Farm News 15/07 a 21/07
Mapa declara emergência zoossanitária no RS em função da doença de Newcastle
O Mapa publicou na nesta sexta-feira (19) Portaria que declara estado de emergência zoossanitária no Estado do Rio Grande do Sul. A medida vale por um prazo de 90 dias, em função da detecção da infecção pelo vírus patogênico da doença de Newcastle em aves comerciais.
A declaração de emergência prevê uma vigilância epidemiológica de forma mais ágil com a aplicação dos procedimentos de erradicação do foco estabelecidos no Plano de Contingência de Influenza Aviária e doença de Newcastle.
Entre as ações previstas no Plano de Contingência estão ações de sacrifício ou abate de todas as aves onde o foco foi confirmado, limpeza e desinfecção do local, adoção de medidas de biosseguridade, demarcação de zonas de proteção e vigilância em todas propriedades existentes no raio de 10km, definição de barreiras sanitárias, entre outras.
A população não deve se preocupar e pode continuar consumindo carne de frango e ovos, inclusive da própria região afetada. O Mapa reforça que o consumo de produtos avícolas inspecionados pelo Serviço Veterinário Oficial (SVO) permanecem seguros e sem contraindicações.
Com objetivo de reforçar as ações de enfrentamento à situações de emergência fitossanitária ou zoossanitária, o Ministério da Agricultura e Pecuária elaborou um Projeto de Lei (PL), já aprovado pela Casa Civil e que se encontra neste momento em análise pelo Congresso Nacional.
Fonte: Mapa
Receitas externas com soja caem 26%
O carro-chefe da balança comercial do agronegócio perde fôlego neste ano. Após seguidos anos de receitas externas recordes, as exportações do complexo soja (grão, farelo e óleo) voltam a ficar abaixo dos US$ 50 bilhões, mesmo cenário de 2021.
As estimativas da Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais) desta terça-feira (17) apontam para US$ 49,6 bilhões, uma queda de US$ 18 bilhões em relação a 2023.
Além de um potencial menor de exportação neste ano, devido à redução de safra, a soja comercializada perde preço no mercado internacional.
Em junho de 2022, a tonelada da oleaginosa era comercializada a US$ 640 no porto de Paranaguá. O valor recuou para US$ 481 no mesmo mês do ano passado e para US$ 443 neste ano.
Essa queda afeta também o bolso do produtor. A saca de soja era negociada a R$ 193 (sem ICMS) em Maringá (PR) no último mês do primeiro semestre de 2022. Caiu para R$ 128 no ano seguinte e esteve R$ 132 neste.
As exportações de soja em grãos não têm grandes alterações. No ano passado, o país colocou o recorde de 102 milhões de toneladas no mercado externo. Neste, serão 98 milhões, uma queda de 4% no volume. As receitas, no entanto, terão recuo de 26%.
Fonte: Folha de S.Paulo
Área plantada do milho 2ª safra em MS deve totalizar 2,218 milhões de hectares
A área destinada ao milho segunda safra em Mato Grosso do Sul (MS) foi recalculada pelo projeto Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (Siga-MS) no Boletim 568 da segunda semana de julho. A partir dos novos dados, a expectativa é que a safra seja 5,8% menor em relação ao ciclo anterior (2022-23), totalizando 2,218 milhões de hectares.
A produtividade estimada de 86,3 sc/ha remete a uma expectativa de produção de 11,485 milhões de toneladas. As condições climáticas adversas e a redução da área plantada puxaram a previsão da colheita, que era estimada em 12,3 milhões de toneladas no início do ciclo.
Conforme relatório dos técnicos do projeto, todas as regiões do Estado estão em pleno desenvolvimento fenológico reprodutivo, que é a fase de crescimento e maturação da planta. Na região Norte, o estágio fenológico das lavouras apresenta boas condições no momento. No entanto, existe o risco de sofrer com a estiagem durante o ciclo.
Situação idêntica das lavouras da região Nordeste, com 86% em boas condições, 9% regular e apenas 5% ruim. As regiões Oeste (58% bom, 30% ruim e 12% regular) e Centro (43% bom, 30% ruim e 27% regular) apresentam quadro mediano das lavouras.
Fonte: Revista Cultivar
Chuva atrasa semeadura do trigo no RS
As últimas chuvas registradas em algumas áreas produtoras do Rio Grande do Sul acabaram provocando um atraso na semeadura do trigo. A alta umidade do solo tem retardado a emergência e o desenvolvimento das lavouras. A situação reflete a diversidade climática do Estado e suas consequências para a cultura de trigo. O plantio avançou pouco no período e chegou a 85% da área, de acordo com dados da Emater/Ascar-RS.
