Farm News 08/07 a 14/07
Safra brasileira de grãos 2023-24 tem queda estimada em 6,4% pela Conab
O volume da produção brasileira de grãos deverá atingir 299,27 milhões de toneladas na safra 2023/2024. O montante representa um decréscimo de 6,4% ou 20,54 milhões de toneladas a menos em relação ao ciclo anterior, porém ainda posiciona esta safra como a segunda maior já colhida no país. Os dados constam no 10º levantamento de grãos, divulgado nesta quinta-feira (11), pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
De acordo com a estimativa, a pesquisa de campo, realizada no final de junho, indica uma variação positiva de 0,6% ou 1,72 milhão de toneladas em relação à pesquisa do mês anterior. O motivo foi o avanço da colheita das principais culturas, indicando recuperação na produção, sobretudo no milho segunda safra, gergelim e arroz. Por outro lado, houve redução no milho primeira safra, feijão, trigo, algodão e soja.
A quebra observada em relação ao ciclo passado, de acordo com o levantamento, deve-se sobretudo à intensidade do fenômeno El Niño, que nesta safra teve influência negativa no comportamento climático desde o início do plantio, chegando inclusive às fases de reprodução das lavouras de primeira safra plantadas até o final de outubro, nas principais regiões produtoras do país.
Fonte: Revista Cultivar
USDA mantém estimativa de safra brasileira de soja e aumenta a norte-americana
O relatório de julho do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) projetou safra mundial de soja em 2024/25 de 421,85 milhões de toneladas. Em junho, o número era de 422,26 milhões. Para 2023/24, a previsão é de 395,41 milhões de toneladas.
Os estoques finais para 2024/25 estão estimados em 127,76 milhões de toneladas, acima da previsão do mercado de 127,1 milhões de toneladas. No mês passado, a previsão era de 127,9 milhões de toneladas. Já os estoques da temporada 2023/24 estão estimados em 111,25 milhões de toneladas. O mercado esperava número de 110,9 milhões de toneladas.
Para a produção brasileira, o USDA manteve as estimativas em 153 milhões de toneladas para 2023/24 e em 169 milhões para 2024/25. O mercado esperava safra de 152,1 milhões de toneladas para a atual temporada.
A safra norte-americana de soja de 2024/25 deverá ficar em 120,7 milhões de toneladas. O número superou a expectativa do mercado, que esperava 120,2 milhões de toneladas. Para a Argentina, a previsão para 2023/24 foi cortada de 50 milhões de toneladas para 49,5 milhões, contra expectativa de 50 milhões do mercado.
Fonte: Canal Rural
Agricultores dos EUA relutam em vender soja
A recente análise do mercado de grãos revela uma situação preocupante para os agricultores de soja nos Estados Unidos. De acordo com especialistas, uma onda de sobrevenda, influenciada por relatórios recentes de acreagem e plantio, tem pressionado os preços para baixo, gerando incerteza no setor.
Segundo Ignacio Espinola, analista de Grãos da Hedgepoint, a baixa nos preços da CBOT reflete essa tendência de sobrevenda. “No ano passado, nessa época, observávamos uma média de 14,4 cts/bu, enquanto hoje temos uma média de 11,7 cts/bu”, destaca Espinola. Esse declínio é atribuído à combinação de uma maior área plantada de soja e a relutância dos agricultores em vender a safra devido aos preços baixos.
Este ano, os agricultores americanos plantaram 3% a mais de soja, elevando as expectativas de uma colheita maior. Contudo, o relatório de área plantada divulgado recentemente indicou uma ligeira redução, de 86,5 milhões para 86,1 milhões de hectares. Com o período crítico de crescimento da safra em agosto, ainda há incertezas quanto à produção final.
Os agricultores têm mantido sua produção estocada, esperando por melhores preços. “Essa é uma tática comum para qualquer agricultor”, explica Espinola, ressaltando que 48% da produção de soja dos EUA ainda está nas fazendas.
Fonte: Agrolink
Preços do café batem recorde
Os contratos futuros do café robusta na ICE subiram para uma máxima recorde na semana passada, com a queda nas exportações do Vietnã e a diminuição das perspectivas para a safra brasileira apoiando os preços, enquanto o café arábica atingiu o pico de dois anos e meio.
O contrato setembro do café robusta fechou em alta de 99 dólares, ou 2,2%, a 4.576 dólares por tonelada, após estabelecer um recorde de 4.681 dólares. Os revendedores disseram que uma queda nos embarques do Vietnã ajudou a apertar o mercado global, embora também houvesse preocupações sobre as perspectivas para a próxima colheita no maior produtor mundial de robusta devido às condições de seca este ano.
