Farm News 27/05 a 02/06

Farm News 27/05 a 02/06

3 de junho de 2024 0 Por admin


EUA têm déficit agrícola recorde, e Brasil é um dos responsáveis

Os Estados Unidos vão ter um déficit de US$ 32 bilhões no saldo das exportações e importações de produtos agropecuários neste ano fiscal. É o maior valor financeiro desde 1935, início desta série de dados.

Os americanos vão exportar o correspondente a US$ 170,5 bilhões no ano fiscal de 2024, com redução de 5% em relação ao ano anterior. As importações devem atingir o recorde de US$ 202,5 bilhões, 4% a mais.

Os dados são estimativas e foram divulgados nesta quarta-feira (29) pelo Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

O Brasil é responsável por parte desse déficit. Os americanos estão importando mais dos brasileiros e exportando menos para o país. Esses dados da relação comercial entre os dois países, no entanto, são pequenos, em comparação a mercados onde o Brasil avança, forçando uma queda da presença dos Estados Unidos.

O principal é a Ásia. Após ter obtido receitas de US$ 75,4 bilhões no ano fiscal de 2023, o resultado deste ano recua para US$ 68,4 bilhões para os americanos. A queda ocorre devido à participação maior do Brasil nas exportações de soja para a China, e à presença crescente dos brasileiros nas vendas de milho e de carnes para esse país asiático nos anos recentes.

Fonte: Folha de S.Paulo

CNA/Senar vai atuar para recompor atividade rural no Rio Grande do Sul

Uma missão do Sistema CNA/Senar percorreu, durante uma semana, áreas rurais no Rio Grande do Sul, visitando propriedades e ouvindo relatos de produtores e familiares afetados pelas enchentes. A entidade fez um diagnóstico da situação para definir as ações necessárias que irão ajudar a reconstruir e recuperar a atividade agropecuária no estado. O relatório final deve ser divulgado na semana que vem.

A missão faz parte do SuperAção Agro Rio Grande do Sul, programa do Sistema CNA/Senar que vai disponibilizar R$ 100 milhões em ações que envolvem o envio de cerca de 300 profissionais, entre técnicos e instrutores de vários estados, para reforçar a equipe que já está atuando no Rio Grande do Sul.

O diretor-geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Daniel Carrara; o presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Gedeão Pereira; o superintendente do Senar-RS, Eduardo Condorelli; e uma equipe de técnicos de Brasília percorreram mais de mil quilômetros todos os dias nas mais diversas regiões afetadas pelas enchentes, em vicinais de difícil acesso a propriedades rurais, em estradas parcialmente bloqueadas.

Além dos produtores, os integrantes da missão estiveram com representantes dos sindicatos rurais e com autoridades municipais para definir ações conjuntas necessárias ao meio rural.

Fonte: Canal Rural

Atuação de seguradoras habilitadas pelo PSR é monitorada no RS

Desde o início dos eventos climáticos extremos que afetaram o Rio Grande do Sul no final de abril, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) está monitorando a atuação das seguradoras habilitadas no Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR). Do total de 16 mil apólices comercializadas para as principais culturas de verão (arroz, milho e soja), cerca de 3 mil estão com aviso de sinistro até o momento.

Segundo o diretor Gestão de Riscos do Mapa, Jônatas Pulquério, o acompanhamento é importante para se ter um panorama das consequências nas lavouras seguradas. “Nossa preocupação, neste momento, é que o produtor que contratou o seguro seja atendido da melhor maneira possível”, disse.

De acordo com a Federação Nacional de Seguros Gerais (Fenseg), as seguradoras que operam no ramo de seguro rural vêm adotando procedimentos emergenciais e reforçando sua estrutura de atendimento regional para oferecer adequada assistência aos segurados no Rio Grande do Sul.

A Fenseg ressalta ainda que a situação real não está completamente definida, pois muitos segurados, até este momento, não comunicaram a ocorrência dos sinistros. A dificuldade de comunicação, comprovação e apuração também está sendo afetada pela impossibilidade de vistorias e pelo extravio de documentos. No entanto, a entidade destaca que, para as comunicações recebidas, as seguradoras estão enviando peritos para regular os sinistros a campo.

Fonte: Mapa

16% dos agricultores têm internet de alta qualidade

A pesquisa “Caminhos da Tecnologia no Agronegócio” da KPMG em parceria com a SAE BRASIL revela que apenas 16% dos entrevistados têm acesso à internet de alta qualidade em toda a propriedade, enquanto 24% possuem qualidade apenas na sede da fazenda e 27% enfrentam conexão ruim.

A pesquisa busca entender os estímulos para investimentos em tecnologia, tendências tecnológicas e visões sobre sustentabilidade e transição energética no agronegócio.

