Farm News 29/04 a 05/05

Farm News 29/04 a 05/05

6 de maio de 2024 0 Por admin


Temporais e enchentes levam caos à agropecuária gaúcha

A agricultura do Rio Grande do Sul parecia passar ilesa neste ano da crise climática, mas os temporais e enchentes destes últimos dias colocam em risco boa parte do que ainda não foi colhido. “O quadro é de dor e vamos ficar na angústia para dimensionar essa situação. É um cenário nunca visto antes no estado.”

Assim Rogério Kerber, presidente do Fundesa (Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal) e diretor-executivo do Sips (Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos), ambos do Rio Grande do Sul, descreve os efeitos dessa catástrofe que ocorre no estado.

A agropecuária está totalmente comprometida em várias regiões. As áreas de grãos ainda não colhidas vão apresentar perdas, os animais não saem das propriedades para o abate, a coleta de leite fica comprometida e a ração não chega para alimentá-los. “Nunca se viveu ou se tem notícia de uma situação tão dramática na falta de mobilidade”, diz Kerber.

Os vídeos que circulam pela internet apontam a extensão do problema. Lavouras afetadas, gado boiando rio abaixo, sistema de tráfego interrompido e locais sem comunicação. Para Ricardo Santin, presidente da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), as perdas podem se agravar ainda mais, uma vez que as chuvas continuam.

Fonte: Folha de S.Paulo

Medidas de apoio ao setor agropecuário do estado do Rio Grande do Sul

Diante da situação dos municípios gaúchos atingidos pelas chuvas intensas, alagamentos, inundações, enxurradas e vendavais, uma comitiva presidencial esteve no estado do Rio Grande do Sul na semana passada para acompanhar e apoiar a população local.

Durante visita à região, o presidente Lula assegurou que não faltará ajuda do Governo Federal para cuidar da saúde. “Não vai faltar dinheiro para cuidar da questão do transporte e não vai faltar dinheiro para os alimentos”, disse Lula, que se solidarizou com as famílias de mortos e desaparecidos.

A prioridade do Governo Federal é que todos os órgãos federais estejam mobilizados e atuando até que seja restabelecida a normalidade.

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), apoiado pelo Ministério da Fazenda (MF), disponibilizou medida para dar suporte aos produtores rurais que foram afetados por intempéries climáticas ou queda de preços agrícolas.

Com a medida, os agricultores poderão renegociar dívidas do crédito rural de investimentos. A iniciativa foi aprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e tem prazo limite para repactuação até 31 de maio. Os prejuízos ao setor agrícola no estado ainda serão contabilizados.

Fonte: Mapa

Índices de satélite dão uma prévia da qualidade da soja

A colheita de soja no Brasil está se aproximando do final em condições variadas, marcadas principalmente pela falta de chuva e pelas altas temperaturas durante o desenvolvimento da safra, conforme indicado pelo Monitor Global de Agricultura (GEOGLAM).

Esta situação apresenta impactos significativos especialmente nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, onde as produtividades se encontram muito abaixo da média. Esses desafios climáticos afetaram diretamente o crescimento e a maturação da soja, reduzindo o potencial produtivo das lavouras.

Contrastando com o cenário mais crítico do Centro-Oeste e Sudeste, as regiões Norte e Nordeste reportaram impactos menores. Nessas áreas, as condições de cultivo permitiram que as produtividades finais se mantivessem próximas das médias esperadas.

No Sul do Brasil, apesar de também terem sido registrados extremos climáticos durante a temporada, as produtividades se mantiveram próximas à média. No entanto, as chuvas entre o final do mês de abril e início de maio, impactaram significativamente o andamento da colheita e causando perdas irreversíveis em função das enchentes.

O cenário brasileiro contrasta com o de países vizinhos como a Argentina, onde chuvas contínuas estão atrasando a colheita das safras de plantio precoce, mas ainda assim, espera-se que as produtividades sejam boas.

Fonte: Agrolink

Demanda limitada derruba preços do milho no Brasil

O mercado brasileiro de milho registrou queda nos preços ao longo de abril. Segundo a Safras Consultoria, o mês começou com certo estresse nos preços, devido à volatilidade cambial e às especulações sobre o clima.

No entanto, o retorno das chuvas nas áreas produtoras da safrinha, que enfrentaram estiagem, contribuiu para um aumento na oferta pelos produtores, ou que ajudou a derrubar os preços do cereal.

Do lado dos compradores, o interesse dos consumidores pelo cereal é limitado, devido à expectativa de uma safrinha favorável. Quanto às exportações, a participação do Brasil continua bastante limitada, em meio à forte concorrência no mercado internacional com outros países, como a Argentina.

