Farm News 24/06 a 30/06
Plano Safra 24/25: ministro confirma valor de R$ R$ 475,5 bilhões
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, confirmou nesta sexta-feira, 28, que o Plano Safra 2024/25 será de R$ R$ 475,5 bilhões. “Se o Fávaro disse, então eu confirmo”, disse Teixeira aos jornalistas no Global Agribusiness Forum 2024. A informação havia sido dada na quinta-feira, 27, pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, ao Valor Econômico, mas a pasta não havia confirmado o montante.
O setor de agricultura empresarial receberá R$ 400,58 bilhões em crédito, com R$ 293,88 bilhões destinados ao custeio e comercialização e R$ 106,7 bilhões para investimentos. Já a agricultura familiar contará com R$ 74,98 bilhões em crédito para apoiar suas atividades.
Segundo divulgado, o custo com equalização de juros do Plano Safra terá um aumento de 23%, totalizando R$ 16,7 bilhões. Para a agricultura empresarial, o Tesouro Nacional destinará R$ 6,3 bilhões para equalização de juros, em comparação aos R$ 5,1 bilhões da safra atual. Já para a agricultura familiar, o investimento será de R$ 10,4 bilhões, ante R$ 8,5 bilhões liberados no ano passado.
O principal objetivo do Plano Safra é garantir o financiamento necessário para que os produtores possam investir em tecnologias, insumos, e infraestrutura, aumentando a produtividade e a competitividade da agricultura brasileira.
Fonte: Exame
Brasil deve importar volume recorde de soja em 2024
O Brasil é o maior produtor e exportador de soja do mundo. No entanto, a demanda interna tem crescido nos últimos anos. E os dados mostram bem isso. Entre janeiro e maio deste ano, o país comprou 523 mil toneladas da oleaginosa, de acordo com relatório da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). No mesmo período de 2023, foram apenas 84 mil toneladas, ou seja, o atual volume é 522,6% maior.
O atual recorde de compras do grão pelo Brasil se deu em 2021 – em uma série histórica de dez anos – quando foram adquiridas 863 mil toneladas. “Seguindo essa tendência, com a possibilidade de carregar mais soja no segundo semestre, é seguro afirmar que importaremos mais de um milhão de toneladas de soja neste ano de 2024”, considera o diretor do Canal Rural Sul, Giovani Ferreira.
Dentre os fatores, esse fenômeno pode ser explicado pela safra de soja brasileira menor, já que o país produziu cerca de 155 milhões de toneladas em 22/23 e, agora, deve atingir por volta de 146 milhões de toneladas, conforme projeção mais recente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Também influencia o aumento da adição da mistura de biodiesel ao diesel comum, que, atualmente, já consome mais de 20 milhões de toneladas do grão.
Fonte: Canal Rural
Vendas de soja da Argentina caem 45% em junho por diferença cambial
As vendas de soja da Argentina caíram 45% em junho em relação ao mês anterior, para cerca de 3,8 milhões de toneladas, com o aumento da diferença entre o preço oficial e informal do peso nos mercados de câmbio do país, disse o chefe da câmara CIARA-CEC, de exportadores e processadores de grãos.
A Argentina é um dos dois maiores exportadores mundiais de óleo e farelo de soja, mas o ritmo de vendas da soja 2023/24 — cuja colheita terminou na semana passada — foi atrasado por vários fatores, incluindo chuvas excessivas em abril.
“As vendas dos agricultores em junho caíram significativamente em relação a maio. Estaremos com cerca de 3,8 milhões (de toneladas) em junho, uma queda de quase 45% em relação a maio”, disse Gustavo Idígoras, presidente do CIARA-CEC, à Reuters na noite de quinta-feira.
“Quando as diferenças entre o dólar oficial e os dólares financeiros e o dólar paralelo (informal) começam a crescer, isso diminui e quase paralisa o mercado de comércio de grãos na Argentina. Isso é natural”, explicou Idígoras. Atualmente, há uma diferença de 45% entre o valor do peso oficial, 912 pesos por dólar, e o informal, cerca de 1.320 pesos por dólar. A mesma diferença estava entre 15% e 20% em maio, de acordo com dados da Reuters.
Fonte: Investing
Produtores rurais estão isentos de contribuição para o salário-educação
Os produtores rurais pessoas físicas, sem CNPJ, historicamente foram obrigados a recolher a contribuição para o salário-educação, com alíquota de 2,5% sobre a folha de pagamento, conforme o sistema E-Social e as Instruções Normativas 971/2009 e 2110/2022.
Guilherme Di Ferreira, advogado especializado em Direito Tributário, destaca que, até abril deste ano, a única maneira de um produtor rural evitar o pagamento desse tributo era por meio de ação judicial, obtendo uma liminar ou decisão favorável.
“Tais decisões têm sido consistentemente concedidas pelos tribunais em todo o Brasil, refletindo uma jurisprudência que reconheceu a inexistência de obrigação legal para essa cobrança”, explica o advogado.