Os dados revelam que quase todas as atividades agrícolas utilizam tecnologia para melhorar o desempenho, com 91% dos entrevistados utilizando GPS, seguido por aplicativos de gestão financeira (85%) e imagens de satélite e aplicativos de gestão agronômica (ambos com 76%).

A agricultura de precisão é utilizada por 70% e drones por 61%. A automação é vista como crucial para o crescimento contínuo do setor, dada a escassez de mão de obra. A pesquisa não menciona o uso de robôs.

A pesquisa revela um otimismo significativo entre produtores rurais e cooperativas em relação ao uso futuro de biocombustíveis em máquinas agrícolas. Cerca de 84% acreditam na expansão moderada a forte do biodiesel, enquanto 79% têm a mesma visão para o diesel verde (HVO). Quanto ao biometano, as opiniões estão divididas, com 56% esperando uma expansão moderada a forte e 44% prevendo um mercado de nicho.

Fonte: Agrolink

Mato Grosso está fora da zona de exclusão de algodoeiros transgênicos

O Estado de Mato Grosso não está mais sujeito à área de exclusão para o cultivo de algodoeiros geneticamente modificados. A decisão foi oficializada na edição desta quarta-feira, 29 de maio, do Diário Oficial da União, pelo presidente da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), Leandro Vieira Astarita.

A CTNBio baseou sua deliberação em um parecer solicitado à Embrapa Algodão. A votação ocorreu em 09 de maio e para a Abrapa, a iniciativa marca um avanço significativo para o desenvolvimento do agronegócio no estado.

A celebração gira em torno da perspectiva de ampliar a área de cultivo de algodão no Mato Grosso, que já responde por 72% da produção nacional da fibra. “Essa região possui um potencial considerável, pois é capaz de realizar cerca de duas safras e meia por ano, incluindo soja, algodão e milho. Esse modelo intensivo de cultivo potencializa a utilização do solo e promove uma significativa melhoria na renda dos agricultores”, afirma Marcio Portocarrero, diretor executivo da Abrapa.

A zona de exclusão foi criada, em 2005, para evitar a contaminação de espécies nativas de algodão e o impacto ambiental na região pantaneira. De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o isolamento geográfico entre cultivares é a forma mais eficiente de se evitar cruzamentos.

Fonte: Notícias Agrícolas

Início do vazio da soja no Paraná

O vazio sanitário da soja começou neste domingo (2) no Paraná, onde o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) dividiu o Estado em três sub-regiões com datas diferentes para início do vazio e para a semeadura da oleaginosa.

Os municípios das regiões Norte, Noroeste, Centro-Oeste e Oeste têm o vazio sanitário iniciado neste domingo e se estende até 31 de agosto. Para esses municípios, o plantio da soja está liberado a partir de 1.º de setembro de 2024 e termina em 30 de dezembro.

A Região 2, que compreende a maioria destes municípios, tem o vazio sanitário iniciado mais cedo no Estado, em comparação às Regiões 1 e 2. Durante o vazio sanitário não é permitido cultivar, manter ou permitir a existência de plantas vivas de soja no campo, com o objetivo de que não se torne hospedeira do fungo Phakopsora pachyrhizi.

Devido à severidade do ataque, disseminação, custos de controle e o potencial de redução de produtividade da lavoura, é considerada a principal doença da soja. A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) é a responsável pela fiscalização e tem a missão de responsabilizar e aplicar as penalidades previstas na legislação.

Fonte: Band

Condições climáticas refletem na produção agrícola do Paraná

As condições climáticas têm refletido nas produções agrícolas de praticamente todo o País, e no Paraná também reduziram o potencial. Mesmo assim, em algumas culturas, como no feijão, a expectativa é de produção superior à da safra anterior.

Segundo a Previsão Subjetiva de Safra (PSS) divulgada pelo Departamento de Economia Rural (Deral), o feijão teve aumento de área nesta segunda safra, passando de 294,7 mil hectares no ciclo 2022/23, para 402,9 mil hectares agora.

No entanto, de 800 mil toneladas projetadas inicialmente, agora estima-se que sejam colhidas 646 mil toneladas. Apesar da queda no potencial, a produção deve ser superior em 34% relativamente ao ciclo anterior, quando foram colhidas 481 mil toneladas na segunda safra. 

O volume total da safra, somadas todas as culturas, é estimado em 39,9 milhões de toneladas, ou seja, 13% menor que as 45,9 milhões de toneladas do ciclo anterior. Na primeira safra de feijão, o Estado colheu 170,3 mil toneladas. Com isso, o total produzido, somadas as duas safras, será de 818 mil toneladas.

“Essa grande oferta momentânea de produção pressiona os preços recebidos pelo produtor, que vêm recuando desde março, no início da colheita”, afirmou o analista da cultura no Deral, Carlos Hugo Godinho.

Fonte: Revista Cultivar