Farm News 08/04 a 14/04
Safra de grãos 2023/2024 está estimada em 294,1 milhões de toneladas
A sétima estimativa da safra de grãos 2023/2024, divulgada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), dia 11/04, aponta que a produção de grãos no país deverá atingir um total de 294,1 milhões de toneladas, o que representa uma redução de 8% à obtida na temporada passada, ou seja, 25,7 milhões de toneladas a menos a serem colhidas.
Com uma área estável, estimada em 78,53 milhões de hectares, a quebra se deve, sobretudo, à atuação da forte intensidade do fenômeno El Niño, que em 2023 teve influência negativa desde o início do plantio até as fases de desenvolvimento das lavouras nas regiões produtoras do país. Isso impactou na produtividade média, que saiu de 4.072 quilos por hectare para 3.744 kg/ha.
Com a entrada da fase final da colheita das culturas de primeira safra, as atenções se voltam ao desenvolvimento das lavouras de segunda e terceira safra, bem como às culturas de inverno.
Comparativamente à previsão anterior da Companhia, divulgada no início de março, há uma redução na produção total de 1,52 milhão de toneladas, com as maiores quedas observadas no milho, 1,79 milhão de toneladas, e na soja, 336,7 mil toneladas.
Fonte: Conab
Brasil encerra safra de cana com recorde na produção de açúcar e etanol
As usinas de cana-de-açúcar da região Centro-Sul do Brasil encerraram a safra 2023/2024 com 654,43 milhões de toneladas de cana processadas, o que representa um aumento de 19,29% em relação à safra passada, que totalizou 549 milhões de toneladas. O volume é o maior já registrado no Brasil.
O maior aumento da produção aconteceu em São Paulo, com 387,60 milhões de toneladas produzidas (23,34%), mas estados como Goiás, Minas Gerai, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul também registraram aumento na produção.
De acordo Luciano Rodrigues, diretor da União das Indústrias de Cana-de-açúcar (Unica), “pela primeira vez registramos recorde na moagem, na fabricação de etanol e na fabricação de açúcar no mesmo ano. A expectativa no início da safra já indicava um crescimento de produção, mas os valores registrados no final do ciclo surpreenderam”.
A safra de cana foi marcada pela recuperação da produtividade agrícola dos canaviais. As lavouras tiveram um rendimento de 87,2 toneladas por hectare, 19% a mais que em 2022/2023, segundo dados do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC).
O estado de São Paulo é responsável por 60¨da moagem na região Centro-Sul e teve uma alta de 23% na produtividade, com 90,7 toneladas por hectare.
Fonte: AgroBand
Importações de insumos crescem no trimestre, mas a preço menor
A soja e o milho, dois dos produtos mais presentes nas lavouras dos agricultores brasileiros, têm grande perda de preço neste ano, em relação ao anterior.
A saca de soja, cotada a R$ 125 pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), vale 18% a menos do que há um ano. O milho perdeu ainda mais, com recuo de 26% nos preços no mesmo período.
A perda de renda dos produtores seria muito maior se os custos de produção não tivessem registrado fortes quedas.
O Brasil importou 7,2 milhões de toneladas de fertilizantes no primeiro trimestre do ano, um volume praticamente igual ao de janeiro a março do ano passado, mas com gastos bem menores.
Segundo a Secex, para comprar o volume deste ano o país gastou US$ 2,1 bilhões, 35% a menos do que no mesmo período de 2023. Em 2022, ano da invasão da Ucrânia pela Rússia, o cenário era ainda pior, e os gastos acumulados no primeiro trimestre somaram US$ 4,4 bilhões com as importações do insumo.
Altamente dependente do mercado externo de fertilizantes, o Brasil continua sendo abastecido, em grande escala, por Rússia, Canadá e China.
Fonte: Folha de S.Paulo
Pesquisa vai estimar carbono no solo de microbacias do Matopiba
Estão avançando as pesquisas sobre serviços ecossistêmicos do solo no Matopiba, área de expansão agrícola formada pelo estado do Tocantins e parte do Maranhão, Piauí e Bahia.
Durante quase duas semanas, o pesquisador Lauro Rodrigues Nogueira Junior, da Embrapa Territorial, esteve à frente da coleta de amostras para determinação de carbono.
Em conjunto com colegas da Unidade de Execução de Pesquisas (UEP) de Balsas, ele coletou amostras de solos em 25 pontos, em áreas de produção de soja, milho e algodão, além de pastagens, integração lavoura e pecuária, floresta e cerrado.
