) para apoiar os agricultores do Rio Grande do Sul afetados pelas enchentes de abril e maio — a medida oferece descontos para a liquidação ou renegociação de parcelas de crédito rural de custeio, investimento e industrialização, com vencimentos a partir de 15 de agosto.

A MP beneficia apenas os agricultores que enfrentaram perdas de pelo menos 30% e se aplica aos produtores que contrataram crédito rural com recursos controlados, com parcelas vencendo entre 1º de maio e 31 de dezembro de 2024 — o setor produtivo esperava um perdão de dívidas, já que foi sinalizado pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

Para se qualificarem, os créditos devem ter sido contratados até 15 de abril deste ano e os recursos liberados antes de 1º de maio. Além disso, a medida abrange apenas os produtores dos municípios que foram oficialmente reconhecidos em estado de calamidade pública ou situação de emergência até a data de 31 de julho.

Para operações de crédito voltadas à industrialização, o desconto será aplicável exclusivamente ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e requer comprovação das perdas sofridas.

Fonte: Exame

Chuvas favorecem lavouras de milho no Sealba e impactam a semeadura trigo em algumas áreas do Sul

As chuvas registradas em parte da região Nordeste favoreceram o desenvolvimento dos cultivos de terceira safra no Sealba, sigla que envolve os estados de Sergipe, Alagoas e Bahia.

Por outro lado, as precipitações dificultaram a implantação e o estabelecimento do trigo em algumas áreas da região Sul. É o que mostra o Boletim de Monitoramento Agrícola (BMA) referente às condições observadas de 1 a 21 de julho, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

A publicação mostra também que o frio tem beneficiado o desenvolvimento dos cultivos de inverno. No Centro-Oeste, Matopiba e parte da região Sudeste, o clima seco e quente foi predominante e contribuiu com a maturação e a colheita do algodão e do milho segunda safra, mas restringiu parcialmente o cultivo de áreas com trigo.

A análise espectral mostra condições variadas referentes à resposta do Índice de Vegetação (IV). Isso deve-se, principalmente, às restrições climáticas no desenvolvimento dos cultivos de segunda safra e de inverno e ao atraso na semeadura dos cultivos de inverno. Embora se observa o atraso na semeadura do trigo na região Sul, de maneira geral, a condição de desenvolvimento das lavouras é favorável.

Fonte: Conab