A atividade está muito morna agora e permanecerá lenta pelo menos até o início de novembro”, disse um trader do cinturão cafeeiro do Vietnã. O Vietnã deverá começar a colher a sua próxima colheita de café por volta de novembro.
Sinais crescentes de que a safra de café do Brasil será menor do que o esperado também apoiaram os preços. O setembro do café arábica subiu 0,5%, a 2,4485 dólares por libra, depois de atingir uma máxima de dois anos e meio de 2,5530 dólares.
Fonte: Investing
Produtores de café já venderam 33% da safra 2024/25
Os produtores brasileiros de café já venderam 33% da produção da safra 2024/25, informa levantamento da consultoria Safras & Mercado. O fluxo de negócios está acima de igual período do ano passado, quando 32% da produção havia sido comercializada, mas ainda está abaixo da média dos últimos cinco anos, que é de 39%.
Segundo a Safras, a colheita de café no Brasil mantém o ritmo acelerado, aproveitando o clima seco predominante na maior parte das regiões produtoras. Até o dia 9 de julho, 66% da temporada 2024/25 já havia sido colhida, um avanço de oito pontos percentuais em relação à semana anterior.
Os trabalhos seguem bem acima de igual período do ano passado, quando a colheita abrangia 59% da safra, e também superior à média dos últimos cinco anos para o mesmo período, de 62%.
“Além dos preços mais altos, outro fator que contribui para o aumento do fluxo de vendas é a percepção de que a safra será menor que a esperada preliminarmente, especialmente o conilon”, avalia Gil Barabach, consultor da Safras. As vendas de café conilon alcançaram 32% da produção neste início de julho. Mesmo com esse salto, o fluxo de venda continua abaixo de igual período do ano passado (35%) e da média dos últimos cinco anos (38%).
Fonte: Globo Rural
Baixos preços pressionam PIB do agro no 1º trimestre de 2024
Mantendo o movimento observado no ano passado, o PIB do agronegócio brasileiro, calculado pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), recuou 2,2% no primeiro trimestre de 2024.
Com isso, e considerando-se também o desempenho da economia brasileira como um todo até o momento, o PIB do agronegócio pode responder por cerca de 21,5% do PIB do País neste ano, abaixo dos 24% registrados em 2023.
Segundo pesquisadores do Cepea/CNA, esse resultado do agronegócio foi influenciado sobretudo pelos menores preços, mas também pela queda na produção de importantes produtos do setor, especialmente na agricultura dentro da porteira.
O ramo pecuário, contudo, amenizou o resultado negativo, tendo em vista os desempenhos positivos dos segmentos agroindustrial e agrosserviços. Assim, pela perspectiva dos ramos do agronegócio, enquanto o agrícola caiu 3,83%, o pecuário avançou 1,68%.
O PIB dos insumos recuou 4,9% no primeiro trimestre do ano, com quedas nos ramos agrícola e pecuário. Pesquisadores do Cepea/CNA indicam que o desempenho desse segmento foi impactado negativamente pelas desvalorizações dos fertilizantes, defensivos, máquinas agrícolas e rações. Para as indústrias de máquinas agrícolas e defensivos, também se observou retração da produção esperada.
Fonte: Terraviva
Arroz: exportações brasileiras caem 31,7% no primeiro semestre de 2024
As exportações brasileiras de arroz (base casca) ultrapassaram meio milhão de toneladas no primeiro semestre de 2024, queda de 31,7% em relação ao mesmo período de 2023. As vendas externas totalizaram 556,4 mil no período, com uma receita de US$ 219,9 milhões, recuo de 22,1% ante o primeiro semestre do ano anterior, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira, 12, pela Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz).
De acordo com a gerente de exportação da Abiarroz, Beatriz Sartori, as enchentes no Rio Grande do Sul, estado responsável por 70% da produção nacional do cereal, afetaram severamente a infraestrutura e a logística. “Estradas foram destruídas, regiões ficaram isoladas por longos períodos e houve alterações no calado do Porto de Rio Grande. Esses fatores têm impactado fortemente os resultados das exportações brasileiras, pois dificultam e encarecem a logística.”
Além disso, a gerente pontua que as conjunturas globais tem afetado o setor. “Além da menor disponibilidade de rotas provocada pela alteração do calado no Porto de Rio Grande, há uma alta nos fretes marítimos em todo o mundo, pressionada pelos ataques aos navios no Mar Vermelho devido à guerra entre Israel e Hamas.”
Em termos de importações, o Brasil adquiriu 813,8 mil toneladas de arroz no primeiro semestre deste ano, com um desembolso de US$ 356,3 milhões, um aumento de 11% em volume.
Fonte: Exame