No total, foram obtidas 256 amostras, de quatro camadas de solo. Nogueira explicou que os resultados serão utilizados para calibrar e validar o modelo a ser aplicado para mensurar estoques de carbono na região, construído a partir do software Invest (Integrated Valuation of Ecosystem Services and Tradeoffs).
O trabalho de campo foi realizado na Bacia do Rio Verde, no município de Balsas, e na Bacia do Rio Marcelino, em Tasso Fragoso.
Além da determinação de carbono, as amostras também serão utilizadas para avaliação de propriedades físicas e químicas do solo. A atividade, realizada entre 3 e 16 de março, faz parte das etapas de pesquisa sob responsabilidade da Embrapa Territorial.
Fonte: Canal Rural
Soja se firma no Brasil com prêmios positivos após 8 meses, diz Cepea
As negociações envolvendo soja no Brasil foram intensificadas na última semana, impulsionadas pela maior demanda, sobretudo externa, o que ajudou a elevar os prêmios de exportação no país para patamares positivos durante alguns dias, algo que não acontecia há oito meses, avaliou o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
O centro de estudos da Esalq/USP ressaltou ainda a valorização do dólar frente ao real, que deixou as commodities brasileiras mais atrativas aos importadores, segundo análise publicada nesta sexta-feira.
A moeda norte-americana fechou a 5,09 reais na venda na quinta-feira, o maior patamar desde 9 de outubro do ano passado.
Nesta sexta-feira, o prêmio da soja no porto de Paranaguá ante o contrato futuro da bolsa de Chicago já estava novamente negativo em 20 centavos de dólar por bushel para embarque em abril, mas chegou a bater 10 centavos de dólar/bushel positivos no decorrer desta semana, disse o Cepea.
Para maio, houve oferta de até 15 centavos de dólar/bushel; e, para junho, de 20 centavos de dólar/bushel.
Para embarques mais distantes, como junho, o prêmio ainda estava positivo nesta sexta-feira, embora mais baixos antes os valores vistos mais cedo nesta semana.
Fonte: Notícias Agrícolas
Quebra na produção de sementes de trigo preocupa produtores
De acordo com dados da análise semanal da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (CEEMA), no Brasil, os preços do cereal continuam estáveis, girando ao redor de R$ 60,00/saco no Rio Grande do Sul e R$ 64,00 no Paraná.
Houve um leve movimento de alta no início de abril, para o trigo de qualidade superior, porém, o mesmo não mostrou, ainda, consistência. A desvalorização recente do Real deixa o trigo importado mais caro, fato que ajuda a sustentar os preços do cereal nacional.
Neste sentido, dependendo do que o país terá no próximo plantio, a partir de setembro no Paraná, existe potencial para uma alta nos preços do trigo até o final do ano, porém, sendo difícil de medir sua intensidade. Para o Rio Grande do Sul, se avança, por enquanto, valores que podem ir até R$ 65,00/saco.
O que preocupa agora, além da falta de produto de qualidade e dos baixos preços, é a forte quebra na produção de sementes na colheita passada. O Rio Grande do Sul teria perdido 50% desta produção, enquanto o Paraná perdeu 20%.
Fonte: Agrolink
Exportações do agronegócio brasileiro batem recorde no primeiro trimestre de 2024 e atingem US$ 37,44 bilhões
De janeiro a março de 2024, as exportações brasileiras do agronegócio somaram US$ 37,44 bilhões, recorde para o período, representando um crescimento de 4,4% em relação aos US$ 35,85 bilhões exportados entre janeiro e março de 2023.
De acordo com a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (SCRI/Mapa), esse aumento em valor reflete a expansão na quantidade embarcada, uma vez que o índice de quantum aumentou 14,6%, compensando a queda no índice de preços, que foi de 8,8%.
O agronegócio representou 47,8% das vendas externas totais do Brasil no período, um pouco acima dos 47,3% observados no primeiro trimestre de 2023.
Nestes três meses, a balança foi puxada, principalmente, pelo aumento nas vendas externas de açúcar (+US$ 2,52 bilhões), algodão (+US$ 997,41 milhões) e café verde (+US$ 563,64 milhões), principais responsáveis pelo incremento das exportações brasileiras.
O bom resultado nas vendas desses produtos compensou a queda nas exportações de milho (-US$ 1,2 bilhão); soja em grãos (-US$ 901,30 milhões) e óleo de soja (-US$ 543,45 milhões). Para o mês de março, as exportações atingiram US$ 14,21 bilhões.
Fonte: Mapa