Em 5 de abril, a Receita Federal do Brasil emitiu a Instrução Normativa nº 2185, eliminando a obrigação de pagamento do tributo para o salário-educação. Agora, não é mais necessário ingressar com ação judicial para evitar o pagamento. No entanto, Guilherme Di Ferreira alerta que a IN não regulamentou a devolução dos valores pagos indevidamente nos últimos cinco anos. Portanto, os produtores rurais interessados na restituição desses valores devem estar atentos ao prazo prescricional de cinco anos.
Guilherme Di Ferreira destaca a importância de os profissionais que assistem produtores rurais estarem atualizados com as recentes mudanças legislativas e jurisprudenciais para orientar adequadamente seus clientes.
Fonte: Agrolink
USDA apresenta estoques trimestrais acima do esperado pelo mercado e pressiona preços do milho
O USDA, Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, divulgou seu reporte sobre os estoques trimestrais de grãos americanos, sendo que as expectativas do mercado eram de números maiores para soja, milho e trigo no comparativo com março, em relatório de expectativas feito pelo instituto.
O estoque para a soja é de 26,4 milhões de toneladas, sendo que o mercado esperava de 23,43 a 27,62 milhões de toneladas. Há um ano, os estoques americanos eram de 21,66 milhões.
Para o milho, foram contabilizadas 125 milhões de toneladas, sendo que as expectativas do mercado eram de 118,75 a 127,34 milhões de toneladas. A estimativa média também é maior do que o número de junho do ano passado, de 104,22 milhões.
Por fim, os estoques trimestrais de trigo ficaram em 19,11 milhões de toneladas, sendo que eram esperados entre 17,53 e 19,19 milhões de toneladas. Há um ano, o número era de 15,51 milhões de toneladas.
“A opinião do mercado é de estoques grandes, bem maiores que no ano passado nas mãos do produtor norte-americano. É preciso entender também que o produtor que está segurando o inventário é um produtor bem capitalizado”, comenta Aaron Edward, da Sistema Manancial Consultoria.
Fonte: Notícias Agrícolas
PIB do RS cresce 4,1% no primeiro trimestre de 2024 puxado pela agropecuária
Após as estiagens de 2022 e 2023 e o excesso de chuvas no ano passado, a agropecuária recuperou espaço na economia do Rio Grande do Sul no primeiro trimestre de 2024. O Produto Interno Bruto (PIB) do Estado nesse período – ou seja, antes das inundações que atingiram o território gaúcho – registrou alta de 4,1% na comparação com o quarto trimestre de 2023.
O resultado foi puxado principalmente pelo avanço no segmento do campo, que apresentou expansão de 59,1%. Na mesma base de comparação, a indústria (+0,5%) e os serviços (+1,2%) também avançaram. No Brasil, a alta no PIB no primeiro trimestre foi de 0,8%, com crescimento de 11,3% na agropecuária e de 1,4% nos serviços, enquanto a indústria registrou queda de 0,1%.
Os números foram divulgados nesta terça-feira (25/6) pelo Departamento de Economia e Estatística, vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (DEE/SPGG). Elaborado pelo pesquisador Martinho Lazzari, o documento foi apresentado com a presença do secretário adjunto da SPGG, Bruno Silveira, da subsecretária de Planejamento, Carolina Scarparo, e do diretor do DEE, Pedro Zuanazzi. Na indústria, as quatro atividades que compõem o segmento apresentaram alta.
Fonte: Governo do Rio Grande do Sul
Moagem de cana atinge 49 milhões de toneladas na primeira quinzena de junho
Na primeira quinzena de junho, as unidades produtoras da região Centro-Sul processaram 49 milhões de toneladas ante a 40,67 milhões da safra 2023/2024 – o que representa avanço de 20,48%. No acumulado da safra 2024/2025 até 16 de junho, a moagem atingiu 189,46 milhões de toneladas, ante 167,29 milhões de toneladas registradas no mesmo período no ciclo anterior – crescimento de 13,25%.
O diretor de Inteligência Setorial da Unica, Luciano Rodrigues, explica que “a variação quinzenal da moagem deve ser vista com cautela, pois a base de referência do ano passado foi prejudicada pela condição climática que impactou a moagem em junho de 2023”.
Nos primeiros quinze dias de junho, oito unidades deram início à moagem da safra 2024/2025. Ao término da quinzena, permanecem em operação 255 unidades no Centro-Sul, sendo 238 unidades com processamento de cana-de-açúcar, nove empresas que fabricam etanol a partir do milho e oito usinas flex. =
Em relação à qualidade da matéria-prima, o nível de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) registrado na primeira quinzena de junho atingiu 134,47 kg de ATR por tonelada de cana-de-açúcar, contra 135,25 kg por tonelada na safra 2023/2024 – variação negativa de 0,58%.
Fonte: Revista Cultivar