Farm News 22/04 a 28/04
Agrishow 2024: inteligência artificial e robôs agro são destaques na feira
A maior feira de tecnologia agrícola da América Latina, a Agrishow 2024, começa nesta segunda-feira (29), em Ribeirão Preto (SP). Com uma área total de 520 mil m2, a Agrishow 2024 será vitrine para o lançamento e demonstração das mais recentes inovações para o agro. Ano passado o faturamento foi de R$ 13,3 bilhões.
De acordo com a organização, a feira terá em torno de 800 expositores (pelo menos 100 empresas são estreantes) de diversos segmentos nacionais e internacionais. Já foram confirmadas a participação de grupos empresariais da Itália, Espanha, Alemanha, Colômbia, Holanda, China e Hong Kong. A expectativa é que 195 mil pessoas visitem a feira até o dia 3 de maio.
“É preciso dizer que a tecnologia agrícola brasileira domina a produção de máquinas, implementos e diversos produtos para ambientes tropicais. É única e exclusiva no mundo, e serve também para agricultura em climas temperados”, diz João Marchesan, presidente da Agrishow 2024.
Dentre os principais destaques deste ano, os robôs utilizados no campo, com uso de inteligência artificial, as máquinas agrícolas tecnológicas e drones que substituem máquinas, devem atrair a atenção do público. No entanto, as empresas de armazenagem e de soluções financeiras também devem marcar presença no evento.
Fonte: BandAgro
Estudo da Embrapa comprova a sustentabilidade do café na Amazônia
Estudo inédito realizado pela Embrapa comprova a sustentabilidade da cafeicultura das Matas de Rondônia. Por meio do uso da geotecnologia e com o apoio de imagens de satélite, o trabalho registrou desmatamento zero em sete dos 15 municípios da região, entre os anos de 2020 e de 2023.
Em toda a região, foram encontrados traços de retiradas de áreas florestais em menos de 1% da área total ocupada pela cafeicultura. O trabalho também demonstra que mais da metade dos territórios dos 15 municípios somados é coberta por florestas, o que totaliza 2,2 milhões de hectares com vegetação nativa.
As plantações de café e as áreas florestais da região foram identificadas em um Sistema de Informações Geográficas (SIG).
Líder do trabalho, o pesquisador da Embrapa Territorial (SP) Carlos Ronquim explica que a equipe cruzou dados de fontes oficiais e utilizou imagens de satélite de alta resolução espacial como apoio para definir em polígonos as áreas agropecuárias e as de florestas.
“Então, comparamos os cenários de 2020 e de 2023 para observar avanços dos cafezais sobre áreas de floresta. É um trabalho inédito e muito aguardado pelos produtores locais”, conta o pesquisador. As Matas de Rondônia são responsáveis por mais da metade da produção de café de Rondônia.
Fonte: Canal Rural
Mercado do trigo apresenta leve alta no Brasil
Os preços do trigo melhoraram um pouco mais no Brasil. A média gaúcha fechou a semana em R$ 61,94/saco, enquanto as principais praças locais praticaram valores entre R$ 60,00 e R$ 62,00/saco.
No Paraná, o mercado manteve os R$ 65,00 da semana anterior, de acordo com dados da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (Ceema).
Soma-se às preocupações gerais o fato de que existe uma possibilidade concreta de redução de área a ser semeada no Brasil neste ano. Por enquanto, os preços internos não subiram mais porque os moinhos vêm encontrando na Argentina boa oferta do produto, com qualidade.
E uma revalorização do Real, com o mesmo chegando entre R$ 5,12 e R$ 5,16 nesta semana, deixa um pouco mais barata a compra externa. Vale lembrar que a oferta do cereal de qualidade superior, no Brasil, é muito pequena diante da frustração da safra passada.
Pelo sim ou pelo não, no dia 22/04 o indicador Cepea/Esalq apresentava, para o mercado do Rio Grande do Sul, preço médio de R$ 1.209,71/tonelada FOB de trigo, com alta acumulada em abril de 3,35%.
Fonte: Agrolink
CNA propõe alta de 30% no dinheiro disponível para o Plano Safra
A CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) entregou documento ao governo federal nesta quarta-feira (24) propondo aumento dos recursos do Plano Safra de 2024/25 para R$ 570 bilhões.
Esse valor supera em 30% o recorde de recursos destinados ao setor no primeiro ano do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e em 68% o volume financeiro ofertado por Jair Bolsonaro (PL) em 2022, seu último ano de governo.
Conforme sugestão da entidade, R$ 359 bilhões seriam para custeio e comercialização, R$ 111 bilhões para investimentos e R$ 100 bilhões para a agricultura familiar.
Um dos pontos prioritários destacados no documento é a necessidade de suplementação do seguro rural deste ano, que somaria R$ 3 bilhões, e uma disponibilidade de R$ 4 bilhões para 2025.
