Farm News 15/04 a 21/04
Petrobras oficializa retomada da fábrica de fertilizantes nitrogenados no Paraná
A Petrobras vai retomar as operações da fábrica de fertilizantes Araucária Nitrogenados (Ansa), localizada no Paraná, que estava com as atividades suspensas (hibernadas) desde 2020. O investimento no setor é um dos pedidos feitos pelo governo.
A decisão foi tomada nesta quarta-feira em reunião feita pela diretoria executiva da estatal. A unidade chegou a ser colocada à venda no governo anterior, mas o processo foi cancelado com a chegada do governo atual.
A Ansa tem capacidade de produção de 720 mil toneladas por ano de ureia e 475 mil toneladas por ano de amônia, produtos usados para a produção de fertilizantes usados na agricultura. O anúncio ocorre após uma briga entre Jean Paul Prates, presidente da estatal, e o Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia (MME), que resultou em rumores de uma possível mudança no comando da Petrobras.
“Diante da revisão das diretrizes estratégicas da companhia aprovadas no ano passado, o investimento na produção de fertilizantes voltou a fazer parte do portfólio da Petrobras”, disse a estatal em nota.
Para voltar a funcionar, a Petrobras vai negociar com ex-empregados e o Tribunal Superior do Trabalho (TST) os termos da contratação e realizar licitações para a compra de materiais e serviços.
Fonte: Globalfert
Prazo para renegociar dívidas do crédito rural vai até 31 de maio
Os produtores rurais que foram afetados por intempéries climáticas ou queda de preços agrícolas poderão renegociar dívidas do crédito rural para investimentos. A medida é uma proposta do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), apoiada pelo Ministério da Fazenda (MF), e aprovaa pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em março. O prazo limite para repactuação é até 31 de maio.
Com a iniciativa, as instituições financeiras poderão adiar ou parcelar os débitos que irão vencer ainda em 2024, relativos a contratos de investimentos dos produtores de soja, de milho e da pecuária leiteira e de corte. Neste contexto, as operações contratadas devem estar em situação de adimplência até 30 de dezembro de 2023.
A resolução foi necessária diante do fato de que, na safra 2023/2024, o comportamento climático nas principais regiões produtoras afetou negativamente algumas lavouras, reduzindo a produtividade em localidades específicas. Além disso, os produtores rurais também têm enfrentado dificuldades com a queda dos preços diante do cenário global.
“Problemas climáticos e preços achatado trouxeram incertezas para os produtores. Porém, pela primeira vez na história, um governo se adiantou e aplicou medidas de apoio antes mesmo do fim da safra”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.
Fonte: Agroband
Colheita da soja se aproxima de 50% da área cultivada no RS
As condições climáticas mais secas dos últimos períodos permitiram o aumento da colheita da soja no Rio Grande do Sul, que passou de 38% para 49% do total cultivado na safra 2023/2024, que é de 6.681.716 hectares, com grãos com teor de umidade próximas ao ideal.
De acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado hoje pela Emater/RS, vinculada à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR), a colheita avançou de forma mais expressiva nas regiões Norte e Oeste do Estado, onde foram colhidos 70%; já no Sul e Leste, a taxa média atinge 30%.
Restam consideráveis extensões de lavouras de soja por colher, especialmente na metade Sul do Estado, onde o ciclo da oleaginosa foi encerrado. Caso o excesso de umidade se prolongue, esses grãos ficarão suscetíveis a perdas pós-maturação, tais como apodrecimento, infestação fúngica, germinação prematura e debulha causada pela oscilação entre a secagem e o umedecimento das vagens.
Além de possível impacto negativo na produtividade, há riscos relacionados à operação mecanizada de colheita em terrenos excessivamente úmidos, bem como dificuldades logísticas para o transporte dos grãos até os pontos de armazenamento e comercialização, dada as precárias condições de tráfego nas estradas secundárias, que apresentam acumulação de barro.
Fonte: Revista Cultivar
IGC reduz estimativa para safra global 23/24 de grãos, para 2,301 bilhões de t
O Conselho Internacional de Grãos (IGC, na sigla em inglês) reduziu sua previsão para a produção global de grãos em 2023/24, de 2,304 bilhões de toneladas no mês passado para 2,301 bilhões de toneladas, com pressão da oferta de milho, que enfrenta aumento de doenças e estresse hídrico em partes do Hemisfério Sul.
Contudo, segundo levantamento do IGC publicado nesta quinta-feira (18), o volume projetado é maior que o estimado para 2022/23, de 2,266 bilhões de toneladas.