Em Bagé, o plantio já está na fase de conclusão na Fronteira Oeste, mas há apreensão por parte dos produtores em razão dos custos elevados de produção e dos preços pouco atrativos do grão.
Em Caxias do Sul, as chuvas frequentes e a alta umidade do solo impediram a semeadura, que atingiu apenas 20% da área prevista. Muitos produtores pretendem desistir de semear as lavouras em decorrência do atraso, que comprometeria a colheita e a semeadura subsequente. As lavouras emergidas apresentam coloração pálida, causada pela falta de insolação.
Em Erechim, 95% da área estimada foram plantadas. As plantas emergidas estão em fase de desenvolvimento vegetativo, mas apresenta crescimento lento como consequência da baixa luminosidade e do excesso de umidade. Alguns produtores conseguiram realizar tratos culturais em uma breve janela de tempo, mantendo a expectativa de rendimento inicial de 3.600 kg/ha.
Fonte: Agroclima
Em junho, 62% dos navios para exportação de café registram atrasos
De acordo com o Boletim Detention Zero (DTZ), elaborado pela ElloX Digital em parceria com o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), 254 navios previstos para os embarques de café sofreram atrasos ou alterações de escala nos principais portos brasileiros responsáveis pelo escoamento do produto em junho.
O número representou 62% dos 413 porta-contêineres movimentados no mês passado. O maior prazo apurado, de 42 dias entre a abertura do primeiro e a do último deadline, foi registrado no Porto de Santos (SP).
Um levantamento inédito realizado pelo Cecafé junto a 30 exportadores associados, que representam 77% dos embarques totais, aponta que o Brasil deixou de exportar, somente em junho, 1,232 milhão de sacas de café (3.734 contêineres) devido a atrasos de navios, alterações de deadlines, rolagens de cargas e falta de espaços nos terminais portuários.
Esses embarques não consolidados de café no mês passado impediram a entrada de US$ 294,671 milhões (R$ 1,588 bilhão, considerando o dólar médio de R$ 5,39) nas transações comerciais do país e causaram prejuízo de R$ 4,7 milhões a essas 30 empresas, em função dos custos extras elevados e imprevistos com armazenagens adicionais, pré-stackings, detentions e gates antecipados.
Fonte: Cecafé
Paraná é principal porta de entrada para do arroz importado pelo Brasil
O Brasil importou 586 mil toneladas de arroz no primeiro semestre deste ano. Um volume 11% superior ao mesmo período do ano passado. Com o Paraguai sendo o maior fornecedor – 359 mil toneladas –, o Paraná se constituiu na principal porta de entrada do produto.
Os dados dessa importação são detalhados no Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 12 a 18 de julho. Preparado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), o documento destaca o aumento de 47% em termos financeiros, puxado pela alta dos preços no mercado internacional, totalizando US$ 356 milhões desembolsados pelo Brasil.
Do produto vindo do Paraguai, 28% entraram por Foz do Iguaçu e 23% por Guaíra, no Oeste do Estado. Apesar disso, menos de 10% do volume é destinado efetivamente a municípios paranaenses.
“Mesmo que esse ritmo se mantenha no segundo semestre, as importações somadas à produção paranaense são insuficientes para o consumo local, que ainda é suprido por outros estados produtores”, salienta o agrônomo Carlos Hugo Godinho, analista da cultura no Deral. O maior volume do arroz importado do Mercosul tem como destino São Paulo e Minas Gerais, parte para consumo e parte para redistribuição a outros estados.
Fonte: Band
Com escalas apertadas, preços da arroba do boi seguem firmes
Os preços do boi gordo permanecem firmes no mercado físico brasileiro. As altas mais expressivas ocorrem nos estados da Região Norte, onde as escalas de abate começaram a diminuir, com bom potencial de continuidade desse movimento no curto prazo.
“É importante ressaltar que as altas serão moderadas, pois o mercado do boi gordo não apresenta condições para altas explosivas. Em relação ao Centro-Sul do Brasil, o movimento é mais comedido, com menor espaço para aumento dos preços neste momento, especialmente em São Paulo, estado que encontra dificuldades em romper efetivamente a barreira dos R$ 230 por arroba”, analisa Fernando Henrique Iglesias, da Consultoria Safras & Mercado.
Em São Paulo, a referência média para a arroba do boi ficou em R$ 229,37. Em Goiás, a indicação média foi de R$ 220,18. Já em Minas Gerais, a arroba teve preço médio de R$ 219,41. No Mato Grosso do Sul, a arroba foi indicada em R$ 219,66. Em Mato Grosso, a arroba ficou indicada em R$ 208,99.
O mercado atacadista ainda se depara com preços firmes para a carne bovina. O ambiente de negócios sugere menor espaço para recuperação dos preços durante a segunda quinzena do mês, período de menor apelo ao consumo.
Fonte: Canal Rural