Farm News 20/05 a 26/05
Agroindústria cresceu 1,6% no primeiro trimestre de 2024, aponta FGVAgro
A pesquisa sobre agroindústria, do FGVAgro, revela que no primeiro trimestre de 2024, a produção agroindustrial registrou um crescimento de 1,6% frente ao mesmo período do ano passado.
O resultado foi puxado, exclusivamente, pelo segmento de Produtos Alimentícios e Bebidas, que acumulou uma alta de 3,9%. Em contrapartida, Produtos Não-Alimentícios acumulou uma contração de 1,7%, impactado, sobretudo, pelos setores de Insumos Agropecuários e Biocombustíveis.
Atualmente, o FGV Agro projeta um crescimento anual de 2%, em 2024, para a produção agroindustrial, no cenário base. Assim como em 2023, a expansão da Agroindústria deverá vir, exclusivamente, por conta do segmento de Produtos Alimentícios e Bebidas, cuja estimativa de crescimento é de 4,2% no ano. Por outro lado, o segmento de Produtos Não-Alimentícios deverá registrar uma leve contração de 0,2% em 2024.
Vale destacar, contudo, que as projeções atuais foram realizadas com dados que ainda não contam com as consequências da tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul, o qual tem importante relevância na Agroindústria Nacional. Dessa forma, deve ficar claro que a estimativas certamente serão revistas nas próximas edições do estudo do FGVAgro.
Fonte: Band
Atual estimativa traz produção de café em 58,81 milhões de sacas na safra 2024
Com colheita já iniciada, os produtores brasileiros de café deverão colher 58,81 milhões de sacas beneficiadas na atual temporada. O resultado, se confirmado, representa o terceiro ano seguido de crescimento no volume total a ser colhido.
Se comparado com o ano passado, a alta chega a 6,8%, e em relação a 2022, ano de bienalidade positiva, porém de baixas produtividades devido a condições climáticas adversas, incremento de 15,5%. Os dados estão no 2º Levantamento da Safra 2024 de Café, publicado nesta quinta-feira (23) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Para o café arábica, principal espécie colhida no Brasil, a expectativa é de uma safra de 42,11 milhões de sacas. O resultado é reflexo de aumento tanto de área em produção como de produtividade. De acordo com o levantamento, nesta temporada verifica-se crescimento de 2,2% na área em produção e redução de 3,4% na área em formação.
O desempenho das lavouras brasileiras está estimado em 27,7 sacas por hectare, aumento de 5,9% em relação à safra de 2023. Em Minas Gerais, maior estado produtor de arábica, a safra está estimada em 29,84 milhões de sacas. A Conab também prevê uma alta na colheita do conilon de 3,3%, mesmo com uma leve redução na área.
Fonte: Conab
Produtores rurais gaúchos terão subvenção econômica
O Governo Federal publicou, em edição extra do Diário Oficial da União, as Portarias MF nº 835 e nº 844 que regulamentam a Medida Provisória nº 1.216 com as condições de concessão de subvenção econômica aos produtores rurais gaúchos prejudicados pelas enchentes.
Elas vão ocorrer sob a forma de desconto nos financiamentos de crédito rural a serem contratados e de ressarcimento dos custos, no âmbito do Pronaf e Pronamp. O objetivo da subvenção econômica é reduzir os custos dos financiamentos e possibilitar que os produtores gaúchos afetados pelas chuvas possam reorganizar suas atividades produtivas.
Dentro do Pronamp, os descontos serão de até 25% de desconto por beneficiário/unidade de produção rural no ato da contratação das operações de crédito de investimento. Os valores se limitam a R$ 50 mil por beneficiário em município com calamidade e R$ 40 mil por beneficiário em município com emergência.
Já no Pronaf, o desconto é de até 30% limitados a R$ 25 mil por beneficiário/unidade de produção familiar em município com calamidade e R$ 20 mil por beneficiário/unidade de produção familiar em município reconhecido em situação de emergência. O custo da concessão do desconto destinado à subvenção econômica será de R$ 400 milhões dentro do Pronamp e R$ 600 milhões dentro do Pronaf.
Fonte: Revista Cultivar
Desastres climáticos exigem nova política de seguro rural
A agropecuária evoluiu muito nas últimas décadas, mas no fim dos anos 1980 os planos econômicos heterodoxos provocavam endividamento e desestruturação no setor. Aos poucos, com a aplicação da ciência no campo, abertura econômica e redução de impostos para máquinas agrícolas, o setor ganhou mais competitividade, elevou a produção e aumentou a participação no mercado externo.
Apesar dos avanços, novos desafios surgiram, como o do clima, que exige uma política mais consistente para o seguro rural. Pedro de Camargo Neto, produtor e desde aquele período participante ativo desse mercado, avalia problemas da época e caminhos que uma política agrícola deveria priorizar nos próximos anos.