No cenário internacional, a visão em Chicago continua negativa ao longo de abril, devido à expectativa de um clima favorável tanto para o plantio quanto para o desenvolvimento inicial das culturas de milho nos Estados Unidos.

De acordo com a Safras Consultoria, para o mês de maio, a tendência é que os preços continuem pressionados no mercado internacional. O valor médio da saca de milho no Brasil foi cotado a R$ 55,26 em 30 de abril, uma baixa de 2,92% em relação aos R$ 56,92 registrados no fechamento de março. 

Fonte: Canal Rural

Cigarrinha adiciona riscos à safra de milho da Argentina

Após um ciclo marcado por expectativas de recuperação da produção de milho da Argentina, o mês de abril trouxe preocupações relevantes com relação à produção argentina por conta de uma praga muito conhecida dos produtores brasileiros – a Cigarrinha.

“Neste relatório iremos abordar qual pode ser o impacto total sobre a safra e os desdobramentos para o mercado de milho global”, diz Alef Dias, analista de Grãos e Macroeconomia da Hedgepoint Global Markets.

No decorrer de abril, a Bolsa de Cereais de Rosário revisou para baixo suas estimativas de produção de milho na Argentina, reduzindo-as em 6,5M mt. Essa revisão se deve principalmente aos danos provocados pelas doenças transmitidas pela cigarrinha, também conhecida como chicharita na região. Já a Bolsa de Grãos de Buenos Aires (Bolsa de Cereales) realizou dois cortes de estimativas neste mês, que totalizaram uma redução de 4,5M mt.

“Apesar dos cortes relevantes, ainda há espaço para deterioração adicional das estimativas. A colheita está em apenas 19,8% da área, e o último relatório de progresso de safra da Bolsa de Cereales trouxe uma queda adicional do percentual de condições boas e excelentes de safra para baixo de 60%.

Fonte: Revista Cultivar

Como a queda no preço das commodities foi sentida na Agrishow 2024

Os produtores de grãos no Brasil enfrentam neste ano um problema duplo: além da queda do valor das commodities, houve baixa na produção. Na Agrishow, essa baixa levou o setor de máquinas a prever queda nas vendas, mas a feira, realizada na semana passada em Ribeirão Preto, movimentou R$ 13,6 bilhões em negócios, 2,6% a mais que o ano passado. 

O preço da soja no mercado baixou de R$ 200 para R$ 130 por saca, na comparação com 2022. Já o milho baixou de R$ 87 para R$ 57 por saca nos últimos dois anos, de acordo com dados da Esalq/B3.

Ao mesmo tempo, houve quebra na produção nesta safra por causa da falta de chuvas geradas pelo fenômeno El Niño. O último levantamento da Conab, em abril, estima que a produção na safra 2023/24 deve atingir 294,1 milhões de toneladas, 8% abaixo do obtido em 2022/23. Apesar de quedas na soja e no milho, deve haver aumento na produção de feijão, arroz, algodão e trigo.

No caso da soja, principal exportação agrícola do Brasil, não houve alta de preço no mercado internacional porque a Argentina teve uma boa safra neste ano, e deve compensar a falta de produto que seria gerada pela baixa no Brasil.

Fonte: Exame

Brasil se torna livre de febre aftosa sem vacinação

Com o fim da última imunização contra febre aftosa para 12 unidades da Federação e parte do estado do Amazonas, o Brasil avança no Plano Estratégico do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PE-PNEFA) e se torna totalmente livre da doença sem vacinação.

A ação, que é parte do processo para o reconhecimento internacional pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), representa o fim do ciclo de vacinação, iniciado há mais de 50 anos e o reconhecimento da qualidade da produção pecuária nacional e da qualidade do Serviço Veterinário Oficial.

“É o início de um processo em que o Brasil troca de patamar com um grupo de elite sanitária mundial, que é muito mais difícil se manter nessa elite. Com toda a dedicação, com os estados, todo o sistema, envolvidos, vamos atingir mercados muito exigentes, mas muito recompensadores.Vamos poder vender pra Japão, Coreia do Sul, que são mais remuneradores e poucos países podem acessar. Ao se declarar livre da Febre Aftosa sem Vacinação, o Brasil dá um passo importante”, destacou o ministro Fávaro.

Ao todo, mais de 244 milhões de bovinos e bubalinos em cerca de 3,2 milhões de propriedades deixarão de ser vacinados contra a doença, trazendo uma redução de custo direta, com a aplicação da vacina, de mais de R$ 500 milhões.

Fonte: Band