Farm News 03/06 a 09/06
PIB cresce impulsionado pela agropecuária: setor registra alta de 11,3%
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 0,8% no primeiro trimestre de 2024 em comparação com o último trimestre de 2023, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Um dos grandes destaques foi o setor agropecuário, que registrou aumento de 11,3% no período.
O crescimento robusto da agropecuária ajudou a impulsionar o desempenho econômico geral do país. O setor superou outros segmentos da economia. No mesmo período, os serviços cresceram 1,4%, enquanto a indústria permaneceu estável, com uma leve queda de 0,1%.
Apesar do crescimento trimestral expressivo, a comparação anual com o primeiro trimestre de 2023 revela desafios enfrentados pela agropecuária. O setor registrou uma queda de 3,0% em relação ao mesmo período do ano passado.
Este declínio foi atribuído à diminuição na produtividade e na estimativa de produção de importantes culturas agrícolas, incluindo soja (-2,4%), milho (-11,7%), fumo (-9,6%) e mandioca (-2,2%).
No primeiro trimestre de 2024, o PIB do Brasil totalizou R$ 2,7 trilhões, sendo R$ 2,4 trilhões referentes ao Valor Adicionado a preços básicos e R$ 361,1 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.
Fonte: Agrolink
Agricultura negocia cerca de R$ 500 bilhões para o Plano Safra
O Ministério da Agricultura está negociando com a Fazenda cerca de R$ 500 bilhões para o Plano Safra 2024/25. Apesar dos números ainda não estarem aprovados pelo governo federal, a expectativa é que a cifra seja maior do que no ano passado, quando R$ 364,22 bilhões foram ofertados.
Os recursos foram debatidos durante o tradicional encontro da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), que aconteceu dia 4/6, em Brasília. O assunto rendeu debates fervorosos entre os deputados da bancada do agro e representantes da União.
“Precisamos de um Plano Safra robusto, principalmente no que tange a equalização de juros. Hoje a conta levantada por nossas entidades é de R$ 21 bilhões para isso, que é efetivamente o dinheiro que o governo gasta […]. Além disso, precisamos de ao menos R$ 3 bilhões de seguro e de auxílio à comercialização. São temas importantes que estamos preocupados […]”, diz o presidente da FPA, Pedro Lupion.
Segundo ele, é preciso que o novo Plano seja proporcional à crise que o setor enfrentou no começo e no final do ano passado, ao problema no Rio Grande do Sul e aos desafios do dia a dia da produção agrícola.
Fonte: Canal Rural
Preço do arroz sobe 11,31% nos mercados entre abril e maio
Os preços dos pacote de arroz de 5kg subiram 11,31% na faixa mais barata do produto, passando de R$22,90 para R$25,49 entre 25 de abril e 28 de maio. A informação é da Associação Brasileira de Supermercado (Abras), que fez o monitoramento.
Na faixa intermediária, a variação foi de 5,01% saindo de R$ 32,75 para R$ 34,39. O menor aumento ficou com a faixa de maior preço, com média de 1,08%, para o produto da categoria de maior preço, que passaram de R$ 46,45 para R$ 46,95.
No que se refere aos preços, de acordo com o Abrasmercado – indicador que acompanha a variação de preços da cesta de 35 produtos de largo consumo – o arroz vinha registrando recuo nos meses de março e abril com a maior oferta do cereal no mercado interno devido ao período da colheita. Em março, o preço recuou – 0,90%, em abril a queda foi de -1,93%.
O presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, anunciou, nesta quarta-feira, que o arroz que será importado pela empresa, para evitar altas de preços e desabastecimento causados pelas cheias no Rio Grande do Sul, chegará às gôndolas dos supermercados até setembro deste ano.
Fonte: Exame
Café inicia mês com elevação de preço
Em plena safra brasileira e com aumentos previstos de produção no Brasil e no Vietnã, os preços do café voltaram a subir nesta terça-feira (4). O contrato de julho foi negociado a US$ 2,31 por libra-peso, com alta de 2,1%. No dia anterior, já tinha subido 1,8%.
Gil Barabach diz que o mercado está construindo um patamar mais elevado para o produto. Está em uma escalada de alta, e bastante volátil.
Há incerteza sobre a safra do Vietnã, e, no caso do Brasil, o país está à beira da entrada do inverno, o que aumenta o risco das lavouras na segunda quinzena de junho e em julho. Além disso, o café brasileiro está com tamanho menor e queda no volume beneficiado.