Além disso, se confirmado, o volume seria recorde. Para 2024/25, a projeção foi reduzida em 10 milhões de t, para 2,322 bilhões de toneladas. O IGC elevou ligeiramente a estimativa de consumo mundial de grãos, para 2,310 bilhões de t em 2023/24, e reduziu de estoques, para 591 milhões de t.
Enquanto isso, as projeções de 2022/23 para consumo ficaram em 2,274 bilhões de t e de estoque em 600 milhões de t. Em 2024/25, a expectativa para o consumo foi reduzida para 2,321 bilhões de t, com estoques menores, a 592 milhões de t. A projeção de produção da soja em 2023/24 se manteve estável em 390 milhões de toneladas.
Fonte: Canal Rural
Conectividade rural atinge apenas 19% da área agrícola produtiva
A era digital chegou, e as máquinas, a cada ano que passa, vão ao campo com maior sofisticação tecnológica. São novos equipamentos que elevam a produtividade e permitem um melhor aproveitamento das áreas cultivadas.
O Brasil, no entanto, ainda está distante de uma infraestrutura de conectividade que possa gerar um aproveitamento de todas essas novas funções das máquinas. É o que mostra o ICR (Indicador de Conectividade Rural) da ConectarAgro.
Apenas 19% da área disponível para o uso agrícola têm cobertura 4G no país. Já o total de propriedades com cobertura em toda a área de uso agropecuário atinge 37%. Em geral, essas propriedades dispõem de conectividade apenas nas sedes. A maioria delas está nas regiões Sul e Sudeste.
Ana Helena de Andrade, presidente da ConectarAgro, uma associação civil sem fins lucrativos e que busca uma expansão da conectividade em áreas mais remotas do país, diz que o setor está vivendo um novo momento.
Antes, a associação tinha muitas dificuldades para obtenção e avaliação dos dados. Agora, com base em dados oficiais, mas com metodologia científica, desenvolvida pela Universidade Federal de Viçosa, a ferramenta mostra o estágio em que se encontra cada município.
Fonte: Folha de S.Paulo
Conheça os produtos que o Brasil mais importou
No primeiro trimestre de 2024, o comércio exterior brasileiro teve um superávit de US$ 19,08 bilhões, um aumento de 22,2% em relação ao mesmo período de 2023. Helmuth Hofstatter, CEO da Logcomex, uma empresa de tecnologia para o comércio exterior, observou um aumento discreto de 6,5% na quantidade de produtos importados pelo Brasil, totalizando 40.380.970.084 quilos.
O preço médio dos produtos importados teve uma leve queda de 4% em comparação com 2023. O valor FOB importado no primeiro trimestre de 2024 foi de US$ 59,2 bilhões, também com uma leve queda de 2% em relação ao mesmo período de 2023.
Durante o período em questão, os produtos mais importados incluíram gasóleo (óleo diesel), óleos brutos de petróleo, outros cloretos de potássio, naftas para petroquímica e hulha betuminosa, totalizando uma quantidade significativa de importações.
É relevante observar que o setor de fabricação de produtos químicos registrou uma queda de 16% no valor FOB importado, enquanto os segmentos de eletrônicos e máquinas e equipamentos cresceram 1,2% e 9%, respectivamente, conforme destacado por Hofstatter.
Durante o período considerado, os principais países que exportaram para o Brasil em termos de valor FOB foram a China, Estados Unidos, Alemanha, Argentina e Rússia, representando uma parte substancial das importações do país.
Fonte: Agrolink
Analista vê movimento sazonal de pressão nos preços do milho até a metade do ano
Na visão do Analista de Mercado da Grão Direto, Ruan Sene, o mercado do milho está recebendo influência de 4 elementos neste momento, o desenvolvimento da safrinha brasileira, a demanda pelo grão nacional, o avanço da safra dos Estados Unidos e a demanda pelo cereal norte-americano.
Para Sene, neste momento em que 80% da segunda safra está em fase de floração ou desenvolvimento vegetativo, a qualidade das lavouras é de maneira geral, boa, com exceção de regiões localizadas que enfrentaram dificuldades com as chuvas. Já a demanda está lenta, com exportações acumulando 7 milhões de toneladas de janeiro a março, contra 9,4 no mesmo período de 2023.
Com isso, o analista espera um movimento sazonal de pressão nos preços do milho no Brasil, especialmente entre junho e julho. Para o segundo semestre, a retomada da demanda internacional pelo cereal brasileiro pode trazer uma melhora para as cotações.
Até lá, Sene ressalta a importância de acompanhar o avanço da safra dos Estados Unidos, que está bom até o momento, mas problemas climáticos podem trazer elevação de preços em Chicago e resultar em boas oportunidades de comercialização para o produtor brasileiro.
Fonte: Notícias Agrícolas