A entidade aponta que os efeitos climáticos sobre produtividade e produção em diversas cadeias do setor, com destaques para soja e milho, justificam esse aumento de valor.
O setor teve um cenário de perdas com os efeitos do El Niño e, agora, sofrerá com La Niña. Nesse contexto de margens apertadas, o papel do seguro rural é fundamental para mitigar riscos inerentes à atividade agropecuária, segundo a entidade.
Fonte: Folha de S.Paulo
Demanda por feijão de qualidade sustenta preços do mercado brasileiro
No início da semana, a demanda foi fraca no mercado brasileiro de feijão, resultando em vendas abaixo das expectativas, apesar de algum interesse dos compradores. Cerca de 30 mil sacas foram oferecidas, com apenas 5 mil negociadas.
Segundo o analista e consultor de Safras & Mercado, Evandro Oliveira, embora feijões de qualidade superior estivessem disponíveis, os preços não satisfizeram os vendedores. Feijões de alta qualidade mantiveram preços estáveis, enquanto produtos comerciais enfrentaram baixa demanda e preços pressionados.
“Ao longo da semana, a maioria dos feijões oferecidos foi absorvida pelo mercado, reduzindo os estoques disponíveis. Porém, os negócios com grãos superiores enfrentaram resistência dos vendedores, muitos corretores não expuseram suas ofertas, resultando em negociações mais discretas e pontuais”, relatou.
No encerramento da semana, o mercado esteve inoperante e os preços permaneceram estáveis, com indicações variando conforme a região. Em São Miguel do Oeste, Santa Catarina, observamos valores entre R$ 180,00 e R$ 220,00 por saca, enquanto em Luís Eduardo Magalhães, Bahia, as cotações oscilaram entre R$ 200,00 e R$ 240,00 por saca. Segundo o analista, a baixa atividade do mercado reflete a cautela dos participantes, que esperam por uma melhoria nas negociações com o avanço das reposições no varejo.
Fonte: Notícias Agrícolas
Monitoramento agrícola aponta que condições climáticas favorecem o desenvolvimento do milho 2ª safra
Dados do Boletim de Monitoramento Agrícola (BMA), divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) na quinta-feira (25), apontam que as chuvas que ocorreram nas primeiras semanas de abril foram suficientes para o desenvolvimento do milho segunda safra na maioria das regiões produtoras.
O estudo apresenta a análise das condições agroclimáticas e de imagens de satélite dos cultivos de verão da safra 2023/2024 e, nesta edição, mostra que os maiores volumes de precipitações deram-se em áreas dos estados do Pará e do Maranhão, com prejuízos nas operações de colheita e de logística da soja.
No Rio Grande do Sul, o excedente hídrico causou danos pontuais às lavouras, mas, no geral, favoreceu a manutenção do armazenamento hídrico no solo.
O Boletim revela ainda que os menores volumes de chuva foram registrados em áreas do Centro-Sul e Centro-Norte da Bahia, do norte de Minas Gerais e do centro de São Paulo, causando restrição hídrica às lavouras, principalmente, devido às chuvas irregulares e às temperaturas elevadas. No sudoeste de Mato Grosso do Sul, a umidade no solo restringiu parcialmente o desenvolvimento do milho segunda safra.
Os gráficos de evolução do índice de vegetação (IV) das principais regiões produtoras de milho segunda safra apresentam a emergência avançada na atual safra, devido à antecipação na semeadura.
Fonte: Conab
Exportação de açúcar a granel tem alta de 352% nos portos paranaenses em março
O mês de março registrou uma guinada positiva na exportação de açúcar nos portos paranaenses. A movimentação de açúcar a granel alcançou 419.899 toneladas, representando um crescimento de 352% em relação ao mesmo mês em 2023, com 93 mil toneladas. A venda de açúcar em saca também apresentou aumento, passando de 18.004 toneladas em março de 2023 para 70.220 toneladas no mesmo mês deste ano (289%).
O Paraná teve uma safra recorde de cana-de-açúcar em 2023, com 35,2 mil toneladas, um aumento de cerca de 11% em relação às 31,7 mil toneladas do ano anterior, segundo dados do Departamento de Economia Rural (Deral). Esse movimento ajudou a impulsionar o comércio exterior, uma vez que os produtores paranaenses são os principais exportadores de Paranaguá.
Os números expressivos no mês seguem um padrão desde o início do ano. De janeiro a março também foram registrados aumentos na movimentação de açúcar tanto a granel quanto em saca. No granel o aumento foi de 167% (de 503.515 toneladas para 1.341.878 toneladas) e em saca de 96% (de 105.572 toneladas para 206.740 toneladas). De acordo com o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, a mudança no comércio mundial também ajudou a impactar o resultado.
Fonte: Revista Cultivar