Barabach , avaliando o setor cafeeiro no programa “Em conversa com os Analistas”, da Safras & Mercado, diz que a seca de abril atrasou a florada no Vietnã, o que gerou um ambiente de muita dúvida sobre o tamanho da próxima safra no país.
O mercado trabalhava com uma colheita menor, de 24 milhões de sacas, mas o Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgou safra de 29 milhões semana passada e os preços caíram. Deste volume, apenas 1,15 milhão de sacas é de café arábica.
Fonte: Folha de S.Paulo
Anvisa publica resolução para simplificar pós-registro de produtos biológicos
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 876/2024, que modifica a norma anterior sobre alterações pós-registro e cancelamento de produtos biológicos, a RDC 413/2020. A nova resolução, já em vigor, tem como objetivo otimizar o processo de protocolo das petições necessárias à atualização do registro desses produtos, bem como a sua análise pela Anvisa.
Uma das principais mudanças introduzidas pela RDC 876/2024 é a possibilidade de dispensar protocolos adicionais para alterações consideradas intrínsecas. Isso significa que, quando uma alteração principal leva a outras alterações inevitáveis ou decorrentes, e um mesmo conjunto de dados está envolvido, não será mais necessário protocolar múltiplas petições além da alteração principal ou do conjunto de alterações principais relacionadas.
Quando a RDC 413/2020 foi publicada, ela trouxe diversas inovações nos procedimentos e fluxos necessários para a solicitação e avaliação de alterações pós-registro. Para esclarecer eventuais dúvidas, a Anvisa divulgou documentos orientativos.
Entretanto, ao longo dos quase quatro anos desde a sua publicação, ficou evidente a necessidade de ajustes para simplificar e racionalizar os protocolos exigidos pelas empresas. A complexidade das alterações no registro de produtos biológicos frequentemente envolve várias modificações simultâneas.
Fonte: Revista Cultivar
EUA investe US$ 83 milhões para aumentar a produção de fertilizantes no país
O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) anunciou quase 83 milhões de dólares em financiamento para projetos de fábricas de fertilizantes em 12 estados, incluindo investimentos importantes em Iowa, Minnesota e Dakota do Norte.
Esta medida, parte do Programa de Produção e Expansão de Fertilizantes (FPEP), foi concebida para melhorar o fornecimento interno de fertilizantes nos Estados Unidos e proporcionar alívio econômico aos agricultores que enfrentam custos elevados de fertilizantes.
Iniciado durante a administração de Biden, o FPEP é uma resposta ao forte aumento dos preços dos fertilizantes que começou em 2021, em grande parte atribuído ao conflito entre a Ucrânia e a Rússia e à falta de concorrência na indústria.
Até a data, o programa atribuiu 251 milhões de dólares a 57 projetos em 29 estados, financiados através da Commodity Credit Corporation com um compromisso de até 900 milhões de dólares. Em Iowa, a Return LLC utilizará uma doação de US$ 3,92 milhões para expandir suas instalações em Northwood.
Fonte: Globalfert
Veja como será o clima no Brasil em junho
A previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para o mês de junho indica chuvas acima da média na faixa norte da Região Norte, leste da Região Nordeste, além de áreas pontuais do Maranhão, Piauí e Ceará, associadas ao aquecimento do Atlântico Tropical.
Já nas Regiões Centro-Oeste e Sudeste, bem como o sul da Região Norte, interior da Região Nordeste e oeste da Região Sul, são previstas chuvas próximas e abaixo da média climatológica. Nesta época do ano, há uma tendência de redução das chuvas na parte central do País.
Considerando o prognóstico climático do Inmet para junho de 2024 e seu possível impacto na safra de grãos 2023/24 para as diferentes regiões produtoras, tem-se que a previsão de chuvas acima da média na faixa norte e leste da Região Nordeste (tons em azul no mapa da Figura 1a) continuará beneficiando a semeadura e início do desenvolvimento do milho e feijão terceira safras.
Enquanto isso, em áreas do MATOPIBA (região que engloba áreas do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), a previsão é de chuvas abaixo da média, o que poderá reduzir os níveis de umidade no solo, principalmente em áreas dos estados do Piauí e Bahia, ocasionando restrição hídrica para o milho segunda safra.
Fonte: Mapa