Atuante em várias entidades do agro, além de ter ocupado o cargo de secretário de Política Agrícola no governo de Fernando Henrique, Camargo Neto relata os desafios do setor há quatro décadas em seu livro “Pensamento Rural”, no qual traz reflexões sobre entraves e desenvolvimento rural brasileiro naquele período.
Ao reavaliar a agropecuária de há 35 anos, início da coluna Vaivém das Commodities, ele diz que a alteração dos mecanismos de indexação da economia trouxe enormes desajustes entre o ativo e o passivo do agricultor. O endividamento artificialmente criado demorou mais de uma década para ser equacionado com securitização, CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), reescalonamentos e prorrogações, entre outras medidas.
Fonte: Folha de S.Paulo
Capim-pé-de-galinha: pesquisa aponta resistência múltipla a herbicidas
Pesquisas conduzidas pela Embrapa Cerrado, pela Fundação MT e por empresas privadas detectaram um caso recente de resistência múltipla e cruzada da planta daninha capim-pé-de-galinha (Eleusine indica) aos herbicidas glifosato, cletodim e haloxifope-p-metílico.
No estudo, os especialistas destacaram boas práticas agrícolas e técnicas preconizadas para o manejo de plantas daninhas resistentes aos herbicidas:
• Uso correto do sistema integrado de manejo de plantas daninhas;
• Adoção de sementes certificadas e nacionais não somente nas culturas da soja, milho e algodão, mas também de forrageiras de inverno, de forma a evitar o ingresso de plantas daninhas nas áreas agrícolas;
• Limpeza dos maquinários utilizados na semeadura e colheita dos locais com suspeita, evitando que transitem para outras áreas e estados;
• Atenção redobrada para áreas com falha de controle, priorizando a eliminação das plantas daninhas sobreviventes, seja manualmente ou por meio do uso de herbicidas de mecanismo de ação alternativos, fazendo a rotação dos diferentes mecanismos de ação;
• Uso correto de tecnologia de aplicação, bem como utilização de diversos mecanismos de ação para os herbicidas em pré e pós emergência, nos corretos momentos, de acordo com sua recomendação de rótulo e bula;
• Manejo das plantas daninhas antes do plantio, evitando o pousio sem cultura e/ou sem formação de cobertura de solo.
Fonte: Canal Rural
Exportações de soja crescem 53% no Paraná
Com o término da safra de soja 2023/24, a comercialização da oleaginosa apresentou avanços. As exportações paranaenses do complexo soja, que incluem grão, farelo, óleo e demais derivados, atingiram 5,4 milhões de toneladas no primeiro quadrimestre de 2024, um aumento de 53% em comparação ao mesmo período de 2023.
O valor financeiro dessas transações chegou a 2,5 bilhões de dólares, uma alta de 20% em relação ao ano anterior. Este aumento se deve à colheita antecipada desta safra, embora haja expectativa de diminuição nos embarques nos próximos meses.
No cenário nacional, as exportações totalizaram 44,6 milhões de toneladas, um crescimento de 10% no quadrimestre. Apesar do maior volume exportado, o valor financeiro foi 13% menor que o registrado em 2023, somando 19,9 bilhões de dólares, devido aos preços mais baixos praticados nesta safra.
Na Argentina, a temporada de colheita de soja está em pleno andamento, e os últimos relatórios da Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA) revelam números promissores em várias regiões do país.
Com um progresso intersemanal de 14,2 pontos percentuais, a colheita já cobriu uma impressionante marca de 77,9% da área apta a nível nacional. Esta estatística, divulgada pela BCBA, indica uma tendência positiva para a safra.
Fonte: Agrolink
Conab suspende leilão para compra de arroz, devido ao aumento de 30% no preço
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) suspendeu o leilão de compra de 104 mil toneladas de arroz beneficiado polido. No mesmo dia desse anúncio, o governo zerou a Tarifa Externa Comum (TEC) de importação de arroz de países de fora do Mercosul até o fim de 2024. A medida foi aprovada durante uma reunião extraordinária do Comitê-Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex).
A isenção da TEC aconteceu depois que o Mercosul aumentou em até 30% o preço da commodity. Antes desse aumento, o Ministério da Agricultura planejava comprar arroz dos membros do bloco econômico, com o objetivo de aumentar a oferta no mercado interno e evitar altas de preços ao consumidor depois das chuvas no Rio Grande do Sul prejudicarem a produção do estado, o principal produtor do grão no país.
“Nós demos uma demonstração ao Mercosul de que, se for querer especular, nós buscamos de outro lugar”, disse o ministro Carlos Fávaro em entrevista ao portal G1 sobre o tema.
Na mesma entrevista, Fávaro explicou que esteve com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, na quinta-feira, 16, em uma reunião de emergência em que o tema foi a especulação de preços no Mercosul.
Fonte: Exame